Fanfics Brasil - 24 - capítulo A Maldição De Londres { A&D } Terminada

Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon


Capítulo: 24 - capítulo

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Minutos, segundos, horas... Ninguém ousou interromper aquele momento. Mentes trabalhavam a mil, mesmo suplicando por paz. Corações acelerados, mãos suadas; reação ao medo. Medo.


Anahí afastou devagar a amada de seus braços e a encarou nos olhos, buscando as respostas à sua angustia. Dulce piscou os olhos o menos que pôde e tentou entender o olhar que tentava se guiar pelo seu.


- O que você está sentindo? -­ Dulce perguntou, tocando-lhe o rosto com carinho e preocupação. Anahí fechou os olhos ao sentir a mão quente acariciar-lhe o rosto frio.


- Medo. -­ ela disse ainda com os olhos fechados. Sua voz estava mais rouca que nunca e era baixa, quase um sussurro.


Dulce suspirou, o que fez Any abrir os olhos e procurar mais uma vez pelos dela. Pegou a mão que ainda repousava em seu rosto e apertou com carinho.


- E você, o que sente? -­ ela perguntou analisando o rosto de Dulce, que levantou um pouco a ponta dos lábios em um quase-sorriso.


Esse gesto a deixou mais confusa. Ela esperou por alguns segundos, mas Dulce não respondeu. Quando ela estava prestes a falar, Dulce disse:


- O que você faria se fosse a minha única chance? -­ Dulce estava séria e encarava Any nos olhos. Ela compreendeu exatamente onde Dulce estava querendo chegar e negou com a cabeça.


- Eu não sou. -­ disse firme.


- Mas e se fosse? -­ Dulce insistiu, ela a encarou imediatamente.


- Eu não hesitaria. -­ confessou. -­ Mas isso não significa nada.


- Você acha mesmo?


Estava cada vez mais difícil continuar a encarar aqueles olhos castanhos claros.


- Do que adianta se de qualquer forma eu estarei morta? -­ Any disse pegando as duas mãos dela nas suas e as aproximando de seu peito. -­ Vê? -­ a fez sentir as batidas de seu coração que estavam aceleradas. -­ É assim quando está comigo, mas quando não, é como se. -­ suspirou. -­ Me diga do que vai adiantar o seu sacrifício?


Dulce já tinha os olhos mareados mais uma vez. Any levou a mão até o seu rosto e limpou uma lagrima.


- E o que você sugere então? -­ Dulce diz depois de algum tempo em silêncio.


- Eu não sei Dul. -­ ela disse sinceramente.


- Vai me pedir que me afaste de novo? -­ Dulce disse mostrando a dor nas palavras, o que fez o coração de Any se contrair no peito.


- Oh Dul. -­ ela a abraçou. -­ O que menos quero é que sofra.


- Eu sei. -­ disse entre soluços.


- Mas ainda temos algum tempo até o meu aniversário, podemos...


Dulce se afastou e limpando as lagrimas, a encarou perplexa.


- Você quer dizer esperar sentadas até que o dia finalmente chegue? -­ ela falou como se achasse aquela idéia absurda. E saindo da boca dela, daquela forma, parecia mesmo absurda.


Nesse exato momento bateram na porta e elas finalmente lembraram-se de onde estavam e viram que estavam sozinhos na grande sala.


- Dulce, Any. -­ Christian apareceu na porta entreaberta. -­ Não quero interromper, mas acho que descobrimos a solução.


- Solução? -­ as duas disseram ao mesmo tempo e se encararam. Existiria outra solução?


Anahí e Dulce seguiram Christian com uma ponta de esperança em seus corações. Chegaram a outra sala, onde encontraram Maite e Jack sentados.


- Diga logo Christian! -­ falou Any ansiosa pelo o que quer que fosse. -­ O que vocês descobriram?


- Bom Any. -­ Christian disse não parecendo muito empolgado com a sua descoberta, o que fez a esperança diminuir. -­ Acho que a notícia não é muito boa, mas achamos que sabemos do que se trata a “cura”.


- Pois fale então. -­ dessa vez foi Dulce quem falou.


Dulce apertou a mão de Any que segurava, assim tentando mostrar pra ela que não importava o que Christian dissesse, sempre estaria ao seu lado.


Christian olhou pra Maite, que confirmou com a cabeça, incentivando o historiador a falar.


- Bem, achamos que a parte que diz “Com um amor impossível foi criado e com um amor impossível padecerá” -­ ele engoliu o seco. -­ Não se trata do seu amor com o de Dulce. -­ os rostos de Dulce e Any se contraíram em duvida.


- De quem então? -­ quis saber Any.


- “Com um amor impossível foi criado” isso quer dizer o amor de seus pais, certo? -­ Christian falava tudo com cautela. Anahí confirmou. -­ Então, a gente acha que “E com um amor impossível padecerá” se trata do mesmo amor.


Demorou alguns segundos até Any finalmente entender do que Christian estava falando.


- Você está me dizendo que. -­ Any hesitou. -­ Que um dos meus pais teria que morrer? ­disse horrorizada. -­ Isso não faz o mínimo de sentido!


- Eu acho que vocês estão entendendo tudo errado. -­ Jack se manifestou pela primeira vez, todos o encararam. -­ O documento não pode está se referindo aos pais de Any, porque o amor deles já não é mais impossível...


- De certa forma sim. -­ Christian disse. -­ Pois para Alfredo o amor entre irmãos é o amor impossível.


Todos ficaram em silêncio, pois a teoria de Christian realmente fazia sentido. Todos aqueles que conheciam a historia da família Portilla sabiam o quanto o papa repugnava qualquer tipo de encontro afetivo, que não fosse fraterno, entre irmãos. 


- De qualquer forma isso não muda nada. -­ disse Any decidida. -­ Eu nunca deixaria ninguém se sacrificar por mim. -­ ela disse encarando Dulce.


- 27 de outubro está se aproximando. -­ Jack cortou o silêncio. Ele encarava uma das janelas. Lá fora a lua brilhava iluminando as arvores quase desfolhadas do grande jardim. -­ Vocês sabem o que vai acontecer nesse dia, não é? -­ ele encarou os rostos preocupados. -­ Você estará pronta, querida? -­ ele perguntou para Dulce.


- Pronta para que? -­ Anahí tomou à defensiva.


- Ora, eu pensei que você já soubesse. -­ disse Jack. -­ Ela terá que matá-la.


Os olhos de todos se arregalaram.


- Ma... Matá-la? -­ gaguejou Dulce.


- É o que diz na primeira parte do documento, só a pessoa que realmente ama , com todo o respeito, “mostro” pode matá-lo.


- Disso já sabemos. -­ disse Christian tratando aquilo com indiferença.


- Eu não vou matá-la! -­ disse Dulce em desespero.


- Você não vai precisar. -­ disse Any tentando reconfortá-la. -­ Para de assustá-la! -­ ela gritou para Jack.


- Mas ela terá. -­ disse o homem. -­ Ou se não você a matará!


- O que? -­ todos o encararam perplexos.


- Exatamente. -­ disse o homem. -­ Anahí se transformará, não será a mesma. -­ todos estavam atentos. -­ Matará quem estiver mais perto, qualquer rosto, qualquer memória se manterá viva, mas de alguma forma vai ser diferente.


- Como assim? -­ Any quis saber.


- Qual a pessoa que aparece constantemente em seus pensamentos? -­ perguntou Jack a Any.


- Dulce. -­ ela confessou.


- Então ela será a primeira que você vai procurar. -­ o homem disse.


Os quatro olhavam para o homem grisalho, horrorizados.


- Como você sabe de tudo isso? -­ perguntou Christian.


- Eu sempre me interessei por essa “Lenda” -­ o homem disse rindo. -­ Ou você acha que eu teria gastado milhões nesse documento por nada? Eu fiz pesquisas e mais pesquisas.


- Mas os meus pais não falaram nada disso pra mim. -­ Anahí disse, mais como se estivesse falando com ela mesma.


- Acho que quiseram poupá-la. -­ disse Jack.


- Esse foi o motivo de terem me afastado de você. -­ ela disse pra Dulce. -­ Mas se isso é verdade, eu também vou. -­ Anahí hesitou. ­Matar... Eles.


- Exatamente. -­ disse Jack. -­ E qualquer outra pessoa que você já tenha guardado algum registro em sua memória.


- Oh meu Deus! -­ disse Any colocando as mãos na cabeça em sinal de desespero.


- O que vamos fazer? -­ Christian disse também em desespero.


- Vocês têm duas opções: a cura ou a morte de Anahí pelas mãos de Dulce.


Nenhuma daquelas opções fazia sentido, nenhuma daquelas opções parecia certa. Na verdade, nenhuma daquelas opções era justa.


Os quatro seguiram para o apartamento de Anahí em silêncio, as quatro mentes trabalhavam a mil por hora. Pesavam os prós e contras, apesar de tudo parecer contra.


Subiram até o apartamento ainda em silêncio e se sentaram no sofá. Olharam um no rosto do outro e suspiraram.


- O que vamos fazer? -­ perguntou Maite que já não agüentava mais aquele silêncio angustiante.


Ninguém respondeu. A resposta não estava em suas mãos, mal eles sabiam que alguém já tinha se dado o trabalho de decidir por eles.


O telefone tocou na mansão Portilla.


- Sim, é ela.


- O Sr. Só pode estar brincando! -­ disse a mulher em um misto de descrença e alegria.


...


- E porque seria assim? -­ a mulher perguntou, sem entender.


...


Ficou um tempo em silêncio até que Alexandra disse:


- Você tem certeza que isso acabará com o sofrimento de Any?


A pessoa na outra linha falou algo, então Alexandra concordou:


- Muito obrigada.


A mulher desligou o telefone e uma lagrima solitária escorreu pelo seu rosto pálido, enquanto um sorriso se formava em seus lábios.



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • tryciarg89 Postado em 28/07/2023 - 23:27:49

    Fiquei de coração partido pela mãe,mas foi pela melhor causa,muito linda a história

  • _mariaruth Postado em 24/11/2019 - 23:28:18

    Abandonou?

    • Lene Jauregui Postado em 25/11/2019 - 11:43:09

      Claro Que Não Amoré, Não Faria Cm Minhas Leitoras

  • _mariaruth Postado em 18/11/2019 - 18:29:21

    Volta aqui e posta mais aaaaa

    • Lene Jauregui Postado em 19/11/2019 - 09:30:29

      Postadoooo My Amor....

  • _mariaruth Postado em 14/11/2019 - 16:30:51

    Pq apagou a melhor amiga da noiva?

  • _mariaruth Postado em 14/11/2019 - 16:29:54

    Não demora pra atualizar, pfvr aaaa

  • DreamPortinon Postado em 13/11/2019 - 11:16:55

    CONTINUAAAA PLIS, AMEEEI DEMAIS

  • _mariaruth Postado em 11/11/2019 - 17:12:43

    Aaaa continua

  • siempreportinon Postado em 07/11/2019 - 20:04:35

    Ahhh salvadora das fics portinon!!! No meio de tanta coisa clandestina você surge com meu trauma favorito, não nos abandone você é a nossa última esperança kkkk

  • Ângela Postado em 07/11/2019 - 14:50:06

    Opa, já gostei, pode continuar linda. Quero mais capítulos.


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