Fanfic: Você & Eu - Vondy | Tema: Vondy

Christopher 

3 semanas inteiras sem nenhum contato com Torga, nem com Dulce. A batalha estava intensa demais, eu já havia perdido muitos homens. Na noite passada enviei um mensageiro a Arquimedes, sugeri que lutassemos um a um, ele negou e atacou o meu acampamento, perdi 14 bons homens que lutavam ao meu lado. Hoje o atacaremos, e eu espero que seja o fim dessa batalha pra que eu possa voltar aos braços da minha bela princesa. 

" Mai deve estar furiosa comigo, eu a conheço bem o suficiente pra saber que deixa-la sem notícias é um mal negócio " Christian comenta, enquanto observava o mapa do terrítório inimigo 

" Não temos como enviar notícias, eles podem intercepitar o mensageiro e mata-lo apenas por prazer " Poncho diz negando com a cabeça " são porcos imundos " 

Demetrius entra na tenda " Desleais, são isso que são " afirma " alteza, o que faremos ? eles mataram nossos homens como se fossem miserás formigas, não podemos atacar hoje com o número que temos de homens no acampamento " comenta 

" Precisamos, ele não pode sair impune pelo o que fez a Dulce " Poncho diz sério, e toma seu vinho num gole 

Suspiro " não posso arriscar os homens que sobraram " 

" Então, iremos recuar ? chegamos tão longe pra desistir ? " Christian pergunta parecendo indignado 

" Não, vocês vão recuar, eu irei até o fim " 

" O que quer dizer Christopher ? " 

" É pessoal Poncho, ele ousou tocar minha futura rainha, eu mesmo irei atrás dele e o matarei, e vocês seguirão de volta a Torga " digo me levantando 

" Você enlouqueceu ? " Poncho pergunta largando seu copo " Christopher você não vai nem chegar perto da tenda dele, morrerá antes disso " 

Nego com a cabeça " não, não, eu consigo chegar nele pela retaguarda " 

" Ele tem homens o protegendo, é um ato suicida " Demetrius diz sério " se quer fazer algo, tem que pensar direito pra que tenha sucesso alteza " 

" O que sugere ? que eu deixe tudo como está ? esse homem violentou minha futura rainha e vocês querem que eu esqueça ? não vai acontecer Demetrius, eu não vou deixar isso passar em branco, quero a cabeça de Arquimedes, e irei conseguir " digo com raiva 

Demetrius assente " que seja feita sua vontade alteza " diz 

" O que ? não, não,  nós viemos com você e iremos até o fim, tenho certeza que os homens concordam comigo, sendo assim, atacamos " Poncho afirma 

" Não posso permitir que façam isso " digo 

Christian se levanta " Acontece que iremos de todo o jeito " afirma 

" Não podem se por na linha de frente por mim " insisto 

" Por que não ? você é nosso futuro rei " Poncho argumenta, e então sorri " e não fazemos apenas por você, também queremos vingar a princesa " afirma

Abro um sorriso " obrigado, vocês são os melhores " digo. 

" Estamos aqui pra segui-lo alteza, e faremos isso " Demetrius garante 

No fim daquela tarde atacamos o acampamento de Arquimedes, foi arriscado por estarmos com poucos homens mas, tinhamos que tentar. Corri entre os homens que lutavam, algumas vezes lutei com  os que apareciam em minha frente, minha prioridade era chegar em Arquimedes que assistia tudo. Vejo Poncho ser atingido no braço pela espada do oponente, e grito, ele faz sinal dizendo que esta bem, continuo indo até  Arquimedes, e derrubando quem vem em minha frente. 

" Arquimedes " grito ofegante, havia sangue em meu rosto de seus homens que matei pelo caminho" chega de tanta matança, resolveremos isso agora mesmo entre nós " digo erguendo minha espada 

Ele ri " sabe Christopher, achei muito irônico você procurar guerrear comigo, me diga, você quer minha cabeça ? " ele pergunta  

" Como eu poderia não querer sua cabeça depois do que ousou fazer a minha futura rainha ? " pergunto irritado " estou aqui pela honra dela, e nada mais " 

" Quem é você pra falar de honra ? quando tomou minha noiva " 

" Eu nunca tomei sua noiva, eu nem ao menos sabia que vocês tinham algo, Lola veio até mim fugida, eu não tive nada com ela, estou com Dulce " digo 

Arquimedes assente " claro Princesa Dulce, ainda deseja se casar com ela ? por que eu propus casamento a ela sabia ? imaginei que depois de estar comigo você não a quisesse mais " 

" Você a violentou " acuso 

" Nada pessoal, quis apenas dar o troco e garanto ela gostou bastante " 

Cerro os dentes " Você vai morrer " digo 

" Eu duvido muito " ele diz rindo, dou um grito e avanço em cima do desgraçado debochado

Arquimedes ergue sua espada, e lutamos. Eu estava cego pela raiva, cego pelo ódio. Um dos seus homens me segurou por trás e Arquimedes me socou algumas vezes, mas, Demetrius apareceu e o golpeou enfiando a espada nele, foi o que precisei pra avançar novamente em Arquimedes, ele se defendeu rápido, e eu continuei avançando, até vê seu olhar apavorado, eu ia matá-lo, estava perto disso. 

Um vacilo em sua defesa, e eu enfiei minha espada em seu peito, ele caiu de joelhos boquiberto, e abaixou o olhar pra vê o sangue em sua camisa branca. Eu soltei a espada, deixando-a presa em seu peito, e me abaixei próximo a ele. 

" Sofra no inferno seu infeliz " sussurro, e então puxo a espada, ele geme e cai morto no chão, me levanto e chuto seu corpo " isso é pelo o que fez a minha mulher, seu porco " cuspo sobre ele, e então sinto um dor forte " aaaaa " grito, caindo no chão. 

Alguém me enfiou a espada pelas costas, e puxou com brutalidade, me deito no chão repleto de sangue. Minha vista fica embaçada, mas, mesmo assim consigo vê Demetrius gritando desesperado, provavelmente por causa de mim. Ele segura minha cabeça, e conversa comigo, parece realmente desesperado, acho que esta implorando pra que eu não morra. 

" ... ouviu Alteza ? " ele pergunta ao fim segurando meu rosto

Abro a boca, e fecho,até tentar falar novamente " Dulce " digo com dificuldade

" Eu falarei pra ela que a vossa alteza lutou até o fim, prometo " ele dizia 

Eu estava morrendo, eu sabia disso mas, não podia, não podia deixar Dulce, tento dizer algo mas, tento falar mas, as palavras me fogem, eu não consigo dize-las, não consigo, então fecho os olhos deixando a escuridão tomar conta. 

Abro os olhos, e olho pro lado vejo Arquimedes morto, tento me levanta e gemo " ai " coloco a mão sobre a minha ferida " maldição " digo ofegante. me levanto com dificuldade e observo os mortos, ergo o rosto pro céu e sinto o vento bater em meu rosto " estou vivo, estou vivo " digo dando um sorriso, que logo fecho por sentir dor " onde estão meus homens ? como vou sair daqui ? " pergunto cominhando com dificuldade " Christian ? Poncho ? Demetrius ? " grito por eles, não havia ninguém a não ser os mortos na batalha. " Maldição " gemo sentindo a dor. 

Chego na estrada praticamente me arrastando, eu tinha que chegar ao castelo, eu tinha que voltar pra Dulce, vejo uma carroça e aceno desesperado, a dor fica mais forte, preciono a ferida, e ofego, sentindo meus olhos se fecharem novamente e de novo a escuridão aparecer.