Fanfic: A guarda do Duque | Tema: Herroni
- Que demora - Alfonso comentou com Peter
- Mulheres milorde, mulheres. Ela deve estar querendo ficar bonita para o baile
- Ela já é bonita - O olhar curioso do criado fez o duque perceber o que havia dito - Quer dizer, é uma jovem apresentável, uma beleza comum
- Não precisa se explicar milorde - Riu do patrão
Alfonso ia retrucar mas desistiu ao ver Maite nos degraus, ela estava radiante em um vestido cor vinho, seu corpete era do mesmo tom da roupa, mas com bordados preto e com pérolas, o pingente do colar que usava era cumprido, e se perdia no meio dos seios da mulher, fazendo qualquer um imaginar muitas coisas sensuais. O cabelo solto foi penteado, e sua boca tinha um tom avermelhado leve como se tivesse acabado de ser beijada
- Porra... - Deixou escapar. Seu pênis começou a dar sinal de vida de uma maneira tão rápida, parecia um garotinho virgem entrando na puberdade
- Desculpa a demora, é que não é nada fácil encaixar armas por debaixo do vestido, o bom é que essa gaiola que deixa a roupa volumosa escondeu tudo - Disse sorrindo com um ar de satisfação
- A senhorita está... Deslumbrante - Respondeu ignorando o fato dela ter objetos cortantes por debaixo das roupas
- Obrigada milorde, o senhor está como sempre né - Falou brincalhona e em troca recebeu um sorriso do homem
- Vamos?
- Sim
O caminho até o baile foi tranquilo, eles trocaram poucas palavras, mas o silêncio não foi constrangedor, pelo contrário. Quando chegaram Alfonso ajudou sua acompanhante descer
- Não se esqueça, somos primos distante, a senhorita é Maite Herrera - Estendeu o braço para ela que aceitou, e juntos começaram a caminhar para o salão
- De quem é o baile mesmo?
- Do senhor e senhora Martinez, eles estão querendo casar as duas filhas, Manuelly de 16 anos e Lilian de 18
- Ainda não entendo como pode existir casamento arranjado, e tão cedo, imagina se tornar mãe aos 16
- Realmente. Boa noite senhor e senhora Martinez, obrigado pelo convite - Falou quando chegaram na entrada e o casal estava recepcionando a todos
- O prazer é nosso de ter sua adorável companhia duque, e a dama?
- Boa noite senhor, eu sou Maite Herrera, prima distante do duque
- Que alívio, achei que ele estava a cortejando - Comentou a senhora Martinez, e recebeu um olhar confuso dos convidados - Sabe como é, Lilian aprecia muito o senhor Herrera
- Oh claro, compreendo. Aliás quem não iria gostar de meu primo? Um homem tão digno e responsável
- As damas estão me deixando envergonhado
- Pois então não fique, entrem e aproveitem o baile
Os dois agradecerem e entraram, rapidamente todos os olhares se voltaram para os dois, Maite uma mulher desconhecida e muito atraente, e Alfonso um duque, bonito e o sonho de consumo das mães que estão em busca de um marido para as filhas, e as próprias filhas se derretiam com o olhar de Herrera
- Senhor Herrera que alegria vê-lo
- Digo o mesmo Bartolomeu, senhorita Maite esse é o médico aqui do povoado, e Bartolomeu essa é a senhorita Maite Herrera, uma prima distante
Maite sorriu, mas por dentro seu coração estava a mil, fora ele quem havia cuidado da sua mão quebrada a alguns anos atrás
- A senhorita não me é estranha - Falou enquanto semicerrava os olhos
- O senhor está enganado, fui atendida por um médico uma única vez quando fiquei gripada, e já fazem muitos anos - Respondeu sorrindo, tentando parecer o mais convincente possível
Antes que ele pudesse responder um rapaz apareceu
- Com licença, desculpa atrapalhar, queria convidar a jovem para dançar - O jovem loiro de grande olhos azuis se curvou levemente na frente da mulher com a mão estendida. Maite faltou agradecer aos céus por conseguir se livrar do doutor
- É claro - E sorrindo colocou sua mão sob a do rapaz e juntos seguiram para o centro do salão, onde outros casais já bailavam
- Me perdoa, acredito que lhe atrapalhei de conseguir a primeira dança com a dama
- Sem problemas doutor, a noite está só começando
- A senhorita Lilian Martinez não tirou os olhos do senhor desde que chegou, acredito que ela não tenha gostado muito da sua nova companhia, já que a mesma roubou toda a atenção que devia ser voltada a ela e a irmã
- É que a senhorita Maite é nova por aqui, logo se acostumam
- Vai me desculpar, mas sua prima é a jovem mais bonita que já vi
- Tira seu cavalinho da chuva que o senhor já está na casa dos 60
- Porém viúvo - E rindo o homem saiu, deixando Alfonso com uma carranca enquanto observava Maite dançar toda sorridente com aquele sujeitinho. Cansado daquilo ele seguiu para o bar, onde pediu por enquanto uma cerveja, antes que pudesse dar a primeira golada uma mãe chegou com sua entendiante filha, a conversa durou alguns minutos que pareciam ter sido horas, quando finalmente pegou a alça de sua caneca uma mão lhe impediu de levá-la a boca
- O que? Solta minha bebida - Falou de cara feia para Maite
Ao contrário ela puxou o copo para si, e disfarçadamente o cheirou
- Como eu suspeitava
- O que?
- Veneno, colocaram veneno na sua bebida
- Como pode saber?
- Uma cerveja, por favor - Pediu e logo lhe entregaram - Sinta, esse é o cheiro da cevada, forte - O homem inspirou profundamente - Agora cheire este, é um cheiro mais adocicado quase imperceptível
- Ele inspirou novamente
- Muito difícil de perceber
- O engraçado é que, o veneno deixa o cheiro mais doce, só que na boca ele deixa o gosto meio azedo, e tira o sabor gostoso da fermentação
- Como sabe até do gosto?
- Um dos nossos treinamentos se baseava na criação de anticorpos, nosso café da manhã muitas vezes era uma gotinha de diferentes venenos, e se alguém passasse mal tomava aquele soro, o antídoto
- Ele poderia ter matado vocês - Falou incrédulo - Como a senhorita suspeitou do veneno?
- Eu vi um homem próximo demais, e depois ele colocou a mão no bolso de uma maneira tão discreta de quem tá fazendo coisa errada, queria ter ido atrás dele, mas precisei escolher entre salvar sua vida ou pega-lo, e acabei optando pela salvação de quem paga meu salário
- Obrigado. Me concede uma dança?
Ela sorriu e aceitou, juntos os dois esqueciam de todas as pessoas ao redor, os olhares só se desencontrava quando olhavam para a boca um do outro. As mãos do duque puxaram a mulher para mais perto de si, e apertou firmemente sua cintura, como se quisesse prende-la a seu corpo. Maite por ser alguns centímetros mais baixa escondeu o rosto no pescoço do homem, ele tinha um cheiro de amadeirado com whisky, ela ficou imaginando se os lábios dele teria um gosto alcoólico também. E de repente as enormes tochas, as velas e a grande lareira se apagaram, dando lugar a total escuridão, foi nesse momento que a boca dos dois se encontraram em um excitante beijo, a língua dele pedia passagem, e ela não só deu espaço como também começou acaricia-lo com a dela. Se aquilo era um sonho Alfonso não queria acordar nunca mais.
Autor(a): poly_
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As coisas aconteceram rápido demais, de repente as tochas são iluminadas novamente, e a cena no meio do salão choca. Maite apontava uma faca para Lilian Martinez que continha uma expressão totalmente amedrontada - Larga minha filha sua delinquente! - Gritou o conde - Maite o que está fazendo? - Perguntou Alfonso assustado - Ela queria fe ...
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