Fanfics Brasil - Capítulo 19: Hummm, adoro esse cheiro de “eu fui bem no teste” Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 19: Hummm, adoro esse cheiro de “eu fui bem no teste”

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Tudo bem, Maite tinha que se acalmar.


Quarta-feira à noite, ela embicou seu Mercedes hatch Classe C, o carro dispensado por sua irmã depois que ela ganhara o novo, um Mercedes utilitário SUV, na entrada circular de sua casa. Seu encontro com o conselho estudantil acabou muito tarde e ela ficara muito aflita por ter que dirigir pelas ruas escuras de Rosewood. Durante todo o dia, sentira como se estivesse sendo observada por alguém, como se quem quer que tivesse escrito aquele e-mail sobre a inveja que tinha da irmã pudesse pular em cima dela a qualquer minuto.


Maite continuou inquieta, pensando sobre o rabo de cavalo familiar que vira na janela do antigo quarto de Angelique. Seus pensamentos continuavam voltando para Angel, e todas as coisas que ela sabia sobre Maite. Mas não, isso era loucura. Angelique havia ido embora, provavelmente estava morta, há três anos. Além disso, uma nova família vivia naquela casa agora, certo?


Maite foi até a caixa de correio e pegou uma pilha de correspondência, eliminando tudo que não era para ela. De repente, ela o viu. Um envelope grande, não muito grosso, não muito fino, com o nome de Maite claramente digitado na frente. O endereço do remetente dizia Diretoria da Faculdade. Era a hora da verdade.


Maite rasgou o envelope e passou os olhos pela página. Ela leu seus resultados seis vezes antes de a ficha cair.


Ela havia feito 2350 pontos numa prova que valia 2400.


– Beleza! – gritou, apertando tanto os papéis que eles rasgaram.


– Opa! Alguém está feliz! – disse uma voz na rua.


Maite olhou para ver quem era. Da janela do motorista de um Mini Cooper preto, Daniel Sharman estava acenando, um garoto alto, que vencera Maite na eleição para representante de classe. Eles eram sempre o primeiro e o segundo colocados em quase todos os testes. Mas antes que Maite pudesse esnobá-lo, contar a ele sua nota nos primeiros testes para a universidade seria delicioso, ele foi embora. Maite virou-se para entrar em casa.


Enquanto entrava toda feliz, algo a fez parar: ela se lembrou do resultado quase perfeito de sua irmã na mesma prova e, rapidamente, fez as contas para comparar seu desempenho com o dela, convertendo o resultado da irmã, que pelo critérios da época valia 1600 pontos, mas que alguns anos depois passaram a valer 2400. E essa prova também não era bem difícil atualmente?


Bem, quem era o gênio agora?


Uma hora depois, Maite estava sentada à mesa da cozinha, lendo Middlemarch, um livro da lista de “leituras sugeridas” da aula de inglês, quando começou a espirrar.


– Mila e William estão aqui – disse a sra. Perroni a Maite, entrando agitada na cozinha, com o resto da correspondência que Maite largara para trás nas mãos. – Trouxeram toda a bagagem deles para se mudarem! – Ela abriu o forno para dar uma espiada no frango e nos pãezinhos de sete grãos, e depois foi correndo até a sala.


Maite espirrou de novo. Uma nuvem de Chanel Nº5 sempre precedia a entrada da mãe, mesmo depois de ela ter passado o dia todo com os cavalos, e Maite tinha certeza de que era alérgica. Ela pensou em contar sobre seus resultados nos primeiros exames para a universidade, mas uma voz inesperada, vinda do vestíbulo a impediu.


– Mamãe? – chamou Mila. Ela e William entraram na cozinha. Maite fingiu estar prestando atenção na contracapa chatíssima do Middlemarch.


– Oi – William a cumprimentou, de cima.


– Oi – ela respondeu tranquilamente.


– Tá lendo o quê?


Maite hesitou. Era melhor afastar-se de William, especialmente agora que ele estava se mudando para lá.


Mila passou correndo, sem dizer oi, e começou a tirar almofadas de uma sacola da Pottery Barn.


– Essas aqui são para o sofá do celeiro – ela quase gritava.


Maite travou. Duas pessoas poderiam jogar aquele jogo.


– Ah, Mila! – gritou Maite. – Esqueci de contar! Adivinha quem eu encontrei!


Mila continuou a mexer nas almofadas.


– Quem?


– Dylan O’Brien! Agora ele é o treinador do meu time de hóquei!


Mila congelou.


– Ele... O quê? Ele é o treinador? Ele está aqui? Ele perguntou por mim?


Maite deu de ombros e fingiu pensar a respeito.


– Não, eu acho que não.


– Quem é Dylan O’Brien? – perguntou William, inclinando-se sobre o balcão de mármore.


– Ninguém – Mila cortou, voltando sua atenção para as almofadas. Maite fechou o livro e fez uma retirada estratégica para a sala de jantar. Isso. Agora ela se sentia melhor.


Ela se sentou à mesa comprida, estilo “móvel de fazenda”, correu os dedos em volta da taça baixa que Candace, a empregada, tinha acabado de encher de vinho tinto. Seus pais não se importavam se os filhos bebessem quando estavam em casa, desde que não fossem dirigir. Por isso, ela pegou a taça com as duas mãos e deu um grande gole, feliz da vida. Quando deu por si, William estava do outro lado da mesa, sentado muito empertigado na cadeira, lançando um sorriso malicioso para ela.


– Oi – disse. Ela ergueu as sobrancelhas em resposta.


Mila e a sra. Perroni se sentaram, e o pai de Maite, depois de ajustar as luzes, também se acomodou. Por um instante, todos ficaram quietos. Maite sentiu os papéis dos exames preliminares da universidade em seu bolso.


– Bom, adivinhem o que aconteceu hoje... – ela começou a dizer.


– William e eu estamos tão felizes que vocês vão nos deixar ficar aqui! – Mila disse ao mesmo tempo, segurando a mão de William.


O sr. Perroni sorriu para Mila.


– Eu sempre fico feliz quando a família está toda reunida.


Maite mordeu o lábio, o estômago se embrulhando de raiva.


– Então, papai, eu recebi o...


– Ah, não... – interrompeu Mila, olhando para os pratos que Candace acabara de trazer da cozinha. – Você tem alguma coisa além de galinha? William está tentando não comer carne.


– Está tudo bem – disse William, rapidamente. – Frango assado está ótimo para mim.


– Ah! – A sra. Perroni começou a se levantar. – Você não come carne? Eu não sabia! Acho que temos salada de macarrão na geladeira, se bem que talvez tenha presunto nela...


– Olha, é sério, tudo bem. – William coçou a cabeça, envergonhado, fazendo com que seu cabelo bagunçado ficasse em pé.


– Ah, eu me sinto tão mal! – disse a sra. Perroni. Maite revirou os olhos. Quando a família estava reunida, sua mãe queria que todas as refeições, até o cereal do café da manhã mais bobo do mundo, fossem perfeitas.


O sr. Perroni olhou para William, cheio de suspeitas.


– Pois eu sou da turma do bife.


– Claro! – William ergueu sua taça de um jeito tão forçado que uma gota de vinho saltou de dentro dela e aterrissou na toalha da mesa.


Maite estava pensando em continuar seu maravilhoso comunicado, quando seu pai baixou o garfo.


– Tive uma ideia brilhante. Já que estamos todos aqui, por que não jogamos Estrela do Dia?


– Ah, papai! – Mila riu. – Não.


O pai sorriu.


– Ah, sim. Eu tive um dia tremendo no trabalho hoje. Aposto que eu posso te dar uma surra.


– O que é Estrela do Dia? – perguntou William, com as sobrancelhas arqueadas.


O pânico tomou conta de Maite. Estrela do Dia era um jogo que os pais tinham inventado quando Maite e Mila eram pequenas e que ela sempre suspeitara que eles haviam roubado esse negócio de algum livro de autoajuda. Era bem simples: cada jogador contava aos outros qual fora o maior acontecimento de seu dia e a família votaria na melhor história. Na teoria, o jogo deveria fazer com que os membros da família sentissem orgulho uns dos outros e se sentissem valorizados, mas na família Perroni, as pessoas só se tornavam brutalmente competitivas.


Mas se havia um momento perfeito para Maite anunciar seus resultados nos exames, era aquele.


– Você vai entender como é, William – disse sr. Perroni. – Eu vou começar. Hoje, preparei uma defesa tão convincente para o meu cliente que ele se ofereceu para pagar mais que o combinado.


– Impressionante. – A mãe deu uma mordidinha numa beterraba. – Agora eu. Essa manhã eu venci Eloise no tênis, em sets seguidos.


– A Eloise é durona! – comemorou o pai, antes de dar outro gole em seu vinho. Maite deu uma olhada em William, do outro lado da mesa. Ele estava cuidadosamente tirando a pele de sua coxa de frango então ela não pôde ver seus olhos.


A mãe limpou a boca com o guardanapo.


– Mila?


Mila encarou os dedos com unhas lascadas.


– Bem, hummm... Eu ajudei os pedreiros a cobrir o banheiro. O único jeito para que ficasse perfeito seria fazer eu mesma.


– Bom para você, querida! – disse seu pai.


Maite balançava as pernas, com nervosismo.


O sr. Perroni acabou de beber seu vinho.


– William?


William levantou os olhos, prestando atenção.


– Sim?


– É sua vez.


William encheu sua taça de vinho.


– Eu não sei o que deveria contar...


– Estamos jogando Estrela do Dia – cantarolou sr. Perroni, como se Estrela do Dia fosse um jogo tão conhecido quanto palavras cruzadas. – Diga-nos, doutor, que coisa maravilhosa o senhor fez hoje?


– Ah. – William piscou. – Bem. Ah... Nada, mesmo. Foi meu dia de folga na faculdade e no hospital, então, eu fui ao bar com alguns dos amigos do hospital e vi o jogo do Phillies.


Silêncio. Mila lançou um olhar de desapontamento para William.


– Eu achei incrível – disse Maite. – Pela maneira com que eles têm jogado, é uma façanha ver jogos dos Phillies todos os dias.


– Eu sei, eles são uma bela de uma porcaria, não são? – William sorriu para ela, agradecido.


– Bem, de qualquer forma – a mãe interrompeu –, quando começam suas aulas, Mila?


– Espera aí um pouquinho. – Maite falou com voz esganiçada. Eles não iam esquecê-la. – Eu tenho alguma coisa para o Estrela do Dia.


O garfo de salada da mãe parou no ar.


– Desculpe.


– Opa! – o pai concordou, achando graça. – Vá em frente, Maite.


– Recebi os resultados dos primeiros exames para a universidade – disse – e, bem... Estão aqui. – Ela pegou os resultados e mostrou para o pai.


Assim que ele os pegou, sabia o que iria acontecer. Eles não iriam dar a mínima. O que os testes para a universidade importavam, de qualquer maneira? Eles iam voltar sua atenção de novo para o Beaujolais e para Mila e Wharton, e fim de papo. Ela sentiu o rosto queimar. Por que sequer se importara em mostrar?


Seu pai baixou a taça de vinho e estudou o papel.


– Uau. – Ele cutucou a sra. Perroni. Quando ela viu o papel, engasgou.


– Essa é uma das notas mais altas, não é? – perguntou a sra. Perroni.


Mila esticou o pescoço para olhar também. Maite mal podia respirar. Mila olhou para ela através do arranjo central de lilases e peônias. Foi um olhar que fez Maite pensar que talvez Mila tivesse escrito aquele e-mail apavorante ontem. Mas quando seus olhos se encontraram, Mila sorriu


– Você estudou de verdade, não foi?


– É um bom resultado? – perguntou William, dando uma olhada para o papel.


– É um resultado fantástico! – o sr. Perroni falou mais alto.


– É maravilhoso! – a sra. Perroni gritou. – Como você quer comemorar, Maite? Jantar na cidade? Você tem alguma coisa em mente?


– Quando eu recebi meus resultados do exame vocês compraram para mim aquela primeira edição do Fitzgerald em um leilão público, lembram? – Mila sorriu.


– Foi isso mesmo! – o sr. Perroni concordou.


Mila se voltou para William.


– Você teria adorado. Dar lances é incrível.


– Bem, por que você não dá uma pensada – o sr. Perroni sugeriu a Maite. – Tente pensar em algo memorável, como o que demos a Mila.


Maite levantou devagar.


– Na verdade, eu tenho uma coisa em mente.


– O que é? – O pai se inclinou em sua direção.


Lá vamos nós, pensou Maite.


– Bem, o que eu adoraria mesmo, mesmo, mesmo, neste momento, e não daqui a alguns meses, seria me mudar para o celeiro.


– Mas... – Mila começou e depois se interrompeu.


William limpou a garganta. O pai franziu a testa. O estômago de Maite fez um barulho alto de fome. Ela o cobriu com a mão.


– É isso que você quer, de verdade? – a mãe dela perguntou.


– Hã-rã. – Maite respondeu.


– Tudo bem. – A sra. Perroni olhou para o marido. – Bem...


Mila quase jogou o garfo sobre o prato.


– Mas, hum, e quanto a William e eu?


– Bem, você mesma disse que a reforma não ia demorar muito. – A sra. Perroni colocou a mão no queixo dela. – Vocês, garotos, podem ficar em nosso antigo quarto, eu acho.


– Mas lá tem duas camas de solteiro. – Mila disse numa voz estranhamente infantil.


– Eu não ligo – declarou William, depressa. Mila lançou um olhar cheio de raiva para ele.


– Nós podemos colocar a cama tamanho queen que está no celeiro no quarto de Mila e colocar a cama de Maite no celeiro. – O sr. Perroni sugeriu.


Maite não conseguia acreditar no que ouvia.


– Vocês vão mesmo fazer isso?


O sr. Perroni ergueu as sobrancelhas.


– Mila, você vai sobreviver, não vai?


Mila tirou o cabelo da frente do rosto.


– Acho que sim – disse ela. – Quero dizer, eu, pessoalmente, acho que um leilão de primeiras edições é muito melhor, mas essa é apenas a minha opinião.


William deu um gole em seu vinho discretamente. Quando Maite encontrou seus olhos, ele piscou.


O sr. Perroni se virou para Maite:


– Então está feito.


Maite deu um pulo e abraçou os pais.


– Obrigada, obrigada, obrigada!


Sua mãe riu, feliz.


– Você deveria se mudar amanhã.


– Maite, você é a Estrela de hoje. – Seu pai ergueu o papel com os resultados, agora meio respingado de vinho tinto. – Deveríamos mandar emoldurar isso, como uma recordação!


Maite sorriu. Ela não precisava emoldurar nada. Enquanto vivesse, se lembraria desse dia.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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