Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon

Dulce chegou em casa, colocou a bolsa na mesa de centro e se deitou no sofá com os olhos fechados. Tudo passava por sua cabeça tão rapidamente; perguntas sem respostas, explicações para antigas duvidas, felicidade para ferida antigas e medo por feridas que viriam a surgir. Resolveu ignorar tudo isso e deixar só um sentimento dominar seu coração; um sentimento bom e pacificador, a esperança.

- Oi Dul, é a Angel. Você não atende os meus telefonemas desde sexta-feira, eu posso saber por quê?

Bip. 

- Maria, aqui é a Angelique. Que droga, onde você se meteu?

Bip

- DULCE! ATENDE A MERDA DO TELEFONE!

Bip

- Desculpa pelo outro recado, mas eu estou realmente preocupada com o seu sumiço. Liga pra mim, por favor?

*

- Angel, aqui é a Dulce. Por favor, deixa de ser histérica. Não liguei porque preciso de uns dias só pra mim, você se importa? Te amo amiga. Desculpa se lhe preocupei.

*

- Ah, amiga, você está viva! Obrigada por me avisar. Vou lhe dar o seu tempo, é claro. Mas é claro que depois vou querer saber o porquê. Ra. Também te amo. Dê noticias.

*

- Ah, alô. Oi... han... Eu lhe liguei porque preciso falar com você. Desculpa se incomodo, mas você pode me ligar? Eu não incomodaria se não fosse muito importante. Bom... er.... então o número é 5555-0606. Se não ligar eu vou entender, mas eu preciso MESMO falar com você. É isso. Ah, e é a Dulce, Dulce Maria. Tchau.

- Mai, você não vai acreditar no que aconteceu! -­ Anahí ligou pra Maite assim que checou os seus recados.

- Anahí , isso é tão garota de segundo grau. -­ ela diz rindo.

- Não, não brinque Maite. -­ ela diz nervosa. -­ Estou falando sério.

- Oh meu Deus, só três pessoas a deixam assim, seus pais e a... Bom, você sabe.

- É isso aí!

- Então eu acertei? Qual dos três?

- Dulce. -­ ela precisou se sentar, porque nem ela acreditava naquele recado.

- Dulce? ­- Maite pareceu se assustar também. -­ E o que ela queria?

- Isso é mais estranho ainda, ela quer que eu ligue pra ela.

- Ligar?

- Sim, ela diz que precisa falar comigo urgentemente. - ­passa as mãos no cabelo. O que Dulce poderia querer com ela? Ela estava feliz com toda a certeza, mas também confusa, não podia vê-la. Pelo menos não por enquanto. Mas e se essa fosse sua ultima oportunidade? -­ O que eu faço Mai? ­- ela falou mostrando todo o seu desespero.

- Eu sinceramente não sei Any. -­ disse a mulher num suspiro. -­ Não sei se é o momento certo de vocês se verem.

- Eu também não sei. -­ ela passou mais uma vez a mão desocupada pelo cabelo e depois a passou pelo rosto. -­ Que droga! Porque tudo tem que ser tão difícil?

- Calma Any, as coisas vão melhorar.

- Mai e se essa for minha ultima chance de vê-la?

- Então acho melhor você aproveitá-la. -Anahí desligou o telefone e suspirou. Em seu peito um misto de duvida e vontade de vê-la de novo, de falar com ela, de ver seu sorriso. Ela sorriu ao lembrar-se de seu sorriso. Resolveu que falaria com ela, se essa fosse mesmo a ultima oportunidade, seria aproveitada.

- Hum... Dulce? Aqui é a Anahí. -­ Dulce que estava jogada no sofá passando os canais da tevê com cara de tédio congela. -­ Você me pediu pra lhe ligar e... er... eu liguei, mas parece que você não está aí... então. -­ Dulce paraceu raciocinar finalmente e pegou o telefone.

- Alô. -­ Ela disse prontamente.

- Alô. -­ Any escutou sua voz e o seu coração bateu mais forte pra depois se apertar no peito. - Dulce? -­ “Não idiota, é claro que ela”, ela pensou se recriminando.

- Any... Anahí... Ah... Que bom que você ligou. -­ ela teve que dizer.

- Pois é. - parecia tímida. -­ Você disse que precisava falar comigo?

- Sim, sim . Mas não acho que por telefone seja a melhor forma, você se importaria de sair pra jantar hoje comigo?                                                                                                                                          - Olha Dulce eu.... -­ ela a interrompeu.

- Anahí, por favor, só me deixe falar com você essa noite e eu juro que não lhe perturbo mais.

- Está certo. -­ ela queria falar que não era isso, mas não queria dificultar as coisas. -­ Onde?

- Alexandre’s às sete?

- Estarei la. -­ e ela desligou o telefone. Esse sim fora o telefonema mais estranho da sua vida.