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Fanfic: Felicidade Nordestina | Tema: Gabriela e Virgulino


Capítulo: Felicidade Nordestina

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   Felicidade Nordestina


 


 


Ele era esguio e com muitas manchas no rosto, cabra da peste, possuía um ar gentil e sorriso amarelo um pouco de remelo nos olhos e muita esperança de que viesse a chover em seu mundo de extrema secura.


Eu sinceramente o admirava, pois nunca vi tamanha alegria , onde se falta quase de tudo, e muito se aproveita do pouco que se tem, ele amava literatura muitas e muitas vezes lia poemas para se renovar viajava quilômetros de pés descalços para possuir um livro .


A leitura era para ele como gotas de água que pareciam doces e refrescantes cair naquele sertão, renovando seu coração que já não aguentava sentir- se tão só e por isso viajava no mundo através de  personagens mágicas das paginas de um livro.


Mas que depressa escondia seus livros, por medo de que um outro alguém os destruísse, Virgulino  as guardava juntamente com suas facas de uso , ninguém os acharia ali e nem se quer ousaria se fingir de bobo com essas facas.


A maneira de sobreviver era de cangaço, como conseguia ser mau muitas vezes isso pouco importava pois o essencial é invisível aos olhos e em seu coração havia muito amor escondido que só se percebia ou vê-lo abrindo um livro.


E eu corria livre por ao meio das poucas cores verdes na paisagem  sertaneja com um vestido rasgado e cara empoeirada cabelos sujos  e  uma vontade enorme  de ir embora para Bahia , meu nome é Gabriela tento me manter sempre alegre e desejo mais e mais na vida, quero conhecer aprender muito além do que tenho aqui.


Virgulino percebia isso em mim, e a partir dessa descoberta passou a exercer uma verdadeira tortura chinesa sobre mim, afinal ele possuía algo que toda pessoa curiosa e com desejo de aprender queria, livros.


Era fascinante saber que eles estavam tão perto de mim, porem encontra-los era perigoso e isso era tão excitante quanto lê-los, eu buscava incessantemente e varias vezes fui surpreendida por Virgulino com um olhar amedrontador de arrepiar.


Eu queixosa o pedia um livro e sinceras desculpas ele mudava o semblante e sorria rapidamente e me prometia emprestar o livro mais desejado por mim Sonhos D´ouro de José de Alencar um romance que fazia meu coração pulsar mais alto.


Ai eu ia embora novamente com esperança de poder ler esse livro ia correndo pulando cantado pelo caminho a noite deitava no chão seco e olhava para o céu desenhava nas estrelas meus desejados livros belos e dourados e depois adormecia.


    No dia seguinte eu ia novamente tentar a sorte, cheia de esperança e ele me dizia cabisbaixo que tinha que sair para trabalhar e me desprezava e eu saia triste de novo e retornava no outro dia.


 Porem acreditava que não queria me emprestar, pois todas as demais vezes que fui esperançosa sempre arrumava uma desculpa e mesmo assim mantinha a alegria de um dia ter algum prazer em meio a tanta necessidade do sertão.


Creio que ele até gostava dessa situação, algumas vezes vi  ele virando as costas e rindo


Demasiadamente, imagino que era da minha insistência, e de certa forma com essas visitas continua nós dois eremos menos só.


    Talvez houvesse entre agente uma forte ligação o amor aos livros e a persistência de tentar sobreviver, nossas almas juntas buscavam saciar a sede de conhecimento era nossa fonte vertente de esperança.


    Até que um dia ele me chamou, e disse depressa venha Gabriela sente aqui no chão comigo enquanto pegava uma das facas de sua cintura e cortava devagar suas unhas me olhava e disse vou fazer diferente dessa vez diga-me o que mais lhe trás alegria em sua vida?


    Eu pensei e disse é aprender algo novo e só consigo isso através dos livros que consigo achar , quando aprendi a ler com uma senhora escrava de uns senhores portugueses que apareceu por essas bandas fugida de senhor foi magico e me sentia única e que estava fazendo algo que poucos conseguiram assim queria poder ler , tenho muitas dificuldades ainda assim quero ensinar a outros de nosso povo do sertão.


    Virgulino estava com os olhos cheios de lágrimas que escoriam pelo seu rosto e levava determinada quantidade de poeira e amargura, disse-me minha menina já passei por muitas coisas nessa vida e já acabei com vidas também e não me orgulho disso, não faz muito que eu sei ler.


     E o que me dá paz é ler histórias de pessoas que fazem a diferença no mundo de alguém de certa maneira me torno melhor também por isso vou lhe emprestar meus poucos livros para através de você ser melhor.


     Eu peguei primeiro o meu desejoso livro e sai cantando o mais alto que pude, enquanto


   ia parecia ser como o dia que a chuva cai no sertão me enchendo de alegria e gratidão só sabia sorrir me sentia tão viva .


     O guardei embaixo de minha cabeça como o mais valioso travesseiro que poderia ter em minha vida, dia a pós dia eu o folhava lia, relia protegia escondia com amor perto do meu coração sempre estava comigo como uma criança sorridente vivia.


     Não existia tanta dor mais dentro do meu peito e nem a fome parecia incomodar as batidas de meu coração eram mais alto e me mantia de pé era a esperança de dias melhores, quanto ao Virgulino soube que não mais escondia seus livros havia feito uma pequena escola embaixo de uma arvore e ali apresentava o mundo magico dos livros a todos.



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Autor(a): andressa_dos_santos

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