Fanfics Brasil - Capítulo 18: Pelo menos batata-doce tem um monte de vitamina a Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 18: Pelo menos batata-doce tem um monte de vitamina a

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– Os dela. Sem dúvida nenhuma, os dela – sussurrou Anahí, apontando.


– Não. São muito pequenos! – Oka sussurrou de volta.


– Mas olha como estão estufados na parte de cima! Completamente falsos – retrucou Anahí.


– Acho que aquela mulher ali operou a bunda.


– Que horror! – Anahí franziu o nariz e passou as mãos pelas laterais de seu bumbum perfeitamente torneado, para ter certeza de que ele continuava totalmente perfeito. Era fim de tarde da quarta-feira, faltando apenas dois dias antes da festa campestre anual de Christopher Uckermann, e ela e Oka estavam esparramadas no terraço externo da Yam, a cafeteria orgânica do clube de campo dos pais de Oka. Abaixo delas, um bando de meninos de Rosewood jogava uma partida rápida de golfe antes do jantar, mas Anahí e Oka estavam jogando um jogo diferente. Ache os Seios Falsos. Ou qualquer outro negócio falso, já que havia montes de coisas falsas por ali.


– Sim, parece que o cirurgião plástico dela fez uma barbeiragem – murmurou Oka. – Acho que minha mãe joga tênis com ela. Vou perguntar.


Anahí olhou de novo para a mulher pequenina, de trinta e poucos anos, que estava no bar, cujo traseiro parecia suculento demais para um corpo magrinho que nem um palito de dentes.


– Eu morro antes de fazer uma cirurgia plástica.


Oka brincou com sua bela pulseira da Tiffany’s que, é claro, ela não teve de devolver.


– Você acha que Dulce María operou os dela?


Anahí olhou para ela, pasma.


– Por quê?


– Ela é magra, e eles são, tipo, perfeitos demais – disse Oka. – Ela foi para a Finlândia, alguma coisa assim, não foi? Ouvi dizer que na Europa eles turbinam peitos por preços bem camaradas.


– Não acho que eles sejam falsos – murmurou Anahí.


– Como é que você sabe?


Ela deu uma chupada no canudinho. Os peitos de Dulce sempre foram daquele jeito, ela e Dulce foram as únicas duas meninas que precisaram de sutiã no sétimo ano. Angel sempre exibiu os dela, mas a única vez que Dulce pareceu notar que tinha peitos foi quando ela tricotou sutiãs para todas como presente de Natal e teve que fazer o dela num tamanho maior.


– Ela apenas não parece ser desse tipo – respondeu Anahí.


Falar com Dulce sobre suas antigas amigas era uma coisa estranha. Ela se sentia mal sobre como ela, Angel e todas as outras costumavam provocar Oka no sétimo ano, mas sempre pareceu esquisito discutir essas coisas.


Oka olhou para ela.


– Você está bem? Parece diferente hoje.


Anahí hesitou.


– Pareço? Como?


Oka deu um sorrisinho falso.


– Opa, alguém está nervosinha.


– Eu não estou nervosinha – disse Anahí, rapidamente. Mas ela estava. Desde a passagem pela delegacia e o e-mail da noite anterior, estava pirando. Naquela manhã, seus olhos pareciam mais de um tom de castanho opaco que verdes, e seus braços pareciam distorcidos, inchados. Ela tinha uma sensação horrível de que estava mesmo sofrendo uma transformação morfológica de volta ao que era no sétimo ano.


Uma garçonete loura, que parecia uma girafa, as interrompeu.


– Vocês já decidiram?


Oka olhou para o cardápio.


– Eu vou querer a salada de frango asiática, sem molho.


Anahí limpou a garganta.


– Eu quero a salada jardineira com brotos, sem molho e uma porção grande de batata-doce frita. Numa embalagem para viagem, por favor.


Assim que a garçonete levou os menus, Oka puxou os óculos de sol para a ponta do nariz.


– Batatas-doces fritas?


– É para minha mãe – respondeu Anahí, depressa. – Ela vive disso.


Lá embaixo, no campo de golfe, um grupo de meninos mais velhos acertava a bolinha para lançá-la longe, perto de um rapaz jovem e bonito, de bermudas. Ele parecia um pouco deslocado com seu cabelo bagunçado, bermudão cargo e... Aquilo era uma... Camiseta polo da polícia de Rosewood? Oh, não. Era mesmo.


Claflim deu uma geral pelo terraço e acenou ao ver Anahí. Ela afundou na cadeira.


– Quem era aquele? – ronronou Oka.


– Ah... – Anahí balbuciou, com metade do corpo debaixo da mesa. Sam Claflim era um golfista? Dá um tempo. Nos tempos de ensino médio, ele era do tipo que tirava o maior sarro dos caras da equipe de golfe de Rosewood. O mundo todo estava contra ela?


Oka deu um grito.


– Peraí um pouquinho. Ele não era da nossa escola? – Oka sorriu. – Ah, meu Deus. Ele é o cara da equipe de mergulho. Anahí, sua vaca! Como é que ele conhece você?


– Ele... – Anahí fez uma pausa. Passou a mão pelo cós do jeans. – Eu o conheci na trilha Marwyn, uns dias atrás, quando estava correndo. Nós paramos na fonte ao mesmo tempo.


– Legal – disse Oka. – Ele trabalha por aqui?


Anahí fez mais uma pausa. Ela queria muito evitar isso.


– Hum... Acho que ele disse que era policial. – Ela fingiu desinteresse.


– Você está de brincadeira. – Oka tirou o protetor labial Shu Uemura da sua maxibolsa de couro azul e o passou suavemente na boca. – Aquele cara é gostoso o suficiente para estar naqueles calendários da polícia. Posso até ver: Senhor Abril. Vamos perguntar se podemos ver o cassetete dele.


– Shhhh – disse Anahí.


As saladas delas chegaram. Anahí colocou a embalagem de isopor com as batatas-doces fritas de lado e comeu um tomate-cereja.


Oka se inclinou para mais perto dela.


– Aposto que você consegue um encontro com ele.


– Com quem?


– Com o Senhor Abril, com quem mais?


Anahí bufou.


– Claro.


– Você deveria levá-lo para a festa do Uckermann. Ouvi dizer que alguns policiais foram à festa dele ano passado. É por isso que elas nunca são impedidas de acontecer.


Anahí se recostou. A festa de Uckermann era uma tradição lendaria em Rosewood. Os Uckermann viviam em uma terra de quinhentos mil metros quadrados e os filhos dos Uckermann, Christopher era o mais novo, davam uma festa de volta às aulas todos os anos. Os garotos invadiam a adega muito bem guarnecida dos pais, que ficava no porão, e sempre acontecia algum escândalo. No ano anterior, Christopher atirara na bunda de seu melhor amigo, James, com uma arma de ar comprimido, porque James tentara beijar a namorada dele, Alyssa Pennypacker. Os dois estavam tão bêbados que riram durante todo o trajeto para o pronto-socorro e não conseguiam se lembrar como ou por que tinham ido parar lá. No ano anterior a esse, um bando de viciados, que já tinham passado da conta, tentou fazer com que os cavalos do sr. Uckermann fumassem um narguilé.


– Não. – Anahí mordeu outro tomate. – Acho que eu vou com Chace.


Oka fez uma careta.


– Por que desperdiçar uma noite de festa perfeita com o Chace? Ele fez um pacto de virgindade! É provável que nem apareça lá.


– Só porque você assina um termo de virgindade não significa que vai parar de curtir. – Anahí pegou uma garfada enorme de salada, enfiando os vegetais secos e com gosto de nada na boca.


– Bem, se você não vai convidar o sr. Abril para a festa de Christopher, eu vou. – Oka se levantou.


Anahí a segurou pelo braço.


– Não!


– Por que não? Qual é, seria legal.


Anahí enterrou as unhas no braço de Oka.


– Eu disse não.


Oka se sentou e fez bico.


– Por que não?


O coração de Anahí estava acelerado.


– Tudo bem. Você não pode contar a ninguém. – Ela respirou fundo. – Eu o conheci na delegacia de polícia, não na trilha. Fui chamada para ser interrogada sobre aquele negócio da Tiffany’s. Mas não foi grande coisa. Eu não fui fichada.


– Ai, meu Deus! – Oka gritou. Claflim olhou para cima de novo.


– Shhh! – pediu Anahí.


– Mas você está bem? O que aconteceu? Me conta tudo! – Oka sussurrou de volta.


– Não há muito o que contar. – Anahí jogou o guardanapo sobre o prato. – Eles me levaram para a delegacia, minha mãe foi comigo e nós ficamos sentadas lá um pouco. Eles me deixaram ir embora com uma advertência. Sei lá. A coisa toda deve ter durado uns vinte minutos.


– Credo. – Oka lançou um olhar incompreensível para Anahí que, por um segundo, se perguntou se não seria de pena.


– Não foi, tipo, dramático, nem nada – continuou Anahí, na defensiva, a garganta seca. – Não aconteceu muita coisa. A maioria dos guardas estava no telefone. Eu passei o tempo todo mandando torpedos. – Ela deu uma parada, considerando se devia ou não contar a Oka sobre o torpedo “Ele vai dizer não” que ela recebera de A, fosse quem fosse A. Mas para que desperdiçar seu fôlego? Aquilo podia não significar nada, não é?


Oka deu um gole em sua Perrier.


– Pensei que você jamais seria pega.


Anahí engoliu em seco.


– Pois é.


– Sua mãe acabou com a sua raça?


Anahí desviou o olhar. Na volta para casa, a mãe perguntou a ela se tivera mesmo a intenção de roubar a pulseira e os brincos. Quando Anahí respondeu que não, a sra. Portilla disse:


– Ótimo. Tudo resolvido, então. – Então abriu o celular e fez uma ligação.


Anahí deu de ombros e se levantou.


– Acabo de me lembrar que preciso levar Dot para passear.


– Tem certeza de que está bem? – perguntou Oka. – Seu rosto está um pouco manchado.


– Não é nada demais. – Ela deu um beijinho em Oka e se virou para sair.


Anahí saiu do restaurante desfilando, mas, assim que chegou ao estacionamento, começou a correr loucamente. Entrou em seu Toyota Prius, o carro que a mãe comprara para si mesma no ano anterior, mas que, recentemente, dera para Anahí porque se cansara dele, e checou o rosto no espelho. Havia horrorosas, odiosas placas vermelhas em suas bochechas e testa.


Depois de toda a sua mudança, Anahí se tornara neurótica não apenas em parecer descolada e perfeita todo o tempo, mas em ser descolada e perfeita também. Morrendo de medo de que o menor erro pudesse mandá-la direto de volta para o reino dos perdedores, ela se preocupava com os mínimos detalhes, com coisas pequenas, como ter o nome perfeito na tela de torpedos e qual era a seleção certa de músicas para ouvir em seu carro, até coisas grandes, como quais eram as pessoas certas a serem convidadas para dormir em sua casa depois da festa de alguém e qual o garoto perfeito para sair, que, por sorte, era o mesmo menino que amava desde o sétimo ano. Ser pega por roubar em uma loja mancharia a reputação da Anahí perfeita, controlada e super descolada que todo mundo conhecia? Ela não soubera ler no olhar de Oka o que ela quisera dizer com “Credo”. Será que ela quisera dizer “Credo, mas e daí?” ou “Credo, que idiota!”?


Ela ficou pensando que talvez não devesse ter contado para Oka tudo o que acontecera. Só que... Alguém já sabia. A.


Você sabe o que o Chace vai dizer para você?


Ele vai dizer não.


O campo de visão de Anahí ficou embaçado. Ela apertou o volante por alguns segundos, depois virou a chave na ignição, saiu do estacionamento do Country Clube e entrou em uma rua sem saída, de pedregulhos, bem calma, a poucos metros da estrada. Ela podia ouvir seu coração disparando enquanto desligava o carro e respirava fundo. O vento tinha cheiro de grama recém-cortada.


Anahí fechou os olhos com força. Quando os abriu, avançou para a embalagem de batatas-doces fritas. Não, ela pensou. Um carro passou zunindo pela estrada principal.


Anahí limpou as mãos na calça. Deu outra olhada para a embalagem. As batatas tinham um cheiro delicioso. Não, não, não.


Ela pegou a embalagem e abriu a tampa.


O cheiro doce e morno atingiu seu rosto. Antes que pudesse se controlar, Anahí enfiou uma porção enorme de batatas na boca. As batatas ainda estavam tão quentes que queimaram sua língua, mas ela não ligou. Era um alívio tão grande; essa era a única coisa que a fazia se sentir melhor. Ela não parou até comer todas as batatas e lamber as laterais da embalagem para aproveitar até o último grão de sal que ficara ali.


Logo em seguida ela se sentiu muito, muito mais calma. Mas assim que voltou para a estrada principal, aqueles sentimentos familiares de sempre, pânico e vergonha, se instalaram dentro dela. Anahí impressionou-se porque, apesar de fazer muitos anos que ela se comportava assim, a sensação era sempre a mesma. Seu estômago doía, sentia que suas calças estavam apertadas e tudo o que queria era se livrar do que estava dentro dela.


Ignorando os latidos estridentes de Dot em seu quarto, Anahí disparou escada acima até o banheiro, bateu a porta e caiu no chão frio. Deu graças a Deus por sua mãe ainda não ter chegado do trabalho. Pelo menos, ela não poderia ouvir o que Anahí ia fazer.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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