Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon

Anahí passou a tarde toda apreensiva. O que Dulce iria querer com ela? Oh Deus, aquela duvida estava matando-a. Quando deu uma hora aceitável, ela foi se arrumar. Vestiu seu melhor vestido, passou maquiagem, passou seu melhor perfume e cremes, do jeito que Dulce gostava. Saiu de casa e ainda era cedo, mas estava morrendo de medo de se atrasar, estava parecendo uma garota do segundo grau mesmo, como Maite havia dito.

Chegou ao restaurante, escolheu uma mesa e se sentou a espera de Dulce e seja lá o que ela tinha para lhe dizer. Com Dulce não era diferente, ela ficou olhando no relógio a tarde inteira, até que 5:30 ela foi se arrumar. Vestiu um vestido básico e bonito preto, pôs uma maquiagem de leve e deixou os cabelos soltos e lisos, assim como Anahí gostava. 6:30 deixou seu apartamento e foi em direção ao Alexandre’s.

Entrou no restaurante e a procurou com os olhos, lá estava ela, extremamente bonita e irresistível, Dulce não pode evitar sorrir.

Andou até a mesa em que ela estava sentado e ela se levantou para recebê-la.

- Que bom que pôde vir. -­ ela diz cumprimentando Any, que apenas lançou a ela um sorriso que fez seu coração acelerar, assim como acelerou na primeira vez que ela a viu em Nova Iorque.

- Você está extremamente bonita. -­ Anahí teve que dizer, ela sorriu.

- Digo o mesmo. - ­disse também sorrindo, depois disso as duas ficaram sem graça. Era tão estranho estar ali frente a frente depois de todos esses anos.

-­ Estranhei você ter me ligado. -­ Any começou. -­ Já que da ultima vez que nos vimos você parecia um tanto. - ­vacilou.-­ irritada, mas com todo o direito. -­completou depressa.

Dulce apenas sorriu, o que a deixou mais confusa.

- Eu estava irritada. -­ ela disse sincera. -­ Mas algo me fez mudar de opinião. -­ a cada palavra Any ficava mais confusa e apreensiva.

- O que a fez... Han... Mudar de opinião? ­ -Anahí estava muito nervosa, passou a mão no cabelo para tentar amenizar, mas Dulce a conhecia tão bem que riu daquele gesto. Any a encarou. -­ O que foi?

- Você está nervosa. -­ ela disse sorrindo. Anahí ficava tão linda daquele jeito, Dulce quase já tinha esquecido disso. Any riu sem jeito.

- É porque é um pouco estranho. -­ ela vacilou. -­ Isso pra mim.

- Pra mim também Any. -­ Dulce diz e elas se encaram. -­ Anahí.

Nesse hora um pouco constrangedora o Garçom aparece. “Graças a Deus”, pensou Dulce. “Ainda bem”, pensou Any.

Elas fizeram os seus pedidos e ficaram em silêncio por um instante.

- Hum. -­ Dulce começou. -­ Acho melhor dizer por que lhe chamei aqui. -­ Any a encarou. -­ Me desculpe por ter lhe ligado assim do nada.

- Não tem problema, eu até gostei. -­ Dulce estranhou aquilo. Por que ela não estava evitando-a? Dulce pensou que teria que convencê-la que não se importava com nada daquilo.

- Anahí, eu posso fazer mais uma vez uma pergunta? -­ Ela engoliu seco.

- É, acho que sim.

- Por que você foi embora sem dizer nada? ­ -­ Any ficou em silêncio fitando a mesa. 

- Foi pra isso que você me chamou aqui? ­ -Anahí disse confusa.

- Não de verdade. -­ ela disse sorrindo.

- Pra que então?

 -­ Porque eu acho que sei por que você foi.

- Sabe? -­ Any franziu o cenho.

- Pode parecer loucura, pareceu pra mim quando eu descobri, mas. -­ Dulce parou e a encarou. -­ Mas eu acredito, nem eu mesma sei por que, mas eu acredito.

Anahí ficou mais confusa do que nunca e até um pouco assustada.

- O que você sabe exatamente?

Dulce olhou pros lados para ver se ninguém escutava, aproximou seu rosto do de Anahí e falou baixo:

- Da Maldição.

Anahí se afastou dela e quase cai da cadeira, estava estupefata.

- O que? ­- ela disse em busca de ar.

Dulce estava sem reação, não tinha realmente parado pra pensar na reação dela, logo ela, uma pessoa pratica. Dulce estendeu sua mão e tocou na de Any que estava em cima da mesa, esse gesto a fez encará-la. Anahí mantinha uma expressão confusa.

- Eu entendo. -­ Dulce diz abrindo um sorriso.

- Entende o que, Dul? Se nem eu entendo! ­ -O misto de confusão com aquela situação e a impotência de não ter o que dizer, de não poder dizer, acabaram que a fizerar ser grosseira.

Dulce ficou séria e tirou a mão de cima da dela. Anahí suspirou. 

- Desculpa Dulce. -­ ela a encarou. -­ Eu não sei mesmo o que lhe dizer, você sabe o quanto que eu queria poder lhe contar tudo, mas eu não posso. Eu nem sei de verdade porque eu vim hoje.

- Porque você tem esperança de se livrar da maldição e que possamos ficar juntas. -­ Dulce se aproximou de Anahí, se apoiando na mesa e a encarando nos olhos. Any desvia o olhar e fica encarando os carros que passavam na rua. Nega com a cabeça e volta a encará-la.

- Sim. -­ Dulce sorriu, mas Any negou mais uma vez com a cabeça. - Não é assim tão simples.

- Eu sei. -­ Dulce disse rapidamente. -­ Mas eu realmente estou disposta a fazer qualquer coisa, você não entende Any. -­ ela a encarou e Dulce a olhava com olhos firmes. - Durante dois anos eu tentei te esquecer, mas algo em mim sempre lembrava de você. Passei noites dizendo pra mim mesma que o melhor era seguir em frente, mas sempre surgia na minha cabeça a sua voz dizendo que eu tinha que esperá-la. E eu sempre esperava. Esperava pelo que? Me diz! -­ Any balançou a cabeça, estava triste com as palavras dela, triste por tê-la feito sofrer tanto.

- Eu não sei.

- Por nada. -­ Dulce diz com os olhos mareados. -­ Porque você não ia voltar, mas eu sei que tem uma chance, você sabe que tem uma chance e eu não quero mais viver infeliz assim, Any. Não mais. -­ uma lagrima escorreu por seu rosto e ela rapidamente a parou com o polegar, enquanto acariciava a bochecha de Dulce devagar.

- Desculpe por tê-la feito sofrer tanto. -­ Any diz com olhos tristes e Dulce põe sua mão sobre a dela, que continuava em seu rosto. -­ Queria poder voltar no tempo, mas se você sabe mesmo o que diz saber, você me entende mais ou menos.

- Entendo.

- Dulce, eu queria dizer que a gente pode ficar juntas agora, que a gente vai conseguir fazer dar certo. -­ ela parou. -­ Mas eu realmente não sei se isso é verdade e eu não quero mentir pra você.

- Você está querendo dizer o que?

- Eu não sei, eu tenho medo de te envolver nessa situação.

- Mas do que eu já estou envolvida? ­- Dulce pergunta e Any abaixa a cabeça, tirando a mão do rosto dela. Dulce segura o rosto de Any entre as mãos e a faz encará-la. -­ Me deixe tentar!

- Se você se machucar eu nunca vou me perdoar.

- Você vai deixar que isso aconteça? ­- ela negou com a cabeça prontamente.- Então a gente tenta. -­ Dulce sorriu e aproximou seus rostos e tocou seus lábios nos dela. Depois de muitos anos, elas finalmente se tinham uma pra outra. Nada no mundo se comparava com o que elas estavam sentindo em seus peitos. Dulce se separou de Any, que abriu um enorme sorriso.

- Eu te amo Dulce Maria!

- Eu sempre te amei, Anahí!