Fanfic: A Maldição De Londres { A&D } Terminada | Tema: Portinon

- Eu vou te falar, hein Dulce Maria. -­ Angel reclamava que nem uma matraca ao lado de Dulce, enquanto as duas andavam pelas ruas de Londres. -­ Porque você não me disse antes que a gente ia ver o Alfonso? Olha como eu estou vestida! -­ a loira parou e apontou para seu um dos seus mais bonitos vestidos.

- Angel, Cala a boca! ­- Dulce gritou para ver se a amiga se acalmava. -­ Você está maravilhosa! E tenho plena certeza que o Alfonso vai achar o mesmo!

- Tirando pelo fato que esse vestido é da coleção passada e também que ele é, e sempre foi, apaixonado por você. -­ Dulce revirou os olhos e continuou a caminhar deixando a amiga para trás. -­ Ah Dulce, fala sério! Você sabe disse melhor do que ninguém!

- Angel. -­ falou Dulce tentando manter a voz calma, às vezes Angel a tirava do sério. -­ Ele a pediu em casamento, não foi? ­ -­ Angel concordou e ia falar, mas Dulce a interrompeu. -­ Não a mim, ele pediu VOCÊ em casamento, isso deve significar algo, não? ­- disse Dulce se acalmando um pouco.

- Ele só me pediu em casamento, porque Any a pedira também. -­ Angel disse num impulso de raiva, mas logo se arrependeu ao ver a expressão da amiga. -­ Oh, Dulce querida, me desculpe por isso! -­ Angel se aproximou da amiga.

-Não, tudo bem, Angel, tudo bem! -­ As duas voltaram a caminhar, mas agora em silêncio.

No outro lado da cidade.

- Maite Perroni, quem lhe deu o direito de ir falar com a Dulce? -­ Anahí falava alto, estava muito nervosa.

- Mil desculpas Any. -­ disse Maite, apesar de não parecer estar arrependida. -­ Me desculpe por não ter lhe a visado antes, mas não vou me desculpar por ter ido falar com ela, eu precisava saber algumas coisas que você evitava totalmente em me dizer, eu precisava saber para assim poder ajudá-la!

- Se EU não lhe contei, era porque você NÃO deveria saber. -­ ela gritou mais irritada ainda.

- Olha Any. -­ disse Maite se levantando do sofá da casa da amiga. -­ Se você vai continuar com essa criancice, acho melhor eu ir embora.

- Não, fique Mai, por favor. -­ disse passando as mãos no cabelo, tentando se acalmar. -­ Eu sei que você só estava pensando no melhor pra mim, me desculpe.

- Tudo bem. -­ disse Maite voltando a se sentar. -­ Mas Any, você realmente acertou na mulher, ela é tão bela e gentil. -­ disse Maite sorrindo. Anahí sorriu ao lembrar-se de Dulce e concordou com a cabeça.

- Não é? E ainda está mais bela do que nunca! -­ disse Anahí feliz, esquecendo por alguns segundos que ela nunca mais a teria em seus braços.

- Sim, está linda. -­ disse Maite tocando a mão da amiga.

- O mundo é um lugar cruel, Mai. -­ disse encostando a cabeça no sofá. -­ Um lugar muito cruel! -­ Maite só apertou mais forte a mão da amiga, queria poder ajudá-la a ultrapassar por toda aquela dor, mas ela tinha em mente algo diferente, algo que Anahí nunca sonhara em fazer.

- Dulce! -­ Alfonso cumprimentou a amiga com um abraço.

-­ Olá Alfonso! -­ disse Dulce com um belo sorriso no rosto.

- Olá. -­ Dulce viu a amiga vindo do banheiro, com certeza foi retocar a maquiagem. “Essa Angel não tem jeito”, pensou Dulce.

- Angel. -­ Alfonso disse com um misto de felicidade e embaraço.

- Alfonso. -­ Angel disse com o mesmo tom de voz de Alfonso, enquanto o cumprimentava com beijos no rosto.

- Que bom que vocês puderam vir. -­ disse Alfonso ajudando as duas a sentarem. -­ Fico feliz em revê-la, Angel. -­ disse Alfonso com um sorriso sincero, que quase derreteu a mulher.

A história dos dois era complicada, não tanto quando a de Dulce e Anahí, mas ainda assim, complicada. Alfonso era apaixonado por Dulce desde sempre, ele não escondia isso. Angel se apaixonou por Alfonso desde a primeira vez que  lhe viu, era um homem elegante, bonito e cavalheiro, tudo o que qualquer mulher pediria. Mas Dulce não o amava dessa forma, mesmo sendo bi, e Alfonso não amava Angel dessa forma também. Os três estavam presos nesse triângulo amoroso. Mas aí Dulce conheceu Any, se apaixonou perdidamente por ela, e ela por Dulce. Alfonso teve que guardar esse amor para si, mas nunca superou realmente Dulce.

Quando ele descobriu que Any tinha pedido Dulce em casamento, ele se descontrolou totalmente, pois seu coração ainda tinha esperanças de um dia tê-la ao seu lado. Então decidiu fazer ciúmes em Dulce e propôs à Angel. Mas Angel sabia o que ele pretendia, ela o amava com todo o seu coração, mas nunca se deixaria entrar naquela situação ridícula. Nunca venderia seu amor por aquilo.

Alfonso se sentira o pior de todos os homens depois de ver o que ele estava fazendo, estava tão domado por aquele sentimento de ciúme que nem percebeu quanto mal ele faria para si mesmo, e o pior, para Angel, que nutria um sentimento verdadeiro por ele. Ele pedira desculpas a ela e desde aí nunca mais se viram. Ele evitava ao máximo encontrá-la, tinha vergonha do que havia feito.

- Maite. -­ chamou Anahí pela terceira vez e a amiga finalmente a encarou. -­ Estava em que mundo? -­ ela disse rindo.

- Oh me desculpe. -­ disse Maite com um sorriso tímido.

- No que estava pensando?

- Algumas coisas. -­ desconversou Maite, Anahí não quis insistir. -­ Mas eu nem perguntei, como você está?

- Estou bem. -­ ela disse com uma feição firme, mas Maite pode ver uma sombra em seus olhos.

- Não precisa disfarçar comigo, Any. -­ ela disse encarando a amiga. -­ Eu lhe conheço muito bem!

- Eu sei disso Mai. -­ falou Anahí vencida, passando a mão pelo cabelo.

- Mas tudo bem. -­ disse rapidamente Maite. -N­ão vamos entrar nesse mérito. -­ disse a mulher sorrindo gentilmente. -­ Que tal irmos jantar no seu restaurante favorito?

- Seria formidável. -­ ela disse também sorrindo à amiga.

- Como vai a vida, Alfonso? -­ perguntou Angel educadamente, logo que o garçom saiu com os pedidos anotados.

- Vai muito bem. -­ disse Alfonso sorrindo, tinha esquecido de como Angel era bonita, e os anos tinham a melhorado ainda mais, não pôde evitar reparar.

- Dulce me contou que você foi transferido para cá para tomar conta da filial daqui. -­ o homem concordou com a cabeça. - ­ Isso é muito bom!

- Alfonso merece. -­ disse Dulce finalmente. -­ Ele é muito aplicado.

Os três sorriram e começaram a conversar sobre suas vidas. Os três eram amigos de longa data, tinham muito em comum e muito tempo sem se ver. “Era bom estar entre amigos”, pensou Dulce.

**

As duas amigas chamaram um táxi e rumaram ao restaurante, a noite estava calma, as duas conversavam algumas coisas, mas passaram a maior parte do caminho em silêncio.

- Chegamos. -­ o taxista falou.

- Obrigada. -­ Anahí pagou a corrida, e as duas saíram do táxi.

- Está uma bela noite. -­ disse Maite sorrindo e contemplando as luzes da cidade que tomavam destaque no céu bem escuro e com poucas estrelas. Anahí olhou para o céu por um instante.

- Realmente muito bela. -­ as duas sorriram e entraram no restaurante.

- Boa noite, Sra. Portilla. -­ disse a recepcionista. -­ Sra. Perroni.

- Boa noite. -­ as duas disseram juntas. Ela as levou a sua mesa.

Angel se engasgou com sua salada, Alfonso bateu gentilmente em sua costa.

- Está tudo bem? ­- perguntou aflito.

- Sim, sim. -­ disse ela em meio a tosses.

- Está tudo bem mesmo?  Você parece pálida. -­ o amigo disse preocupado.

- Onde está Dulce? ­- perguntou Angel ignorando o comentário de Alfonso.

- No banheiro. -­ ele disse sem entender ­ o que tem?

Angel apontou com a cabeça para uma mesa próxima.

- Anahí. -­ disse Alfonso reconhecendo a pessoa.

- Vocês....- Dulce chegara nesse exato momento na mesa, a tempo de ouvir as ultimas palavras de Alfonso e de acompanhar o olhar do mesmo. -­ Anahí.

Maite que estava rindo de alguma historia contada pela amiga pára no mesmo instante que vê a mulher de cabelos vermelhos as encarando estupefata.

- O que houve Mai? ­- Anahí perguntou rindo da cara que amiga, seguiu o olhar da mesma e o seu sorriso se desfez. - Dulce. -­ ela disse assim que viu mais uma vez aquele rosto tão familiar. Ela a encarava em choque, mas depois de alguns segundos a sua feição mudou completamente, agora ela parecia aborrecida, Anahí desviou o olhar e encarou a sua mesa. “O que ela estava fazendo ali?”, se perguntou.

Dulce se sentou à mesa aos olhares cuidadosos de Angel e Alfonso.

- Tudo bem amiga? -­ perguntou Angel. Dulce estava de cabeça baixa com as mãos no rosto.

- Dulce? -­ foi a vez de Alfonso tocar o braço da amiga. -­ Você quer ir embora?

Dulce o encarou.

- Não, por que eu iria embora? -­ perguntou Dulce com determinação.

-­ Por nada. -­ o homem disse.            

... 

DreamPortinon: Continuei My Amor, E Seje Muito Bem Vinda.