Fanfics Brasil - O Doce. Felicidade Clandestina

Fanfic: Felicidade Clandestina | Tema: O Doce


Capítulo: O Doce.

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FELICIDADE CLANDESTINA
O Doce


  Ela era obesa, alta, e de cabelos excessivamente crespos. Tinha um busto pequeno, enquanto nós todas ainda éramos esbeltas. Como se não bastasse, tinha péssimo gosto para roupas, por cima dos seios, enchia com doces. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um tio dono de doceria.


Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um docinho mais barato, ela nos entregava em mãos um doce durian,que além de ruim o odor daquela fruta era repugnante. Ainda por cima era de paisagem de Petropolis mesmo, onde morávamos, com sua beleza do palácio imperial mais visitada. Atrás escrevia com letra tipografia palavras como ``data natalícia`` e ``saudade``. Mas que talento tinha para maldade.Ela toda era de pura rebeldia, mascando chiclete fazendo barulho.


Como essa garota devia nos odiar, nós que éramos perfeitamente belíssimas, esguias, grandes, de cabelos caracolados. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha esperança de provar doces, eu nem notava o vexame que ela me submetia: continuava a implorar-lhe a pedir os doces que ela não gostava. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía cupcakes variados. Era muito bonito, meu Deus, era um doce de da água na boca, comendo, sonhando. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse no outro dia em sua residência que ela me daria cupcake para saborear.


Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava lentamente no mar suave, as ondas me levavam para longe. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente apressada. Ela não morava em uma casa como eu, e sim em um apartamento. Não me mandou entrar. Olhando fixamente em meus olhos, disse-me que havia dado todos os cupcakes a outra menina, e que eu retornasse no dia seguinte para buscá-lo. Decepcionada, saí devagar, mas em breve a esperança me tomava literalmente e andava saltando pela rua, que era o meu costume de anda pelas ruas de Petropolis. Dessa vez não tropecei: eu tinha esperança no doce, anciava pelo dia seguinte seria os mais longos da minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei saltitando pelas ruas e não caí nenhuma vez.Mas não ficou simplismente nisso. O plano secreto da neta do dono da doceria era tranquilo e maldoso.


No dia seguinte lá estava eu novamente batendo em sua porta, com um sorriso e o coração pulsando. Para ouvir a resposta tranquila: o cupcake ainda não estava em seu domínio,  que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer dessa vida, meu drama ``ao amanhecer`` com ela ia se repetir com o meu coração esperançoso. E assim continuou. Quanto tempo? Sei lá. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto sua expressão de azedume de todo o seu corpo grosso. Em meu pensamento já sabia que me escolheria para eu sofrer, às vezes acerto. Mas, advivinhando mesmo,  às vezes acostumo: Como quem quer vê o meu sofrimento, esteja desejando que eu realmente  eu sofra. 


Quanto tempo? Eu ia raramente à seu apartamento, sempre pontual.  As vezes ela dizia: pois o capcake estava ontem à noite, mas você só compareceu aqui pela manhã, de modo eu dei para outra garota provar. E eu, que não era dada a olheiras, sentia meus olhos assustados e esbugalhados. Até que em dia, quando fui em seu apartamento, escutando humildimente e calmaria, apareceu seu avô.  Ele devia está estranhando a presença diária daquela menina em seu lar.Pediu  à nós duas que lhe explicasse a situação à ele. Houve um conflito silenciosa, entrecortada de palavras poucas elucidativas. O  Senhor achava cada vez mais estranho o fato de não está compreendendo.  Até que seu avô bondoso entendeu. Voltou-se para a neta e com enorme surpresa gritou: mas esse doce nunca saiu daqui e você nunca quis comer!  E o pior para esse avô não era a descoberta do que a mentira acontecia.


Devia ser desmascarada a neta que tinha . Ela nos espiava em silêncio: a repuguinante da sua perversidade de sua neta desconhecia o comportamento e a garota de cabelos encaracolados em pé a porta, cansada, ao vento das ruas de Petrópolis. Foi então que, finalmente tomou uma atitude, disse sério  e calmo para sua neta. Você vai entregar o capcake agora mesmo. E para mim: `` E você escolhe os sabores que quiser por um tempo determinado``.  Entenderam?  Valia mais do que oferecer um doce: `` pelo tempo favorecido`` é tudo o que uma pessoa, obesa e alta, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se proceguiu? Eu estava atribulada, e assim recebi o capcake em minhas mãos. Acho que eu não falei nada. Peguei aquele doce.


Não,não saí saltitando como sempre. Saí andando lentamente pensativa. Sei que segurava o doce que sempre quis provar, segurando atentamente em minhas mãos. Quanto tempo levei até chegar em casa, também não me importava mais.  Meu corpo estava quente, meu coração pulsando.                             


Chegando em meu quarto comecei a saborear aquele doce, vi como é bom ao paladar, fiquei maravilhada, guarde um pouco pra mais tarde, fui passear pela minha casa, disfarcei  indo comer torrada com nutella,  para não lembrar que guardei o doce na geladeira, resolvir beber água.  Criava as mais falsas ilusões  para aquela simples felicidade. A alegria sempre ia ser clandestina para mim.  Parece que eu já presenciava. Como demorei! Eu viajava em pensamentos ....  Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma princesa carinhosa.                                                                                                 Às vezes  sentava-me no jardim, cheirava as flores com  o doce pela metade, mãos lambuzadas êxtase puríssimo.                                                                                                                                                             Não era mais uma garota com o doce : era uma jovem com seu parceiro saboreando seus sonhos.                                                                                                             
                                                                                                          



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Autor(a): natane_

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