Fanfic: SONHO REALIZADO | Tema: HISTÓRIA DE VIDA

Sonho realizado

A Maria era a menina mais rica da turma. Aliás, do colégio todo. Cada dia vestia – se com uma roupa nova, sempre com muito brilho. Era a amis popular dentre todas nós. Todos queriam fazer os trabalhos com ela para usufruir de seus 36 lápis de cor da Faber Castel.

Eu, Olívia, não era pobre. Mas não tinha condições de ter um guarda – roupas como o dela, muito menos lápis tão caros. Mas eu era inteligente. Perspicaz. A melhor da turma. Mas isso não fazia a menor diferença para todos da minha turma. Nem pelos professores eu era reconhecida. Os únicos presentes que eu podia dar a eles era um cartão feito por mim e alguma muda de flor arrumada pela minha mãe e embalada com papel de presente velho.

Maria não. Ela podia! E como podia! Canetas, agendas, canecas, caixas de Ferrero Rocher, entre outros mimos eram seus preferidos. O cúmulo foi uma vez em que ela presenteou nossa professora com uma cesta de café da manhã. Não bastasse o impacto do presente, ele nos foi mostrado nos mínimos detalhes: Suco concentrado, geleias, pães torrados, bolachinhas diversas. Um deslumbre.

E ahh! Como eu queria poder ser amada daquele jeito!

Certa vez, era final de trimestre, a professora fez sorteio de duplas para representar em desenho uma cantiga infantil. Em meu íntimo eu já sabia, Previa que ia fazer com Maria. E assim aconteceu.

Meu coração parecia que batia fora do peito. Era a minha vez de usar todo aquele arsenal de lápis coloridos. Fizemos um trabalho incrível. Colorido e perfeito. E eu me deliciava com cada cor. Acredita que ela tinha uma coleção de lápis metalizados? E estavam ali, à minha disposição. Mas, sem querer, na hora de guardar tudo, Maria esqueceu de guardar um lápis prateado. Eu vi que ela ia esquecer. Mas não falei nada, Arquitetando para eu levar para minha casa e curtir o final de semana todo.

E assim aconteceu. Guardei sigilosamente em meu estojo. Nem pude almoçar direito de tanta excitação. E meu final de semana foi de extrema alegria. Passei o tempo inteiro pintando, curtindo aquele objeto maravilhoso e me fazendo de dona dele.

Mas como tive boa criação, na segunda – feira o devolvi para a Maria . E qual não foi minha surpresa? Ela me deu o lápis, alegando que tinha outro daquele. Eu não podia crer que ela fora capaz daquilo.serei eternamente grata à ela por aquele gesto que para ela foi pequeno, mas que para mim representava o mais puro sentimento de gratidão.