Fanfic: Felicidade Clandestina | Tema: Felicidade em êxtase
Felicidade em êxtase
Ela era alta, magra, sardenta e o cabelo ralo e liso. Era muito mesquinha se sentia superior as outras meninas por ter um pai dono de uma livraria; que pouco aproveitava. Enfim, não somos tão parecidas meu corpo não tinha desenvolvido que nem o dela. Apesar disso apreciávamos a amizade na espera agoniante de ganhar um livro de aniversário, mas no lugar disso ganhava um cartão postal.
Há que menina malevolente, não se importavam com os outros. Passou a exercer sobre mim seu dom de crueldade, no meu desespero de ler eu nem notava tamanha maldade. Tanto que chegou um dia em que me disse que havia ‘’O Pequeno Príncipe’’ de Antoine de Saint-Exupéry, livro fascinante que ansiedade eu tinha para poder ter aquele livro em minhas mãos.
Até que chegou o dia em que ela ia exercer a sua sutil arte de prejudicar os outros e, assim foi dizendo que ia emprestar-me o livro e, eu ingênua e uma eterna sonhadora acreditava realmente nisso. E no dia seguinte fui a sua casa como se estivesse pisando em nuvens na espera de levar para casa o tão sonhado livro. Para minha triste noticia ela disse que havia emprestado o livro a um menino, fiquei perplexa, como ela pode fazer isto; mas fui embora com a esperança de em outro dia retornar.
No dia seguinte lá estava eu... incessantes dias, e novamente ela disse que o livro ainda não estava em sua pose. Enfim, sua estratégia era fazer eu ir dia após dia atrás desse livro acho eu porque não era popular, as meninas tendem a fazer suas escolhas de amizade e quem não se encaixa no perfil sofrem, não sei se este era o meu caso mas, não tinha um pai dono de uma livraria, e eu era ingênua demais.
Fui todos os dias a sua casa até que um dado momento seu pai escutou ela falar para eu retornar no dia seguinte, então ele quis saber o que acontecera pois era todos os dias eu estava lá a espera do livro. Então eu contei que estava esperando o menino devolver o livro para eu levar, visto que ela disse que iria emprestar-me.
Seu pai ficou surpreso, pois, este livro nunca saiu de sua livraria, ficou espantado em descobrir a filha que tinha e, ele mesmo emprestou-o para mim o livro e ainda disse para eu ficar ‘‘o tempo que quisesse’’, sabe o que é isso? O TEMPO QUE QUISESSE. Melhor do que ganhar o livro.
Fui para a casa em um êxtase interior que não cabia dentro de mim. Agi naturalmente ao chegar em casa por um momento, fingia que o livro não estava comigo pois, podia ficar o tempo que eu quisesse.
Eu não era mais aquela menina inocente, ingênua eu era a felicidade uma mulher em puro êxtase, com grande alegria eu e O Pequeno Príncipe.
(PRANDINI, Soares Maiara. Felicidade em êxtase. In Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Ed Rocco,1998)
Autor(a): maiara_prandini
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