Fanfics Brasil - Prólogo 3: Mantenha seus amigos por perto... Parte 2 Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Prólogo 3: Mantenha seus amigos por perto... Parte 2

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– Cuidado, Dulce. Seu rosto vai ficar paralisado desse jeito. – Maite Perroni abriu um picolé Popsicle de laranja e colocou na boca. Ela estava falando sobre o olhar enviesado de pirata bêbado que sua melhor amiga, Dulce Herrera Espinosa, estava fazendo enquanto tentava acertar o foco de sua Sony Handycam.


– Você parece minha mãe falando, Maite. – Ale Muller riu, ajeitando a camiseta que mostrava um pintinho de olhos esbugalhados e dizia FRANGUINHA NADADORA INSTANTÂNEA! É SÓ ADICIONAR ÁGUA! As amigas haviam proibido Ale de usar camisetas com dizeres idiotas sobre natação.


– Idiota nadadora instantânea! É só adicionar perdedor! – Brincou Angelique Boyer, quando Ale chegou.


– Sua mãe também diz isso? – Perguntou Anahí Portilla, jogando fora o palito esverdeado do Popsicle. Anahí sempre comia mais rápido que as outras. – Seu rosto vai ficar paralisado desse jeito! – Imitou.


Angelique olhou Anahí de cima a baixo e gargalhou.


– Sua mãe deveria ter avisado a você que sua bunda poderia ficar paralisada desse jeito!


Anahí ficou lívida e ajeitou a camiseta de listras brancas e cor-de-rosa, que ela havia pegado emprestada de Angel e que vivia revelando uma faixa branca de sua barriga. Angelique deu um toque de leve na canela de Anahí, com sua rasteirinha.


– É brincadeira.


Era uma sexta-feira à noite do mês de maio, perto do final do sétimo ano, e um grupo de amigas íntimas, Angelique, Anahí, Maite, Dulce e Ale, estava reunido na pomposa sala de estar da casa de Maite, com uma caixa de Popsicle, uma garrafa grande de Dr. Pepper diet sabor cereja com baunilha, com seus telefones celulares largados na mesinha de centro. Um mês antes, Angel tinha ido para a escola com um celular LG flip novinho, e as outras correram no mesmo dia para comprar um igual. Todas elas tinham porta-celulares de couro rosa também, para combinar com o de Angel, bem, todas menos Dulce, cujo porta-celular cor-de-rosa era feito de lã. Ela mesma o tricotara.


Dulce moveu a alavanca da câmera para a frente e para trás para ajustar o zoom.


– E, de qualquer forma, meu rosto não vai ficar paralisado desse jeito. Estou me concentrando em focar direito essa tomada. Isso vai ficar para a posteridade. Para quando ficarmos famosas.


– Bem, nós todas sabemos que eu vou ficar famosa. – Angelique jogou os ombros para trás e virou a cabeça de lado, deixando à mostra seu pescoço de cisne.


– Por que você vai ficar famosa? – Provocou Maite, parecendo mais malvada do que provavelmente queria soar.


– Vou ter meu próprio programa de televisão. Vou ser uma Paris Hilton mais inteligente e mais bonita.


Maite bufou. Mas Ale fez um biquinho com os lábios pálidos, refletindo a respeito e Anahí acenou com a cabeça, concordando. Aquela era Angel. Ela não ficaria ali em Rosewood, Pensilvânia, por muito tempo. Claro, Rosewood era glamourosa sob qualquer aspecto, todos os moradores pareciam modelos de passarela prontos para uma sessão de fotos para a revista Town & Country, mas todos sabiam que Angel estava destinada a coisas maiores.


Ela as tinha tirado do anonimato, um ano e meio atrás, tornando-as suas melhores amigas. Com Angel ao seu lado, elas haviam se tornado as garotas de Rosewood Day, a escola particular que frequentavam. Elas se tornaram tão poderosas que decidiam quem era descolado e quem não era, davam as melhores festas, pegavam os melhores lugares na sala de estudos, concorriam ao grêmio estudantil e venciam por um número de votos avassalador. Bem, essa última parte só se aplicava a Maite. Apesar de enfrentarem alguns altos e baixos, e de, acidentalmente, terem cegado Megan Mirchoff, coisa na qual elas tentavam ao máximo não pensar, as vidas delas haviam se transformado de toleráveis em perfeitas.


– E se nós filmássemos um talk show? – Sugeriu Dulce. Ela se considerava a cineasta oficial do grupo. Uma das coisas que queria ser quando crescesse era o próximo Jean-Luc Godard, um desses diretores franceses abstratos. – Angel, você é a celebridade. E, Maite, você é a entrevistadora.


– Eu serei a maquiadora. – Ofereceu-se Anahí, remexendo em sua mochila para encontrar a bolsinha de maquiagem de vinil estampada com bolinhas.


– Eu serei a cabeleireira. – Ale ajeitou o cabelo atrás das orelhas e foi para perto de Angel. – Você tem um cabelo maravilhoso, chérie. – Elogiou, fingindo um sotaque francês.


Angel tirou o Popsicle da boca.


– Chérie não quer dizer namorada?


As outras começaram a rir, mas Ale empalideceu.


– Não, isso é petite amie. – Ultimamente, Ale andava meio sensível em relação às piadas de Angel. Ela não costumava ser assim.


– Ok. – Dulce certificou-se de que a câmera estava ajustada. – Estão prontas, meninas?


Maite se jogou no sofá e colocou na cabeça uma tiara de diamantes falsos que sobrara da última festa de Ano-Novo. Ela carregara aquilo a noite toda.


– Você não pode usar isso. – Rosnou Angel.


– Por que não? – Maite tinha ajeitado a tiara na cabeça, e ela parecia uma coroa.


– Porque não. Se fosse o caso, eu seria a princesa.


– Por que você sempre é a princesa? – Disse Maite entre os dentes. As outras meninas se agitaram. Maite e Angel não andavam se dando muito bem, e ninguém sabia por quê.


O telefone de Angel fez um barulhinho. Ela o alcançou, abriu-o e o virou de forma que ninguém conseguisse ler a mensagem.


– Que adorável. – Seus dedos voavam no teclado conforme ela digitava o texto.


– Para quem você está escrevendo? – A voz de Ale soou baixa e frágil, como uma casquinha de ovo.


– Não posso contar. Desculpe. – Angel não ergueu os olhos.


– Você não pode contar? – Maite estava furiosa. – O que você quer dizer com não poder contar?


Angel deu uma olhada para ela.


– Sinto muito, princesa. Você não tem que ser informada sobre tudo. – Angel fechou o telefone e o colocou no assento do sofá de couro. – Não comece a filmar ainda, Dulce, preciso fazer xixi. – Ela saiu rapidinho da sala, e seguiu para o banheiro, jogando o palito do Popsicle no lixo no caminho.


Assim que elas ouviram a porta do banheiro bater, Maite foi a primeira a falar.


– Vocês simplesmente não desejam matá-la, de vez em quando?


As outras hesitaram. Elas nunca falavam mal de Angel. Era uma blasfêmia tão grande quanto queimar a bandeira oficial de Rosewood Day dentro do terreno da escola. Ou admitir que Johnny Depp não era assim tão gato, mas, na verdade, meio velho e esquisito.


Claro, em particular, a história era outra. Naquela primavera, Angel não havia estado muito presente. Ela tinha ficado mais próxima das meninas do ensino médio, que faziam parte do time de hóquei e nunca convidava Dulce, Ale, Maite ou Anahí para almoçar com elas ou para irem ao shopping King James.


E Angel começou a ter segredos. Mensagens de texto, telefonemas e risadinhas secretos sobre coisas que não lhes contava. Elas haviam entregado suas almas a Angel, contando para ela coisas que não tinham contado para as outras, coisas que elas não queriam que ninguém soubesse, e esperavam reciprocidade. Angel não havia feito com que todas prometessem que iriam contar umas às outras tudo, absolutamente tudo, até o final dos tempos?


As garotas odiavam pensar em como seria o oitavo ano se as coisas continuassem daquele jeito. Mas isso não significava que odiavam Angel.


Dulce enrolou uma mecha de cabelo comprido e escuro em um dos dedos e deu uma risada nervosa.


– Matá-la por ela ser tão linda, talvez. – Dulce apertou um botão na câmera, ligando-a.


– E porque ela veste tamanho trinta e quatro. – Acrescentou Anahí.


– Foi isso que eu quis dizer. – Maite deu uma olhada para o telefone de Angel, que estava preso entre duas almofadas do sofá. – Querem ler as mensagens dela?


– Eu quero. – Sussurrou Anahí.


Ale levantou-se de seu assento no braço da poltrona.


– Eu não sei... – Ela começou a se afastar devagarinho do telefone de Angel, como se o simples fato de estar perto do aparelho já a incriminasse.


Maite pegou o celular de Angel. Olhou com curiosidade para a tela em branco.


– Ah, vai! Vocês não querem saber quem mandou a mensagem para ela?


– Provavelmente, foi só a Katy. – Sussurrou Ale, referindo-se a uma das amigas de hóquei de Angel. – Você deveria colocá-lo onde estava, Maite.


Dulce tirou a câmera do tripé e foi na direção de Maite.


– Vamos ver.


Elas se reuniram em torno do aparelho. Maite abriu o telefone e apertou um botão.


– Está bloqueado.


– Você sabe a senha dela? – Perguntou Dulce, ainda filmando.


– Tente o aniversário dela. – Sussurrou Anahí. Ela tirou o telefone da mão de Maite e mexeu nos botões. A tela não mudou. – O que eu faço agora?


Elas ouviram a voz de Angel antes de vê-la.


– O que vocês estão fazendo?


Maite jogou o telefone de Angel de volta no sofá. Anahí deu um passo para trás de forma tão abrupta que bateu a canela na mesa de centro.


Angel atravessou a porta da sala de estar pisando duro, com as sobrancelhas unidas.


– Vocês estavam xeretando o meu telefone?


– Claro que não! – Gritou Anahí.


– Estávamos. – Admitiu Ale. Dulce a fuzilou com o olhar e depois se escondeu atrás da lente da câmera.


Mas Angel não estava mais prestando atenção. A irmã mais velha de Maite, Mila, um pouco mais velha que elas, já no ensino médio, apareceu de repente na cozinha da família Perroni, vinda da garagem. Ela carregava uma sacola de comida para viagem do Otto, um restaurante na vizinhança dos Perroni. Seu adorável namorado, Dylan, estava com ela. Angel se endireitou. Maite alisou o cabelo e arrumou a tiara.


Dylan entrou na sala de estar.


– Ei, garotas.


– Oi. – Cumprimentou Maite, em voz alta. – Como vai, Dylan?


– Estou bem. – O rapaz sorriu para Maite. – Bonita coroa.


– Obrigada! – Ela piscou algumas vezes, com os cílios negros.


Angel revirou os olhos.


– Seja um pouco mais óbvia. – Cantarolou ela por entre os dentes.


Mas era difícil não ter uma paixonite por Dylan. Ele tinha cabelo louro e encaracolado, dentes brancos e perfeitos e olhos azuis surpreendentes, e nenhuma delas podia se esquecer de um jogo de futebol recente, no qual ele trocara de camisa no intervalo e, por cinco gloriosos segundos, elas tiveram a visão de seu peito nu. Era quase uma certeza universal que tanta beleza estava sendo desperdiçada do lado de Mila, que era uma grande puritana e agia de forma muito parecida com a sra. Perroni, a mãe de Maite.


Dylan se jogou no sofá perto de Angel.


– E então, o que vocês, meninas, estão fazendo?


– Ah, nada de mais. – Dulce ajustava o foco da câmera. – Estamos fazendo um filme.


– Um filme? – Dylan pareceu divertir-se. – Posso participar?


– Claro. – Respondeu Maite, depressa. Ela se jogou no sofá do outro lado de Dylan.


Ele sorriu para a câmera.


– E aí, quais são as minhas falas?


– É um talk show. – Explicou Maite. Ela deu uma olhadinha para Angel, para conferir a reação dela, mas Angel não respondeu. – Eu sou a entrevistadora. Você e Angel são meus convidados. Vou pegar você primeiro.


Angel deixou escapar um riso sarcástico e as bochechas de Maite ficaram cor-de-rosa, no mesmo tom que sua camiseta Ralph Lauren. Dylan fingiu não perceber.


– Tudo bem. Então, vamos à entrevista.


Maite se sentou direito no sofá, cruzando suas pernas musculosas como uma apresentadora de televisão. Pegou o microfone cor-de-rosa do aparelho de karaokê de Anahí e o segurou próximo ao queixo.


– Bem-vindos ao Maite Perroni Show. Minha primeira pergunta é...


– Pergunte quem é o professor preferido dele em Rosewood – Pediu Dulce.


Angel se empertigou. Seus olhos azuis faiscaram.


– Essa é uma boa pergunta para você, Dulce. Você deveria perguntar a ele se quer ter um encontro com alguma de suas professoras. Em um estacionamento vazio.


O queixo de Dulce caiu. Anahí e Ale, que estavam de pé ao lado do aparador, trocaram um olhar confuso.


– Todas as minhas professoras são horrorosas. – Disse Dylan devagar, sem se dar conta do que estava acontecendo.


– Dylan, você pode, por favor, ajudar aqui? – Mila fez uma barulheira de louça batendo na cozinha.


– Só um segundo. – Gritou Dylan de volta.


– Dylan. – Mila parecia chateada.


– Tenho uma. – Maite colocou o cabelo atrás das orelhas. Ela estava adorando o fato de que Dylan estava prestando mais atenção nela do que em Mila. – O que você vai ganhar de presente de formatura?


– Dylan. – Chamou Mila entre os dentes. Maite deu uma olhadela para a irmã, através das portas duplas de vidro que davam para a cozinha. A luz da geladeira projetava uma sombra no rosto dela. – Eu... Preciso... De... Ajuda.


– Fácil. – Respondeu Dylan, ignorando a namorada. – Quero uma aula de base jumping.


– Base jumping? – Perguntou Dulce. – O que é isso?


– É pular de paraquedas do alto de um prédio. – Explicou Dylan.


Enquanto Dylan contou a história de Hunter Queenan, um de seus amigos que tinha experimentado base jumping, as meninas se inclinaram para a frente com voracidade. Dulce focou a câmera no maxilar de Dylan, que parecia talhado em pedra. Os olhos dela passaram um momento por Angel. Ela estava sentada perto de Dylan, fitando o espaço. Angel estava entediada? Era provável que ela tivesse coisas melhores para fazer, era possível que aquela mensagem de texto tivesse sido sobre seus planos com suas glamourosas amigas mais velhas.


Dulce olhou de novo para o telefone de Angel, que estava na almofada do sofá, perto do braço dela. O que estava escondendo delas? No que ela estava metida?


Vocês não desejam simplesmente matá-la de vez em quando? A pergunta de Maite dançava na mente de Dulce enquanto Dylan tagarelava sem parar. Lá no fundo, ela sabia que todas se sentiam da mesma forma. Seria melhor se Angel apenas... Sumisse, em vez de deixá-las.


– Então, Hunter disse que foi a maior emoção da vida dele ter praticado base jumping. – Terminou Dylan. – Melhor do que tudo na vida. Inclusive sexo.


– Dylan... – Advertiu Mila.


– Isso parece inacreditável. – Maite olhou para Angel, do outro lado de Dylan. – Não é?


– É. – Angel parecia com sono, quase como se estivesse em transe. – Inacreditável.



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Autor(a): Dulce Coleções

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O resto da semana foi um borrão: Exames finais, planejamento de festas, mais noites passadas nas casas umas das outras e mais tensão. E, então, na noite do último dia do sétimo ano, Angel desapareceu. Simples assim. Num minuto ela estava ali, no outro... Havia sumido. A polícia passou um pente fino em Rosewood atrás de pistas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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