Fanfics Brasil - O Começo e o Fim Felicidade Clandestina

Fanfic: Felicidade Clandestina | Tema: Literatura


Capítulo: O Começo e o Fim

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Ele era sedutor mas nem tanto, era alto, magro porem esbelto, não era o sonho habitual de nenhuma menina, com tudo poderia se tornar o sonho mais secreto de uma de nós. Mesmo não sendo o mais desejado, possuía o sonho de qualquer garota de nossa idade: um pai dono de uma loja de eletrônicos.


Meu nome é Emma, sempre fui a fiel em meu grupo de amigas a que mais escuta a que sempre sabe o que dizer, éramos quatro mas com o tempo percebi que o numero não importa quando os outros não são presentes para você, você se sentirá sempre só. Ele sabia disso, eu, no entanto estaria por descobrir.


Era manha de domingo e como de costume fomos ao Pop’s, falávamos sobre tudo, maquiagem, garotos, mais principalmente falávamos sobre o novo modelo de celular que chegaria a cidade, quando se mora em uma cidade pequena onde a apenas uma loja de eletrônicos essa sim é uma novidade. Foi quando ele entrou, com seu jeito desajeitado e descolado, ele estava com o queridinho de todas nas mãos, mais eu não pude deixar de olhar foi para a câmera pendurada em sua mochila, uma 1983,  Canon t50, a primeira câmera automática lançada uma raridade, fiquei curiosa, excitada, como desejava tê-la em minhas mão. Olhei em volta para ter certeza que ninguém perceberá minha agitação, mas não , todos estavam agora á observa-lo disfarçadamente. Naquele dia eu soube tínhamos algo em comum.


Na segunda eu acordei uma nova pessoa, destemida, eu tinha que ao menos dizer um oi, eu devia ao menos conseguir lhe perguntar qual era seu nome, mesmo que eu já soubéssemos, ainda não tínhamos sido apresentados formalmente, estudávamos uma ou duas meterias juntos, tinha o que 1 ano, não sei. Só sei que eu não conseguia contar a nenhuma das minhas amigas os meus devaneios.


Aula de ciências, Becca a mais intimas de minhas amiga estava sentada ao meu lado, e ele estava duas carteiras a nossa frente, como eu poderia falar com ele sem ter que contar a ela o que me levou a ter um interesse repentino nesse garoto em especial? Foi quando o professor anunciou o trabalho, e perguntou qual seria a forma mais justa de dividir as duplas, pergunta retorica pois sempre escolhíamos com quem íamos ficar, com tudo dessa vez eu disparei “um sorteio” me arrependi no momento em que as palavras saíram pela minha boca, Becca me encarou como quem encara uma pessoa que acabou de te dar um murro. Ela não entendia, eu tinha ao menos que tentar ,e seguindo de muitos múrmuros e reclamações o professor sorteou os nomes, e quando ele Chamou meu nome depois do dele, eu cantei minha vitória.


Não tive coragem de iniciar uma conversa, fugi dele ate onde pude, sair antes da aula terminar, Becca choramingou não por fazermos aquele trabalho juntas, reclamou que Jane não estava mais na escola para dividir as coisas, e me questionou sobre o vacilo de sugerir o sorteio, eu apenas desconversei, talvez um dia eu a contasse. Eu estava pegando meu livro de Calculo, quando ele se aproximou, pediu licença e se apresentou, finalmente “ Oi, meu nome é Tony, e bem estamos juntos no trabalho de Ciencia, poderíamos marcar um dia?”


Eu não me lembro o que respondi, passou tão rápido que me lembro apenas de torcer para o final de semana chegar logo, no almoço mal falei com minhas amigas. Eu não poderia contar agora a elas, seria arriscado um mal conselho, mais ansiedade eu não conseguiria. Então, peguei o celular, olhava as horas duas ate três vezes no mesmo minuto. Lara foi a primeira a notar, seu olhar cruzou o meu no momento em que saímos do refeitório, ela sempre foi a mais perceptiva.


- Está tudo bem? Tenho te sentido distante! – Lara não desviou o olhar, ela queria ter certeza que eu entendia o que ela estava dizendo.


- Está sim, eu só estou um pouco nervosa, não cai com a Becca no grupo de Ciências. Não deixava de ser verdade, mas eu me sentia uma traidora por não contar a ela a verdade.


Parece que bastou, minha resposta foi suficiente, desde então o dia passou, a noite , outro dia , e quando eu finalmente estava acreditando que poderia passar pela aquela semana tranquilamente, Tony me para no corredor, e me pergunta se poderíamos adiantar o trabalho depois da aula, pois estava ansioso para terminar seus trabalhos, e ficar livre para o final de semana. Respondi que sim e me perguntei se a ansiedade dele seria só para terminar o trabalho, ou se ele também queria me ver assim como eu o desejava ver.


Nos últimos dias eu o observava de longe, vi uma ou duas vezes segurando a câmera que eu tanto apreciava, queria perguntar a ele se foi difícil de encontra-la, se tinha intensão de vende-la ou ate de empresta-la para eu fazer uns cliques , se ao menos eu pudesse ter uma foto na minha parede refletindo o inverno de Midtown eu ficaria feliz.


Nós nos encontramos na biblioteca, eu não conseguia me concentrar em Tony a ansiedade de lhe perguntar sobre câmera era inevitável. Ele logo percebeu que algo não estava normal- Está tudo bem? . Fiquei nervosa, senti meu rosto fervendo, minutos antes ele estava tagarelando como o Professor Romeu é exigente em seus trabalhos e que ficou feliz que caiu com alguém inteligente dessa vez, eu deveria ter agradecido , mais fui tão burra em só encarar aquela velha câmera que ele percebeu, agora ele me encarava e eu não conseguiria fugir dessa.


Eu expliquei que só estava cansada, mais ao contrario de minha amigas, com o Tony não colou ele insistiu parecia que me conhecia mais que qualquer um, começo a me desculpar e ele me interrompe dizendo que se tiver algum problema para resolver que posso ir embora ele adiantaria o trabalho sem mim, um verdadeiro cavaleiro mais não eu estava com muita vergonha.


Finalmente eu disse: “Sua câmera, digo como a conseguiu, ela é simplesmente magnifica!” ah então era isso, ele não pareceu ficar irritado, me respondeu de bom grado que tinha sido um presente de sua mãe, que ele não conhecia muito de fotografia, mas desde que ela se mudara e o deixara só com o pai ele havia dedicando-se a entender um pouco mais sobre o assunto. Perguntou-me se conhecia sobre fotografia, então contei a ele o que não havia contado nem a minha amiga mais intima, que eu era simplesmente apaixonada por câmeras antigas, em uma era como a nossa supervalorizar fotografia antiga não é tão bem vista, mas o Tony descordou, disse que não havia tirado muitas fotos mais que as poucas que conseguira haviam ficado muito boas, conversamos a tarde inteira sobre luz, contraste e truques que poderiam ajudar na hora de ter uma bela foto. Fomos interrompidos pela senhora que tinha que fechar a biblioteca, rimos tanto por não  termos feito nada do que fomos fazer. Marcamos de nos encontrar para terminar o trabalho  na tarde seguinte.


Agora era quinta, eu esperava ansiosa pelo fim das aulas para poder conversar com Tony o que eu havia pesquisado na noite anterior, não contei as minhas amigas, e sendo sincera elas pareciam não notar estavam mais interessadas no telefone novo que Jane havia ganhado de seu pai mesmo depois da ultima suspensão,  eu me sentia cada vez mais só, se minhas próprias amigas não conseguiam notar minha empolgação e diferença em humor, quem poderia?


Mas ele notou, assim que entrei na biblioteca, ele percebeu, eu estava mais contente, ansiosa, eu andava de forma diferente, ele sabia e eu sabia o por que. Era um segredo que ninguém disse, mas os dois guardaram. A quinta passou, saímos do colégio e fomos para a loja do pai dele, pesquisamos, conversamos, e no final não fizemos o trabalho.


E era sexta mesmo com o final de semana batendo na porta Tony não se preocupou com o trabalho, estávamos tão empolgados que não tínhamos tempo para o trabalho. Tony me contará que mesmo  tendo tudo que queria na loja do pai , nunca achou necessário ter um de tudo, mas seu pai fazia questão era um tipo de promoção de seu produto talvez.


Final de semana. Nós encontramos no sábado, no Pop’s e acho que foi a primeira vez que minhas amigas notaram a minha mudança, mas eu não me importei, elas me encaravam enquanto eu sentava na ultima mesa com Tony e as deixavam na mesa ao qual sempre ficávamos.


Tony finalmente tocou no assunto do trabalho, não posso falar que não fiquei decepcionada, pois dava para notar em meu rosto, mais ele pareceu não se importar, fizemos as pesquisas discutimos os tópicos, decidimos as experiências que apresentaríamos, e pronto tinha acabado.


Meu estomago revirava, eu estava com medo, estava ansiosa, nosso motivo de estar juntos havia acabado ?  Haveria outro motivo? O que faríamos? Eu não tive coragem de perguntar, deveria ter tido mas  só me levantei,  Tony pareceu não entender o que eu estava fazendo então me seguiu, eu estava do lado de fora quando o ouço chamar meu nome, criei coragem parame virar e entãoo  perguntei “ E agora, acabou?’ Ele sorriu, tirou um pacote da mochila, que eu nem percebi que ele carregava, e me entregou dizendo  – Não ainda temos que apresentar!


Ele se referia ao trabalho, eu sabia, mais quando abri o pacote sua frase parecia ter um significado maior, lá estava a câmera que eu tanto  amava e que  fez nós nos conhecer, eu a segurei entre os braços e o encarei, nunca senti tanta felicidade antes, foi nesse dia que percebi que não importava os dias, eu sempre teria Tony, tinha o conquistado.


- Essa é sua, fique, para sempre, ou por quanto tempo quiser. Agora tínhamos mais do que algo em comum.


Eu o Abracei, seguimos pela neve espeça. Os dias se passaram, cada dia pesquisava mais um pouco sobre minha nova câmera, descobri fotos incríveis, tirei uma ou duas fotos incríveis, mais cada foto que tirava era um pequeno pedaço do todo que tudo aquilo significava para mim. Com os anos ganhei outra câmera, Tony fazia questão de me ajudar em cada nova descoberta. Mas nada se comparava a felicidade clandestina que eu sentia ao segurar a minha t50  e aperta o clique.


 


 



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Autor(a): brunaocoutinho

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