Fanfic: Esperança da felicidade | Tema: Felicidade clandestina de Clarice Lispector

Esperança da felicidade

Ele era um idoso, alto, magrelo, grisalho, olhos meio esverdeados, possuía bom humor, ele era o dono da maior livraria da cidade, que por incrível que pareça ficava bem enfrente a minha casa. Eu era uma criança apaixonada por literatura, que ainda cursava o ensino fundamental, louca por livros, sempre muito curiosa em conhecer aquela tão magica livraria, poder entrar, cheirar cada livro, escolher vários para foliar, sentar naquele silencio deslumbrante que poderia ao menos na minha imaginação ser lá dentro.

Então certa vez, eu como todos os dias de manha eu o via chegar ali, dessa vez eu tomei a liberdade de pedir a ele que me deixasse entrar um pouco para que eu pudesse conhecer, e ele então muito simpático me pediu para que eu voltasse no dia seguinte pois naquele dia estava muito lotado a quantidade de pessoas que poderia estar ali dentro. E eu então muito ansioso, como de costume fui para a escola e depois fui para minha casa, quase não consegui dormi a noite esperando para que chegasse logo o outro dia.

No outro dia bem cedo, como ele havia me orientado, lá estava eu, e ele tornou a me pedir para que voltasse no outro dia, pois o espaço ali estava muito cheio, e que eu não poderia entrar. Eu fui cumpri a minha rotina do dia então, mas com muita esperança de poder conhecer aquele lugar no outro dia. E no outro dia de manhazinha eu fui lá de novo e como nos outros dois dias ele me respondeu a mesma coisa, para que eu voltasse no dia seguinte, e assim se passaram vários dias eu ido la todas as manhas e aquele simpático senhor me pedindo para que eu voltasse no outro dia...

Ate que uma certa vez foi diferente, como todos os dia eu passava la na porta daquela tão sonhada livraria e pedia aquele senhor para que eu pudesse conhecer, teve uma vez que quando ele estava falando a sua tão famosa frase: “volte amanha, pois esta muito lotado aqui!”, um rapaz que estava saindo la de dentro ouviu, olhou para dois dois e disse que não havia ninguém naquela livraria, e pediu para aquele senhor que deixasse de ser cimento com os seus livros e que ao menos uma vez na vida deixasse alguém entrar ali. Eu fiquei lisonjeado pois finalmente eu estava entrando a onde era o meu maior desejo conhecer, e era exatamente igual eu avia imaginado. Foi o dia mais feliz da minha vida.