Fanfics Brasil - Capítulo 127: Amantes nem-tão-secretas-assim Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 127: Amantes nem-tão-secretas-assim

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– E elas estavam uma por cima da outra! – Ale tomou um grande gole da sangria que Vanessa tinha pegado para elas do bar do planetário. – Todo esse tempo, eu estive com medo que eles pudessem, tipo, mudar você, mas acabou que isso é uma farsa! Minha mentora voltou com a namorada e tudo mais!


Vanessa lançou um olhar doido para Ale, cutucando-a nas costelas.


– Você realmente pensou que eles pudessem mudar você?


Ale se inclinou para trás.


– Eu acho que isso é idiota, não é?


– Sim. – Vanessa sorriu. – Mas eu também estou feliz que essa coisa não funcione.


Cerca de uma hora atrás, Becka e Wendy tinham deixado Ale na festa de Oka e ela havia vasculhado todos os lugares à procura de Vanessa, morrendo de medo de que ela tivesse ido embora, ou, pior, que ela estivesse com outra pessoa. Ela tinha achado Vanessa sozinha, perto da cabine do DJ, usando um vestido listrado branco e preto e sapatos de boneca de verniz de salto alto. Seu cabelo estava preso com presilhas de borboletas brancas.


Elas tinham escapado para o lado de fora, indo para uma parte gramada do jardim do planetário. Podiam ver a festa bombando pelas janelas altas de vidro fosco, mas não dava para ouvir nada. Árvores frondosas, telescópios e arbustos podados em forma de planetas preenchiam o jardim. Alguns dos convidados tinham saído e estavam sentados do outro lado do pátio, fumando e rindo, e havia um casal dando uns amassos perto do arbusto gigante podado no formato de Saturno, mas Ale e Vanessa estavam isoladas. Elas não tinham se beijado nem nada, mas estavam olhando para o céu casualmente. Devia ser quase meia-noite, que era o horário normal de Ale voltar para casa, mas ela tinha ligado para a mãe para dizer que ia dormir na casa de Becka. Becka tinha concordado em confirmar a história, se necessário.


– Olha. – Ale apontou para as estrelas. – Aquele aglomerado ali em cima. Não parece que elas poderiam formar um “A” se você desenhasse umas linhas entre elas?


– Onde? – Vanessa apertou os olhos.


Ale posicionou o queixo de Vanessa corretamente.


– Há estrelas perto dessas que formam um V. – Ela sorriu na escuridão. – A e V. Ale e Vanessa. É, como um sinal.


– Você e seus sinais. – Suspirou Vanessa. Elas ficaram confortavelmente silenciosas por um segundo.


– Eu estava furiosa com você. – Confessou Vanessa, suavemente. – Terminando comigo lá no forno de cerâmica daquele jeito. Se recusando até mesmo a olhar para mim na estufa.


Ale apertou as mãos e olhou para as constelações. Um jatinho passou, três quilômetros acima.


– Desculpe. – Disse ela. – Eu sei que não fui exatamente justa.


Vanessa olhou cuidadosamente para Ale. Glitter cor de bronze dava brilho a sua testa, bochechas e nariz. Ela estava mais bonita do que nunca.


– Posso segurar a sua mão? – Sussurrou ela.


Ale olhou para sua própria mão quadrada e rude. Ela tinha segurado lápis, pincéis e pedaços de giz. Segurado o pódio de largada nas competições de natação. Segurado um balão no desfile de boas-vindas do time de natação. Segurara a mão de seu namorado Jamie... E tinha até segurado a mão de Vanessa, mas parecia que desta vez era mais oficial. Era real.


Ela sabia que havia pessoas em volta. Mas Vanessa estava certa, todos já sabiam. A pior parte já tinha passado, e ela sobrevivera. Estava muito infeliz com Jamie, e não estava enganando ninguém com o Beau. Talvez devesse se assumir. No momento em que Becka disse aquilo, Ale sabia que ela estava certa: Não podia mudar quem ela era. A ideia era apavorante, mas a deixava arrepiada.


Ale tocou a mão de Vanessa. Primeiro, de leve, depois, mais forte.


– Eu amo você, Ale. – Disse Vanessa, apertando-a de volta. – Eu amo você demais.


– Eu também amo você. – Repetiu Ale, quase automaticamente. E ela se deu conta. Mais do qualquer outra pessoa, até mais do que Angel. Ale tinha beijado Angel e, por meio segundo, Angel a beijara de volta. Mas, então, tinha parado, enojada. Ela rapidamente começou a falar de um menino em quem ela estava realmente muito interessada, um menino cujo nome ela não diria a Ale porque Ale poderia realmente enlouquecer. Ale então imaginara se havia mesmo um menino, ou se Angel dissera aquilo para desfazer o momento em que tinha beijado Ale. Para dizer eu não sou lésbica. De jeito nenhum.


Todo esse tempo, Ale tinha fantasiado sobre como as coisas teria sido se Angel não tivesse desaparecido, e se aquele verão e sua amizade tivessem continuado como planejado. Agora ela sabia: Não teria continuado. Se Angel não tivesse desaparecido, ela teria se distanciado cada vez mais de Ale. Mas talvez Ale ainda assim tivesse achado seu caminho até Vanessa.


– Você está bem? – Perguntou Vanessa, percebendo o silêncio de Ale.


– Sim.


Elas se sentaram em silêncio por alguns minutos, de mãos dadas. Então, Vanessa levantou a cabeça, franzindo o cenho para alguma coisa dentro do planetário. Ale seguiu os olhos dela até uma figura sombria, olhando diretamente para elas. A figura bateu no vidro, fazendo Ale pular.


– Quem é? – Murmurou Ale .


– Quem quer que seja. – Disse Vanessa, olhando de lado. – Está vindo aqui para fora.


Todos os pelos do corpo de Ale se arrepiaram. A? Ela correu para trás. Então, ouviu uma voz muito familiar.


– Ale Catherine Muller! Venha até aqui!


Vanessa ficou boquiaberta.


– Ai, meu Deus.


A mãe de Ale caminhou para as luzes do jardim. Seu cabelo estava despenteado, ela estava sem maquiagem, usava uma camiseta surrada e seus tênis de lona estavam desamarrados. Estava ridícula em meio à multidão de arrumadinhos da festa. Alguns jovens vieram até ela.


Ale, desajeitadamente, se desvencilhou do gramado.


– O... O que você está fazendo aqui?


A sra. Muller segurou o braço de Ale.


– Você é inacreditável. Recebi um telefonema quinze minutos atrás dizendo que você estava com ela. E não acreditei! Que boba eu sou! Eu não acreditei! Eu disse que estavam mentindo!


– Mãe, eu posso explicar!


A sra. Muller parou e cheirou o ar em volta do rosto de Ale. Seus olhos se arregalaram.


– Você andou bebendo! – Gritou ela, enraivecida. – O que aconteceu com você, Ale?


Ela baixou os olhos para Vanessa, que estava sentada bem quieta na grama, como se a sra. Muller tivesse apertado o botão de pausa num aparelho de DVD.


– Você não é mais minha filha.


– Mãe! – Gritou Ale. Parecia que a mãe tinha atirado uma chapinha de cabelo nos seus olhos. Essa afirmação soava tão... Absoluta. Tão definitiva.


A sra. Muller a arrastou para o portãozinho que levava do jardim para uma viela nos fundos que, por sua vez, levava à rua.


– Vou ligar para Helene quando chegarmos em casa.


– Não! – Ale se desvencilhou, depois encarou sua mãe de frente, do mesmo jeito que um lutador de sumô faz quando está prestes a lutar. – Como você pode dizer que não sou mais sua filha? – Esganiçou ela. – Como você pode me mandar embora?


A sra. Muller estendeu a mão para pegar o braço de Ale de novo, mas os sapatos de Ale prenderam numa falha do gramado. Ela caiu para trás, batendo no chão com seu cóccix, sentindo uma dor lívida, que a cegou por um momento.


Quando abriu os olhos, sua mãe estava em cima dela.


– Levante. Vamos.


– Não! – Urrou Ale. Ela tentou levantar, mas as unhas de sua mãe se enterraram no seu braço. Ale lutou, mas sabia que era em vão. Ela olhou para Vanessa uma última vez. Ela ainda não tinha se movido. Os olhos de Vanessa estavam arregalados e chorosos, e ela parecia pequenina e solitária. Pode ser que eu nunca a veja de novo, pensou Ale. É isso.


– O que tem de errado com isso? – Fritou ela para sua mãe. – O que tem de tão errado em ser diferente? Como você pode me odiar por isso?


As narinas da mãe se dilataram. Ela fechou os punhos e abriu a boca, pronta para gritar alguma coisa de volta. E, então, de súbito, ela pareceu murchar. Ela se virou de costas e fez um barulhinho no fundo da garganta. De repente, pareceu tão desgastada. E amedrontada. E envergonhada. Sem nenhuma maquiagem e vestindo pijamas, parecia vulnerável. Havia uma vermelhidão em volta dos seus olhos, como se tivesse chorado por muito tempo.


– Por favor. Apenas vamos embora.


Ale não sabia mais o que fazer, a não ser se levantar. Ela seguiu a mãe pela viela escura e deserta até o estacionamento, onde viu o conhecido Volvo. O funcionário do estacionamento olhou para sua mãe e deu uma fungada de censura para Ale, como se a sra. Muller tivesse explicado por que estava parando ali e buscando Ale na festa.


Ale se jogou no banco da frente. Seus olhos pousaram na roda laminada do anúncio do disque-horóscopo, que estava no banco. A roda mostrava todos os signos do horóscopo de acordo com os doze meses daquele ano, então, Ale puxou-a, girou a roda para Touro, seu signo, e olhou as previsões para outubro. Seus relacionamentos amorosos se tornarão mais satisfatórios e realizadores. Seus relacionamentos podem ter causado dificuldades com outros no passado, mas tudo será mais fácil daqui para a frente.


Rá, pensou Ale. Ela jogou o cartão do horóscopo pela janela. Não acreditava mais naquilo, de qualquer forma. Ou em sinais, ou em signos ou em qualquer coisa que dissesse que tudo acontece por uma razão. Qual era a razão de isso estar acontecendo?


Um calafrio tomou conta dela. Eu recebi uma ligação quinze minutos atrás dizendo que você estava com ela.


Ela vasculhou sua bolsa, seu coração disparado. Seu telefone tinha uma nova mensagem. Estava na caixa de entrada havia quase duas horas.


Ale, eu estou vendo você! E se não parar com isso, vou ligar para você-sabe-quem. – A.


Ale colocou as mãos sobre os olhos. Por que A simplesmente não a matara em vez daquilo?



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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