Fanfic: Pescoços vermelhos e rosas AyA - TERMINADA

Alguns
minutos mais tarde, depois de deixar de dar voltas pelo quarto, sentiu-se o
suficientemente estável para levantar-se, com grande esforço, completamente da
cama e baixar à sala de estar. Colocou sua grande xícara de café na mesa - e
muito cuidadosamente abriu a porta principal, fazendo uma careta de dor ante o
aumento de som que reverberou ao redor do quarto quando ela fez isso.

- Tem
um pacote para mim?  

O
carteiro deslizou uma caixa média através da soleira, deu a ela um fichário e
gritou:

-
Assine aqui. - Ao menos parecia que ele gritava.

O
estômago lhe revolveu pela loção de barbear que emanava de seu corpo, Anahí piscou
algumas vezes para esclarecer sua visão, logo rabiscou sua assinatura no papel
que lhe estendeu. Fechou-lhe a porta em sua sorridente cara.

Dulce
estava tombada desajeitadamente no sofá, segurando uma taça contra sua frente.
Ela se sobressaltou ante o som da porta ao fechar-se.

- O
que é isso?

Empurrando
a caixa de um lado ao outro do chão com o pé, não era pesada. Asmber
derrubou-se em cima da cadeira de cor framboesa.

- Me
dê um momento para abri-lo, ainda. Hoje, me sinto como uma merda. E é por sua
culpa.

Dulce
gemeu.

- Não
sustentei aberta sua boca e joguei as bebidas nela, sabe?

Anahí
jogou uma olhada ao espelho que pendurava da parede. Uns olhos injetados em
sangue lhe devolveram o olhar.

- Tem
a sua parte nesse caso. As margaridas foram tua idéia.

Dulce
se deslizou mais abaixo do sofá.

- OH,
deixa de te queixar e abre a maldita carta.

Tomando
um profundo fôlego, esperando que se aquietasse o batimento do coração em sua
cabeça, Anahí estudou atentamente o envelope.

- É do
advogado de Tia Ernestine.

Dulce
se aproximou, mais logo gemeu. Fechando seus olhos, apoiou sua cabeça contra o
respaldo do sofá.

- E o
que é o que diz? - Ela gemeu outra vez. - OH, brinda-nos com suas palavras.
Abre o primeiro pacote.

depois
de lutar e amaldiçoar com a cinta empacotadora durante cinco minutos, Anahí
rasgou a caixa aberta e tirou uma urna de prata. 

Que
diabos...

Abrindo
embrulho, Anahí piscou para focar seus olhos, depois esquadrinhou rapidamente a
missiva.

- Há
algo valioso nela?

Anahí
olhou boquiaberta a carta, segundos depois riu até que as lágrimas deslizaram
rodando por suas bochechas, ao mesmo tempo se sobressaltou pelo batimento do
coração em sua cabeça.

- Inferno,
não. É Tia Ernestine.

Anahí
se agachou involuntariamente quando uma folha lamacenta bateu contra o
pára-brisa. Seu Chevy Blazer de oito anos estralou quando deu uma inclinação
brusca por culpa de outro buraco do caminho sem pavimentar.

Inclinando-se
para frente, agarrou mais forte o volante quando o limpador de pára-brisas
limpou a água lamacenta da tormenta daquela manhã através do pára-brisa. O
maldito atoleiro era do tamanho do Rhode Island.

A urna
situada entre os assentos golpeou ruidosamente fora do assento e fechou de
repente o console quando a esquerda do carro se afundou dentro de um sulco
especialmente profundo.

- Não
se atreva a dizer uma palavra, Tia Ernestine. Você quis fazer esta viagem.

Anahí
moveu de um puxão a roda para a esquerda, virando bruscamente para evitar um
ramo de árvore que estava parcialmente ocupando o caminho. A roda direita
descendeu por um buraco especialmente profundo, balançando o primeiro veículo
de um lado e depois do outro quando o peneu se arrastou para trás para um nível
mas plano.

"Merrooooooooow!"
A esponjosa gata negra, que parecia uma bola no assento de passageiros, deu um
salto no ar quando a urna rodou para o assento de atrás.

Anahí
aliviou seu pé do acelerador.

- Ah,
merda! Sinto muito Meia-noite, mas este caminho está cheio de buracos.

Piscando
duas vezes, Meia-noite retirou suas garras do assento e se instalou a trás,
dobrando suas patas debaixo de seu peito.

Saltaram
sobre outra partida de buracos. As posses carregadas no porta-malas começaram a
trocar de lugar.

A urna
começou a rodar para frente e para trás do carro.  

Miando,
Meia-noite se empurrou contra o respaldo e afundou suas garras no assento outra
vez.

O
gesto da cara de Anahí mudou quando apertou o volante tensa.

-
Infernos. Quanto temos que ir mais longe? Este é o caminho correto, verdade? -
Piscando por volta de um raio da luz do sol da tarde que escapava de uma nuvem,
Anahí baixou a viseira.

- Juro
que este é o caminho correto. Lembro-me de dar a volta nessa casa rosada quando
vim aqui faz anos com tia Ernestine e tio Henry.

Ela
moveu de um puxão a roda para a direita para evitar outro buraco.

Anahí
soprou algumas mechas de cabelo disperso fora de seus olhos e jogou uma olhada
por volta da urna que agora estava entre os dois assentos dianteiros outra vez.

- Não
se preocupe Tia. Pulverizarei suas cinzas naquela ladeira de rosas selvagens ao
fim e ao cabo. Acredito que ficarei contigo por aqui um primeiro momento e te
deixarei me ajudar com minha novela. Assim, Quanto sexo deveria acrescentar
mais a minha história, querida Tia Ernestine? Isso é o que esse último redator
disse, sabe. Gostou de meu estilo. Só tenho que tirar um bebê secreto, amnésia,
converter meu herói em um vampiro em lugar de um vaqueiro, e não fazer que
minha heroína seja uma virgem a primeira vez que tem sexo com o herói. Ah,
também acrescentar mais sexo, mais sexo, mais sexo. - Anahí riu entre dentes e
depois sorriu abertamente. - Muito mais sexo sexo, Tia. E descreverei cada
parte disso para você enquanto o escrevo.

A urna
de prata saltou ao lado do assento perto de Anahí outra vez.