Fanfics Brasil - Prólogo: Como tudo começou Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Prólogo: Como tudo começou

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Três pessoas podem guardar um segredo, se duas delas estiverem mortas. — BENJAMIN FRANKLIN


**


Imagine que estamos alguns anos atrás, no verão, entre o sétimo e o oitavo ano. Você está bronzeada de tanto tomar sol à beira da piscina, está usando seu suéter da Juicy (lembra de quando todo mundo tinha um?) e pensando em seu pretê, o garoto que estuda naquela escola cujo nome nós não mencionamos e que trabalha na Abercrombie do shopping. Você está comendo seu cereal matinal favorito, Cocoa Krispies, do jeitinho que mais gosta – mergulhado no leite desnatado – e vê a cara dessa garota na lateral da caixa de leite. DESAPARECIDA. Ela é bonitinha – provavelmente mais que você – e tem um ar briguento. Daí você pensa “Hum, talvez ela também goste de Cocoa Krispies empapado”. E pode apostar que ela também acha o menino da Abercrombie bem lindo. Você se pergunta como alguém tão... hum, tão parecida com você, desapareceu. Você achava que só as meninas que participam de concursos de beleza acabassem na lateral de caixas de leite.


Bem, pense melhor.


**


Dulce María afundou seu rosto no gramado da casa de sua amiga, Angelique Boyer.


– Delicioso – murmurou ela.


– Você está cheirando a grama? – perguntou Ale Muller, por trás dela, batendo a porta do Volvo de sua mãe para fechá-la, com um dos braços longos e sardentos.


– É um cheiro bom. – Dulce jogou o cabelo cheio de mechas coloridas para trás e respirou o ar morno do fim de tarde. – Cheiro de verão.


Ale deu tchauzinho para a mãe e ajeitou os jeans horrorosos que usava pendurados em seus quadris estreitos. Ale era da equipe de natação desde a Liga Infantil e, apesar de ficar incrível de maiô, jamais poderia vestir nada justo demais, nem remotamente bonito, como as outras meninas do sétimo ano. Isso porque os pais de Ale insistiam que a beleza vinha de dentro para fora (embora Ale tivesse certeza de que ser obrigada a esconder uma camiseta baby look que diz GAROTAS IRLANDESAS FAZEM TUDO MELHOR no fundo de sua gaveta de calcinhas não era algo que ajudasse alguém a construir o caráter).


– Ei, meninas. – Angelique deu uma pirueta no jardim. Naquela tarde, seu cabelo estava preso num rabo de cavalo desleixado e ela ainda usava sua saia xadrez da festa de final de ano da equipe enrolada na cintura para parecer mais curta. Angelique era a única menina do sétimo ano que conseguira entrar para o time da escola. Pegava carona para casa com as meninas mais velhas do Colégio Rosewood Day que ouviam o rapper Jay-Z em suas Cherokees o mais alto possível e espirravam perfume nela antes que descesse do carro para que ela não chegasse em casa cheirando a cigarros, o que revelaria que todas haviam fumado.


– O que eu estou perdendo? – perguntou Maite Perroni, aparecendo por um buraco da cerca viva para se juntar às outras. Maite morava na casa ao lado. Ela jogou seu longo cabelo num rabo de cavalo e deu um gole em sua garrafa esportiva roxa. Maite não havia ido para o time principal com Angel no outono, então tinha que jogar com as meninas do sétimo ano. Ela passara um ano se esforçando como louca no campo de hóquei, para aperfeiçoar suas manobras, e as meninas sabiam que ela havia praticado dribles no quintal antes de elas chegarem. Maite odiava que alguém fosse melhor que ela em qualquer coisa. Especialmente se esse alguém fosse Angelique.


– Esperem por mim!


Elas se viraram a tempo de ver Anahí Portilla saindo da Mercedes de sua mãe. Ela tropeçou na própria mochila de livros e acenou toda animada com seus braços gorduchos. Desde que os pais de Anahí se divorciaram, no ano anterior, ela vinha aumentando de peso gradativamente, o que fazia com que suas roupas ficassem cada vez menores. E, embora Angel tenha revirado os olhos nessa hora, o restante das meninas fingiu que não percebeu. É isso que as boas amigas fazem.


Angelique, Dulce, Maite, Ale e Anahí haviam se conhecido no ano anterior quando seus pais as inscreveram para trabalhar aos sábados à tarde nos projetos de caridade do Colégio Rosewood Day – todas, menos Maite, que foi trabalhar lá porque quis. Mesmo que Angelique não soubesse nada sobre as outras quatro, todas elas a conheciam. Ela era perfeita. Linda, espirituosa, inteligente. Popular. Os meninos queriam beijar Angelique e as meninas – mesmo as mais velhas – queriam ser ela. Então, na primeira vez em que Angel riu de uma das brincadeiras de Dulce, fez uma pergunta sobre natação para Ale, disse a Anahí que sua camiseta era adorável ou comentou que a caligrafia de Maite era muito mais bonita que a dela, elas não puderam evitar e ficaram, bem... Deslumbradas. Antes de Angel, as garotas se sentiam como as calças jeans de cintura alta e pregas de suas mães – estranhas e notadas pelas razões erradas. Mas, depois, Angel fez com que se sentissem como as roupas esportivas mais perfeitas do mundo, feitas pela Stella McCartney – aquelas que são tão caras que ninguém pode comprar.


Então, mais de um ano depois, no último dia do sétimo ano, elas não eram apenas as melhores amigas do mundo, eram as meninas do Rosewood Day. Muita coisa acontecera para que fosse assim. Todas as vezes em que dormiram nas casas umas das outras, todas as viagens para o campo tinham sido uma nova aventura. Até mesmo quando se reuniam na sala de estudos para, teoricamente, fazer o dever de casa, sempre acontecia algo memorável (ler a carta melosa do capitão do time do colégio para sua professora particular de matemática no sistema de alto-falantes da escola havia se tornado um clássico). Mas havia outras coisas que todas elas queriam esquecer. E havia um segredo em especial, sobre o qual elas não queriam nem falar a respeito. Angel dizia que eram os segredos que mantinham as cinco unidas como melhores amigas por toda a eternidade. E isso era verdade. Elas seriam amigas para sempre.


– Estou tão feliz que este dia acabou – gemeu Angelique, depois de empurrar Maite com delicadeza de volta pelo buraco da cerca viva. – Vamos para a sua casa de hóspedes.


– Estou tão feliz que o sétimo ano acabou – disse Dulce, e então ela, Ale e Anahí seguiram Angelique e Maite até o galpão recém-reformado, onde a irmã mais velha de Maite, Mila, havia morado durante todo o ensino médio. Por sorte, ela tinha acabado de se formar e viajado para passar o verão em Praga, então o lugar era todo delas naquela noite.


De repente, elas ouviram um guincho:


– Angelique! Ei, Angelique! Ei, Maite! – Angelique se virou para olhar em direção à rua.


– Isso não – sussurrou ela.


– Isso não – Maite, Ale e Dulce repetiram.


Anahí fez cara feia.


– Droga.


“Isso não” era o jogo que Angelique havia roubado do irmão dela, Gregg, veterano em Rosewood Day. Gregg e seus amigos jogavam nas festas da escola, enquanto avaliavam as garotas. Ser o último a dizer “isso não” queria dizer que você ia ter que ficar a noite toda com a menina mais feia, enquanto seus amigos ficavam com as bonitas, e quem ficasse com a feiosa era, na verdade, tão tonto e feio quanto ela. Na versão de Angel, as meninas diziam “isso não” toda vez que alguém feio, careta ou pobre chegasse perto delas.


Desta vez o “isso não” era para Oka Giner, uma imbecil cujo passatempo era tentar ficar amiga de Maite e Angelique, e suas duas amigas esquisitas, Bella Thorne e Jessica Amlee. Bella era a garota que havia hackeado os computadores da escola e depois ensinado ao diretor como aumentar a segurança deles; e Jessica Amlee ia a todos os lugares com um ioiô, não é preciso dizer mais nada. As três encararam as garotas do meio da rua quieta e suburbana. Oka estava montada em sua scooter, Bella estava em uma mountain bike preta e Jessica estava a pé, com seu ioiô, claro.


– Vocês aí, querem vir com a gente e assistir Fear Factor? – perguntou Oka.


– Desculpe – Angelique disse, com candura. – Estamos meio ocupadas.


Bella franziu a testa.


– Vocês não querem ver os caras comendo os besouros?


– Que nojo! – Maite sussurrou para Dulce, que então começou a fingir que comia piolhos invisíveis da cabeça de Anahí, como um macaco.


– Ah é, bem que a gente queria. – Angelique tombou a cabeça. – Faz um tempo que a gente vem planejando passar a noite juntas. Mas quem sabe da próxima vez?


Oka olhou para a calçada:


– Tá, tudo bem.


– A gente se vê. – Angelique deu meia-volta, revirando os olhos, e as outras garotas fizeram a mesma coisa.


Elas passaram pelo portão dos fundos da casa de Maite. À esquerda delas, estava o quintal de Angel, onde os pais dela estavam construindo um gazebo capaz de abrigar vinte pessoas para aqueles seus piqueniques metidos a besta.


– Graças a Deus, os pedreiros não estão aqui. – Angel deu uma olhada numa empilhadeira amarela.


Ale mudou o tom de voz:


– Eles andaram dizendo gracinhas para você de novo?


– Calma aí, delegada – disse Angelique. As outras deram risadinhas. Algumas vezes, elas a chamavam de Ale Delegada, porque ela virava um pitbull para defender Angel. Ale costumava achar graça naquilo também, mas ultimamente não ria mais com elas.


O ex-celeiro estava logo à frente. Era pequeno e aconchegante e tinha uma janela grande, que dava para os grandes espaços livres da propriedade, que possuía seu próprio moinho.


Em Rosewood, na Pensilvânia, um subúrbio pequeno que fica a mais ou menos trinta quilômetros da Filadélfia, é mais provável que se viva numa casa de fazenda com vinte e cinco quartos, com piscinas azulejadas em mosaico e hidromassagem do que em uma casa pré-fabricada. Rosewood cheirava a lilases, a feno, a neve fresca e a lenha queimada no inverno. A região estava cheia de pinheiros altos, quilômetros e mais quilômetros de fazendas familiares bem rústicas, e raposas e coelhos bem fofinhos. Havia um shopping, propriedades em estilo colonial e uma porção de áreas ao ar livre, perfeitas para comemorar aniversários, formaturas e para festas que gostamos de dar sem motivo algum. E os meninos de Rosewood eram lindos e chegavam a brilhar de tão saudáveis. Pareciam todos saídos de um comercial de cuecas, de perfume ou de um catálogo esportivo da Abercrombie. Aquela era a nata da Filadélfia. Várias famílias ricas e tradicionais, com dinheiro antigo e escândalos mais antigos ainda.


Conforme as garotas se aproximavam da casa de hóspedes, ouviram risinhos vindos de lá.


Alguém guinchou:


– Eu já disse para você parar!


– Ah, meu Deus – Maite gemeu. – O que é que ela está fazendo aqui?


Quando espiou pelo buraco da fechadura, Maite viu Mila, sua irmã mais velha, o orgulho e a alegria de seus pais, a filha perfeita, no sofá dando uns amassos em Dylan O’Brien, seu namorado gostosão. Maite meteu o pé na porta e a forçou a abrir. A casa de hóspedes cheirava a musgo e a pipoca recém-estourada.


Mila se virou.


– Que droga... – ela disse. Então, notou as outras e sorriu. – Ah, oi, meninas.


As meninas deram uma olhada em Maite. Ela sempre reclamava que Mila era uma cobra venenosa, então, ficavam sempre alerta quando Mila parecia gentil e doce.


Dylan se levantou, espreguiçou-se e deu um sorriso forçado para Maite.


– Ei – disse ele.


– Oi, Dylan – Maite respondeu numa voz muito mais alegre. – Eu não sabia que você estava aqui.


– Sim, você sabia – Dylan sorriu, como se estivesse paquerando. – Você estava nos espionando.


Mila arrumou seu cabelo comprido e a faixa de seda preta na cabeça, encarando a irmã.


– E aí, quais as novidades? – perguntou ela, um pouco acusadoramente.


– É só... Eu não queria me intrometer... – Maite cuspiu as palavras. – Mas era para nós ficarmos aqui essa noite.


Dylan bateu no braço de Maite, brincando com ela.


– Eu só estava implicando com você – provocou ele.


Uma mancha vermelha subiu pelo pescoço dela. Dylan tinha cabelo escuro, que estava sempre desarrumado, olhos cor da noite, com um olhar sonolento, e os músculos do abdome realmente valiam um aperto.


– Uau – falou Angel, numa voz alta demais. Todas as cabeças se voltaram para ela. – Mila, você e Dylan formam um casal perfeito. Eu nunca falei, mas sempre pensei isso. Você não concorda, Maite?


Maite piscou.


– Hum – disse ela, baixinho.


Mila encarou Angel por um segundo, confusa, e então se virou para Dylan.


– Posso falar com você lá fora?


Dylan engoliu sua cerveja Corona, enquanto as meninas assistiam. Eles bebiam secretamente das garrafas dos armários de bebidas de seus pais. Ele jogou fora a garrafa vazia e deu a elas um sorriso irônico, enquanto seguia Mila para fora.


– Adios, senhoras. – Dylan deu uma piscada antes de fechar a porta atrás dele.


Angelique fez um gesto como que tirando pó das mãos.


– Outro problema resolvido por Angel B. Você vai me agradecer agora, Maite?


Maite não respondeu. Ela estava muito ocupada olhando a janela da frente do celeiro. Vaga-lumes começavam a iluminar o céu, que estava ficando púrpura.


Anahí andou até a tigela de pipoca abandonada e pegou um punhado grande.


– Dylan é tão gostoso. Ele é até mais gostoso que o Chace. – Chace Crawford era um dos caras mais bonitos do ano delas, e tema das constantes fantasias de Anahí.


– Você sabe o que eu ouvi? – perguntou Angel, se jogando pesadamente no sofá. – Que na verdade Chace gosta de garotas que têm um bom apetite.


Anahí se animou.


– Verdade?


– Não – Angelique bufou.


Anahí jogou o punhado de pipoca de volta na tigela, bem devagar.


– Então, garotas – falou Angel. – Eu sei de uma coisa perfeita que nós podemos fazer.


– Eu espero que a gente não vá correr pelada de novo por aí. – Ale deu risadinhas.


Elas tinham feito aquilo um mês antes, num frio de rachar, e, embora Anahí tenha se recusado a tirar a camiseta e a calcinha que tinha um dos dias da semana bordado, o restante delas havia atravessado correndo um árido milharal sem absolutamente nenhuma peça de roupa.


– Você gostou bastante daquilo – murmurou Angel. O sorriso se apagou dos lábios de Ale. – Mas não, eu estava deixando isso para o último dia de aula. Eu aprendi como hipnotizar as pessoas.


– Hipnotizar – repetiu Maite.


– A irmã do Matt me ensinou. – Angel olhou as fotos de Mila e Dylan em porta-retratos em cima da lareira. Seu namorado da semana, Matt, tinha o mesmo cabelo de Dylan.


– Como se faz? – perguntou Anahí.


– Desculpe, mas ela me fez jurar guardar segredo. – Angel se virou para ficar de frente para as meninas. – Vocês querem ver se funciona?


Dulce franziu a testa, pegando um lugar numa almofada cor de lavanda que estava no chão.


– Eu não sei...


– Por que não? – Os olhos de Angel passaram rapidamente por um porquinho de pelúcia que pendia da bolsona de tricô púrpura de Dulce. Ela estava sempre carregando coisas estranhas para todo o lado: animais de pelúcia, páginas sem sentido arrancadas de velhos romances, cartões-postais de lugares que ela nunca tinha visitado.


– A hipnose não faz você dizer coisas que não quer? – perguntou Dulce.


– Existe alguma coisa que você não queira contar para a gente? – retrucou Angel. – E por que você ainda traz esse porquinho para tudo quanto é lugar? – Ela apontou para o bichinho.


Dulce sacudiu os ombros e puxou o porquinho de pelúcia para fora da bolsa.


– Meu pai comprou Pigtunia na Alemanha para mim. Ela me dá conselhos sobre a minha vida amorosa. – Dulce enfiou a mão dentro do boneco.


– Você está enfiando sua mão pelo traseiro dele – Angel gritou e Ale começou a dar risadinhas. – Além disso, por que você quer carregar por aí algo que o seu pai lhe deu?


– Não é engraçado. – Dulce virou a cabeça rapidamente para encarar Ale.


Todas ficaram quietas por alguns segundos, e as meninas se encararam sem expressar nenhuma reação. Isso vinha acontecendo muito nos últimos tempos: alguém, normalmente Angel, mencionava algo, e outra pessoa ficava triste, mas todas eram tímidas demais para perguntar o que raios estava acontecendo.


Maite quebrou o silêncio.


– Ser hipnotizado? Hum... Soa engraçado.


– Você não sabe nada sobre isso – Angelique foi logo dizendo. – Vamos lá, eu poderia fazer com vocês todas de uma vez.


Maite puxou o cós da saia. Ale soprou o ar através dos dentes. Dulce e Anahí trocaram um olhar. Angel sempre vinha com uma novidade, no verão anterior, foi fumar sementes de dentes-de-leão para ver se eram alucinógenas, e, no último outono, tinham ido nadar no lago Pecks, apesar de terem achado um corpo lá uma vez, mas a verdade era que elas, muitas vezes, não queriam fazer as coisas a que Angelique as obrigava. Todas amavam Angel, mas algumas vezes também tinham ódio dela, por controlá-las de todas as formas em nome do feitiço que tinha espalhado sobre elas. Às vezes, na presença de Angel, não se sentiam exatamente verdadeiras. Elas meio que se sentiam como bonecas, com Angel controlando cada movimento que faziam. Cada uma delas já desejara, pelo menos uma vez, ter coragem de dizer não a Angel.


– Por favoooooooooooooor? – perguntou Angel, irritada. – Ale, você quer fazer isso, certo?


– Hum... – a voz de Ale tremeu. – Bem...


– Eu farei – intrometeu-se Anahí.


– Eu também – disse Ale, rapidamente.


Maite e Dulce concordaram com a cabeça, de má vontade. Satisfeita, Angelique apagou todas as luzes, com um movimento, e acendeu várias velas com perfume de baunilha, na mesinha de centro. Então, se afastou das meninas e sussurrou.


– Certo, pessoal, apenas relaxem – ela cantarolou, e as meninas se arrumaram num círculo sobre o tapete. – Seus batimentos cardíacos estão mais lentos. Tenham pensamentos calmos. Eu vou contar de trás para a frente a partir de cem e, assim que eu tocar cada uma, vocês estarão sob meu poder.


– Assustador – riu Ale, se sacudindo.


Angelique começou.


– Cem... Noventa e nove... Noventa e oito...


Vinte e dois...


Onze...


Cinco...


Quatro...


Três...


Ela tocou a testa de Dulce com a parte mais carnuda do polegar. Maite descruzou as pernas. Dulce moveu o pé esquerdo.


– Dois... – Ela tocou Anahí vagarosamente, depois Ale, e então caminhou em direção a Maite. – Um.


Os olhos de Maite se abriram de repente, antes que Angelique pudesse alcançá-la. Ela ficou em pé, num pulo, e correu para a janela.


– O que está fazendo? – sussurrou Angel. – Você está estragando o clima.


– Está muito escuro aqui. – Maite alcançou a janela e abriu as cortinas.


– Não. – Angelique relaxou os ombros. – Tem que estar escuro, é assim que funciona.


– Ah, vamos lá, não é assim. – A cortina prendeu e Maite deu um gemido junto com o puxão para soltá-la.


– Não. É assim.


Maite colocou as mãos nos quadris.


– Eu quero que fique mais claro. Talvez todo mundo queira.


Angelique olhou para as outras. Elas ainda tinham os olhos fechados.


Maite não ia desistir.


– Não tem sempre que ser como você quer, sabe, Angel?


Angelique soltou uma risada aguda.


– Feche as cortinas!


Maite revirou os olhos.


– Por Deus, tome um calmante.


– Você acha que eu deveria tomar um calmante? – perguntou Angelique.


Maite e Angelique se encararam por alguns momentos. Era uma daquelas brigas ridículas que podia ser sobre quem viu primeiro o novo vestido polo da Lacoste na Neiman Marcus, ou se as luzes cor de mel no cabelo de alguma menina eram ousadas demais, mas, na verdade, a briga tinha a ver mesmo com outra coisa. Algo muito maior.


Finalmente, Maite apontou para a porta.


– Saia.


– Está bem. – Angelique caminhou para fora.


– Que bom! – Mas, depois de alguns segundos, Maite foi atrás dela. O ar da noite azulada estava parado, e ainda não havia nenhuma luz acesa na casa principal. Tudo estava quieto demais, até mesmo os grilos estavam calados, e Maite podia ouvir a própria respiração.


– Espere um segundo! – gritou ela, depois de um momento, batendo a porta atrás dela. – Angelique!


Mas Angelique havia partido.


OBS: Sobre a história, os planos é ela ser enorme, com várias temporadas, vãrios vilões, por isso não terá dia certo de postagem, postarei de acordo com comentários, se tiver comentários todos os dias posto todo dia.


OBS2: Quem quiser ajudar a autora aqui a não ficar sem notebook, não sobre dinheiro, é só entrar contato comigo para o convite de um aplicativo, e com esse aplicativo eu ganho 10 reais por pessoas que instalar, e a pessoa que instalar ganha 10 reais com o convite, é só mandar mensagem para meu whatsapp 87 99921-3253, se pelo menos 20 pessoas fizer isso fico muito agradecida.


OBS3: Me contem sobre o que estão achando da história, é a primeira vez que me aventuro a fazer uma com vários principais e casais, principalmente casais que nunca escrevi tipo Ponny e Levyrroni, os momentos Trendy serão fofos também já que são irmãos.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Quando ouviu a porta bater, Dulce abriu os olhos. – Angel? – chamou ela. – Meninas? – não houve reposta. Dulce olhou ao redor. Anahí e Ale estavam jogadas no carpete, e a porta estava aberta. Dulce foi até a varanda. Não havia ninguém lá. Ela andou na ponta dos pés até os limites da propriedade ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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