Fanfic: Irmãos Lobo! - Wolf Children | Tema: Wolf Children

Notas Iniciais:

Olá galera, tudo bem com vocês?
Enfim é isso, a história "Irmãos Lobo" termina aqui.

Estou realmente feliz de ter terminado essa história, ela é a primeira Fanfic que eu finalizo entre todas desde que comecei a escrever e isso me deixa com uma sensação de dever cumprido. Eu realmente já tinha tudo planejado para essa história, algumas coisas claro foram alteradas no decorrer da mesma, mas tudo saiu como eu queria e enfim, está terminado.

Agradeço a todos que acompanharam essa história durante seu desenvolvimento e a todos que a leram futuramente, essa história foi escrita de fã para fã e espero que tenham gostado de ler assim como eu gostei de escreve-la. Comentários e criticas são sempre bem-vindas mesmo após o final da Fanfic.

Espero nos vermos novamente em minhas futuras histórias, até logo...

Uma semana havia se passado desde que Ame voltou para a sua vida nas montanhas, eu não o vi mais desde então...

Logo minhas férias chegaram ao fim e eu precisarei voltar para o colégio, se bem que deveria ter voltado ontem com a Shino e o Sohei para já prepararmos nossas coisas, conhecermos nossos quartos e nos organizarmos, mas eu queria passar mais um dia com minha mãe antes de ir embora, aproveitar para ir onde eu ainda queria ir, mesmo que hoje seja meu último dia aqui.

“– Ei Yuki eu queria aproveitar e te dizer uma coisa...” – O que será? Sohei me disse isso ontem, mas não conseguiu falar o que realmente queria e me pediu para deixar quieto e que falaria quando nos víssemos de novo no colégio na próxima semana, fiquei curiosa, espero nos vermos logo então.

 - Yuki?

 - Mãe... eu estava apenas observando a natureza... – Quando eu notei minha mãe estava parada próxima a mim, eu estava ali sentada na varanda olhando para as arvores tão pensativa que me esqueci de tudo a minha volta, acho que já faz alguns minutos que ela estava ali me observando – Vou sentir saudades desse amanhecer, de tudo aqui...

 - Acho que não tanto quanto deve estar da vida lá fora... – Ela sorriu ao comentar, mas não era bem verdade.

 - Bom no começo eu achei que iria sentir falta das coisas da cidade, mas... agora já sinto que não consigo simplesmente ir embora, ainda nem fui e já quero voltar... – Realmente a vida ali era diferente em meio a natureza tão viva, o cantar dos pássaros e das cigarras ao amanhecer, o vento soprando as folhas das arvores, tudo tão bonito e passava um sentimento de paz que eu sempre adorei.

 - Bom eu e esse lugar sempre estaremos aqui para quando você quiser voltar minha filha... – Disse sentando-se ao meu lado, eu me encostei junto a ela e ela passou seu braço sobre meu pescoço me abraçando, realmente eu já esperava pelas próximas férias, acho que os próximos meses vão ser bem longos...

 - Yuki... acho que você deveria ir até a nossa horta... – Sua sugestão foi um tanto quanto estranha, eu a olhei curiosa e ela se levantou – Tem alguém querendo falar com você...

Eu estava realmente surpresa. Quando minha mãe disse que alguém queria falar comigo pelo olhar feliz dela enquanto me passava o recado eu só podia pensar em uma pessoa.

 - Ame? – Ele estava agachado olhando as plantas, de costas para mim até que me ouviu e voltou-se a minha direção – Eu nem vi você voltar...

 - Eu sei, mamãe foi a única que me viu – Ele disse se levantando e se aproximando, parecia diferente, tinha um olhar tão tranquilo – Você vai embora amanhã, não é?

 - Ah, é... vou – Respondi, nossa mãe devia ter contado a ele, será que voltou para se despedir? Eu estive pensando que quando ele havia ido embora naquele dia tinha sido uma despedida por mais que eu não tivesse conseguido dizer o que queria – Minhas aulas começam logo, tenho tanta coisa para resolver.

 - Tudo bem, é bom que tire um tempo para isso..., mas, Yuki eu queria que você viesse comigo...

 - Ir? – Não tinha entendido o que ele queria dizer – Ame... onde, ir para onde?

 - Apenas confie em mim, eu queria muito te mostrar algumas coisas antes de você voltar – Ele disse quando começou a caminhar na direção que levava a estrada, logo eu olhei para a direção da casa ao perceber nossa mãe olhando para nós, ela sorria, acho que ela já sabia o que Ame queria e apenas acenou para mim levemente balançando a cabeça me encorajando a segui-lo. Eu então alcancei meu irmão, ele de certa forma parecia saber que eu o acompanharia.

Começamos a caminhar pela estrada sem dizer uma única palavra, eu estava tensa com esse silêncio todo, mas ele pelo contrario parecia calmo, aquela expressão serena em seu rosto não me deixava dizer o que ele poderia estar pensando, mas ele parecia feliz.

 - Por aqui... – Minutos depois de sairmos da casa, ele então mudou a direção indo rumo as arvores onde havia uma pequena trilha aberta, me lembrei daquele caminho, foi por ali que fomos até a área onde ele libertou os animais naquele mesmo dia que ele foi para as florestas novamente – Só mais um pouco...

 - Ame...

 - Agora por aqui... – Ele me guiava, eu ia logo atrás olhando para todos os lados, mas sem perder ele de vista, estávamos saíndo da trila e eu comecei a me preocupar com galhos e raízes nas quais eu pudesse tropeçar, Ame tirava a maioria dos galhos do caminho, as vezes parava para que eu passasse antes de soltar os mais grandes abrindo caminho para mim – Não se preocupe, esse caminho é seguro – Suas palavras por algum motivo me davam confiança, eu apenas o seguia então. Me perguntava a quanto tempo estávamos caminhando, a luz do sol atravessava as folhas e galhos das arvores onde podia clareando a floresta, mas eu não sabia dizer ao certo que horas seriam, entretanto já estávamos a mais de uma hora caminhando.

 - Vamos... por aqui – Ele então subiu em cima de um tronco de uma arvore caída e pulou para o outro lado, a arvore com certeza deveria ser gigante, com sua ajuda eu fiz o mesmo, então quando me levantei eu o vi olhando para frente – Chegamos...

Eu olhei para onde ele olhava. Eu pensei que a arvore caída logo atrás era grande, mas havia uma outra algumas vezes maior que aquela, seu tronco era enorme e suas raízes também, elas se misturavam entre as pedras a volta, era um tipo de clareira, não muito grande, nunca imaginei um lugar como aquele no meio da floresta. Ame foi em direção a “arvore mãe”, a chamei assim por que devia ser a maior e mais velha daquela montanha, ele fez um sinal com as mãos para que eu fosse também e assim eu fiz subindo pelas enormes raízes esverdeadas pelo musgo e plantas que nasciam sobre elas.

Junto aquela grande arvore eu notei que havia um tipo de entrada, um lugar como se fosse uma caverna formada pelas raízes e pedras juntas, o espaço não era muito grande, então um pensamento veio a minha mente.

 - Ame, aqui é...

 - Eu moro aqui... digo, nem sempre, mas quando estou pela região é aqui que eu fico... – Ele explicou, era como eu pensava aquela arvore era sua casa na floresta – Era aqui que meu professor vivia, antes dele morrer... você iria gostar de tê-lo conhecido...

 - Vocês eram muito amigos, não é... – Eu lembro de quando Ame falava sobre seu “sensei”, seu professor, era uma velha raposa que vivia na montanha e aparentemente ensinou muitas coisas para ele, lembro de quando ele disse para mim conhece-lo também, foi justamente no dia em que brigamos.

 - Amigos? É talvez... nunca pensei dessa forma, mas ele me entendia muito bem... – Ele respondeu olhando para a arvore, para o alto como se lembrando de alguma coisa – Mas, no momento eu queria que você soubesse onde esse lugar é...

 - Ame, espera...

Ele então começou a se mover saltando por cima das raízes novamente avançando para o outro lado.

 - Ainda há mais dois lugares que eu quero te mostrar, Yuki... – Ele disse virando seu rosto na minha direção, eu então o acompanhei e parei ao seu lado, estava curiosa para saber onde mais iriamos, haveriam dois lugares mais bonitos e interessantes do que aquele? Eu fiquei esperando que ele começasse a andar, mas ele não se mexeu, parecia pensativo.

 - Ame?

 - Esses dois lugares, não tem como você chegar dessa forma...

Ele me olhou, eu fiquei curiosa com o que ele queria dizer, estava falando que um humano não poderia simplesmente ir onde ele queria que eu fosse, então eu logo percebi.

 - Espera Ame, eu não... não posso, já faz tanto tempo que eu nem mesmo sei se consigo... – Eu relutei. Mal me lembrava a ultima vez que havia me transformado em loba por completo, desde o incidente com o Sohei eu havia me decidido pelo caminho humano, mesmo parcialmente tendo deixado meu lado lobo aparecer, já não sabia nem mesmo se poderia me transformar novamente.

 - Tudo bem, apenas se deixe levar... essa é nossa natureza não tem como esquecer isso, apenas se permita correr novamente pela floresta e esqueça todo o resto... – Ele começou a caminhar e logo começou a mudar, assumir a forma de lobo de um jeito tão natural, anos atrás aquilo seria diferente, ele nunca quis viver como lobo quando criança e então agora aquela parecia ser sua verdadeira forma, não um humano que pode virar lobo e sim um lobo capaz de assumir a forma humana se precisar – Apenas me siga...

Eu fechei meus olhos. Tinha duvidas se poderia fazer aquilo, mas no fundo era algo que eu queria também, poder correr ao seu lado novamente mesmo que só mais uma vez, será que era algo que ele tanto queria também?

Comecei a andar para frente, senti o vento bater em meu rosto, o cheiro das plantas ao redor, podia ouvir o som a minha volta tão perfeitamente, diversos pássaros parados nos galhos das arvores, uma coruja não muito longe, grilos e até mesmo o som da água corrente de algum riacho próximo, a cada passo sentia meu corpo mudar, conforme abria os olhos minha visão era totalmente diferente, podia ver o mundo a minha volta com tantos detalhes enquanto já estava ao lado do meu irmão que olhava para mim, depois ele olhou para frente, acenou movimentando o focinho e começou a caminhar, ele logo começou a aumentar a velocidade de seus passos, eu o segui, acompanhava suas patas e cada movimento, quando ele saltava, eu saltava também. Mesmo anos depois muitas coisas se passavam em minha cabeça, eu me senti então livre, eu o acompanhava, desviando de galhos e arvores, o chão cheio de pedras, um pouco escorregadio em alguns pontos, estávamos subindo a montanha?

Aquela sensação era incrível assim como eu me lembrava, na forma de loba eu sentia a nostalgia de anos atrás.

Quando ele parou eu parei e fiquei admirada. Estávamos na beira de uma alta e íngreme ladeira, eu podia ouvir o forte som da água, uma cachoeira. Ame ficou admirando e não disse nada, eu também continuei a olhar e me lembrei que nossa mãe havia contado sobre o dia em que ele foi embora, imaginei se foi aquela cachoeira que ele subiu naquele dia em que se despediu dela.

Então Ame se virou e voltou a se movimentar, eu não o perdi de vista e o segui. Entre as arvores novamente eu conseguia me movimentar tão bem quanto ele que parecia não olhar para trás nem mesmo para garantir que eu estava o seguindo bem, acho que ele já sabia que eu conseguiria. Continuávamos a subir, depois alcançamos o terreno plano, a floresta totalmente fechada começava a ficar mais clara, ele sabia muito bem o caminho, logo eu comecei a ver mais luz, uma área mais aberta e enfim paramos. Quando ele parou eu parei ao seu lado, a única coisa que eu podia fazer então era admirar aquele novo local, a vista era a melhor possível.

O sol clareava todo o vale e o grande lago que estava mais a baixo, a nossa frente, de cima de uma grande pedra eu podia vê-lo totalmente, a água tão clara refletia as nuvens, no fundo as montanhas e a floresta faziam daquela uma visão espetacular. Eu não tinha palavras, Ame também não dizia nada. Ficamos ali até que o sol começou a tomar seu caminho descendo no céu e um tom alaranjado refletindo a luz tomou conta da água do lago. Olhando para meu irmão naquele momento eu notei que ele estava feliz, pensei se aquilo era algo que ele sempre quis, me mostrar todo aquele mundo e eu entendia naquele momento o que aquilo significava para ele, a liberdade, viver junto a natureza, quantos outros lugares tão magníficos como aquele ele não haveria visto vivendo nas montanhas. Eu não poderia ter aquela vida mais, mas estava realmente feliz por ele.

Conforme a noite se anunciava estávamos de volta a grande árvore, aquele dia havia se passado tão rápido que eu nem tinha sequer percebido, logo estaria de noite então eu precisava realmente voltar para a casa de nossa mãe, será que ela estaria preocupada ou Ame teria contado a ela que iria me trazer até aqui? Acredito que a segunda opção seja a mais provável.

Após me vestir já de volta a forma humana notei que ele continuou como lobo, afinal Ame estava em casa, já sabia que ele não voltaria.

 - Isso foi... incrível, Ame, estou feliz por ter conhecido essa parte da floresta que não conhecia... obrigado.

 - Quando você voltar para nos visitar, não se esqueça daqui... – Disse ele olhando para a arvore – Assim mesmo se eu não for ver nossa mãe, você saberá onde eu estou, ela também conhece esse lugar... então mesmo que eu não saiba que você está de volta, eu poderia te ver...

 - Ame... – No fim conhecer sua casa significaria que eu poderia visita-lo também no futuro – Sim, pode deixar...

 - Que bom, espero que fique bem Yuki...

 - Ame, eu... – Engoli em seco, na ultima vez eu não consegui dizer nada, mas não poderia deixar de falar, não dessa vez – Eu não me despedi de você, eu tentei na ultima vez e eu não consegui, então achei que não teria mais essa chance e assim como a anos atrás eu não poderia me despedir! Eu, eu não quero dizer adeus...

 - Então não diga “adeus” ... – Ele comentou tranquilamente se aproximando – Não precisamos, mesmo longe essa floresta, a casa de nossa mãe, a montanha, mesmo longe esse ainda é meu lar...

 - Mesmo longe essa floresta, a casa de nossa mãe, a montanha, mesmo longe esse ainda é meu lar... – Eu repeti aquilo como se fosse uma promessa de nos vermos novamente – Ame... obrigado.

Ele então se virou e começou a caminhar, eu precisava ir também antes de ficasse escuro a ponto de meu caminho ficar difícil, eu sabia voltar dali já então não seria exatamente um problema, mas queria aproveitar o resto da luz do fim do dia.

 - EI, AME! – Eu me virei novamente para ele, Ame parou e olhou para mim – Fique bem! ATÉ LOGO!

Ele acenou concordando e voltou para seu caminho, eu fiz o mesmo contente por tudo o que aconteceu naquele dia, realmente não precisava dizer “adeus”, um até logo era o suficiente, com certeza nos veríamos novamente e eu já estava ansiosa pelo dia que retornaria aquele lugar.

No dia seguinte minha mãe me ajudou a arrumar minhas coisas, não me lembrava que tinha trazido tanta roupa, minha mochila estava pesada, mas finalmente pronta para minha viagem de volta a vida na cidade e no colégio, “aquelas semanas se passaram num piscar de olhos” foi o que minha mãe me disse antes de terminarmos, eu sabia que no fundo ela ficava triste em se despedir, mas que ela estava feliz também.

 - Se cuide e me ligue assim que chegar na cidade grande Yuki, diga ao Sohei e a Shino que eu mandei um “oi” ...

 - Tudo bem mãe, eu direi sim e vou ligar assim que puder – Respondi, ela mantinha o mesmo sorriso em seus rosto que a anos atrás quando eu deixei essa casa e fui pro colégio, estávamos já no ponto de ónibus apenas esperando, eu olhei para os lados, para as arvores e depois para a estrada.

 - Acho que ele não vem... – Ela disse se referindo ao Ame.

 - Tudo bem, no fim não é mesmo uma despedida não é... – Eu sorri para ela que me abraçou, eu devolvi o abraço, apertado e duradouro, então eu mantive meus olhos nas montanhas.

 - AUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU...! – Eu pude ouvi-lo uivar, eu imaginei a cachoeira, o riacho, a montanha e o lago e pude imagina-lo também enquanto ouvia aquele som, mamãe parecia muito contente também.

Conforme o ônibus pode ser visto eu peguei minha mochila e abracei minha mãe mais uma vez.

 - Se cuide Yuki... fique bem...

Eu entrei no ônibus, segui até um dos acentos e pela janela conforme o veículo começava a se movimentar novamente olhei para ela e acenei com a mão, então logo conforme avançava pela estrada eu podia ver perfeitamente as montanhas e em minha mente mais uma vez escuta-lo uivar como se me dissesse “até logo” também.

Aquelas semanas em que passei naquela casa, junto aos meus amigos e minha mãe, ao meu irmão foram incríveis e eu levarei aquelas lembranças para a vida toda, talvez se eu contasse essa história para alguém, ninguém iria acreditar, mas vou guarda-las e um dia talvez eu conte aos meus filhos... netos... aquela afinal era a nossa história, a história dos “irmãos lobo”.

Musica: Okaasan no Uta. 

 

Madaminu anata aemasu you ni
Onaka wo sasuri itsumo negatta

 

Fu-u-u fu-u-u donna kao shiteru ka na
Fu-u-u fu-u-u donna koe wo shiteru no

 

Ookina hitomi watashi wo utsusu
Namida no tsubu ga hoho ni hajikeru

 

Manma manma oide gohan dekita yo
Ta-ta-ta ta-ta-ta oide sanpo ikou yo

 

Nakiharashita me de hiza wo kakaeru
Wake wo kikasete subete hanashite
Daijoubu dokoemo ikanai yo
Nani ga atte mo issho ni iru yo
Anata no waratta kao ga suki yo
Uchikondeite mo genki wo kureru

 

Ru-ru-ru ru-ru-ru oide uta utaou yo
U-o-on u-o-on oide nodo narasou yo

 

Ki-ra-ra ki-ra-ra nobinobi sodatteoku de

 

Yuki wo kake kumo wo kazoe ame ni asobi kaze ni fukarete
Hana ni umore kusabue narasou
Yonhon ashi de nihon no ashi de

 

Atarashii asa
Atarashii kaze
Anata no tame ni junbisareta no

 

Atarashii asa
Atarashii hikari
Sekai wa anata no tame ni aru

 

Atarashii asa
Atarashii niji
Sekai wa fushigi ni michiteiru

 

Futatsu no michi no dochiraka erabi haruka kanata mitsumeru manazashi
Shite agerareru koto mou nanimonai no kashira
Itsuka anata ga tabidatsu toki wa
Kitto waratte miokutte ageru

 

U-u-u u-u-u demo chotto samishii ka na
U-o-on u-o-on onegai shikkari ikite

(Musica: Okaasan no Uta | Fonte: Letras.com).

O dia havia amanhecido, podia-se ouvir os pássaros cantarem do lado de fora da casa e o vento que soprava calmamente pelas arvores e pela grama, o céu com poucas nuvens brancas em um tom azul tão claro e tão limpo apenas afirmando a beleza de toda aquela natureza. Hana bebeu um gole do chá que acabava de preparar enquanto olhava pela janela em direção as montanhas apreciando a paisagem como sempre fazia pela manhã, então ela foi até a pequena estante de madeira olhando para o documento e a foto do seu amado – “Tudo continua como sempre, Yuki e Ame estão seguindo seus caminhos como você queria...” -  Logo ela segurou uma folha de papel em suas mãos, era uma carta, o envelope estava ao lado do documento.

 - “Olá mãe, como você está? Eu estou bem...” – Hana começou a ler como se pudesse ouvir a voz de Yuki – “Desde que voltei para o colégio está uma bagunça, está tendo uma reforma aqui e meu novo quarto não tem telefone, resolvi então fazer como antes...” – Ela continuou a ler, sorrindo – “Tudo está indo bem, Shino está animada para voltarmos aí novamente e não para de falar sobre querer ver um lobo, há, há... se ela soubesse... enfim, o Sohei bem, tem algo que preciso contar, mas vou esperar para podermos falar pessoalmente... enfim, espero que o Ame também esteja bem, diga um oi para ele por mim... até logo, Yuki.”

Hana então colocou a carta sobre a estante também, suspirou aliviada, curiosa também com o que Yuki e Sohei iriam lhe contar, talvez ela já soubesse de alguma forma. Então pensou ter ouvido algo bater levemente em sua porta. Ela caminhou até a mesma abrindo e saíndo, então olhou para os lados procurando e enfim para o chão e pegou alguma coisa que estava ali, “um pêssego”, ela então com a fruta em mãos olhou para frente e conforme o viu se aproximar, Hana sentou-se na varanda.

Ame caminhou em sua direção, o lobo então se deitou ao seu lado repousando sua cabeça em seu colo e olhando em seus olhos, Hana então sorriu enquanto o acariciava levemente.

The End...