Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni

– Ah, meu Deus! – Berrou Dulce.

Ela e Ale chegaram perto do corpo contorcido de Anahí e começaram a gritar:

– Anahí! Ah, meu Deus! Anahí!

– Ela não está respirando. – Lamuriou-se Ale. – Dulce, ela não está respirando!

– Você está com seu celular aí? – Perguntou Dulce. – Ligue para a emergência!

Ale pegou o celular tremendo, mas o aparelho escorregou de suas mãos e quicou pelo chão do estacionamento, indo parar perto da bolsa esmagada de Anahí. Ale havia começado a entrar em pânico quando apanhara Dulce e ela lhe contara tudo, sobre os recados assustadores de A, sobre seus sonhos, sobre Angel e Dylan e sobre como poderia ter sido Maite quem matara Angel.

Primeiro, Ale tinha se recusado a acreditar, mas, então, foi tomada por uma onda de horror e entendimento. Ela explicou que não muito antes de desaparecer, Angel confessara que andava saindo com alguém.

– E ela deve ter contado para Maite. – Explicara Dulce. – Talvez fosse por isso que elas estavam brigando durante todos aqueles meses antes do final das aulas.

– Emergência. Em que posso ajudar? – Duce ouviu a chamada ser atendida no viva-voz do celular de Ale.

– Um carro acaba de atropelar minha amiga! – Informou Ale. – Estou no estacionamento de Rosewood Day! Nós não sabemos o que fazer!

Enquanto Ale berrava os detalhes para a atendente, Dulce encostou os lábios nos de Anahí e tentou fazer respiração boca a boca, como aprendera nas aulas de primeiros socorros, na Islândia. Mas ela não sabia se estava fazendo do jeito certo.

– Vamos, Anahí, respire. – Implorou ela, apertando o nariz da amiga.

– Fique na linha até que a ambulância chegue aí. – Dulce podia ouvir a voz da atendente da emergência pelo telefone de Ale, que se inclinou e tocou a camiseta surrada de Rosewood Day de Anahí. Então, ela se afastou, como se estivesse com medo.

– Ah, meu Deus, por favor, não morra... – Ela deu uma olhadela para Dulce. – Quem poderia ter feito isso?

Dulce olhou em volta. Os balanços oscilavam para a frente e para trás com a brisa que soprava. As bandeiras tremulavam nos mastros. A vegetação em volta do playground era escura e densa. De repente, Dulce viu uma figura de pé, perto das árvores. Ela tinha cabelo escuro e usava um vestido curto e preto. Algo em seu rosto a deixava selvagem, enlouquecida. Estava olhando direto para Dulce, que deu um passo para trás no calçamento. Maite.

– Olha ali! – Arfou Dulce, apontando para as árvores. Mas, assim que Ale moveu a cabeça, Maite desapareceu nas sombras.

As sirenes a atordoavam. Demorou um instante para Dulce entender que era seu telefone celular. E, então, o telefone de Ale também emitiu um som. O informe que indicava uma nova mensagem de texto apareceu na tela. Dulce e Ale trocaram um olhar familiar e temeroso. Devagar, Dulce tirou o Treo de dentro da bolsa e olhou para a tela.

– Ai, não. – Sussurrou Ale.

O vento parou de soprar de repente. As árvores ficaram imóveis como estátuas. Sirenes eram ouvidas a distância.

– Por favor, não. – Choramingou Ale. A mensagem tinha apenas três palavras.

Ela sabia demais. – A.