Fanfic: O PREÇO DO SILÊNCIO

Texto e História de Evandro de Brito Silva

Na casa de dona Paola a tensão aumentou quando Álvaro perguntou se foi ela que matou o Alberto, ela respondeu:

Não filho, não foi que matei o seu pai, eu seria incapaz de ter matado ele.

Então porque vocês estão discutindo desse jeito, parece que vocês têm culpa no cartório?

O Alexandre está nervoso e por isso esta falando bobagem, não é Alexandre fala pra ele.

O rapaz sentiu o sofrimento de Álvaro, e confirmou o que a mãe havia dito, ele baixou a cabeça e voltou para o seu quarto.

No hospital Silvia cochila no colo de Tarso, ele a acorda e diz para ela voltar para casa e descansar.

Meu amor acorda você esta muito cansada, vai para a casa porque eu acho que a Taís vai ficar internada, amanhã você volta.

Não Tarso eu quero ficar com a minha filha ela precisa de mim, vai pra casa você e amanhã pela manhã você vem pra ficar com ela.

Não Silvia eu não vou deixar vocês duas aqui sozinhas, então ficaremos nós dois.

Na casa de Ananda seus pais preocupados conversavam com a menina, alertando sobre o perigo que tinha dela ficar até tarde na rua.

Minha filha eu já falei pra você não ficar até tarde na casa dos outros.

Eu sei mãe é que eu e a Débora tínhamos um trabalho pra fazer sobre o filme que nós assistimos.

Mesmo assim Ananda você tem casa porque, não trouxe sua amiguinha pra cá?

Ai pai porque já que a casa dela é caminho da escola resolvemos ficar por lá mesmo.

Pela manhã na praça um frio muito forte, Juarez disfarçado passeia com uma mala, ele conversa sozinho planejando como vai entrar na casa de Ananda.

Se eu soubesse que ia estar tão frio eu teria ficado naquela barraca de madeira, lá estava mais quente, bom vai ser difícil alguém me reconhecer, com esse cabelo liso e essa maquiagem no meu rosto eu vou enganar todo mundo e pegar a minha menina.

De manhã Taís recebe alta e vai para casa, o doutor Alberto diz como era a situação da menina.

Bom pai a Taís sofreu uma mancha no pulmão como eu havia falado, agora tem que mante-la em repouso e não deixá-la tomar vento ou gelado.

Escutou não é filha você tem que obedecer as instruções do doutor Alberto.

Depois de uma longa conversa com os pais de Taís eles se despediram e foram para casa.

Doutor muito obrigado pela atenção que o senhor deu á minha filha, vamos cuidar dela direitinho.

Oh minha filha como você está pálida e com os olhos vermelhos, você está sentindo alguma coisa?

Não mãe estou só um pouco fraca, acho que é porque eu não quis comer a comida do hospital.

Porque você não quis comer a comida do hospital filha?

Ah não mãe, eu estava com nojo daquela comida.

Então vamos correr porque você precisa comer.

Álvaro acaba de acordar, ainda um pouco triste ele fala para si mesmo que desiste e que não quer mais saber da morte do pai.

É tão difícil quando as pessoas escondem algo de você, eu desisto não vou ficar me magoando com essa história um dia eu vou saber a verdade.

Álvaro também acorda e desce pra sala, ele esta muito feliz por causa do novo trabalho.

Bom dia Mara, traz o meu café, por favor?

O senhor acordou feliz hoje doutor Alexandre, da pra ver a alegria nos seus olhos.

Estou sim Mara hoje começo a trabalhar na empresa Aquarel.

Na empresa Aquarel, a dos Coimbra?

Sim é lá mesmo, vou ganhar muito dinheiro Mara e não precisar depender da minha mãe.

Doutor Alexandre sua mãe já sabe desse emprego?

Sabe eu falei pra ela ontem, a mulher ficou de cabelo em pé quando eu contei.

Ananda ainda está dormindo, João de Arutaiá e Maristela já se levantaram e cuida da casa.

Maristela hoje tem que ir ao mercadinho comprar algumas coisas, já está acabando a comida.

Mas não temos dinheiro pra comprar João?

Pede para o dono do mercadinho colocar na minha conta que depois eu acerto com ele.

Nós vamos ficar devendo de novo João?

Para de falar mulher, faça o que eu estou falando.

Maristela vai até o quarto de Ananda e acorda a menina.

Nanda acorda filha, acorda que mais tarde nós vamos fazer compras no mercadinho.

Ah mãe, me deixa dormir só mais um pouco.

Esta bem filha pode dormir.

No bordel uma noticia deixa madame Margô muito triste, Zélão chegou ao bordel bem cedo pra avisar a morte de um amigo.

Bom dia madame?

Entra Zé, o que aconteceu pra você vir aqui tão cedo homem?

Julia também estranhou o rapaz tão cedo no bordel:

É mesmo Zé você deve ter trazido uma noticia muito triste, pra estar aqui tão cedo.

Elas acharam engraçado, pois não era de costume Zélão acordar cedo.

Não gente calma aí, é serio eu tenho uma noticia muito triste pra você madame Margô.

Ela muito surpresa exclamou:

Pra mim, aí meu deus o que é dessa vez?

Julia se levantou da mesa e disse:

Fala logo Zé, aconteceu alguma coisa, fala?

É sobre o Pimentel.

Pimentel, o que aconteceu com ele, homem diz logo.

Ele morreu madame.

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