Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon

Dulce acordou cedo no dia seguinte, apesar de ser domingo e seu dia de folga. Ela tomou um bom banho, colocou uma roupa confortável, mas bem bonita e foi caminhar pela cidade. Precisava de ar puro.

Perto de sua casa tinha um bosque que ficava bem em frente ao museu, Dulce adorava ir ali, adorava o contato com a    natureza, apesar de ter tido pouco com a mesma, já que crescera em Nova York.

Fazia um dia frio na bonita Londres, Dulce caminhava com um sorriso no rosto, acordara feliz e bem disposta apesar de tudo. Caminhou devagar, pois não tinha pressa alguma, levara consigo um livro e seu caderno de notas. Poderia ler um pouco e ainda escrever se sua mente desejasse assim.

Chegou em frente ao bosque e reconheceu alguém do outro lado da rua, a pessoa também a reconheceu e veio ao seu encontro.

- Dulce? ­- a mulher disse parecendo surpresa e contente.

- Maite. -­ diz Dulce cumprimentando-a. -­ O que faz aqui? -­ quis saber Dulce. -­ Visitando o museu? ­- disse a mulher divertida.

- Quase isso. -­ disse Maite um pouco séria, o que fez Dulce franzir o cenho.

- Passa algo? ­- ela quis saber.

- Não. -­ a mulher disse rapidamente. “Rápido demais”, pensou Dulce.

- Maite! -­ uma voz masculina grita por Maite, e as duas olham pra fonte da voz.

- Aqui Christian. -­ disse Maite acenando pra um homem loiro do outro lado da rua.

- Pensei que tinha me deixado aqui. -­ ele diz rindo, parecendo não perceber a presença de Dulce. -­ Eu achei algumas pistas sobre o tal documento. -­ ele começou, mas Maite o interrompeu.

- Depois Christian. -­ ela olhou pra Dulce, e o homem finalmente a viu ali. Dulce ficou curiosa com aquilo. “Será que esse tal documento a envolvia? Ou quem sabe a Anahí? Não, não podia ser isso. Mas se não, por que Maite estava agindo tão estranhamente?”, era o que Dulce pensava.

- Christian Chavez. -­ se apresentou Christian para Dulce estendendo sua mão.

- Dulce Maria. -­ Dulce apertou a mão do homem.

- Oh. -­ disse Christian parecendo compreender agora. -­ Muito prazer, Dulce. -­ ele disse sem graça.

- O prazer é meu. -­ disse Dulce ainda mais desconfiada.

- Temos que ir agora. -­ disse Maite pra mulher. -­ Nos vemos outra hora, querida! -­ e sem dar tempo de Dulce responder, eles vão embora dali.

Dulce fica olhando eles se afastarem e depois caminha até o bosque, procura um banco e se senta. Olha pra paisagem ao seu redor e sorri, era tão bonito ali, era tão calmo. Pensou em pegar seu livro e ler um pouco, mas uma forte vontade de escrever lhe tomou então ela pegou o seu bloco de notas:

🗯 Às vezes sinto minhas pernas cambalearem, minhas mãos tremerem e o meu coração acelerar. Nesse momento é como se a vida voltasse ao meu corpo; é como se o sangue voltasse a correr por minhas veias, como se existisse algo para que viver. Essas são aquelas horas em que olho em teus olhos e que sei que tudo pode sim fazer sentido e que eu posso sim ser feliz.

Mas às vezes esses mesmos olhos me enchem de dúvida, de dor. Queria entender o que se passa em seu coração, em sua mente, em sua alma, mas existe uma distancia gigantesca entre nós. Uma distancia que não é física, uma distância que você mesmo construiu e que eu devia superar. Deveria?

O mundo diz que devo tirá-la de mim, que devo tê-la como uma mera lembrança, mas o mundo não entende, não sabe do que eu sei; não sente o que eu sinto; não vive o que eu vivo.

Talvez daqui um tempo eu não a ame mais como amo, talvez não a veja mais como eu vejo; mas cada segundo até esse dia sei que o meu coração vai arder. Arder como vem ardendo por tanto tempo.

O que mais me corrói é ver a confusão em seus olhos, ver dor. Se a machuca tanto, por que fostes? Quem sabe um dia a vida me dê respostas e quem sabe um dia eu me livre dessa dor, dessa incerteza.🗯