Fanfic: A guarda do Duque | Tema: Herroni
Os raios de sol que passavam pela janela obrigou a pequena campeã abrir os olhos, olhou ao redor e deu um longo suspiro, a anos que não sabia o que era dormir em uma cama de verdade. Era como se suas costas houvesse rejuvenescido pelo menos uns 5 anos.
Abriu o armário e se deparou com diversos vestidos, deu um sorrisinho torto, nas brigas ela sempre estragava suas roupas, e aqueles tecidos perfeitamente desenhados provavelmente não durariam muito. Optou por pegar uma de suas roupas velhas, e tentar preservar ao máximo as peças novas, prendeu os cabelos de qualquer jeito e saiu em busca do café da manhã
- Bom dia, senhorita Perroni - Na sua correria, não imaginava que trombaria com o duque
- Bom dia milorde
- Vejo que não está usando um dos vestidos que mandei para a senhorita
- Quero guarda-los para ocasiões especiais
- Não se preocupe com isso, se estragar um compramos outros 3 - Disse sorrindo
- Agradeço a gentileza, mas não acho necessário, agora se me dá licença vou tomar meu café, e já ficar em meu posto, pois já se levantou
- Como será minha guarda, quero que faça as refeições junto comigo, nunca se sabe quando o inimigo pode atacar
- Claro, pois então vamos que estou morrendo de fome - E saiu na frente, uma maneira nada respeitável com o duque
- Um segundo senhorita - A mulher parou no meio dos degraus, e de cara feia os subiu novamente para ficar frente a frente com ele
- Pois não, milorde - Era nítido a ironia quando ela disse essa última palavra
- Eu fui legal até agora, mas a senhorita está abusando, eu sou seu superior
- Perdão, milorde
- Pare de falar assim!
- Assim como, milorde?
- Nesse tom arrogante, como se a senhorita fosse a princesinha de Ascóvia, e eu um homem com um mero título
- Se o senhor terminou, podemos seguir para o café agora?
Ele simplesmente a encarou com fúria nos olhos, e saiu em sua frente dessa vez. Enquanto comiam Maite mal notou as encaradas raivosas de Alfonso, ela estava maravilhada com toda aquela comida, o bolo de nozes simplesmente a fazia revirar os olhos em cada mordida, e quando se deu conta havia o comido todo sozinha
- Quanto tempo fazia que não tinha uma refeição decente?
- No que isso te interessa?
- Porra é só uma pergunta, será que pode me responder normal pelo menos uma vez?
- Há mais de 10 anos
- Meu Deus, a senhorita tem quantos anos agora?
- 21
- E o que aconteceu? Seus pais morreram?
- Sim
- E você sobrevive sozinha desde os 11?
- Chega de perguntas por hoje - Falou e depois enfiou um pedaço de pão na boca
- Por que viemos a cidade?
- Isso não te interessa - A mulher o fuzilou com os olhos
- Tá vendo como é bom receber respostas estúpidas?
- Depois senhor, vamos precisar ter uma longa conversa
- Sobre o que?
- Sobre quem está tentando te matar, e por quê
- Como se eu soubesse respondê-las
A mulher não teve tempo de responder, apenas grudou as mãos nos cabelos do duque e puxou sua cabeça com tudo para baixo da carruagem que estava parada para o cavalo tomar água, Alfonso não entendeu nada até ver uma flecha enfiada no que seria a parede.
Maite rapidamente pulou do "veículo" e saiu em busca do homem, deixando Alfonso para trás que gritava mandando ela parar. Ele saiu também e apanhando sua espada correu em busca da mulher, não demorou para acha-la pressionando um homem contra uma árvore, e seu pequeno, mas afiado canivete contra o pescoço do camarada
- Me larga!
- Te largo, quando me disser porque atirou aquela flecha
- Não fui eu
- Oras então aquele arco pertence a minha vó? - Falou empurrando mais o canivete contra o pescoço do homem, que gemeu quando sentiu a ponta do objeto lhe rasgando um pedaço de sua pele
- Me pagaram! Me pagaram!
- Quem te pagou?
- Eu não sei, a pessoa foi me encontrar vestindo uma capa preta, e usava uma máscara cobrindo o rosto
- E o que ela te disse?
- Mate Alfonso Herrera, e colocou 10 moedas em minhas mãos - Maite largou o homem que caiu no chão quase inconsciente
- Não queria dizer nada não, mas tô pensando em trocar de lado, estão dando 10 moedas pra te matar, e você me paga só 5 para protegê-lo - Falou enquanto limpava o sangue do canivete numa folha de árvore
- Muito engraçada, o que vamos fazer com ele?
- Deixe aí, ele estava falando a verdade
- Como sabe?
- Eu sei através do olhar quando mentem para mim
O homem deu de ombros, e juntos retornaram a carruagem, rumo a cidade
- Então você precisa de uma mulher para defende-lo? - A risada escandalosa de Peter amigo de Alfonso, podia ser ouvida a quilômetros de distância
Maite sentada na cadeira a princípio se irritou com o comentário, mas ao ver a cara fechada de seu "chefe", não aguentou e explodiu em risadas também
- Era o que me faltava até a senhorita dando rindo?
- Sua cara estava engraçada
- Chega de cacarejar Peter, e me fale logo se tem alguma pista - O homem aos poucos foi se recompondo, até adquirir a expressão séria de antes
- Lembra do escudo que deixaram cair aquela vez?
- Sim
- Então, nele tem um símbolo que pode significar algo - Falou e entregou o objeto a Alfonso, que o analisou junto com Maite.
No escudo tinha a letra W, e em volta pequenos dragões desenhados
- Isso é uma pessoa? Um reino?
- Uma tropa - Respondeu a mulher
- Como assim? - Perguntou Alfonso
- Eu não sei muita coisa, mas o suficiente para saber que se trata de um grande exército rebelde e que o senhor está muito, muito encrencado.
Autor(a): poly_
Este autor(a) escreve mais 16 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
- Por que raios estão atrás de mim? - Eu não sei, e ficar andando de um lado para outro não irá resolver - Disse Maite - Será que é por conta do meu título? - Se fosse isso outros duques estariam sendo atacados também - Inferno! Amanhã temos um baile para ir - O que? O senhor só pode estar brin ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo