Fanfics Brasil - Feliz? Ao Simples Toque

Fanfic: Ao Simples Toque


Capítulo: Feliz?

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Pierre
seguiu com as mensagens até o servo que entregava todas elas por Carcassone e
todos os vilarejos ao redor. Quando estava indo ajudar alguns vassalos a colher
uvas se encontrou com Camila que estava indo para a tina de onde produziam
vinho. Ela lhe lançou um olhar terno e profundo. Pierre se aproximou dela,
porém ela saiu correndo em meio às parreiras e sumiu bem rapidamente. Pierre
não sabia o que o atraía, porém sempre que a via ficava diferente. Seu cabelo
pulsava fortemente, e mesmo sabendo que não a veria naquele momento a procura
em meios as videiras. Camila corria sem parar, mas ao mesmo tempo queria estar
bem lá trás. Ao chegar ao local de onde a grande tinha estava seu coração
estava acelerado e sua respiração ofegante.


 


            - O que aconteceste? – Pergunto uma
moça.


            - Vim correndo. –


            - Achei que avistado o suposto
feiticeiro teria. –


            - Não. – Se lembrando do homem que
havia entrado outrora em sua casa.


            O medo da população era que houvesse
um saqueador por ali, com população diminuída por conta das cruzadas seria
muito mais fácil sua ação dentro da cidade. O que era impressionante era que
mesmo no século XIII existiam mulheres que iam para a luta assumindo um lugar
masculino, um lugar que não tem igual para a tristeza, eram poucas, mas havia
sim mulheres literalmente guerreiras. Pierre foi tentar se concentrar em seu
trabalho.


            Danilo estava fazendo artigos em
madeira quando se lembrou da tristeza de Suzi na noite que antecedera e
resolveu um presente para ela. Sabia que não era exatamente permitido
presentear uma moça da qual não fosse sua prometida, mas o faria assim mesmo.
Acabado seu serviço, foi para a cidade trocar por outras coisas. O negócio foi
bom em relação ao comercio que era bem fraco naquela época, somente com o fim
das cruzadas e abertura dos portos para o Oriente era que o comercio se
firmaria, mas isso ainda não estava tão perto e a maioria das pessoas que
estava ali naquele dado momento não estaria mais viva quando assim fosse.


            Depois de muito trabalho Danilo foi
se banhar no rio, não agüentava mais aquilo tudo que estava tendo que passar
sem um banho. Ao chegar à beira se encontrou com Lucas que também estava ali a
banhar-se depois da longa busca por ervas de ótimo odor. Danilo se surpreendeu
em ver o amigo.


           


            - Lucas. – Falou ele em tom
amigável.


            - Danilo, me diga como que foi a
busca por um trabalho?-


            - Você não vai nem acreditar eu
trabalho junto ao pai daquela moça. –


            - Aquela da mata? Da qual você se
irritou. – Afirmou ele em tom brincalhão.


            - Ela não me irrita mais. – Falou
ele em seu tom mais marrento.


            - É eu to vendo nos seus olhos. –
Debochando.


            - Não vem com essa idéia de olhos
que nem a Suzi não. – Irritado.


            - Então o nome dela é Suzi? –
Debochando cada vez mais.


            - Sim. – Marrento e cruzando os
braços já em protesto.


            - Mas é verdade, seus olhos nunca
brilharam tanto. – Afirmou Lucas.


            - Deixa de ser besta você sabe que
não podemos gostar de ninguém aqui, vamos voltar em breve. – Encabulado.


           


            Lucas calou-se há um tempo já que
não pensava mais que voltaria, já havia se conformado em estar ali e de certo
estava quase feliz. Danilo mesmo tendo dito também não pensava tanto no
assunto, porém com aquela frase os fez de verdade refletir sobre o assunto.
Voltariam para casa alguma hora e então não poderiam de maneira nenhuma se
ligar a alguém dali, o que também era um sonho bem distante, pois quem daria
uma filha em casamento sem saber de quem tratavam seus pais, quais eram suas
origens familiares. Mas por que preocuparem? Não estavam com nenhum romance em
vista. Foram se banhar e Lucas até concedeu um pouco das ervas que havia obtido
na mata para que Danilo também não sentisse tanta falta de um sabonete.


            Na volta para o castelo Lucas foi
pensando naquilo que não lhe afligia tanto mais. Como voltariam para casa? Como
descobririam o que haviam ido fazer ali? Eram tantas questões sem aparentes
respostas que ele logo ficou desanimado, mas teria longo trabalho pela frente,
o rei já o havia convocado para cuidar de sua mulher, a rainha Beatrice que era
muito bela, contanto mantinha uma feição de muita amargura. Também a vida
medieval principalmente para a classe feminina não era muito favorecida, eram
muito reprimidas por seus maridos e viviam o medo de serem enxotadas e passarem
a ser trabalhadoras das tabernas assim como muitas mulheres que perderam seu
caminho de vista na vida. O amor já era difícil naquela época com os casamentos
arranjados, e para as mulheres da taberna era ainda mais distante da realidade.


            As tabernas eram lideradas
geralmente por uma mulher experiente, maliciosa e que geralmente era mais velha
também, mas havia tabernas que um homem tomava conta do negócio. Os taberneiros
davam as dicas do que as moças deveriam fazer para chamar atenção dos homens
que a principio iam ali somente para beber em um ambiente de onde pudessem
conversar sobre assuntos que as mulheres não deveriam saber. Com o tempo as
tabernas se tornaram um refugio excepcionalmente para o sexo fora do
matrimônio. Esse tipo de aventura atraia muitos homens geralmente em idade
avançada. Não era somente o nome que traz alguma similaridade as tabernas se
pareciam geralmente com cavernas no aspecto escuro e grotesco do seu interior.


            Lucas adorava observar as armaduras
que estavam em exposição em um dos enormes cômodos do castelo, havia armaduras
celtas e também uma ao estilo viking, e não eram somente essas que estavam ao
largo daquela sala. Ao olhar aquilo de perto ele se sentiu em verdadeiro ambiente
de um duelo, que em livros e filmes eram sempre por romance. Mas nem tudo tinha
um final feliz na realidade. Realidade. Era muito ele voltar para ela e ir
trabalhar, ou teria grandes problemas com o máximo suserano.


            Subindo as enormes escadas de pedra,
Lucas avistou Luiza passar lá embaixo usando uma túnica cor coral que parecia
muito leve. Queria descer e avistá-la de perto, mas se não quisesse ir parar em
um dos calabouços no porão do castelo ou até ir parar na guilhotina, forca ou
fogueira teria que se conter. Continuou a subir devagar e distraído. Naquele
momento Luiza estava lá embaixo observando-o subir, ela havia passado uma
essência de lavanda que se misturava ao ar naquele instante.  Lucas não olhou mais para trás, depois do que
havia conversado com o amigo era que a tentação não poderia tomá-lo jamais.
Luiza continuou a observar os cabelos negros e sempre brilhantes daquele jovem
rapaz. Sua maior paixão era por olhos, mas o vendo somente de longe não sabia sua
cor, e nem ao menos o brilho que emitia. Sabia que sua pele era muito linda num
tom claro e ao mesmo tempo corado, com vida. Seu porte e altura eram elegantes.
Estava encantava. Sendo prometida para um primo distante Henrique VII, estava
cada vez mais desanimada com o matrimonio. Desejava se aventurar, fugir, viver
um amor de verdade e até quem sabe proíbido, e com isso voltava a olhar para
onde Lucas subia, porém ele já não estava mais ali. Chegaria perto dele de
qualquer forma.




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Autor(a): marquesthays

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