Fanfics Brasil - Atividades Interdisciplinares Felicidade Clandestina da Branca de Neve

Fanfic: Felicidade Clandestina da Branca de Neve | Tema: Felicidade Clandestina


Capítulo: Atividades Interdisciplinares

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FELICIDADE CLANDESTINA DA BRANCA DE NEVE


Ela era uma garota baixa, gordinha, de olhos arregalados, usava um capuz vermelho. Enquanto Branca de Neve era alta, magra, lindíssima, possuía um corpo escultural de dar inveja em qualquer menina, além de ter um príncipe lindo! Porém Chapeuzinho Vermelho possuía o que qualquer princesa esfomeada gostaria: um cesto cheio de doces.


Por ser uma garota pequena e não ser comilona, já havia enjoado de doces e pouco se importava com eles, não fazia questão, até porque sua mãe era uma doceira de mãos cheias. Mas possuía um talento: a crueldade, talvez pela sua feiura, ou pela beleza de Branca de Neve, despertando assim uma inveja tremenda! Saía pelos caminhos da casa da vovó com aquele cesto de doces, cantando: “pela estrada afora eu vou bem sozinha, levar esses doces para vovozinha...” e fazendo fusquinha para Branca de Neve que com água na boca pedia-lhe um docinho e ela com um sorriso traiçoeiro respondia: se minha vovó não comer todos eu te dou um docinho. Ela devia odiar muito Branca de Neve, porque era excessivamente linda. No desespero de comer um doce, nem percebia as humilhações a que ela se submetia: continuava a suplicar por um doce. Eram doces cheirosos com formatos de círculos, corações e de todos os sabores. Chapeuzinho disse para Branca de Neve passar no dia seguinte, talvez sobrasse alguns doces e ela poderia te dar um.


Até o dia seguinte Branca de Neve transformava água na boca em esperança de comer um doce: ela não vivia, sonhava com aquele saboroso doce que poderia comer.


No dia seguinte, ligeira procurou Chapeuzinho mais uma vez. Ela não morava no castelo como Branca de Neve e sim na floresta, já era esperada na entrada, sem conseguir olhar para os olhos de Branca de Neve, disse que vovó havia comido todos os doces, e que voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Atordoada, saiu devagar, mas como a esperança é a última que morre, saiu saltando pelas estradas da floresta esperando conseguir um doce no outro dia.


Mas infelizmente o plano de Chapeuzinho era diabólico, no dia seguinte lá estava Branca de Neve com um sorriso nos lábios, água na boca e com o coração acelerado a espera do doce, pra ouvir a seguinte resposta: ainda não sobrou doce, para voltar no dia seguinte. Mal sabia que o drama do “dia seguinte”, água na boca, coração acelerado, repetiria por várias vezes.


E assim continuou por muito e muito tempo, era maldade que não acabava mais! Branca de Neve já começara a acreditar que a felicidade de Chapeuzinho era fazê-la sofrer, mas ela ia todos os dias em sua casa, não faltava um dia sequer. Às vezes ela falava que sobrara um doce ontem de tarde, mas você só veio de manhã, aí eu mesma comi o doce e ela sentia uma punhalada no coração.


Até que um dia, quando Branca de Neve estava na porta de Chapeuzinho, se preparando para mais uma sessão de humilhação, apareceu sua mãe, ela devia estar desconfiada das visitas constantes de Branca de Neve em sua casa, pediu explicação para as duas. Houve um momento de silêncio, quando Branca de Neve já desanimada abriu-lhe o coração sobre o desejo de comer um doce que Chapeuzinho levava a vovó e que e nunca sobrara um para ela, a senhora achando cada vez mais estranho, meio sem entender, ou sem acreditar, até que a bondosa mãe entendeu a maldade de sua filha, muito surpresa, voltou-se para Chapeuzinho e exclamou: vovó não come doce, ela é diabética!


O pior foi essa mãe descobrir que sua filha Chapeuzinho criada com tanto amor, era nada mais e nada menos que uma criança má, cruel que usava os doces para torturar Branca de Neve.


Foi então que, finalmente depois de alguns minutos de silêncio, disse com uma voz firme e olhar ameaçador para a filha maldosa: você vai dar todos os doces para ela agora mesmo. E para Branca de Neve: “E você volte amanhã que vou te dar um cesto cheio de doces de todos os sabores para você”!


“Um cesto de doces de todos os sabores”, essa frase soou como música para ouvidos de Branca de Neve, ela estava atordoada, em estado de choque! Quando pegou os doces em suas mãos não sabia o que fazer, se corria se andava devagar, se sorria , se chorava, foi um turbilhão de sentimentos inexplicáveis.


Chegando em casa, Branca de Neve não sabia qual doce comer, se comia ou guardava para simplesmente tê-los em seu poder, os olhava constantemente contemplando, ela fingia que não os tinha, só para depois ter o susto de os ter. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para ela, ela sentia. Como ficou feliz! Se sentia a princesa mais linda, mais feliz de todo o reino encantado, singelamente por causa alguns doces que para muitos não era nada, mas que para Branca de Neve era tudo.


Às vezes lambia os doces para sentir o prazer por mais tempo, não era mais uma menina com vontade comer doces e sim uma menina relizada e feliz!


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): lucio

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