Fanfic: Nem Todos Vêem

Eu estava em meu
quarto sem saber o que fazer se tomava mais um calmante e dormia ou se
simplesmente encarava a realidade e enfrentava o fato de peito aberto, era
aquilo que eu tinha que fazer me concentrar em não mais dar pistas sobre o meu
sentimento, o meu amor. Mesmo eu tendo dito milhares de vezes e a todos que eu
nunca havia amado, somente eu sabia que amava, e muito, e apesar dessa certeza
ser cruel, eu com a parte que me faltava era quem completaria esse outro
alguém, mas não dava para entender que eu era essa tal pessoa, pois aquela
parte que eu não tinha me fazia total diferença. Nunca questionaram meu modo de
ser e me comportar, e eu mesmo cheguei a achar que eu era uma pessoa comum, mas
com todo esse conflito dentro de mim, eu sabia que ninguém é ordinário, todas
as pessoas são raras, na verdade todas são únicas. Todo mundo tem algum
diferencial e até mesmo um segredo que não pode contar a ninguém. Quando aquele telefone tocou e e escutei aquela voz daquele alguém que eu tanto amava, meu coração foi a mil. Não era possível que eu  em tantos anos não houvesse aprendido a controlar meus sentimentos, porém essa era verdade.

- Estão tão triste. - Falou a voz mais importante da minha vida.

- O que aconteceu? - Perguntei amparando.

- Você sabe eu briguei novamente. -

- Não é o suficiente para você todas que já levou pela cara? - Perguntei com indignação. - Acho que não. O amor faz a gente superar tudo. - Afirmou com  tristeza.

E como eu sabia daquela afirmação, eu já havia superado todas as tristezas e dores que me apareceram. E sempre eu me portava com amizade e amparo para quem eu amava. Mas para mim muitas vezes havia se tornado difícil aquilo tudo.

- Vamos nos encontrar. - Afirmei.

- Não estou indo resolver, mas antes queria ouvir sua voz.- Falou com desanimo.

- Ah! - Sem reação.

Desliguei o telefone quase chorando, como eu podia fazer aquilo comigo mesmo? Mas como eu também poderia ver alguém do qual eu amava mais que tudo cair num caos profundo sem acudir? Eu nunca seria capaz de abandonar o meu amor. Deitei afim de descansar da fadiga que a dor de amor me causava. E acabei por dormir.