Fanfics Brasil - Passado A guarda do Duque

Fanfic: A guarda do Duque | Tema: Herroni


Capítulo: Passado

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- Por que raios estão atrás de mim?


- Eu não sei, e ficar andando de um lado para outro não irá resolver - Disse Maite


- Será que é por conta do meu título?


- Se fosse isso outros duques estariam sendo atacados também


- Inferno! Amanhã temos um baile para ir


- O que? O senhor só pode estar brincando, não devia nem sair de casa, quem dirá ir a um baile


- É questão de obrigação, preciso ir, e a senhorita me acompanhará


- Que maravilha - Revirou os olhos


- Não quero que saibam que é minha guarda


- E dirá que eu sou o que? Sozinha não posso chegar, não fui convidada


- Direi que é uma prima distante


- O senhor acha que os outros candidatos já não abriram a boca?


- Eu paguei pelo silêncio deles


- Isso tudo é vergonha por estar sob proteção de uma mulher? - Perguntou enquanto uma sombrancelha se erguia instantâneamente


- Eles irão caçoar de mim


- Eles irão caçoar mesmo que tivesse sido um homem, se não quisesse se submeter a isso então treinasse desde novo para aprender se defender sozinho


- Eu sei me defender sozinho! - Gritou


- Ah claro, hoje cedo se não fosse por mim sua cabeça estaria estourada em pedacinhos


- Como eu ia saber que era alvo até quando meu cavalo tá bebendo água?


- E o senhor pensa o que? Que alguém vai chegar na sua cara e apontar uma arma? Não seria um plano meio suicida? - Disse irônica


- Insuportável, é isso que a senhorita é - Falou a encarando


- E o senhor é um baita de um burro


- Está tudo bem milorde? - Peter perguntou ofegante, havia corrido do quintal até a sala quando escutou os gritos


- Lá vem o vira lata defender o dono


- A senhorita é uma... Uma...


- Pensa bem no que vai dizer vovô - Respondeu enquanto "acariciava" o cabo de sua espada


- Agora vai ameaçar meu assistente? Não sei quem é mais perigoso, a senhorita ou os outros


- Que horas é a porcaria do baile?


- As seis da tarde


- Que horas o senhor se levanta?


- Às sete, por que?


- Seu horário de se levantar é o meu também, boa noite - E saiu sem esperar uma resposta


- Essa menina é sinistra milorde, tome cuidado


- Não seja tolo Peter, vá dormir também


No dia seguinte as sete em ponto Maite estava na porta do quarto de Alfonso


- Mais que droga, me assustou - Reclamou o homem quando saiu de seus aposentos e deu de cara com a jovem


- Estava de vigia


- Não precisa disso tudo também, daqui a pouco vai sentar na cabeceira da minha cama e velar meu sono também?


- Por 4 moedas a mais - Deu de ombros, e seguiram juntos a mesa do café


- O que a senhorita pensa em fazer com todo o dinheiro que ganhar?


- Juntar e me mudar para bem longe - Respondeu enquanto enchia uma caneca de chá


- Não gosta daqui?


- Não, as lembranças que levarei são horríveis. E o senhor? Sua família?


- Minha mãe faleceu no parto, e desde então meu pai sumiu no mundo


- Então nem o conhece?


- Ele conviveu comigo até os 8 anos meio que por obrigação, depois falou que eu já sabia me virar, e desapareceu, não sei se está morto ou vivo, se estiver vivo nem faço ideia de onde possa estar. Ele nunca disse diretamente, mas sei que ele me acha meio culpado pela morte da minha mãe


- Então nem irmãos tem?


- Na verdade tenho uma irmã mais velha que se casou a muito tempo, e mora quase do outro lado do mundo. Trocamos cartas, mas demorar muito, fiquei sabendo da gravidez dela quando o bebê já havia nascido


- Nossa, e é menino ou menina?


- Gêmeos, dois meninos, ela disse que são a minha cara - Disse sorrindo


- Serão belos rapazes então - A troca de olhares não pode ser evitada, as bochechas de Maite arderam de vergonha, coisa que raramente acontecia, ela só queria que abrisse um buraco e a engolisse nesse momento - Essa torta de limão está divina, já provou? - Perguntou tentando mudar de assunto


- Sim, muito boa. E a senhorita? Tem irmãos?


- Não, filha única


- Como seus pais morreram?


- Foram assassinados


- Meus pêsames


- Eu consegui escapar


- Por que mataram eles? Sabe quem foi?


- Por desavenças, sei quem foi, e cada dia da minha vida é motivado pela vingança


- É muito arriscado tentar se vingar


- Quando eles morreram um homem me encontrou, ele me acolheu, a casa dele abrigava em torno de 10 homens todos que haviam sido abandonados pelos pais quando nasceram. Em troca de um pedaço de pão e de um pedaço de papelão pra dormir éramos obrigados a viver no mundo do crime, roubando para ele, matando quem tentasse o matar, e ele nos treinava dia e noite, de diversas maneiras, ele era o melhor treinador, ele não nos treinava só fisicamente mas também psicologicamente. Para mim não dava mais, era muito sofrimento, e então fugi. Os outros provavelmente ficarão a mercê dele para sempre, ele consegue de um jeito diabólico colocar na cabeça dos garotos que eles devem a vida a ele, mas comigo essa história não funcionou, e cá estou


- Tem pessoas muito ruins no mundo, a senhorita é uma guerreira, não é qualquer um que daria conta de passar por tudo isso


- Obrigada, mas que o passado fique no passado, a justiça tarda mas não falha.



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Autor(a): poly_

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- Que demora - Alfonso comentou com Peter - Mulheres milorde, mulheres. Ela deve estar querendo ficar bonita para o baile - Ela já é bonita - O olhar curioso do criado fez o duque perceber o que havia dito - Quer dizer, é uma jovem apresentável, uma beleza comum - Não precisa se explicar milorde - Riu do patrão Alfonso ia retruca ...


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