Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon

Depois do almoço, Dulce voltou para o jornal e Angel foi para casa. Angelique estava um pouco preocupada com a amiga, desde que Anahí se foi, ela não foi mais a mesma. Dulce nunca se entregou a depressão, mas chorava quando não tinha ninguém por perto, geralmente antes de dormir, naquela hora que os pensamentos voam e você fica sem controle deles. Ela chorava sua magoa, sua dor e isso só o tempo curaria. 

Any depois de desligar com Maite, resolveu ir dormir um pouco. Como na noite anterior, seus pensamentos voaram até Dulce, seu cabelo ruivo, sua pele pálida e macia, seu sorriso angelical invadiu sua mente. Adormeceu pensando nela.

Era tarde, Dulce ainda não havia chego em casa. Ela estava sentada ereta demais na poltrona da sala revezando seu olhar entre o telefone e o relógio.

          Lembrança On

“Onde está, Dul?” pensava preocupada.

Ouviu um barulho de chave e se virou instintivamente para a porta. Ela se abriu revelando uma Dulce com aparência exausta.

Dulce se joga no sofá sem nem encará-la.

- Estou morta! -­ Dulce exclama jogando os sapatos altos no chão, quando vê que ela não responde, a encara. -­ Está tudo bem com você?

Anahí apresentava uma feição indecifrável, uma mistura de preocupação, alívio e irritação.

- Não muito. -­ diz simplesmente.

Dulce se senta no sofá e a analisa com mais cuidado.

- Me parece um pouco irritada. -­ ela diz parecendo confusa.

- São três da manhã. -­ Any diz como se isso justificasse tudo.

- Sim, certo. -­ Dulce disse ainda confusa.

- Onde você estava? -­ Anahí disse se irritando mais ainda com o fato dela não ter entendido de primeira.

- Ah, é só isso. -­ se põe de pé ­ estava trabalhando em um projeto do jornal.

Anahí continuou com uma feição irritada o que a fez parar.

- O que? ­- ela perguntou. -­ Não acredita?

- Não disse isso. -­ falou se levantando.

-­ Então por que parece irritada?

- Eu estava preocupada com você, você nunca chegou depois das onze e são três da manhã. -­ disse séria. -­ Eu liguei pro seu celular e deu caixa postal, liguei para o jornal e ninguém atendeu...

- Oh amor. -­ Dulce a interrompeu se aproximando dela. -­ Me desculpe, não queria preocupá-la. -­ ela entrelaça seus braços no pescoço de Anahí. -­ Pensei que já estivesse dormindo por isso não liguei e o celular descarregou por isso a caixa postal.

Any passou a mão pelos cabelos, sabia que ela falava a verdade e em nenhum momento passara por sua cabeça que ela estivesse mentindo. E não estava.

- Você se lembra que eu lhe disse algo sobre primeira pagina? ­- Any que agora tinha suas mãos na cintura dela confirmou com a cabeça. -­ Então, eu tinha que entregar a minha proposta ainda hoje.

- Tenho certeza que será escolhida. -­ disse aproximando seu rosto do dela e juntando suas testas.

- Torço pra que isso aconteça. -­ Dulce disse fechando os olhos. Anahí aproximou seus lábios e a beijou.

- Desculpe por toda a histeria. -­ disse depois que o beijo terminou.

- Tudo bem, me desculpe por não tê-la avisado, nunca mais vai acontecer. -­ Dulce disse sorrindo.

- É bom mesmo. -­ as duas riram e Any a puxou para o quarto.

          Lembrança Offline

O telefone tocou a despertando daquele sonho, um sonho que já fora real. Anahí balançou a cabeça para se concentrar, então pegou o celular e atendeu. Era do escritório, dormira demais, já estava atrasada.

******

Já era tarde e Dulce ainda estava trabalhando na sua coluna do dia seguinte, tinha que mandá-la pra gráfica o mais rápido possível. Seus dedos se mexiam rapidamente no teclado, enquanto os “tec-tec” ecoavam pela pequena sala. Depois de alguns minutos ela parou de escrever e apoiou suas costas no encosto da cadeira suspirando aliviada, já tinha terminado.

Enviou a coluna pra gráfica, pegou suas coisas e sai do prédio a procura de um táxi.

Anahí saía cansada do trabalho também, ela era advogada. Hoje o dia tinha sido movimentado, passara o dia com documentos que tinham que ser lidos e arquivados. Sua cabeça ainda doía depois de passar a tarde lendo letras miúdas. Decidiu andar um pouco, pra ver se o ar noturno acalmava sua mente cansada.

Colocou as duas mãos nos bolsos do casaco para ver se aliviava o frio. Andava devagar, passando pelas poucas pessoas que tinham na rua. Seu cabelo loiro era bagunçado pela brisa da noite, dando uma sensação de paz. Ela andava pela rua sem nem mesmo prestar atenção no que estava ao seu redor, tentava não pensar em nada.