Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon

Anahí e Dulce com certeza não se esqueceriam nunca daquela noite. A noite em que seus olhos se buscaram com paixão e amor, a noite em que suas bocas voltaram a se tocar, a noite em que se tornaram um corpo e uma alma depois de anos de saudades.

Anahí guardava cada parte de Dulce em sua memória, tinha medo de perdê-la, apesar de saber que faria de tudo para sempre tê-la em seus braços.

Dulce abraçou Any com toda a sua força, respirou forte o seu perfume, guardou o gosto de sua boca. Queria tê-la consigo, queria ser sua de novo.

Algumas semanas se passaram desde aquela noite. Dulce era a alegria em pessoa, todos já tinham observado até mesmo Angel e Alfonso que estavam realmente muito curiosos para saber por que de tamanha felicidade. Angelique perguntava mil e umas coisas pra Dulce, mas Dulce apenas dizia que o ar de Londres a estava fazendo realmente bem, o que, é claro, não convencia a loira de forma alguma.

Anahí por sua vez parecia ter ganhado a vida de volta, estava radiante e a cada dia mais bela, na opinião de Dulce. Maite também via mudanças na amiga, o que a deixava realmente feliz, mas também muito apreensiva, já que ate aquele dia ainda não haviam encontrado o verdadeiro comprador da segunda parte do documento.

Dulce era a única que conseguia acalmar Any, às vezes ela ficava realmente nervosa, Dulce não entendia por que.

- Any, se você me contasse ficaria realmente mais fácil. - ­ disse a mulher frustrada.

-­ Oh Dulce, querida. -­ Any se sentou ao lado dela no sofá de seu apartamento. -­ Me desculpe ­ segurou o rosto de Dulce entre as mãos. -­ Desculpe por preocupá-la, desculpa por estar nervosa demais por esses dias, me desculpe por...- ­ Dulce a calou com um beijo.

- Não se desculpe. -­ disse abrindo um sorriso e Any fez o mesmo, depois suspirou e Dulce pode ver uma sombra passar por seus olhos. Foi a vez de Dulce segurar o rosto de Any entre as mãos.

- Me conte o que lhe aflige, quero tanto lhe ajudar. -­ Any que tinha baixado o olhar volta a encará-la.

- O tempo está correndo Dulce. -­ ela disse triste.

- O que você quer dizer com isso? - ­franziu o cenho. Apesar das insistências de Dulce, Anahí evitava sempre de contar as coisas sobre a maldição a ela. Tinha medo de assustá-la e perdê-la. -­ Seja sincera Any.-­ Dulce disse a encarando nos olhos.

- O meu vigésimo sétimo aniversário. -­ disse triste e Dulce finalmente entendeu. Apertou mais o rosto da loira entre suas mãos e a olhou com os olhos firmes.

- Conseguiremos antes disso, querida. ­sorriu tentando acalmá-la. -­ Você verá!

Anahí sorriu por ver como tudo era mais fácil ao lado de Dulce.

- Obrigada Dul. -­ Dulce sorriu mais uma vez antes de tocar seus lábios nos de Any. Dulce deixou o apartamento de Anahí algumas horas depois, ela queria muito ficar ali com ela, mas já havia marcado com Angel e Alfonso e não queria faltar com os amigos, o que Any concordava totalmente.

- Me ligue quando chegar em casa para eu saber se está bem. -­ disse antes de Dulce sair, ao que ela concordou.

Dulce foi andando pela noite, feliz, um pouco apreensiva pela aproximação do vigésimo aniversário de Any, mas feliz e cheia de esperança de que Christian encontraria algo na festa que ele e Maite iriam essa noite.

Dulce caminhou um pouco, já que onde havia marcado com os amigos não era longe, ela achou bom andar um pouco pela cidade.

- Olá Senhoria. -­ escutou uma voz atrás de si e se virou assustada. -­ Lembra de mim? ­ -Dulce arregalou os olhos ao perceber que se tratava do mesmo homem de sua primeira noite em Londres, da noite em que ela reencontrara Anahí pela primeira vez.

- O... O que você quer? ­- ela disse apertando a bolsa contra seu corpo.

- Não se preocupe princesa. -­ disse com um sorriso cínico no rosto. -­ Não farei nada de mais. -­ ele diz se aproximando, enquanto ela dava um passo pra trás, ele riu. -­ Não fuja de mim, assim quem sabe eu não sou bonzinho!

Dulce arregalou os olhos e tentou procurar alguém para ajudá-la, mas a rua estava vazia. O coração de Dulce batia acelerado.

- O que você quer fazer comigo? -­ ela tentou encará-lo para ele perceber que ela não tinha medo. “Mas de que isso adianta?”, ela perguntou a si mesma.

- Hum. Havia esquecido que você é abusadinha. -­ ele diz se aproximando e passando sua mão pelo rosto dela, que fechou os olhos com medo. -­ Infelizmente não é por isso que estou aqui. -­ ele disse com um suspiro e tirou sua mão do rosto dela, o que a fez abrir os olhos.

- Han? Co...co...como assim? -­ ela engole seco.

- É, hoje eu estou fazendo um servicinho extra. -­ ele deu mais um daqueles sorrisos cínicos e ela o encarou confusa e mais assustada ainda. “Será que ele me mataria?” -­ Mas princesa. -­ ele voltou a dizer. -­ Você tem duas alternativas. -­ ela franziu o cenho. -­ É, não vê como eu sou bondoso. -­ sorriu cinicamente mais uma vez. -­ Ou você some pra sempre daqui ou você vem comigo.

- Sumir pra... Pra... Sempre? -­ ela diz confusa.

- É, suma de Londres, volte para Nova Iorque!

- Como você sabe da onde eu sou?

- Não importa! -­ ele gritou, fazendo ela se encolher mais. -­ Você vai sumir da vida da tal Anahí?

Dulce arregalou mais uma vez os olhos.

- Anahí? O que ela tem haver com isso?

- Não sei, princesa. Só cumpro ordens, cumpra você também e suma da vida dela. -­ ele começou a rir e parou de repente. -­ Ou as duas morrem!

Dulce ficou assustada com aquilo, tentando ligar as coisas em sua cabeça, mas nada fazia sentido. O cara se virou e fez menção em ir embora, mas parou de repente e se virou pra ela.

- É bom você fazer o que eu estou mandando, porque se não. -­ ele parou. -­ Eu te acho aonde for!

Depois de falado isso ele sumiu na sombra da noite, deixando Dulce agarrada a sua bolsa com uma enorme vontade de chorar.