Fanfic: A garota do Cinema | Tema: Letras
A garota do cinema
Na época da escola, havia uma garota, que se destacava por sua aparência, pois destoava da maioria das garotas, ela era muito alta, super magra, cabelos ruivos e sardas no rosto. Enquanto a maioria de nós, erámos medianas e baixas, com corpos desenvolvidos e quase sempre loiras ou morenas. Porém ela tinha algo que era o desejo de quase todos nós. O pai dela era dono de uma sala de cinema.
Mas isso não fazia com que ela fosse amigável. Era mesquinha, nunca presenteou alguém com um sessãozinha de cinema que fosse, nem mesmo nos aniversários. O máximo que ela fazia, era nos dar meia entrada para algum filme que já estava saindo de cartaz.
Passava por nós sempre com seus fones de ouvido. Ela devia nos odiar, nós que erámos simplesmente lindas. Mas eu vivia lhe implorando para me deixar ir uma vez por mês que fosse ao cinema, assistir à algum lançamento, principalmente de fosse de terror, pois amo filme desse gênero. Ainda mais quando soube do lançamento de um filme nostálgico, “Família Addams”.
A Família Addams, faz parte da história de muita gente, de nossos tios, nossos pais, e sempre voltam com uma temática atualizada. E meus pais, não são do tipo que se importam com o lazer para os filhos e nunca me comprariam ingressos para filmes. Eis que então essa menina me disse que passasse em sua casa no dia do lançamento do filme, que eu poderia assistir com ela.
Naquele dia como as horas demoraram a passar, quase nem dormi a noite de tanta ansiedade em saber que finalmente poderia assistir um filme na famosa sala de cinema, afinal, eu nunca havia ido ao cinema ainda. Ficava imaginando como seria, a tela, o sistema de som, se seria um filme em 3D. Resumindo, eu ansiava de desejo por esse dia.
A data de estreia do filme estava marcada para o dia 31 de outubro, coincidentemente com o dia do meu aniversário! Então no dia marcado, acordei bem cedo, pois estava tão ansiosa que queria assistir a primeira sessão. Ela morava em uma casa maravilhosa bem em frente ao cinema, fui até sua casa saltitando de tanta alegria. Toquei a campainha, ela me atendeu, ainda estava de pijamas e na porta mesmo, me disse que não poderia sair naquele momento, pois estava a cuidar do seu irmão, e pediu para que eu voltasse no período da tarde. Fiquei muito chateada, mas ainda acreditava que assistiria ao tão esperado filme.
E assim eu fiz, retornei, ainda saltitante, no período da tarde, toquei novamente a campainha, e ela me atende ainda de pijamas, alegando que não sairia naquele dia, pois estava com muita dor. E pediu que eu retornasse no dia seguinte. Aquilo foi um balde de água fria no que seria um dia muito emocionante.
E assim foi dia após dia eu ia a casa da menina, por uma semana. E ela sempre me dava uma desculpa diferente para que eu voltasse no dia seguinte. Sinceramente eu não acreditava em nenhuma das desculpas dela, pois ela era uma mentirosa, que se divertia com a magoa dos outros; minha vontade era de que todos soubessem quão maquiavélica ela era.
Cada dia o papo se estendia um pouco mais. De repente as idas a casa da garota do cinema já não eram tão insuportáveis, hora e outra me pegava sorrindo, lembrando de algo que ela havia dito e ansiosa por ouvir mais das suas histórias.
Mas um dia, ela me atendeu e logo atrás dela, chegou a mãe dela, que quis saber o que estava acontecendo, que todos os dias, até mais de uma vez por dia eu batia na porta dela. Contei o que havia acontecido, e para minha surpresa ela não sabia o quão malvada a filha dela era e ainda me disse que a menina tinha autorização de levar seus amigos sempre que quisesse.
E para fechar meu dia, a mãe da garota disse que eu poderia ir lá sempre que quisesse, que as portas do cinema sempre estariam abertas para mim, isso fez com que uma felicidade indescritível tomasse conta de mim..., entretanto isso fez com que a garota de aproximasse de mim, onde descobri que ela não passava de uma menina que se sentia diferente das outras e que achava que não a aceiraríamos em nosso meio.
No fim, além de ganhar passe livre para o cinema, ganhei uma nova amiga, que apesar da diferença física é igual a nós, e o nome dela por coincidência, era Vandinha!
Autor(a): ana_julia_dadona_
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