Fanfics Brasil - Capítulo 7: Maite caminha na prancha Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 7: Maite caminha na prancha

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– Querida, você não deveria comer mexilhões com as mãos. Não é educado.


Maite Perroni olhou para a mãe, Courtney, do outro lado da mesa que, nervosa, arrumava o cabelo preto, perfeito, brilhante.


– Desculpe. – Maite pegou o ridículo garfinho de mexilhão.


– Eu realmente não acho que Mila deveria viver na casa da cidade, com toda aquela poeira – disse a sra. Perroni ao marido, ignorando o pedido de desculpas de Maite.


Johnny Perroni virou o pescoço para olhar em volta. Quando não estava advogando, ele pedalava furiosamente nas estradas secundárias de Rosewood, usando bermudas de ciclismo e camisetas justas e coloridas de spandex, balançando os punhos para os carros que passavam. Todo aquele exercício lhe dava dores crônicas nos ombros.


– Todo aquele barulho! Eu não sei como ela consegue estudar qualquer coisa lá – continuou a sra. Perroni.


Maite e os pais estavam sentados no Moshulu, um restaurante a bordo de um veleiro, no porto da Filadélfia, esperando pela irmã de Maite, Mila, que os encontraria para jantar. Era um importante jantar de comemoração, porque Mila havia se formado na U Penn um ano mais cedo e conseguira entrar para a Penn’s Wharton School of Business. A casa no centro da Filadélfia estava sendo reformada, como um presente dos pais para Mila.


Em apenas dois dias, Maite começaria seu segundo ano no ensino médio em Rosewood, e teria de se render à grade escolar: cinco matérias de nível avançado, aulas de liderança, organização do comitê de caridade, a edição do livro do ano, testes de teatro, treinos de hóquei e enviar inscrições para os programas de verão o mais rápido possível, porque todo mundo sabia que o melhor jeito de entrar numa excelente faculdade era primeiro ser aceita em algum de seus cursos de verão. Mas havia um objetivo que Maite deveria perseguir naquele ano: mudar-se para o ex-celeiro, agora casa de hóspedes, que ficava nos fundos da propriedade da família. De acordo com seus pais, essa era uma ótima forma de se preparar para a faculdade, olhe só como havia funcionado bem para Mila! Rá. Mas Maite estava feliz em seguir os passos da irmã nesse caso, desde que eles a levassem para fora, para a tranquila e iluminada casa de hóspedes, onde poderia escapar dos pais e de seus labradores, que não paravam de latir.


As irmãs nutriam uma pela outra uma antiga e silenciosa rivalidade, e Maite estava sempre perdendo: Maite vencera o Concurso Presidencial de Forma Física quatro vezes, no ensino fundamental; Mila ganhara o mesmo concurso cinco vezes. Maite tirou segundo lugar na competição de geografia do sétimo ano; Mila ficou em primeiro lugar. Maite estava na equipe de edição do livro do ano, em todas as peças da escola e fazia cinco aulas de nível avançado naquele ano; Mila havia feito isso tudo em seu segundo ano do ensino médio e ainda trabalhara na fazenda da mãe e treinara para a maratona da Filadélfia pelas pesquisas em leucemia. Não importava quão altas fossem as notas de Maite, ou em quantas atividades extracurriculares estivesse envolvida, jamais alcançaria o nível de perfeição de Mila.


Maite pegou outro mexilhão com os dedos e jogou para dentro da boca. Seu pai amava aquele restaurante, com seus painéis de madeira escura, tapetes orientais grossos e o cheiro onipresente de manteiga, vinho tinto e maresia. Sentado ali, entre mastros e velas, parecia possível pular do navio direto para o cais. Maite avistou o grande aquário borbulhante do outro lado do rio Delaware, em Camden, Nova Jersey. Um barco grande, com uma festa a bordo, passou por eles, todo decorado com luzinhas de Natal. Alguém soltou um rojão amarelo do convés dianteiro. Aquele barco estava muito mais divertido do que o dela.


– Qual é o nome do amigo de Mila, mesmo? – murmurou a mãe.


– Acho que é William – respondeu Maite. E em sua cabeça, ela acrescentou: Será que não poderiam escolher um nome menos ridículo para o menino?


– Ela me disse que ele está estudando para ser médico – orgulhava-se a mãe. – Na U Penn.


– Claro que ele está – Maite cantarolou baixinho. Ela mordeu um pedaço de concha do mexilhão e estremeceu. Mila estava trazendo seu namorado, com quem estava há apenas dois meses para jantar. A família ainda não o conhecia, ele tinha estado fora, visitando a família ou alguma coisa assim, mas os namorados de Mila eram sempre a mesma coisa: belezas previsíveis, bem-educados e jogadores de golfe. Mila não tinha um pingo de criatividade em seu corpo e obviamente estava sempre procurando as mesmas qualidades em seus namorados.


– Mamãe! – chamou uma voz conhecida, vinda de trás de Maite.


Mila deu a volta na mesa para dar um grande beijo em cada um de seus pais. Sua aparência não havia mudado desde o ensino médio: cabelo preto, na altura do peito, sem maquiagem, a não ser um pouco de base. Ela usava um vestido amarelo brega de decote quadrado, um casaquinho rosa com botões de pérola e sapatilhas quase bonitinhas.


– Querida! – exclamou a mãe.


– Mamãe, papai, esse é William. – Mila mostrou a pessoa ao seu lado.


Maite tentou evitar que seu queixo caísse. Não havia nada de ridículo ou de previsível em William. Ele era alto e magro, e estava vestindo uma lindíssima camisa Thomas Pink. Seu cabelo loiro tinha um corte desgrenhado. Ele tinha uma pele linda, ossos da face bem marcados e olhos castanhos.


William cumprimentou os pais dela e depois se sentou à mesa. Mila fez uma pergunta sobre para onde deveria ser mandada a conta do encanador, enquanto Maite esperava para ser apresentada. William fingia interesse numa enorme taça de vinho.


– Eu sou Maite – disse ela, por fim. Ela se perguntou se não estava com bafo de mexilhão. – A outra filha. – Maite balançou a cabeça, mostrando o outro lado da mesa. – Aquela que eles mantém presa no porão.


– Ah! – riu William. – Legal.


Foi um sotaque britânico o que ela acabara de ouvir?


– Não é estranho que eles não tenham perguntado nada sobre você? – Maite fez um gesto, indicando seus pais. Agora eles estavam falando sobre empreiteiros e qual era o melhor tipo de madeira para o chão da sala de estar.


William deu de ombros e depois sussurrou:


– É, mais ou menos. – Ele piscou.


De repente, Mila agarrou a mão de Willia.


– Ah, vejo que já a conheceu – disse ela, suavemente.


– Sim. – Ele sorriu. – Você não me disse que tinha uma irmã.


Claro que ela não dissera.


– Então, Mila – disse a sra. Perroni –, papai e eu estávamos conversando sobre onde você deveria ficar durante a reforma. E eu acabo de pensar em algo. Por que você não volta para Rosewood e fica conosco por alguns meses? Você pode ir e vir da Penn, você sabe como é fácil.


Mila franziu o nariz. Por favor diga não, por favor diga não, desejou Maite.


– Bem... – Mila ajeitou a alça do vestido amarelo. Quanto mais Maite olhava para ele, mais a cor fazia Mila parecer resfriada. Mila deu uma olhada para William. – O negócio é que... William e eu vamos morar na casa da cidade... Juntos.


– Ah! – A mãe sorriu para eles. – Bem... Creio que William possa ficar conosco também... O que você acha, Johnny?


Maite teve que abraçar seus peitos para que o coração não explodisse. Eles estavam indo morar juntos? A irmã dela tinha mesmo muita coragem. Só podia imaginar o que aconteceria se ela jogasse uma bomba como aquela. A mãe realmente faria Maite viver no porão, ou talvez no estábulo. Ela poderia viver no mesmo cercadinho que as cabras.


– Bom, eu acho que tudo bem – concordou o pai. Inacreditável! – Tenho certeza de que será tranquilo. A mamãe passa a maior parte do dia no estábulo e, claro, Maite estará na escola.


– Você está na escola? – perguntou William. – Qual?


– Ela está no ensino médio – intrometeu-se Mila. Ela deu uma longa olhada em Maite, como se a estivesse avaliando. Do vestido de tênis Lacoste justo ao cabelo comprido, ondulado e escuro, passando por seus brincos de diamantes de dois quilates. – Na mesma escola em que eu estudei. Ah, e eu nem perguntei, Maite. Você é a representante de classe este ano?


– Vice – murmurou Maite. Até parece que Mila não já sabia disso.


– Ah, e você não fica muito feliz que as coisas tenham acabado dessa forma? – Mila perguntou.


– Não – respondeu Maite, de forma direta. Ela concorreu ao cargo na última primavera, mas fora vencida e tivera que aceitar o posto de vice. Odiava perder no que quer que fosse.


Mila balançou a cabeça.


– Você não entende, Maite, é muuuuuuuito trabalho. Quando eu era representante, mal tinha tempo para todas as outras coisas!


– Você tem muitas atividades, Maite – murmurou a sra. Perroni. – Há o livro do ano e todos aqueles jogos de hóquei...


– Além do mais, Maite, você pode assumir se o representante, você sabe... Morrer. – Mila piscou para ela como se dividissem a piada, o que não era verdade.


Mila se virou para os pais e disse:


– Mamãe. Tive uma ótima ideia. E se William e eu ficássemos no celeiro? Lá, não incomodaríamos vocês.


Maite sentia como se alguém tivesse chutado seus ovários. O celeiro?


A sra. Perroni bateu levemente suas unhas à francesinha em sua boca perfeitamente delineada com batom.


– Hummm... – ela considerou antes de se virar de forma apaziguadora para Maite. – Você pode esperar alguns meses, querida? Depois, o celeiro será todo seu.


– Oh! – Mila pousou o garfo. – Eu não sabia que você ia se mudar para lá, Maite! Não quero causar problemas...


– Tudo bem – interrompeu Maite, pegando seu copo com água gelada e dando um bom gole. Ela se controlou para não ter um ataque de raiva na frente dos pais e da perfeita Mila. – Eu posso esperar.


– Mesmo? – perguntou Mila. – É tão gentil de sua parte!


Radiante, a mãe apertou a mão de Maite com sua mão magrinha e fria:


– Eu sabia que você entenderia.


– Vocês podem me dar licença? – Maite empurrou sua cadeira para trás, meio tonta, e se levantou. – Eu já volto.


Ela andou pelo chão de madeira do barco, desceu a escada principal atapetada e saiu pela porta da frente. Precisava pisar em terra firme.


Na calçada, na rua Penn Landing, a linha do horizonte brilhava. Maite se sentou num banco e praticou sua respiração de ioga. Depois, pegou a carteira e começou a organizar seu dinheiro. Ela virou todas as notas de um, cinco e vinte na mesma direção e as colocou em ordem alfabética, de acordo com a longa combinação alfanumérica impressa em verde nos cantos das notas. Fazer isso sempre melhorava seu astral. Quando acabou, deu uma olhada para a sala de jantar do navio. Seus pais estavam de frente para o rio, de modo que eles não podiam vê-la. Vasculhou em sua bolsa Hogan, procurando seu maço de Marlboro para emergências e acendeu um cigarro.


Irritada, ela dava um trago após o outro. Roubar o celeiro era ruim o suficiente, mas fazer isso de uma forma tão educada era bem a cara da Mila, ela sempre havia sido bacana na aparência, mas, no fundo, era horrorosa. E ninguém mais conseguia ver isso além de Maite.


Ela conseguira se vingar de Mila apenas uma vez, poucas semanas antes do final do sétimo ano. Uma noite, Mila e seu namorado da época, Dylan O’Brien, estavam estudando para as provas finais. Quando Dylan foi embora, Maite o encurralou do lado fora, ao lado de sua picape, que ele havia estacionado atrás da pilha de toras de pinho. Ela só queria flertar com ele, Dylan estava desperdiçando todo o seu tesão com sua monótona irmã certinha, então, ela deu um beijo leve em seu rosto. Mas quando ele a prendeu contra a porta do passageiro, ela não tentou escapar. Eles só pararam de se beijar porque o alarme do carro dele tocou.


Quando Maite contou a Angelique sobre isso, Angel disse que a amiga fizera uma coisa estúpida e que ela devia contar para Mila. Maite suspeitava de que Angel estava brava só porque elas tinham competido durante todo o ano sobre quem conseguia dar mais amassos em garotos mais velhos, e beijar Dylan colocava Maite na liderança.


Maite respirou fundo. Ela odiava se lembrar daquela época. Mas a velha casa dos Boyer ficava bem ao lado da deles, e uma das janelas do quarto de Angel dava para uma das janelas do quarto de Maite, e era assim que Angel a vigiava vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Tudo o que Maite tinha que fazer era olhar pela janela e lá estava a Angel do sétimo ano, pendurando seu uniforme do hóquei bem ali onde Maite pudesse vê-lo, ou zanzando pelo quarto, fofocando no telefone celular.


Maite gostava de acreditar que mudara um bocado desde então. Elas todas haviam sido tão más, especialmente Angelique, mas não apenas Angelique. E a pior lembrança de todas era a coisa... A Parada com a Megan. Pensar no que tinha acontecido fazia Maite se sentir tão mal que desejava poder apagar aquilo de sua mente, como faziam no filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças.


– Você não deveria estar fumando, sabe disso.


Ela se virou e lá estava William, de pé, bem ao lado dela. Maite olhou para ele, surpresa.


– O que é que você está fazendo aqui embaixo?


– Eles estavam... – Ele juntou e separou os dedos das mãos, imitando bocas que não paravam de falar. – E eu recebi uma mensagem. – Ele pegou seu BlackBerry.


– Ah – disse Maite. – É do hospital? Ouvi dizer que você é um grande médico.


– Bem, na verdade, não... Eu sou apenas um calouro da faculdade de medicina. – William apontou para o cigarro dela. – Você se importa de me dar um trago?


Maite deu um sorrisinho.


– Mas você acabou de me dizer para não fumar! – Ela estendeu o cigarro para ele.


– É, bem... – William deu uma boa tragada no cigarro. – Você está bem?


– Tanto faz. – Maite não estava a fim de discutir sua vida com o novo “namorido” da irmã, que acabara de roubar seu celeiro. – Então, de onde você é?


– Do norte de Londres. Meu pai é coreano, imagine. Ele se mudou para a Inglaterra, para estudar em Oxford, e acabou ficando de vez. Todo mundo pergunta isso.


– Ah, eu não ia perguntar não – retrucou Maite, apesar de ter sim pensado nisso. – Como você e minha irmã se conheceram?


– Num Starbucks. Ela estava na minha frente, na fila.


– Ah – fez Maite. Que coisa mais brega.


– Ela estava comprando um latte – acrescentou William, chutando o meio-fio.


– Que legal. – Maite fingiu se interessar pelo seu maço de cigarros.


– Foi há poucos meses. – Ele deu outra tragada fraquinha, sua mão tremia um pouco e seus olhos iam para todas as direções. – Eu comecei a gostar dela antes que ganhasse a casa na cidade.


– Certo. – Maite achou que ele parecia um pouco nervoso. Talvez o cara estivesse tenso por conhecer os pais dela. Ou era o fato de ir morar com Mila que o deixava estressado? Se Maite fosse um garoto e tivesse que morar com Mila, se jogaria do convés do Moshulu, no rio Delaware.


Ele devolveu o cigarro a ela.


– Espero que esteja ok com o fato de eu ir morar na sua casa.


– Ah, claro. Tanto faz.


William molhou os lábios.


– Talvez eu possa ajudá-la a superar seu vício em cigarros.


Maite fungou.


– Eu não sou viciada.


– Claro que não. – William sorriu.


Maite balançou a cabeça, enfaticamente.


– Não, eu nunca deixaria isso acontecer. – E era verdade: Maite odiava se sentir fora de controle.


William sorriu.


– Bem, você parece mesmo alguém que sabe o que está fazendo.


– Eu sei.


– Você é assim em tudo? – perguntou William, com os olhos brilhando.


Havia algo sobre o jeito leve e provocativo com que ele dissera aquilo, que fez Maite hesitar. Eles estavam... Flertando? Olharam um para o outro por alguns segundos até que um grupo grande de pessoas saísse do barco e viesse para a rua. Maite baixou os olhos.


– Então, você acha que é hora de voltarmos? – perguntou William.


Maite hesitou e olhou para a rua, cheia de táxis prontinhos para levá-la a qualquer lugar que quisesse. Ela quase queria perguntar a William se não estava a fim de entrar num táxi daqueles com ela e ir a um jogo de baseball, no Citizens Bank Park, onde poderiam comer cachorros-quentes, gritar com os jogadores e contar quantos strikeouts os Phillies marcariam. Ela podia usar os ingressos de seu pai, ele não usava a maior parte deles, de qualquer forma, e ela apostava que William iria topar. Por que voltar para lá, se sua família continuaria a ignorá-los? Um táxi parou no semáforo, a apenas alguns metros deles. Ela olhou para o carro e depois para William.


Mas não, isso seria errado. E quem iria ocupar o lugar de vice-representante de classe, se ela fosse assassinada pela própria irmã?


– Depois de você. – Maite segurou a porta para ele e ambos subiram a bordo mais uma vez.


 


OBS: Nosso quateto já esta completo!!


OBS2: Tive uma ideia de fazer um grupo no whats sobre a fanfic, se alguém quiser é só falar.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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