Fanfics Brasil - Medo da Escuridão Dias em Noite

Fanfic: Dias em Noite


Capítulo: Medo da Escuridão

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Rosa
desceu até o jardim, e foi parada por Guto.


- O que
faz aqui senhorita Rosa?-


- Escutei
um barulho e vim ver se Celeste estava aqui.-


- Volte
lá para cima, Caio me deixou como guardião aqui, ela não virá.-


- Outro
dia Guto eu vi aqui aquele cara que seduziu a senhora Carlota.-


- Não
comente mais sobre isso garota, a senhora Carlota não quer que a Celeste saiba
disso.-


- Mas ela
já sabe.-


- Ah sua
linguaruda, ela está ficando impossível. E agora volte para seu quarto, quando
escutar essas vozes ou sei lá que seja, não venha aqui, sozinha não poderá
fazer nada.-


-
Grosso.- Subindo as escadas.


Rosa era
muito bonita, todos diziam que ela era um anjo, seus cabelos longos e loiros
com cachos e bem compridos, sua pele clara e seus olhos azuis, Guto bem que era
apaixonado pela menina, e todas as suas implicâncias eram para proteger ela de
qualquer mal que pudesse vir a acontecer a ela, mas a menina nem sonhava com
isso e as vezes achava Guto um cara implicante demais, deveria ser uma
característica dos guardiões, ou não pois Abel e Sandreas nem eram assim.


Rosa
estava andando nas ruas do pequeno vilarejo e de repente viu alguém com uma
capa preta e olhando tudo, ela estava descalça e ficou com tanto medo que se
escondeu para olhar, temia muito que ele a visse que fosse tarde demais para
que gritasse alguém, o cara estava com uma pedra vermelha na mão, e um bloco
cinza, ele olhava tudo e fazia umas riscas com a pedra no bloco, Rosa nem se
quer entendeu o que era aquilo, mas devia ser um código do mal, teria que
avisar alguém sobre o que acontecia.


Viu que
ele se afastou e correu de volta para o jardim.


- O que
faz aqui de novo Rosa? Não te disse que é para dormir?-


- Eu
estava indo Guto, mas eu vi um cara dentro da cidade com uma capa preta, ele
estava anotando umas coisas num bloco cinza, como deixou ele passar?-


- Meu
Deus, não saia de perto de mim, ele é o mensageiro de Nefastus isso não pode
significar nada mais do que a trégua está sendo longa demais, pretendem
invadir.-


- Nem
brinca Guto. Mas como ele passou por você?-


- Veio
pela montanha azul, vamos ter que colocar alguém lá também, e você nada mais de
sair a noite.-


- Não é
possível que a paz do nosso vilarejo vai ser atrapalhada.-


- Vai até
a porta do castelo, estou te olhando daqui e avisa o Abel sobre o que viu, e
vai para dentro do castelo está me ouvindo?-


- Sim
Guto.-


Rosa
correu para a porta do castelo e parou na frente de Abel muito assustada.


- O que
faz aqui menina Rosa?-


- Eu vim
pegar uma fresca e ver os vaga-lumes e eu vi um cara de capa preta, desci no
jardim e avisei o Guto, ele pediu para eu vir aqui.-


- O
mensageiro Robert.-


- Me
deixe na porta da minha casa.-


- Nada
disso, não há tempo, entre agora aqui no castelo.-


-
Mas...Mas...- E já empurrada para dentro.


   


O velho Caio ouvindo um murmúrio na porta,
levantou, as pessoas de Arco da Prata eram acostumadas com o silencio calmo da
noite, só barulhos de animais, nada de vozes, muito menos de Rosa, a encontrou
assustada na enorme sala de entrada.

- O que aconteceu Rosa? O que faz acordada essa hora?-
- Eu fui tomar uma fresca e queria tanto ver os vaga-lumes e vi um homem de
capa preta perto da minha casa, avisei Guto.-
- Robert, bem me espantava ele não ter vindo antes.-
- O que eles tanto caçam aqui?-
- Eles são maldosos, não tem bem o que, mas tem que acabar com a felicidade. –
Escondendo a verdade. – Agora Rosa vá para cama, nem era para estar acordada,
lembre-se que tem a época de olhar os vaga-lumes, só no festival da Lua onde
todos olham.-
- Sim senhor Caio.- Subindo para um dos quartos.

Caio agora estava preocupado, eles sabiam o que eles estavam procurando e que
estava bem solta ao vento, a menina da marca, a menina marcada por um maligno,
Celeste estava sendo caçada desde que nasceu, e quando era criança era muito
mais fácil protege-la, agora que ela queria decidir bem o que fazer seria um
trabalho muito complicado, Caio teria de acordar Carlota.
Entrou no quarto da irmã que estava numa paz.profunda, mas teria de acorda-la o
caso era bem sério.

- Carlota.-
- Caio?- Acordando. – Aconteceu alguma coisa?-
- Sim, o mensageiro Robert deu sua ronda hoje, depois de mais de um ano sumido,
ele voltou.-
- Meu Deus e quem viu ele?-
- Rosa.-
- O que ela faz do lado de fora agora?-
- Ela é menina Carlota, estava atrás dos vaga-lumes.-
- Meu Deus que perigo.-
- Ela está bem Carlota, mandei ela dormir, e ela estava com Guto e Abel.-
- Temos que deixar aquela marca das costas de Celeste bem tampada, ela insiste
em acha-la bonita, mas terá de andar com ela bem tapada, se alguém ver aquilo
meu Deus nem quero ver o que será de Arco da Prata.-
- É ela é muito inocente e nem conhece o perigo, e por isso acha que é seguro o
Reino Nefastus.-

O lugar estava tenso esperando algum recado ruim chegar, Caio ainda acreditava
que alguém pudesse ter a visto no pântano perto da macieira e ter visto sua
marca, ou ao menos querendo saber quem era aquela que se atrevia ir lá e ainda
por cima pegar de coisas das suas propriedades, eles eram muito egoístas e isso
poderia ter se tornado um grande problema.
Pela primeira vez em um ano e meio uma noite havia sido corrompida e eles não
dormiram até o dia começar a raiar com silêncio pleno. Mas todos sabiam que
este dia tinha que chegar, ou melhor esta noite, Caio chamou Abel.

- Abel você sabe por que ele veio não é? –
- Sim.-
- Não poderá desgrudar um segundo de Celeste.-
- Eu sei, e me chame Ferdinando, ele será o encarregado junto de Hercules de
ficar na entrada da montanha azul, é por lá que ele vem.-
- Sim senhor Caio.-

Abel fez o que o sacerdote máximo pediu e foi para sua guarda, Ferdinando e
Hercules já estavam de ida para a montanha azul, a esta hora, Robert o espião
negro já devia estar a caminho de volta para as profundezas.
Caio não queria que ninguém soubesse da visita de Robert e então avisou os guardiões
sobre sua vontade de sigilo, e eles concordaram, de manhã Caio e Carlota
conversariam com Rosa, para que não contasse nem a sua mãe e muito menos a
Celeste.
Carlota entrou no quarto de Celeste onde ela dormia calmamente, seu cabelo
bronze estava caído e espalhado por cima do travesseiro, sua marca estava
evidente em sua camisola rosa bebê de seda, e isso incomodava muito Carlota,
realmente o desenho que formava era belo, mas como gostar daquilo, quando
poderia levar a vida dela, ela só podia odiar que sua afilhada tivesse uma
marca do mal em si e que gostasse tanto dela.
Celeste nem percebeu a presença ali sonhava com uma mão que acariciava seu
rosto e ela gostava tanto daquilo, ela sonhava com a montanha azul, e que
andava de mão dadas com alguém e olhava o arco-íris e que quando chegava o
Festival da Lua ela dançava com seu vestido azul e que sua marca era adorada
por alguém que ela amava muito.
O dia quase amanhecia, e logo todos estariam de pé como sempre, trabalhariam,
cantariam, apanhariam flores, mas no castelo branco não era um dia comum, era
um dia de preocupação.
Rosa logo se levantou e foi para a sala, se despediria de Caio e iria para casa
ou sua mãe ficaria louca com sua falta.

- Vou indo Caio.-
- Rosa, preciso falar com você por um momento.-
- Fale.-
- Não quero que comente sobre o estranho de capa com ninguém, muito menos com
Celeste.-
- Tudo bem.-
- Me prometa e se lembre que promessa é coisa bem séria para nós aqui.-
- Eu prometo.-

Teria de se conter, ela não poderia contar a novidade a ninguém, Caio teria
seus motivos, e seus motivos sempre era o melhor para Arco da Prata, ela foi
para casa e a manhã chegou linda e radiante, de repente a cidade começou a se
encher com as pessoas, que estavam felizes e sorridentes como sempre.
Os gatos brincavam com as crianças pelas ruas, e as mulheres e homens iam para
seus afazeres diários. Arco da Prata estava radiante sem saber do obscuro que
podia os assombrar.
Celeste acordou contente e eufórica, queria muito balançar no seu jardim, se
trocou rápido e desceu para o café, era uma coisa sagrada em Arco da Prata, e
ela apesar de achar que era uma bobagem não ia quebrar o ritual de sabe-se lá
quantos séculos.



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Autor(a): marquesthays

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