Fanfic: A guarda do Duque | Tema: Herroni
As coisas aconteceram rápido demais, de repente as tochas são iluminadas novamente, e a cena no meio do salão choca. Maite apontava uma faca para Lilian Martinez que continha uma expressão totalmente amedrontada
- Larga minha filha sua delinquente! - Gritou o conde
- Maite o que está fazendo? - Perguntou Alfonso assustado
- Ela queria ferir ao senhor ou a mim, não sei
- Isso não é verdade - Protestou a garota
- Mentirosa! - Rugiu Maite
- Já chega, senhorita Herrera largue o braço de minha filha - A mulher soltou de maneira brusca, e era possível notal as marcas dos dedos na mesma - Agora peço que se retire, senhor Herrera pode ficar se quiser, sei que não tem nada haver com o comportamento agressivo de sua prima
- Obrigado pela confiança, nos encontramos em casa senhorita
- Não virá comigo?
- Não, pegue a carruagem e depois a mande de volta
A mulher apenas concordou com a cabeça, e chegando mais perto do homem cochichou para que só ele ouvisse
- Tome cuidado seu bunda mole
E assim se afastou, abrindo caminho pela multidão.
A jovem decidiu ir caminhando, poucos minutos depois se arrependeu, a mansão era muito longe, seu vestido a impedia de andar mais rápido, e o salto estava acabando com seus pés, tanto que decidiu tirá-los no meio do caminho e seguir descalça.
- Uma dama tão bela sozinha essa hora da noite
Maite se sobressaltou com a voz que surgiu por de trás de uma árvore, rapidamente foi levando a mão discretamente até sua saia, a fim de pegar um canivete que tinha escondido por debaixo delas
- Nem adianta pegar uma das armas que está escondendo, eu sei o lugar onde elas estão
- Será que posso ir embora ou terei que te matar antes?
- Bom, tente a sorte Maitita - Falou um homem aparecendo na frente da mulher meio a gargalhadas
- Camillo? Acha que pode me assustar? - Falou sorrindo enquanto se jogava nos braços do rapaz, para um apertado abraço
- Como está minha garota preferida? - Camillo era um dos que fora pego e obrigado a treinar, roubar, tudo o que Maite também fazia. A diferença de idade dos dois era de 8 anos, e quando Maite chegou ele quem cuidou dela, e a defendia de tudo e de todos, era como se fossem irmãos
- Metida em encrenca como sempre
- O pai ficou furioso com seu sumiço - O homem que os abrigou nunca disse seu verdadeiro nome, portanto recebeu o apelido de pai
- Ele está me procurando?
- Ainda não, ele disse que tem coisas mais importantes no momento
- Se livra dessa vida irmão, saí de lá também, ninguém merece viver naquela porcaria
- Não da Mai, quem sabe um dia, mas agora me conte, o que a senhorita anda aprontando?
E assim Maite começou contar enquanto caminhavam.
Já passava das 3 da manhã quando Alfonso andava de um lado para outro na sala, Maite não havia chegado, o criado que conduzia a carruagem andou pelas redondezas e não a encontrou
- Fique calmo milorde, ela sabe se cuidar
- Ela pode ser forte, mas não a mais forte. Imagina se pegaram ela no meio da estrada e abusem, e matem ela, eu me sentiria culpado pelo resto da minha vida. Não devia ter a mandado vir sozinha
- O senhor a mandou vir com a carruagem, se ela não quis aí já é problema dela
- Porra Peter, você não é nada cavalheiro
- Senhor ela chegou...
Antes que a criada pudesse dizer mais alguma coisa Alfonso saiu para fora, se deparando com Maite abraçada a um homem
- Que diabos está acontecendo? Onde a senhorita se enfiou? Quem é esse sujeito?
- Olha vejo que está vivo - Comentou a jovem com ironia
- Claro que estou vivo, agora responda minhas perguntas - Falou praticamente gritando
- Vai com calma - Disse Camillo tomando a frente de Maite, ficando cara a cara com o duque
- E quem é você pra me dar ordens? O namoradinho dela?
Maite segurou a mão de Camillo, impedindo que ele fizesse o que estava pensando
- Obrigada pela companhia Camillo, pode ir
- Tem certeza?
- Tá achando que não sei me cuidar garoto?
O homem acabou sorrindo e com um beijo na testa se despediu da mulher e foi embora
- Que romântico
- Pode me dar licença? Queria dormir um pouco - Falou revirando os olhos, já que Alfonso e Peter estavam parados bem na frente da porta
- A senhorita não tem consciência? o dia está quase amanhecendo, pensei tudo do pior
- Agora está preocupado? Mas na hora de me mandar vir embora sozinha na frente do baile inteiro estava bom né?
- Claro, a senhorita estava apontando uma arma para a Lilian Martinez - Falou como se fosse óbvio
- Ela me puxou pelos cabelos, e depois me fez isso - Mostrou o braço arranhado que agora continha um sangue seco
- E por que não mostrou a todos?
- Pra que? Se nem a pessoa que eu salvei a vida duas vezes confia em mim, por que os outros deveriam acreditar? - E assim ela parou bem no meio dos homens, e Alfonso cedeu lhe dando passagem para entrar. Se arrependimento matasse, o duque de Ascóvia provavelmente estaria a 7 palmos da terra nesse instante.
Autor(a): poly_
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Maite estava preparada para dormir quando batem na porta, e em seguida Alfonso coloca a cabeça para dentro do quarto - Posso entrar? - Já entrou - Respondeu enquanto se sentava na cama - Vim me desculpar - Falou se sentando ao lado dela - Não tenho nada para te desculpar - Tem sim, eu devia ter confiado na senhorita - Eu não te culpo, como o ...
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