Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon

- Any. -­ começou Maite, ela estava séria. -­ Eu sei que você me pediu pra não me meter nos seus assuntos. -­ Anahí franziu o cenho. -­ Mas eu não podia ver você sofrendo assim sem fazer nada.

- Espere um momento. -­ Anahí disse. -­ O que isso tem haver? ­- Agora foi a vez de Maite franzir o cenho.

- Haver com o que?

- Você não me chamou pra apresentar o seu novo namorado? -­ Maite ficou sem graça, Christian riu.

- Quem me dera. -­ ele disse apoiando as mãos na mesa, Maite olha pra ele com os olhos arregalados.

- Não é pra isso? ­- Anahí estava sem graça agora.             

- Não. -­ disse Maite desviando o olhar de Christian para Any. -­ É sobre você. -­ Anahí ficou séria e olhou pra Christian. -­ Não se preocupe com ele, Chris. O Christian é um amigo de longa data e um historiador muito habilidoso.

Christian sorriu com o comentário e Anahí só franziu mais o cenho.

- Ta tudo bem, se você confia nele eu também. -­ ela disse, Maite e Christian sorriram. -­ Mas o que os dois têm pra me dizer?

- Conseguimos uma coisa pra você. -­ Christian disse com um enorme sorriso no rosto, Anahí olhou pra ele e logo olhou pra Maite que tinha um sorriso parecido.

-É, o que?

- Sabemos onde está a outra parte do documento. -­ disse Maite que não pode conter sua felicidade. -­ Podemos achar qualquer coisa lá!

No peito de Anahí nasceu um sentimento que ela pensou não conhecer mais. Nasceu a esperança.

Ela sorriu, um sorriso que há muito tempo Maite não via, isso só aumentou a felicidade da mulher.

****

- Dulce? Dulce? ­- Tom balançava sua mão na frente do rosto de Dulce, que estava paralisada. -­ Você está bem? ­- ele perguntou quando ela finalmente o encarou.

- Me desculpe.

- Tudo bem. -­ ele disse. -­ Você está bem mesmo?

- Estou. -­ ela lançou um sorriso amarelo.

- Acho melhor trocarmos de assunto. -­ ele disse tomando um gole de vinho.

- Não, não. -­ disse Dulce um pouco desesperada, mas ela logo se recompõe. -­ Quer dizer, eu acho isso tudo muito interessante e vejo que você acha o mesmo. -­ ela lançou o seu melhor sorriso, ele também sorriu e concordou.

- Sim, sabe o que eu acho? ­- ela fez que não com a cabeça, e ele voltou a falar baixo com medo que alguém o escutasse. -­ Que Christian achou a outra parte do documento, mesmo que ele não queira nos contar.

Dulce franziu o cenho.

- E você acha que essa “cura” pode acontecer sem. -­ ela vacilou. -­ morte?

- Bom, eu não tenho certeza disso, acho que nem Christian - ele disse se apoiando na mesa e olhando bem nos olhos de Dulce. -­ Mas se não houver, creio que seja algo tão ruim quanto.

Aquilo a assustou completamente. O que poderia ser pior que a morte?

- Se... Sei. -­ ela gaguejou.

Tom mudou de assunto e Dulce não conseguiu voltar, por mais que quisesse saber mais coisas, estava confusa demais com todas as informações recém-adquiridas. Quando Dulce se despediu de Tom na frente do restaurante, ela não foi direto pra casa. Ela foi até uma das famosas cabines telefônicas vermelhas de Londres e procurou na lista telefônica pelo sobrenome Portilla. Achou dois números, um fora da cidade e outro em Londres mesmo. Pegou seu celular e viu que o de fora da cidade era o mesmo da casa dos pais de Any, então pressupôs que o outro fosse da mesma.

Dulce discou o numero nervosa e antes do telefone começar a tocar, ela desligou. O que estava fazendo? O que ela planejava falar para Anahí? “Eu sei por que você me deixou”? Ela deveria acreditar realmente em tudo aquilo?

Dulce anotou o numero na agenda de seu celular e saiu da cabine telefônica apertando sua bolsa nas mãos. Estava confusa, estava triste e estava feliz. Confusa por não saber o que fazer, nem no que acreditar. Triste porque se fosse verdade, o que será que ela teria que fazer para ter Anahí de volta? Feliz. Bem, feliz porque ela entendia agora Any, entendia e faria tudo para tê-la ao seu lado.

***

Anahí se despediu da amiga e do novo amigo com um enorme sorriso. Poderia ela se livrar daquilo? Poderia ela ser como sempre sonhou? Poderia ela estar com quem mais quer estar?

Seu sorriso se desfez ao lembrar de Dulce. Será que ela a aceitaria de volta? Será que ela acreditaria em toda essa historia?

Muitas perguntas surgiam em sua cabeça, mas ela não tinha respostas para nenhuma, resolveu se acalmar e pensar em uma coisa de cada vez. Não poderia ficar tão animada, porque se bem conhecia essa historia, não importava o que ela teria que fazer para ganhar sua “liberdade”, ela teria ainda muito pela frente. Foram com esses pensamentos que chegou em seu apartamento, jogou a chave em cima da mesa e olhou pela janela. Lá fora a lua brilhava como nunca brilhou, um novo tempo estava chegando.