Fanfics Brasil - Capítulo único A simples paixão de um larápio do espaço

Fanfic: A simples paixão de um larápio do espaço | Tema: Guardiões da Galáxia


Capítulo: Capítulo único

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A simples paixão de um larápio do espaço



Isso foi há um bom tempo atrás. Eu ainda estava brincando com meus
bonecos de ação... minha mãe não tinha desenvolvido câncer... George
W. Bush ainda nem era o presidente... e eu nem sonhava em ser
raptado por alienígenas e morar no espaço.



Tinha um menino bochechudo, pálido, mais alto que eu, que morava a
uns quarteirões da minha casa.
O pai dele era dono da melhor loja de todas: Kenneddy`s Tape Store.
O lugar todo era um paraíso pra quem gostava dos clássicos!
Eles tinham tudo: Elvis, Sinatra, Queen, e até o disco dos Redbones
que era o preferido da minha mãe.



“Eu sou Groot?”



Agora não, Groot. Deixa eu terminar.



“Concordo com o Groot, Quill. Isso é uma perda de tempo!”



Calma aí, gente! Já vou chegar na parte boa!



“Não devíamos estar concentrados em buscar as jóias do infinito?
Thanos já deve estar bem adiantado.”



Ah, Gamora. A alienígena verde mais briguenta e sexy da galáxia.
O som da sua voz era ríspido, mas para mim, era suave e macio como
o veludo. E...



“Ô, bocó! Sua narração não está em off, sabia? Eu consigo ouvir
tudo o que você diz!”



“É! Só continua a Flarka da história!”



“Eu sou Groot!”



Tá bom! Tá bom! Eu hein...
Enfim... Esse menino se chamava John Smith. E ele adorava tirar sarro
de mim, já que eu não podia comprar nenhuma das fitas que eles
vendiam. Minha mãe sempre batalhava para me sustentar e pagar as
contas da casa. Por isso ficava muito difícil sobrar algum dinheiro pra
comprar uma fita.



“Ó... Bu, hu! O pobre Quill não tinha grana pra comprar uma fita
estúpida e obsoleta!”



Cala a boca, Rocky! Ah... Onde eu estava?



“Eu sou Groot...”



Ah, sim! E minha mãe sempre dizia que não era pra brigar e nem
roubar nada, então, como o bom menino que eu era, me contive.



“Era, né...”



Ainda sou! Lá no fundo...
Então, nunca encostei um dedo no John Smith, por mais que ele me
provocasse, e eu achasse que ele estava merecendo.
E como forma de alimentar aquele sonho, eu sempre visitava a loja e
ficava só do lado de fora, escutando o velho tocador do pai dele. Ele
chegou a me prometer uma vez que se eu fosse uma semana inteira lá
na frente da loja, ele me presentearia com o último cassete de Sam
Cooke que ele tinha guardado.



Eu sentia um tremendo ódio daquele menino. Ele tinha o paraíso da
música em frente de casa, e nem gostava de ouvir! Parecia que ele
gostava de me torturar psicologicamente. Esfregando na minha cara
exatamente aquilo que eu queria e não podia ter, só pra deixar as fitas
mofando na gaveta do quarto!



“E como você respondia às afrontas do mancebo tirano?”



Oi, Drax! Nem sabia que você estava aí!



“Tive que parar minha meditação após ouvir seu falatório incessante
infernal! É melhor que valha a pena!”



Continuando! Eu fiz o que ele disse. Fui até a loja todos os dias. No fim
da semana, eu fui cobrar o prometido. Ele me disse que tinha perdido a
chave da gaveta do armário em que guardava a fita. E complementou:
“Se você quiser, eu posso procurar a chave e te entregar a fita. Mas
você vai ter que vir aqui todos os dias até eu encontrar.”
Eu fiquei com as esperanças lá em cima! No fundo eu sabia que ele
podia estar me enrolando, mas mesmo sabendo disso, eu acreditei no
meu prêmio!



Eu fui na loja, todos os dias, sete dias na semana, uma semana após a
outra. E ele sempre com a mesma desculpa, que não tinha achado a
droga da chave. Cheguei inclusive a me oferecer para procurar a chave
com ele. Mas ele sempre tinha uma maneira de se esquivar do
assunto.
Quase um mês todo frequentando a loja sem receber o que foi
prometido. Meio que já estava perdendo as esperanças. Contei pra
minha mãe, já com lágrimas nos olhos o que tinha acontecido.
Contei a história toda.
Ela me segurou pelo rosto, olhou bem dentro dos meus olhos e disse:
“Não se preocupe, Quill. Aquela fita vai ser sua!”



Ela foi comigo até a loja, falou com o pai do John Smith, que deu uma
bronca daquelas no filho, depois de saber o que ele tinha feito.
E disse que, na verdade, aquela fita não podia ser doada. Ela estava
na faixa dos duzentos dólares, mas o dono da loja disse que poderia
fazer um desconto pra gente. Deixaria pela metade do preço. Mas pra
mim, ainda era muito. Era quase como uma miragem de um sonho
impossível se realizando. Minha maior surpresa foi ouvir minha mãe
dizer: “Eu levo!”
Aquilo me deixou sem palavras. Lágrimas começaram a escorrer dos
meus olhos outra vez. Só que agora, de profunda alegria!
A fita estava dentro da gaveta do balcão! O pai de John Smith
simplesmente puxou a gaveta e entregou a fita pra minha mãe.
O miserável tinha inventado aquela história de chave!


Mas a emoção era tanta, que eu nem fiquei bravo. Eu pude sentir todo
o sacrifício da minha mãe. Ajuntando meses do que sobrava do salário.
Só pra me comprar a melhor das fitas.
Eu não podia simplesmente colocar o cassete pra tocar. Ele era
especial! Precisava ser tratado... como se fosse uma dama... Que você
leva pra sair... e no primeiro encontro, os dois nem se falam direito....
Só se comunicam pelo olhar... Se namoram por contato visual...



“Fascinante, Quill! Você botou a galera toda pra dormir.”



O quê? É brincadeira. Eu coloco toda uma emoção na história, e essa
é a reação de vocês?!



“Eu não entendo o que essa história tem a ver com a nossa busca.
E eu tenho certeza que todo mundo que ouviu o melodrama até o fim,
também não entendeu nada.”



“Depois dizem que eu é que sou o imbecil...”



Como podem ser tão insensíveis? Eu queria compartilhar uma
experiência pessoal, tá bom? Uma distração enquanto viajamos pela
imensidão e vazio do vácuo do espaço! Um capitão não pode mais se
relacionar com sua equipe?


“Eu... sou...”


Não começa!


FIM



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Autor(a): deniboy45

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