Fanfics Brasil - A descoberta de um segredo e o nascimento de uma amizade O Despertar da Felicidade

Fanfic: O Despertar da Felicidade | Tema: Felicidade Clandestina, Game of Thrones


Capítulo: A descoberta de um segredo e o nascimento de uma amizade

20 visualizações Denunciar


Chamo-me Daenerys, moro em uma cidade pacata, ao Norte, chamada Westeros.  Próximo a minha casa vive uma menina chamada Sansa, ela era gorda, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto grande, enquanto a maioria das meninas, incluindo eu, éramos achatadas.  Além disso a Sansa andava sempre com os bolsos  da blusa, por cima dos bustos, cheios de chocolates. Mas ela possuía o que qualquer criança apaixonada por histórias gostaria de ter: um pai dono da livraria Saraiva.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até nos aniversários, em vez de um livro barato, ela nos entregava um simples cartão, coloridos sem imagens. Dentro escrevia com letras bordadíssimas e com tinta dourada palavras como "parabéns" e "feliz aniversário".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ao notar que estávamos lendo, ela toda era pura vingança, abrindo as embalagens dos e mastigando com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós éramos lindíssimas, magras, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. No meu desespero em ler, não notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar livros que ela não lia. 
Até que chegou para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Naquele dia não consegui dormir de tão eufórica. Eu era a própria  esperança de alegria, aguardando o tão sonhado dia seguinte. Sentia-me com borboletas no estômago.
No dia seguinte, acordei praticamente pulando da cama e fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava em um apartamento como eu, e sim numa casa enorme.  Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Espantada, saí devagar, mas logo a esperança me tomava de novo e eu recomeçava a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Westeros. Saí cantando e rodeando os postes: guiava-me a promessa do livro, sonhando loucamente com o dia seguinte, segui assim até chegar a meu apartamento.
Não sabendo eu, que o plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico.  No dia seguinte lá estava eu batendo à portada sua casa, com um sorriso enorme e o coração quase saltando pela boca. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Mas ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o prazer de me ver sofrer não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu sentia aquilo, às vezes aceitando: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando muito que eu sofra.
Diariamente eu ia à sua casa, sem faltar um dia sequer. Fazendo chuva ou sol, lá estava eu. Às vezes ela dizia: Ah, o livro estava comigo pela tarde, mas você só apareceu pela manhã, acabei emprestando a outra menina. Eu sentia um banho de água fria, ou melhor, de água gelada, a cada dia que ela falava que não estava com o livro para emprestá-lo a mim.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humildemente e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela estranhou a minha aparição silenciosa todos os dias à porta da sua casa. Pediu explicações a nós duas. Eu fiquei tomada pelo desespero e corri de volta para o apartamento, sem nem olhar para trás.
Poucas horas depois escuto a campainha tocar, abri a porta e lá estavam a Sansa com sua mãe. Pedi que entrassem, a mãe de Sansa falou que estava ocupada com algumas coisas em casa, mas que Sansa entraria para conversar. Sansa entrou meio sem jeito, ergueu as mãos em minha direção e entregou-me o tão esperado livro. Eu pulei de alegria, cheguei até abraçá-la. Ela empurrou-me e disse que só estava ali porque a mãe a obrigou e que a mãe brigou com ela por minha causa.
Dessa vez não recuei. Encarei-a e perguntei por qual motivo ela era tão má com as pessoas. Mas antes de me responder, fomos interrompidas por um filhote de dragão, sim, eu tinha um filhote de dragão. A Sansa arregalou os olhos, incrédula. Fiquei aflita por ver que meu pequeno dragão tinha saído do quarto e meu segredo estava nas mãos da garota mais cruel que já conheci na vida.
Pedi me ajoelhando que ela não contasse aquilo a ninguém. E para minha surpresa a Sansa jurou que guardaria o meu segredo, contanto que não o contasse o dela. Foi então que ela revelou que tinha um lobo gigante. Uau eu achei que era a única com animais diferentes, pensei. Então notei os olhos dela encherem de água e ela começou a chorar. O que houve? Não irei contar seu segredo. De repente ela enxugou as lágrimas que desciam pelo seu rostou e falou que quando era menor, falou aos amigos na escola que tinha um lobo gigante, ninguém acreditou e pediram para ela mostrar o animal, mas seus pais a proibiam demonstrá-lo por não saber a reação das pessoas. Todos os seus amigos passaram a debochar dela, chamavam: a mentirosa do lobo gigante invisível. Para se proteger, ela decidiu se tornar uma menina cruel, afastou todos a sua volta para que não sofresse mais. Eu a abracei e disse que a entendia. Ela me abraçou de volta, pediu desculpas por tudo de mau que fez e perguntou se poderíamos ser amigas. Claro! Falei cheia de empolgação. 
No dia seguinte peguei o livro para ler, ler não, devorá-lo de tão animada que eu estava. Repentinamente o telefone tocou, era a Sansa convidando-me a ir à sua casa e levar o livro. Concordei e desliguei o telefone. Naquele instante uma tristeza tomou conta de mim, fui caminhando vendo a esperança de ficar por um instante com o livro ir embora. Bati à sua porta, ela abriu e ao erguer o livro cabisbaixa, para minha surpresa ela pediu que eu entrasse. Contei tudo a minha mãe, sobre nossa conversa e ela permitiu que eu a convidasse para conhecer meu lobo, disse Sansa. Quase explodi de alegria, subimos a escada para seu quarto rapidamente e fiquei admirada ao ver aquele logo gigante e peludo de perto, seu nome era Lady, e era uma verdadeira Lady. Mas enquanto ao livro, por que pediu para eu levá-lo. Sansa sorriu e disse que gostaria de lê-lo junto comigo, já que éramos amigas.
Assim, com o passar dos dias a Sansa e eu nos tornávamos  cada vez mais próximas. Líamos muitos livros juntas, visitávamos uma a outra, Sansa se tornou uma menina doce novamente, não só comigo, mas com as outras pessoas também e a nossa amizade crescia cada vez mais.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): francielen_araujo

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




Loading...

Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais