Fanfic: CURE - VONDY | Tema: Vondy

A parte da manhã foi bem tranquila, olhei e no relógio marcavam onze horas, já estava morrendo de fome então peguei minha bolsa e fui chamar Maite para descer comigo, nós fizemos entrevista juntas mas ela foi para outro setor.

- Bora May? – falei pra ela que estava com uma pilha de papel na mesa – o que é tudo isso?

- Aquele monstro do Pablo me deu um monte de trabalho pra terminar e é tudo trabalho dele! Depois do expediente precisamos tomar umas! Sério!

Ri da indignação da minha amiga e disse: - Calma, é normal, aposto que daqui uns dias minha mesa vai estar assim e ainda é segunda não podemos beber. Você sabe que a gente não brinca quando o assunto é beber. – Já falei relembrando das nossas bebedeiras do fim de semana passado, três dias viradas praticamente.

- Olha, pode ser que de merda mesmo..você liga? – disse me olhando cúmplice.

- Eu não e você?

- Não, o que acontecer é historia pra contar.

- Então combinado!

- Vou demorar um pouco pra sair se quiser pode ir almoçar migles.

- Eu vou, então até mais tarde Tita!

Despedimos-nos e fui ao elevador, assim que cheguei no estacionamento vi Betty esperando, até pareceria engraçado aquele carro velho com o vermelho desgastado em meio a tantos carros de luxo, mesmo assim era meu xodó. Tentei ligar mas tudo o que ouvi era motor fazer um barulho estranho como se estivesse chorando e falando “me troca, joga esse carro fora!”, encostei a cabeça no volante desistindo.

- Precisa de ajuda? – gritei assustada quando ouvi de novo a voz rouca de meu chefe que mais uma vez se aproximou sem que eu percebesse, que instinto vampiro é esse? Coloquei a mão no coração que ainda batia acelerado e disse: - Perdão, mas me assustei, não obrigada, eu espero Maite para almoçar, a Betty me deixou na mão de novo. – assim que terminei de falar, sai do carro ficando frente a frente com ele.

- Eu te levo para almoçar hoje tudo por minha conta, assim podemos falar sobre a reunião.

Ouvi mais como uma ordem do que como um convite e concordei em ir almoçar com ele, isso é bem estranho pra mim. Chegamos no seu carro e me senti até um pouco constrangida, era um Audi A4 preto, meu carrinho não chegava nem aos pés dessa luxuosidade toda. A viagem até o restaurante italiano foi silenciosa mas agradável, quando chegamos fomos recebidos por uma moça loira que parecia conhecer muito bem ele porque estava com uma intimidade só pro lado dele, só faltava se jogar encima e falar “me come”.

- Então o que vão querer? – Perguntou o garçom educado.

Vi que Christopher ficou me olhando para que eu decidisse mas deixei que ele escolhesse, não queria pedir nada muito caro.

- Canelone e para beber dois sucos de laranja.

Assim que o garçom saiu ele voltou a falar: - Então, você namora, é casada, mora com os pais?

- Achei que iriamos falar sobre trabalho..

Ele deu uma risada de lado, o cara tinha os dentes perfeitos! E aquele me pareceu um sorriso safado que quase molhei a calcinha, quase.

- Pergunto pois faço muitas viagens a trabalho e pode ser que preciso que você me acompanhe.

- Ah claro! Me desculpe. Solteira, moro sozinha, meus pais estão em algum cruzeiro pelo caribe, eles vivem viajando e curtindo agora que eu não moro mais lá.

A conversa continuou se desenrolando tudo muito profissional, mas até dei umas risadas, voltamos para a empresa e recebi alguns olhares desconfiados mas só ignorei, o tempo passou rápido até a chegada do senhor Herrera para a reunião, outro homem lindo, era alto e com ombros largos o cabelo também estava arrumado mas sem gel e tinha uma barba que o fazia parecer um pouco mais velho do que era me levantei para recebe-lo.

- Boa tarde senhor Herrera, irei acompanha-lo até a sala de reunião. – ele sorriu e me cumprimentou dando um gentil beijo em minha mão, super cavalheiro. Quando chegamos a sala de reunião e ele se aconchegou, avisei Uckermann e os outros que apresentariam uma proposta de négocio, servi água para todos e sai. Quando terminou saíram rindo então deve ter dado tudo certo. Herrera se despediu de Christopher e veio até minha mesa.

- Até mais, Dulce, foi um prazer conhece-la.

- Igualmente senhor Herrera.

Ouvi a porta da sala do Christopher bater forte e durante o restante do expediente ele não me pediu mais nada. Fui pra casa me arrumar e sair com a Maite, ela iria me buscar já que o carro está na oficina.

Ela estava linda com um vestido preto que realçava suas curvas e um salto, eu estava com um body com um belo decote e uma saia de couro.

- Mulher, eu juro que se eu não gostasse tanto de piroca eu te dava um beijo agora mesmo!

Gargalhei com a minha exagerada e fomos até a Deluxe uma baladinha não muito longe, já chegamos marcando presença virando dois shots de tequila cada, pedimos drinks e depois fomos para a pista de dança, eu não tinha percebido o quanto eu precisava disso. Logo May some na multidão com algum cara, ela fica com tantos caras que até tenho vergonha de falar pra ela que sou virgem. Vou até o banheiro e vejo que tenho 5 chamadas perdidas de um número desconhecido, penso se é algo com minha mãe ou meu pai, o número liga novamente e eu atendo.

- Alo?

- Preciso de você.

- Quem é? Precisa do que?

Desligaram na minha cara! Esse povo de hoje em dia é tudo estranho, deve ser engano, ignorei a ligação e só curti o resto da noite.