Fanfics Brasil - 6 - capítulo A Maldição De Londres { A&D } Terminada

Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon


Capítulo: 6 - capítulo

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Dulce esperava na porta do jornal por um táxi, xingando mentalmente a cidade por não ser que nem Nova York, onde os táxis existem de sobra, apesar de estarem quase sempre ocupados. Dulce remexeu na sua bolsa em procura do celular, não estava ali. Ótimo, havia esquecido o celular na mesa do escritório e o pior é que não podia voltar. Bateu o pé no chão, irritada, sem perceber que alguém passava, então acabou por pisar no pé da pessoa.


- Me desculpe. -­ ela se apressou em dizer. Ele se virou sem acreditar. -­ Oh não pode ser! -­ ela diz levando as mãos ao rosto. -­ Não podia ser pior, não? -­ ela diz olhando para o céu.


- Sei que não sou o que você queria ver, mas um ‘perdão’ seria mais aceitável. -­ ele disse divertido.


Ela o encarou sem acreditar. 


- Você só pode estar brincando comigo? ­ -agora ela dirigia as palavras a ele. Ele sorriu.


- Sério que não está nenhum pouquinho feliz em me ver? ­- ele perguntou debochando. Ela o ignorou. -­ Ah, qual é Dulce?


- O que você está fazendo aqui? -­ ela perguntou já cansada de ignorá-lo.


-­ A empresa em que eu trabalho abriu uma filial aqui e eles me chamaram para dirigi-la. -­ ele disse orgulhoso. -­ Mas e você?


- Recebi uma proposta de redatora-chefe. -­ ela disse indicando o prédio atrás deles.


- Meus parabéns, então. -­ ele disse abrindo um largo sorriso.


- Oh, Alfonso quando eu penso que me livrei de você, você aparece. -­ ela diz rindo.


- Me sinto ofendido. -­ ele finge uma voz chateada. Dulce abraça o amigo.


- Fico feliz em revê-lo. -­ ele corresponde o abraço.


- Também fico. -­ ele diz sorrindo. -­ Quer jantar comigo? -­ ele pergunta quando os dois já se separaram.


-­ Seria um prazer. -­ ela sorri, estava feliz mesmo em revê-lo. 


****


Anahí chegou em casa, tomou banho e se deitou. Adormeceu mais uma vez pensando em Dulce.


- Mamãe, o que aconteceu com o papai? ­Anahí chegou na casa dos pais, deixando sua mala na porta e procurando pela mãe. Alexandra aparece na ponta da escada.


- Minha filha, que bom que você veio. -­ ela parecia um pouco aliviada e também preocupada.


- É claro que eu vim mamãe. -­ se aproximou da mãe. -­ Onde está o papai?


- Seu pai logo irá descer. -­ ela disse se sentando.


- Descer?- Anahí perguntou confusa. -­ Pensei que ele estivesse muito doente!


- Oh. -­ Alexandra pareceu surpresa. -­ Havia esquecido que tinha lhe dito isso. -­ ela disse, como se falasse consigo mesma.


- Então é mentira? ­- Anahí disse confusa, e um pouco aborrecida.


- Sim. -­ Alexandra disse sem parecer arrependida.


- Eu atravessei o Atlântico por nada então? -­ Anahí estava extremamente irritada.


- Não por nada. -­ Alexandra disse agitada.


- Any. -­ ouviu-se uma voz vinda da escada, os dois olharam para a mesma e viram Frederico.


- Papai, você poderia me explicar por que diabos vocês me fizeram vir com tanta urgência para Londres?


-­ Sente-se filha. -­ Frederico disse, sentando ao lado de Alexandra no sofá da elegante casa.


Anahí sentou-se.


Alexandra olhou preocupada para o marido, que colocou sua mão no ombro da esposa e afirmou com a cabeça.


- A razão por termos lhe chamado tão urgentemente aqui querida. -­ começou Alexandra. -­ É porque temos que lhe conta algo muito importante, uma história que já deveríamos ter lhe contado há muito tempo atrás.


Anahí já não estava tão irritada, parecia muito confusa.


- História?


- É. -­ disse Frederico. -­ Uma história de família.


- Espere um instante. -­ Anahí se levantou voltando a se irritar. -­ Eu voei ate aqui para escutar uma historia de família?


O que estava acontecendo com seus pais? Foi o que Anahí pensou. Fizeram-lhe ir até lá com tanta urgência, usando mentiras como pretexto para lhe contar uma historia qualquer? Só poderiam estar brincando.


- Sente-se Anahí. -­ Frederico usou sua voz autoritária. -­ Agora escute bem o que temos para lhe dizer.


Ela obedeceu.


- Deveríamos ter lhe contando essa historia há anos atrás. -­ falou Frederico mudando o tom de voz. -­ Mas achamos que você deveria viver sua vida sem preocupações até chegar o momento adequado.


Anahí não falou nada, então Frederico prosseguiu:


“Há muitos anos atrás, um de nossos ancestrais, Sir Gregório I, anunciou seu noivado com Eleonora Portilla. A sociedade da época se surpreendeu com a notícia, já que os dois eram irmãos, mas como éramos uma das famílias mais poderosas, os comentários foram abafados.


Alfredo Martinelli, o papa da época, foi convocado para celebrar o casamento, mas o mesmo se recusou alegando ser pecado dois irmãos manterem aquele tipo de laço afetivo.


Gregório, que era conhecido por seu temperamento forte, não aceitou a resposta do papa e o ameaçou de morte caso o casamento não fosse celebrado pelo mesmo. Naquela época todos viraram as costas para a nossa família, até mesmo os mais próximos. Então os patriarcas Portilla foram convocados para tomar uma decisão.


Gregório e Eleonora ao tomarem conhecimento da tal reunião decidiram preparar suas coisas para fugir, pois tinham plena certeza que a decisão não seria ao seu favor. Antes da fuga, Gregório resolveu cumprir sua ameaça. No outro dia então, corria noticias por toda a Europa, Alfredo estava morto. Todos se viraram contra a nossa família.


Wlademir, o mais velho da família, mandou caçarem Gregório e Eleonora, que já deviam estar longe da Inglaterra. Os capangas os encontraram em uma cidadezinha no interior da Itália, os trazendo de volta para Londres.


Gregório foi condenado à forca, acusado pela morte de Alfredo e Eleonora foi obrigada a casar com um nobre inglês de outra família. Mas os rumores continuavam. Corria o boato pela cidade de uma maldição, A maldição da família Portilla. O boato dizia que Alfredo Martinelli, sabendo que Gregório cumpriria sua promessa, havia feito um documento dizendo que o autor de sua morte pagaria seus pecados, carregando no sangue uma maldição.


A família ficara tranqüila, pois a maldição só seguiria adiante, caso Gregório tivesse um filho, o que todos pensavam não ter ocorrido. O que eles não sabiam é que Eleonora estava grávida quando se casou. Grávida de seu irmão. Gregório.


Ninguém sabia exatamente qual era a maldição, pois ninguém se interessara em saber, já que achavam que ela não repercutiria. Só quem sabia era Eleonora, a única que se deu o trabalho de procurar o documento deixado por Alfredo.


Depois de anos de procura, Eleonora acha o documento:


Ameaças me foram lançadas, pois me recuso a contribuir com o demônio ao ajudar no pecado. Aqui deixo por escrito que a alma de Gregório Portilla está condenada ao inferno, ela e todas aquelas que forem formadas a partir da mesma.


O sangue trará destruição e dor. Quando se fundirem mais uma vez as almas de irmãos nessa família, a desgraça chegará em dobro. Sofrerá o mais inocente, para provar que o pecado afeta a todos, até aqueles que mais amamos. Essa pobre criatura será fadada à solidão, vagará sozinha nessa vida, nunca terá a chance de conhecer o bom Pai. E se alguma vez amar, perderá o amor com a mesma mão que ganhou.


Como Deus é aquele que representa o perdão, o ofensor também terá direito a essa dádiva.


Quando a idade certa chegar, na sombra se esconderá por muito tempo, até que um dia, falhará da mesma forma que seu criador falhou.


Da vida eterna e desgraçada será libertado, apenas pela mão de quem lhe roubou o suspiro. Alfredo Martinelli


- O documento achado está incompleto. -­ disse Alexandra, quando Frederico pausou a história. -­ Acreditamos que há uma solução, mas não sabemos como.


Anahí passou a mão na cabeça, confusa. O que era tudo aquilo?


- Bem. -­ ela começou. -­ Deixa-me ver se entendo. -­ se levanta. -­ Vocês acreditam em toda essa baboseira?


- Baboseira? ­- Frederico se levanta do sofá, alterando a voz. -­ Você acha que nos preocuparíamos se tudo não passasse de baboseira?


- Me desculpe, papai. -­ disse Any confusa. -­ Mas não creio como isso pode ser verdade. Maldição?


- É verdade, Any. -­ disse Alexandra suspirando cansada. -­ É uma maldição.


- Maldição não existe, caramba! - ela disse se alterando.


- Ah é. -­ Frederico falou irritado. -­ Então o que é isso?


Ele pegou em cima da mesa, que ficava ao lado do sofá, um livro grosso e entregou a Anahí. O titulo quase apagado na capa dizia “Maldição Portilla”. Ela o abriu e começou a foliá-lo.


- Nesse livro tem todos os fatos escritos. -­ Anahí encarou o pai.


- Que fatos?


- Todos da família que já foram afetados pela maldição. -­ Anahí enrugou o cenho e olhou mais uma vez para o livro, viu a foto de um rapaz de mais ou menos sua idade. Theodore Portilla, dizia a legenda.


“Theodore nasceu em 1672, filho de Patrick Portilla e Joanne Portilla, irmãos de sangue.”


- O que aconteceu com Theodore? -­ Anahí perguntou para o pai.


- Foi amaldiçoado.


- Isso eu já entendi, mas o que seria essa maldição? -­ Anahí não acreditara realmente naquilo, mas estava um pouco curiosa.


- Quando completou vinte sete anos, a idade de Gregório I quando foi morto, mais exatamente na noite de 27 de outubro (o dia que seria realizado o casamento de Gregório e Eleonora) ele mudou, se transformou em algum tipo de criatura.


A risada grossa de Anahí se espalhou pela grande casa.


- Não ria menina! -­ Alexandra a repreendeu com o olhar.


- Ele virou o que? -­ perguntou Anahí ainda divertida. -­ Um lobisomem?


Os dois pais se encararam e suspiraram cansados. Anahí não estava levando nada daquilo a serio. E eles tinham medo por isso.


- Any, você tem que começar a levar as coisas a serio. -­ disse o pai se sentando. -­ Não acha que brincaríamos com algo assim, acha?


Anahí analisou por um instante a situação e também se sentou.


- É, acho que não. -­ ela concluiu depois de alguns segundo. -­ Mas isso não tem o mínimo de coerência.


- Naquela época os Papas costumavam fazer isso, entregar a alma de alguém por escrito ao diabo e condená-la ao inferno.


- Certo, mas não seria apenas um mito ­ disse tentando não ofender os pais que pareciam realmente acreditar em tudo aquilo ­ até as coisas escritas nesse livro?


- Não, filha. -­ disse o pai mais calmo. -­ Mas as historias foram passadas de pais pra filhos durante todo esse tempo e todos acreditamos nisso. Não é mais uma mera lenda, é a realidade. É a nossa realidade.


- Tudo bem, mas o que eu tenho haver com essa historia? -­ perguntou ela, apesar de não estar totalmente convencida. - ­ Pelo o que eu entendi apenas os filhos de pais que são irmãos, são condenados a essa maldição.


- É verdade. -­ Frederico disse olhando mais uma vez pra Alexandra.


- Espera aí. -­ disse Anahí. -­ Vocês dois não são, são?


Alexandra apenas concordou com a cabeça triste.


-­ Oh meu Deus. -­ Anahí se levantou. -­ Quer dizer que de acordo com isso. -­ ela balançou o livro de sua família na mão. - Eu sou uma amaldiçoada?!


Alexandra confirmou mais uma vez com a cabeça.


- Não sabíamos de nada disso querida. -­ Frederico se levantou se aproximando da filha. -­ Não fazíamos idéia de que isso afetaria tanto alguém que amaríamos mais que a nós mesmos.


Anahí balançou a cabeça, como se aquele movimento o ajudasse a assimilar mais as coisas.


- Isso me torna o que? -­ ela disse encarando o pai e logo depois a mãe.


- Não tem um nome exato pra isso, Any. -­ choramingou Alexandra.


- Mas existe uma cura, certo? -­ Anahí foliou o livro.


- Talvez. -­ disse Frederico. -­ Mas se ela existir, está na parte não encontrada do documento.


- E o que eu faço agora? -­ perguntou se sentando no sofá. Apesar de aquilo ser completamente insano, algo dentro de si a fazia acreditar naquilo, algo dentro de si estava apavorado.


- Não sabemos. -­ disse Alexandra. -­ Mas seria melhor se você ficasse em Londres.


Aquelas palavras o lembraram de algo importante.


- Dulce. -­ ela disse pra si mesma. -­ E Dulce? ­- perguntou para os pais.


- Creio que não poderá mais vê-la. A maldição diz algo sobre amor, Any. E sabemos que você a ama realmente, podemos ver nos seus olhos.


- A amo. -­ disse. -­ O documento diz algo de “pela mesma mão daquela pessoa que o roubou o suspiro”.


- Exatamente. -­ disse Alexandra. -­ De acordo com todas as historias, apenas aquela, ou aquele que ama o amaldiçoado ou a amaldiçoada, um amor puro, pode tirá-lo da vida eterna.


- Quer dizer que eu tenho vida eterna? E que só a Dulce pode me matar?


- Mais ou menos isso. -­ falou Frederico.


- Isso é tão surreal.


-­ Nós sabemos. -­ disse Alexandra.    


 


 


 


 


.. 


 


 


 


_Mariaruth: Continuei Linda, Seje Bem Vinda.. 


 



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Autor(a): Lene Jauregui

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • tryciarg89 Postado em 28/07/2023 - 23:27:49

    Fiquei de coração partido pela mãe,mas foi pela melhor causa,muito linda a história

  • _mariaruth Postado em 24/11/2019 - 23:28:18

    Abandonou?

    • Lene Jauregui Postado em 25/11/2019 - 11:43:09

      Claro Que Não Amoré, Não Faria Cm Minhas Leitoras

  • _mariaruth Postado em 18/11/2019 - 18:29:21

    Volta aqui e posta mais aaaaa

    • Lene Jauregui Postado em 19/11/2019 - 09:30:29

      Postadoooo My Amor....

  • _mariaruth Postado em 14/11/2019 - 16:30:51

    Pq apagou a melhor amiga da noiva?

  • _mariaruth Postado em 14/11/2019 - 16:29:54

    Não demora pra atualizar, pfvr aaaa

  • DreamPortinon Postado em 13/11/2019 - 11:16:55

    CONTINUAAAA PLIS, AMEEEI DEMAIS

  • _mariaruth Postado em 11/11/2019 - 17:12:43

    Aaaa continua

  • siempreportinon Postado em 07/11/2019 - 20:04:35

    Ahhh salvadora das fics portinon!!! No meio de tanta coisa clandestina você surge com meu trauma favorito, não nos abandone você é a nossa última esperança kkkk

  • Ângela Postado em 07/11/2019 - 14:50:06

    Opa, já gostei, pode continuar linda. Quero mais capítulos.


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