Fanfic: The Secret | Tema: Romance
SÁBADO, 09 DE NOVEMBRO DE 2019
Nós havíamos acabado de treinar. Agora, estávamos indo para a sala de estar que era mais confortável.
- Dom, vou tomar um banho e não demoro ok?! – falei subindo as escadas.
- Claro, também não demoro - ele disse e subiu também.
Fui até o meu quarto e abri minha pequena mala, separei uma roupa confortável, peguei minha toalha e entrei no banheiro.
A água morna me dava me dava energias, molhei o cabelo e os lavei com meu shampoo favorito de morango.
Quando terminei o banho, desliguei o chuveiro quente e abri o box a procura de minha toalha. O choque térmico me atingiu e calafrios percorreram a minha espinha.
Peguei a toalha macia e me enrolei nela, saindo do banheiro. Sequei meus cabelos com cuidado e troquei de roupa.
Vesti um short de moletom preto e uma blusa cinza de manga longa, fina. Não estava usando sutiã porque não via nenhuma necessidade, então desci para a sala.
Chegando, vi Dom ,que deve ter saído mais rápido do banho, deitado no sofá vendo um filme qualquer, quase dormindo.
Fui pra perto e sentei ao lado de sua cabeça, abaixei-me e sussurrei em seu ouvido:
- Dom... - sacudi seu corpo levemente - deite-se aqui.
Ele acordou e deitou sua cabeça em meu colo, fiquei fazendo cafuné por alguns instantes em seu cabelo e acabei adormecendo.
***
Acordei algum tempo depois, olho para baixo e vejo que Dominic não está mais no sofá comigo.
Agora, eu estava deitada com um cobertor que Dom deve ter colocado em mim.
Olho para a televisão e vejo que o filme que passava havia acabado, agora passava um noticiários sobre... patos?
Chegava a ser engraçado, alguns patinhos nadando. Era bonitinho.
- DOM? - o chamo - VEM CÁ.
Alguns segundos depois o loiro chega, com um pano de prato sobre o ombro.
- O que estava fazendo? - pergunto.
- Quem você acha que iria fazer o almoço? - ele rebate. - Por que me chamou? Está tudo bem? - ele se aproxima.
- Sim, te chamei para ver isso - aponto para a TV e seu olhar segue minha mão.
- Meu Deus! - ele anda rapidamente até o sofá e desliga a televisão.
Passa a mão no rosto levando-a ate seu cabelo, o jogando para trás e me olha.
- Sério isso?
- Por que você desligou a TV? – pergunto ainda não entendendo nada.
- Por que você quis me mostrar patos?
- Por que você não gosta de patos?
- Eu só não vou com a cara deles – deu de ombros, mas claramente era mentira.
- O que? Como assim? - solto uma risada alta. Não consigo evitar - Você tem medo de patos?
- Óbvio que não, eu não tenho medo de nada.
- Meu Deus, você tem medo de patos - começo a rir.
- Não tem graça, McNamara.
Quando paro um pouco sinto uma corrente de ar frio vindo da porta que estava ao meu lado.
- Quem abriu a porta? - vou até lá e fecho a mesma.
Eu me arrepiei com o frio, quando me viro percebo que Dom encara algo abaixo do meu rosto.
Sigo seu olhar e chego até meus peitos, que estavam marcando a blusa fina.
- Hum - pigarreio e cruzo os braços, cobrindo meus seios. Dom fecha a boca e volta seu olhar para mim.
- Vou voltar a fazer o almoço. - ele vai em direção à cozinha.
- Ok, patinho.
Ele revira os olhos e eu acabo rindo.
***
- Estava delicioso! - limpo a boca com um guardanapo e o olho de relance.
- Eu sei – o mesmo disse enquanto dava de ombros e logo depois tomava um gole de água.
- Nenhum pouco convencido.
Ele solta uma risada anasalada.
- Aprendi a fazer esse spaghetti com o meu pai. - ele diz com um olhar nostálgico enquanto encarava a mesa.
- Você nunca me disse nada sobre ele.
- Ele... – ele suspirou, parecendo hesitante - ele morreu quando eu tinha 10 anos, e todos os meus aniversários ele fazia essa comida. É a minha preferida. - seus olhos estavam baixos - No meu aniversario de 8 anos eu pedi para mergulhar numa banheira de spaghetti, ele disse que era loucura. Então eu pedi um cachorro.
- Dom... – eu queria falar algo, mas não sei por que mais nada saiu e Dom continuou falando.
- Ele era o melhor pai do mundo, me ensinou muitas coisas. E uma dessas foi a cozinhar esse spaghetti.
- Tenho certeza que ele era um bom homem - digo tentando confortá-lo.
- Ele era...
Ficamos em silêncio por algum tempo até que eu levanto da mesa com o meu prato, pego o dele também e coloco na pia.
Sinto a presença dele atrás de mim, muito perto. Podia sentir sua respiração na minha nuca, me causando arrepios e deixando minha respiração um pouco descontrolada.
Decido me virar para falar com o mesmo, não iria conseguir falar com ele quase colado atrás de mim.
- Posso fazer a sobremesa, o que você vai querer? – umedeci os lábios.
Suas pupilas dilatam, sua imensidão azul se transforma em preto, conseguia ver meu próprio reflexo ali, ofegante.
- Você... - ele sussurra e cola sua boca a minha.
Seus braços deslizam até a minha cintura e me colocam na bancada de mármore da cozinha, meus braços foram automaticamente para seu pescoço e assim que ele apertou minha bunda, coloquei meus dedos entrelaçados com seus cabelos dando puxões enquanto arfava. Dom desceu seus beijos até meu pescoço o que e fez grunhir e entrelaçar minhas pernas em sua cintura, o trazendo mais perto.
Suas mãos passavam pelas minhas coxas e subiram novamente, só que dessa vez entraram em minha camisa e apertaram meus seios, o que me fez arfar. Seus beijos ainda estavam em meu pescoço, que envolviam mordidas e lambidas, me deixando cada vez mais molhada e excitada.
Voltei a beija-lo na boca enquanto sentia sua ereção através de nossas roupas, eu me mexia contra ele para provoca-lo ainda mais. Enquanto uma mão estava em meu seio a outra descia e adentrava em minha roupa procurando minha intimidade molhada e meu clitóris desejando sua mão e boca.
Deus, como aquele homem conseguia fazer meu corpo ferver!
Quando o telefone tocou ele parou de me beijar e eu coloquei minha mão em sua cabeça colocando sua boca em meu pescoço de novo, olhei meu celular e estava com um numero desconhecido e então desliguei.
Porém o telefone tocou mais três vezes e então Dom parou e se afastou enquanto dizia, cruzando os braços e claramente um pouco irritado pelo telefone ter nos interrompido.
- Deve ser importante, Kat - ele diz - pode atender.
Sai de cima do balcão e bufei assim que atendi o telefone.
- Alô?
- Olá, você é Katherine McNamara?
- Sim, quem fala?
- Eu trabalho no hospital Central de Nova York.
- Hospital? O que está acontecendo? – meu coração começou a ficar acelerado.
Olho para Dom e sua expressão está tão confusa quanto a minha
- Jake sofreu um acidente, seu contato está como emergência. É seu namorado?
- Jake sofreu um acidente? - meus olhos começam a lacrimejar e Dom vem até mim rapidamente e parando em minha frente colocado sua mão em meu rosto, me olhando nos olhos.
Ele sabe o quanto Jake é importante para mim.
- Sim, você poderia vir até aqui?
- Sim, sim, eu... eu já estou indo.
Desligo a ligação.
- O que aconteceu, Kat? - Dom pergunta.
- Jake sofreu um acidente, precisamos ir até lá.
- Vou trocar de roupa e nós já vamos.
Assinto e subo para o meu quarto. Com a cabeça a mil, coloco qualquer roupa. Uma calça jeans, uma camiseta branca e uma jaqueta preta. Vou até o banheiro, enxugo minhas lágrimas e escovo os dentes.
Desço as escadas encontrando Dom perto da porta. Corro até lá, passando por ele e saindo em direção ao carro.
Dominic dirige até o hospital.
- Tente manter a calma, ok? - ele diz, pegando minha mão ainda dirigindo.
- Dominic, Jake sofreu um acidente, não tem como manter a calma.
Ele segura minha mão com mais força e entramos no hospital. Nos identificamos com a moça da recepção e ela nos guiou até o seu quarto. Eu realmente não conseguia pensar e somente sentir meu coração martelando contra o tórax.
Quando chegamos em seu quarto, 357, duas enfermeiras estavam na porta e me impediram de entrar me dizendo que agora ele estava em uma cirurgia pois algum destroço entrou em seu abdome com a batida do carro e que seu caso era grave. Quando ouvi isso meu joelhos falharam e eu cai ajoelhada no chão, chorando e sentindo Dom se abaixando junto a mim, me abraçando ali mesmo no chão.
Coloquei minhas mãos em seus braços que me enrolavam e chorei ainda mais, Jake é tudo para mim. Ele me ajudou quando eu mais precisei, ele nunca saia do meu lado, ele é como meu irmão mais velho e agora ele estava em uma cirurgia com o risco de qualquer falha medica ou de seu próprio corpo, o matar. Meu mundo simplesmente caiu.
Dom me levantou e me fez ficar sentada no acento ao lado dos quartos enquanto ele me abraçava e me tentava me confortar diante de toda aquela situação. Enquanto a cirurgia acontecia, uma policial veio e parou em minha frente.
Quando olhei para cima pude ver como ela era, loira, olhos azuis, alta e com uma expressão totalmente de policial, está séria porém preocupada e com alguma noticia, seja ela boa ou ruim.
- Olá, eu sou a detetive Decker. Você é a... – ela checou meu nome em seu bloco de notas – Katherine McNamara?
- Sim, sou eu – me levantei secando minhas lágrimas – aconteceu alguma coisa? – disse franzindo a testa, era mania pois eu sempre fazia isso quando pensava.
- Infelizmente sim, - com isso soltei um suspiro pesado e fechando os olhos por alguns segundos – a pericia estava analisando o carro e descobriu que o acidente foi proposital, os freios eles foram sabotados – ela guardou o bloco de notas no bolso e voltou a me olhar – senhorita McNamara sabe se Jake tinha alguém que queria fazer à ele? Alguma desavença?
- O que? N-não Jake e eu acabamos de nos mudar e ele mal conhecia ninguém – disse ainda totalmente confusa, quem iria querer fazer mal à Jake?
- Compreendo, se souber de algo nos avise imediatamente! – assenti enquanto ela saia.
Assim que olhei para o lado com a boca entreaberta pronta para falar com Dom, ele não estava mais lá olhei para os lados mas não achei nada, ele deve ter saído enquanto eu conversava com a detetive.
Me sentei novamente e depois de longos minutos Dom apareceu, com dois cafés em sua mão. O mesmo estendeu um para mim, o qual eu peguei ainda sentindo o liquido quente através do copo descartável e tomei um gole do café.
- Aonde você foi? Sumiu do nada – o olhei curiosa.
- Tive que atender uma ligação importante – ele deu de ombros se sentando na cadeira ao meu lado e tomando um gole de sua bebida.
***
TERÇA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2019
Eu não sai um dia sequer dali, não fui em casa eu somente fiquei ali prometendo a cada hora que se passava que quando Jake pudesse receber visitas eu estaria lá como ele sempre esteve comigo. Dom também ficou no hospital comigo e só me deixava sozinha quando ia pegar mais café ou falar com alguma enfermeira, perguntando sobre o estado de Jake por mim.
- Kat sei que vai me contrariar mas você precisa se cuidar, ir para casa trocar de roupa, tomar um banho e dormir um pouco também. – neguei com a cabeça o olhando.
- Nem pensar, quero e vou estar aqui quando ele acordar! – me levantei cruzando os braços e fui até a porta do quarto de Jake, onde o olhei pela janela – Não quero deixa-lo acordar sem ninguém por perto. – olhei Dom por cima do ombro, pois agora ele estava atrás de mim.
- Eu sei mas, acho que Jake não vai gostar de te ver assim... – ele suspirou – sabe, com o cabelo bagunçado, cheirando a couro de acento e – sua voz voltou a ficar séria – com esse olhar triste – ele me virou para encara-lo – por favor Kat, eu juro que assim que você se cuidar eu mesmo ter trago de volta antes dele acordar.
Suspirei pesado novamente, olhei de relance para o quarto e por mais que eu odiasse admitir, Dom estava certo. Eu tinha que cuidar de mim e Jake realmente nunca iria querer me ver desse jeito.
- Tudo bem – sorri fraco novamente cruzando os braços, o ar do hospital era incrivelmente frio.
Dom me levou para casa e enquanto eu tomava banho ele me preparava o café da manhã, ainda eram 06:22 da manhã quando saímos do hospital.
Entrei no chuveiro e o impacto da água quente com meu corpo ainda gelado do hospital me fez estremecer, tomei um banho relaxante e aproveitando lavei meu cabelo com meu shampoo preferido de morango. Sai do banheiro enrolada, passei meu hidratante corporal, sequei e penteei meus cabelos.
Depois que terminei de trocar eu desci até a cozinha. Enquanto comia Dom conversava comigo sobre coisas totalmente aleatórias, acho que ele está tentando me distrair de tudo o que aconteceu mas isso não vai funcionar.
- Dom! – disse em um tom mais alto do que eu esperava falar, mas pelo menos ele parou tudo até mesmo de continuar falando – olha, eu agradeço por tudo de verdade mas acho que não vai conseguir me distrair por que Jake está no hospital e foi uma tentativa de assassinato! Então desculpa se eu não consigo me distrair! – eu mesmo não querendo e sabendo que errado, joguei tudo contra ele. Quando percebi o que havia feito, meus olhos lacrimejaram – desculpa, eu... – ele me interrompeu de um jeito totalmente gentil.
- Ei, vem cá – ele me puxou para um abraço, me envolvendo em com seus braços fortes e eu apenas consegui retribuir, me sentia livre para chorar perto dele. Ficamos abraçados por um tempo, tendo só meu choro e soluços como barulho no local.
- E-eu não devia ter jogado tudo contra você, me desculpa – disse afastando meu rosto para olha-lo melhor, mas não sai um secundo sequer de seus braços – Jake é tudo para mim e se eu o perdesse... – Dom me interrompe novamente.
- Você não perdeu ok?! – ele disse pegando meu rosto com suas duas mãos – eu te prometo isso. – ele disse olhando em meus olhos.
- Ok. – disse assentindo e dando um leve sorriso.
Dom olhou diretamente para meus olhos e me deu um selinho demorado o qual eu correspondi na hora, depois que nossos lábios se distanciaram fomos até o sofá e ficamos abraçados.
Aos braços do Dom eu me sentia segura, totalmente segura e com ele eu sentia que mal algum fosse acontecer, como se fossemos invencíveis. Me aconcheguei ainda mais nos braços dele enquanto pensava nisso, seus braços enrolavam minha cintura e só com isso, eu já me sentia mais protegida ao seu lado.
E com esses pensamentos, ainda no abraço dele eu adormeci.
Autor(a): KeberanianAverno
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).