Fanfics Brasil - Felicidade Clandestina Felicidade Clandestina

Fanfic: Felicidade Clandestina | Tema: Comportamento


Capítulo: Felicidade Clandestina

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FANFIC – FELICIDADE CLANDESTINA



Mônica era a menina mais chamativa do nosso bairro, chamava atenção
por onde passava, ela não ligava para os quilinhos a mais que possuía, ela era
sensacional, usava roupas curtas, roupas largas, roupas coloridas... ela era a
autoestima andando pelo bairro. E isso chocava com nossos pensamentos
mesquinhos de sermos iguais as meninas das revistas e do Instagram.
Por isso, todo nosso grupo detestava a Mônica e isso piorou depois que
o Eduardo fez aquela música pra ela, “Eduardo e Mônica”, aí o ranço se instalou
mesmo, com um agravante que ela era filha do dono da livraria do bairro, e nunca
chamou ninguém da escola para ir lá. Hoje eu penso como eu e minhas amigas
éramos invejosas, poderíamos ter sido amigas da Mônica, mas escolhemos ser
inimigas dela.



A gente nunca a convidava para os nossos aniversários, mas os meninos
sempre a convidavam, ela era muito amiga dos garotos, tinha uma risada alta e
divertida, comia sem culpa, levava doces pra casa, nossa que menina louca!
Como me arrependo de não ter sido amiga da Mônica. Fiquei sabendo que uma
menina do nosso grupinho descobriu que o pai da Mônica comprou para ela um
Gibi da Turma da Mônica edição especial, nossa amiga Tati perdeu a vergonha
e foi lá, na maior falsidade, pedir o Gibi emprestado.
Nos contaram que a Mônica deixou a menina em banho-maria por
semanas, toda vez que a Tati ia a sua casa buscar o livro com esperanças de
levá-lo, Mônica vinha com uma desculpa para não entregar o livro, quando a Tati
já ia desistir, a menina lhe entregou uma caixa com um livro dentro, ela saiu feliz
da vida.



Ao chegar em casa, Tati abriu a caixa eufórica, no entanto o livro que
estava lá dentro era um livro da escola bem antigo, e junto tinha um bilhete da
Mônica que dizia, “Como você teve coragem de vir a minha casa e pedir meu
livro emprestado, se você nunca gostou de mim? Quero lhe dar um conselho,
tem um monte de menina que gostaria de ter amigas, que gostaria de passar e
não ser ridicularizada por grupinhos como o seu só porque está um pouco acima
do peso. Durante esses dias me senti clandestinamente feliz, ao vingar cada
menina que vocês zombaram por se acharem superiores por serem bonitas.
Melhorem!”.



Mônica era mesmo um ícone de menina, Tati não teve coragem de contar
isso para gente, mas acabamos sabendo pelos meninos que eram amigos da
Mônica. Depois disso, aí que não tivemos mesmo coragem de nos aproximarmos
dela, mas sentimos profunda vergonha pelo nosso comportamento.



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Autor(a): rejaine

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