Fanfics Brasil - 23 - capítulo A Maldição De Londres { A&D } Terminada

Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon


Capítulo: 23 - capítulo

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Já havia passado alguns minutos das dez, quando o carro de Anahí encostou-se à porta da grande mansão bem iluminada. O caminho feito entre o bonito jardim era reforçado pela segurança. Por todos os lados podia-se observar homem armados.


Antes de descer do carro, Any respirou fundo.


Subiu sem vontade os degraus da grande escadaria, sob os olhares atentos dos guardas. Any não se importava com isso, isso com certeza não era o que estava fazendo o seu coração bater mais forte. O real motivo de tal agitação era que logo que ficou sozinha em seu apartamento escuro, percebeu que por mais uma vez estava sozinha. Sozinha em um destino desconhecido e incerto.


Sentiu-se burra, sentiu-se covarde. Mas não havia mais nada a ser feito, sua decisão já tinha sido tomada e não importava o quanto dolorosa ela fosse, teria que ser seguida.


Antes que sua mão, fechada em punho, batesse na grande porta de madeira, a mesma se abriu.


- Boa noite. -­ um homem educado e bem vestido a cumprimentou, abrindo espaço para que ela passasse.


- Boa noite. -­ Anahí disse séria e educada.


- Creio que seja a Sra. Portilla. -­ Any confirmou de leve com a cabeça. -­ Esperam a senhorita por aqui. -­ disse o homem, que Any logo viu ser o mordomo.


- Obrigada.


Eles andaram pela grande sala, onde Any percebeu vários quadros e outros objetos históricos, o lugar com certeza pertencia a alguém de grandes posses.


- Aqui estamos senhorita. -­ o homem disse abrindo uma porta na lateral da sala central.


- Obrigada. -­ Any disse, adentrando a sala.


A sala era bem iluminada por uma grande luminária presa ao teto, e preenchida por dois sofás de couro que ficavam de frente para uma grande lareira, Any só pode ver a lareira acesa e um homem grisalho em pé ao seu lado, já que os dois sofás ficavam de costas para a porta.


- Ora ora, essa deve ser a nossa mais esperada visitante! -­ o homem grisalho diz. -­ Anahí, não é isso?


- Exatamente, senhor. -­ disse Any se aproximando do homem e o cumprimentando. -­ Prazer Jack.


- Ora, minha cara. -­ disse o homem apertando a mão de Any com um grande sorriso. -­ O prazer é todo meu, todo meu.


Anahí sorriu sem jeito e se virou para finalmente ver a parte de frente do sofá. E pela segunda vez na noite o seu coração acelerou no peito, pois não havia apenas duas pessoas no ali como ela esperava, mas sim três. E foi exatamente no olhar da terceira pessoa que os seus olhos se prenderam.


-­ Bom, agora que estão todos aqui. -­ Jack falou, tirando as duas do transe em que se encontravam. Elas encararam Jack, um pouco constrangidas com a situação. -­ Podemos começar o que viemos fazer aqui essa noite. -­ disse o  homem, deixando a sua taça de vinho em cima da lareira.


- Certamente. -­ disse Christian se levantando e mostrando a Jack um envelope. -­ Aqui está a nossa parte do acordo, espero que esteja com a sua.


- Certamente, meu caro. -­ disso Jack seguindo até uma escrivaninha que havia do outro lado da sala e abrindo uma das gavetas com a chave. -­ Aqui tenho um dos meus mais caros e preciosos tesouros.


Ele voltou até onde os quatro estavam com um papel antigo na mão. Ele segurava o papel com todo o cuidado possível, como se tivesse medo que ele se desmanchasse em pó.


- Com cuidado. -­ ele disse entregando o papel amarelado na mão de Christian, que tinha os olhos brilhando com tal aproximação daquele “tesouro”.


- Não acredito. -­ o historiador disse encantado. -­ Eu tenho em minhas mãos uma peça rara! -­ Maite e Jack riram, os únicos, assim como Christian, que não sentiram a tensão que permanecia no ar.


- Any, Any. -­ disse Maite encarando o documento nas mãos de Christian. -­ Venha ver! -­ ela diz levando o seu olhar até a amiga, que encarava o chão. O sorriso de Maite se desfez e ela finalmente percebeu o que nenhum dos outros dois haviam percebido.


Naquele momento passaram varias coisas na cabeça de Any; arrependimento, medo, dúvida, saudade. Saudade. Era só nisso que ela podia pensar. Tentava se fazer de forte, tentava não olhar naqueles olhos que tiravam sua razão. Ela mantinha uma batalha interna que Maite conseguia enxergar a quilômetros de distancia, mas ela não era a única.


Dulce se perguntava por que Any não a encarava; no fundo ela sabia a resposta, mas o seu coração ferido inventava desculpas e outras respostas, respostas que nem pra ela faziam sentido.


- Mai, você tem que ver isso. -­ Christian disse, tirando os três outros de seus pensamentos.


Christian não esperou nenhuma palavra para começar a ler o tão procurado documento:


- Ameaças me foram lançadas, pois me recuso a contribuir com o demônio ao ajudar no pecado. Aqui deixo por escrito que a alma de Gregório Uckermann está condenada ao inferno, ela e todas aquelas que forem formadas a partir da mesma. O sangue trará destruição e dor. Quando se fundirem mais uma vez as almas de irmãos nessa família, a desgraça chegará em dobro. Sofrerá o mais inocente, para provar que o pecado afeta a todos, até aqueles que mais amamos. Essa pobre criatura será fadada à solidão, vagará sozinha nessa vida, nunca terá a chance de conhecer o bom Pai. E se alguma vez amar, perderá o amor com a mesma mão que ganhou. Como Deus é aquele que representa o perdão, o ofensor também terá direito a essa dádiva. Quando a idade certa chegar, na sombra se esconderá por muito tempo. Até que um dia, falhará da mesma forma que seu criador falhou. Da vida eterna e desgraçada será libertado, apenas pela mão de quem lhe roubou o suspiro.Não prometo paz, prometo apenas uma nova chance.Viver como uma alma livre de novo também é possível, mas não mais fácil. O egoísmo destrói, mas nesse caso trará a cura.Com um amor impossível foi criado e com um amor impossível padecerá. Morte, sangue, dor. Tudo isso para uma alma viver em paz. Gregório trouxe a dor aos seus descendentes e essa dor só terá fim com o perdão. O perdão é pra quem ama e o amor é o sentimento das almas livres.


- O que você acha que isso significa? -­ Foi Dulce quem perguntou com uma voz fraca. Todos a encararam, inclusive Any. -­ O que quer dizer “Com um amor impossível foi criado e com um amor impossível padecerá”?


- Pode significar várias coisas. -­ disse Christian desapontado. Maite toucou-lhe o ombro.


- Já sabíamos que não seria fácil, querido. -­ ela disse com um sorriso gentil no rosto.


- Eu sei o que significa. -­ falou Anahí pela primeira vez depois de muito tempo. Sua feição era fria, só quem a conhecia bem, podia ver o brilho distante de dor em seus olhos. -­ Morte. É isso que significa. Alguém terá que morrer pra minha alma ser salva.


Os rostos se contraíram em angustia.


- Mas quem deve morrer? -­ disse Dulce com uma voz firme, o que fez Anahí encará-la perplexa.


- Nem pense nisso! -­ ela disse quase imediatamente. Dulce fechou os olhos, ainda virada para Christian.


- Christian, quem deve morrer? -­ Dulce perguntou de novo.


- Eu não sei Dul. -­ o historiador disse em desespero. Todos já haviam entendido o que Dulce pretendia.


Anahí se lançou sobre ela e puxou o seu braço para que ela a encarasse.


- Você não vai fazer isso Dulce. -­ ela disse com raiva, enquanto balançava Dulce pelo braço. -­ Não vai, está me ouvindo? Está me ouvindo? -­ nesse momento lagrimas saíram de seus olhos angustiados, soluços se formaram em sua boca. -­ Não vai Dulce, eu. -­ nesse momento ela cedeu e Dulce a abraçou forte com lagrimas nos olhos.


Any sentiu o perfume doce de Dulce invadir suas narinas e a sensação de paz, sensação de não estar só, voltou a invadir seu corpo. Abraçou mais forte a única mulher que amou e a única que amaria. Sentiu o corpo de Dulce no dela e rezou em silêncio para que o tempo parasse e ela nunca tivesse que se afastar. Clamou por justiça, coisa que sua vida desconhecia.


- Any. -­ a voz dela soou fraca em seu ouvido. -­ Você é a minha vida! -­ ela não disse mais nada, apenas a abraçou. A abraçou e chorou toda a dor do seu coração que aos poucos parava de bater.     


 


 


 


 


 


 


... 


 


 


 


 


 


A Web Tá Terminando Amores. Talvez Ah Noite Eu Ah Termine



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Autor(a): Lene Jauregui

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Minutos, segundos, horas... Ninguém ousou interromper aquele momento. Mentes trabalhavam a mil, mesmo suplicando por paz. Corações acelerados, mãos suadas; reação ao medo. Medo. Anahí afastou devagar a amada de seus braços e a encarou nos olhos, buscando as respostas à sua angustia. Dulce piscou os olhos o menos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • tryciarg89 Postado em 28/07/2023 - 23:27:49

    Fiquei de coração partido pela mãe,mas foi pela melhor causa,muito linda a história

  • _mariaruth Postado em 24/11/2019 - 23:28:18

    Abandonou?

    • Lene Jauregui Postado em 25/11/2019 - 11:43:09

      Claro Que Não Amoré, Não Faria Cm Minhas Leitoras

  • _mariaruth Postado em 18/11/2019 - 18:29:21

    Volta aqui e posta mais aaaaa

    • Lene Jauregui Postado em 19/11/2019 - 09:30:29

      Postadoooo My Amor....

  • _mariaruth Postado em 14/11/2019 - 16:30:51

    Pq apagou a melhor amiga da noiva?

  • _mariaruth Postado em 14/11/2019 - 16:29:54

    Não demora pra atualizar, pfvr aaaa

  • DreamPortinon Postado em 13/11/2019 - 11:16:55

    CONTINUAAAA PLIS, AMEEEI DEMAIS

  • _mariaruth Postado em 11/11/2019 - 17:12:43

    Aaaa continua

  • siempreportinon Postado em 07/11/2019 - 20:04:35

    Ahhh salvadora das fics portinon!!! No meio de tanta coisa clandestina você surge com meu trauma favorito, não nos abandone você é a nossa última esperança kkkk

  • Ângela Postado em 07/11/2019 - 14:50:06

    Opa, já gostei, pode continuar linda. Quero mais capítulos.


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