Fanfics Brasil - Capítulo 26: Quente e frio Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 26: Quente e frio

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Na sexta-feira à noite, Maite estava deitada em sua cama de bordo com dossel, instalada bem no meio de seu novíssimo quarto no ex-celeiro, com as costas cheias de gelol, fitando o teto iluminado e lindo. Ninguém jamais diria que, há cinquenta anos, vacas dormiam naquele celeiro. O quarto era enorme, com quatro janelas bem grandes e um pátio pequeno. Depois do jantar da noite anterior, ela havia carregado todas as suas coisas para lá. Havia organizado todos os seus livros e CDs de acordo com autor e artista, havia arrumado seu home theater e até mesmo reprogramado o TiVo com suas preferências, incluindo seus novos programas favoritos na BBC América. Tudo estava perfeito.


Exceto, claro, pela dor nas costas. Seu corpo doía como se ela tivesse feito bungee jumping sem corda de proteção. Dylan havia feito com que corressem quase cinco quilômetros, de corrida puxada, e, em seguida, um monte de exercícios. Todas as garotas ficaram tagarelando sobre o que usariam na festa de Christopher naquela noite, mas, depois de todo aquele treino infernal, Maite estava bem satisfeita em ficar em casa e fazer seus deveres de cálculo. Especialmente quando “casa”, agora, significava ficar em seu celeiro encantado.


Maite se esticou para pegar o tubo de gelol e viu que havia acabado. Ela se sentou bem devagar e colocou a mão nas costas como se fosse uma velhinha. Teria de pegar mais lá na casa principal. Maite adorava o fato de que agora podia chamá-la de casa principal. Isso parecia muito adulto.


Enquanto atravessava o gramado grande e irregular, deixou a mente retornar ao seu assunto favorito du jour, Daniel Sharman. Sim, era um alívio que A fosse Daniel e não Angel, e sim, ela se sentia um milhão de vezes melhor e um zilhão de vezes menos paranoica desde o dia anterior, mas mesmo assim... Que espião mais horroroso e bisbilhoteiro! Como ele ousara fazer perguntas tão intrometidas e ser tão fofoqueiro na sala de estudos e ainda escrever um e-mail tão assustador! E todo mundo achando que ele era doce e inocente, com seu laço de gravata perfeito e sua pele luminosa, provavelmente era do tipo que usava sabonete antibactericida depois da aula de ginástica. Que esquisitão.


Fechando a porta do banheiro do andar de cima, ela encontrou o tubo de gelol no armário, abaixou as calças de moletom Nuala Puma, se virou e começou a esfregar a pomada nas costas e nos tendões das pernas. O cheiro de mentol impregnou todo o cômodo e ela fechou os olhos.


A porta do banheiro se abriu. Maite tentou puxar as calças o mais rápido possível.


– Ah, meu Deus – disse William, com os olhos arregalados. – Eu... Ah, merda. Me desculpe.


– Tudo bem – disse Maite, lutando para amarrar o cordão da calça.


– Eu ainda me confundo com essa casa... – William estava usando seu uniforme azul do hospital, que consistia em uma camisetona de golaVe uma calça de amarrar. Pareciam pijamas. – Eu pensei que este fosse o nosso quarto.


– Acontece o tempo todo – disse Maite, apesar de não acontecer, claro.


William ficou parado na soleira da porta. Maite sentiu que ele estava olhando para ela e rapidamente olhou para baixo, para se certificar de que seu peito não estava aparecendo e de que não havia gelol em seu pescoço.


– Então, hum, como está o celeiro? – perguntou William.


Maite deu uma risada e, depois, lembrando-se de algo, cobriu a boca com a mão. No ano anterior, ela havia feito um tratamento dentário para clarear os dentes e eles acabaram ficando um pouquinho brancos demais. Ela tivera que escurecê-los de propósito, tomando montes de café.


– Está tudo bem. E como vão as coisas no quarto da minha irmã?


William sorriu, irônico.


– Hum.... Está um pouco... Rosa.


– Imagino. Todas aquelas cortinas rendadas – acrescentou Maite.


– E eu encontrei um CD perturbador, também.


– Ah, é? Qual?


– O Fantasma da Ópera – ele riu.


– Mas você não fazia teatro? – Maite deixou escapar.


– Bom, Shakespeare e coisas do gênero. – William ergueu uma sobrancelha. – Como é que você sabe disso?


Maite ficou branca. Ia parecer bem esquisito se contasse a William que tinha procurado por ele no Google. Ela deu de ombros e se inclinou sobre a bancada. Uma dor absurda atingiu a parte de baixo de suas costas e ela recuou.


William hesitou.


– Qual é o problema?


– Ah, você sabe. – Maite se inclinou na pia. – Treino de hóquei de novo.


– O que você fez dessa vez?


– Ah, devo ter deslocado alguma coisa. Está vendo o gelol? – Segurando a toalha em uma das mãos, ela pegou o tubo de pomada, colocou um pouco na palma da mão e enfiou a mão por dentro da calça, para esfregar o tendão. Ela gemeu baixinho, e torceu para que tivesse sido um gemido sexy. Tudo bem, podem processá-la por ser um pouquinho dramática.


– Você precisa de ajuda?


Maite hesitou. Mas William parecia mesmo muito preocupado. E era uma dor lancinante, bem, era muita dor, de qualquer forma, para que ela conseguisse torcer as costas daquele jeito para passar o remédio, mesmo que estivesse fazendo aquilo de propósito.


– Se você não se importar – disse ela, com doçura. – Obrigada.


Maite encostou a porta com um dos pés. Ela colocou um pouco de pomada na mão dele. As mãos grandes de William pareceram sexy lambuzadas de pomada. Ela viu suas imagens refletidas no espelho e estremeceu. Eles ficavam lindos juntos.


– Então, onde está doendo? – perguntou William.


Maite mostrou. O músculo ficava bem embaixo da bunda.


– É aí – murmurou ela e pegou uma toalha do toalheiro, enrolou-a em seu corpo, depois tirou as calças por baixo da toalha. Fez sinal para mostrar onde doía, indicando a William onde massagear. – Mas, hum, tente não sujar muito a toalha – pediu. – Eu implorei à minha mãe que importasse essas toalhas da França especialmente para mim e o gelol acaba com elas. Nem lavando o cheiro sai.


Ela ouviu William prendendo o riso e tentando ficar sério. Será que aquilo tinha soado muito agressivo e “Milassístico”?


William alisou seu cabelo macio para trás com a mão que não tinha pomada e se ajoelhou, passando uma generosa quantidade de gelol na pele dela. Com as mãos debaixo da toalha, ele começou a massagear os músculos lentamente, com movimentos circulares. Maite relaxou e se apoiou nele um pouquinho. Ele se levantou, mas não se afastou dela. Ela sentiu a respiração dele em seu ombro e em sua orelha. Podia sentir a pele radiante de William pegar fogo.


– Está se sentindo melhor? – murmurou William.


– Isso foi incrível. – Ela talvez houvesse dito aquilo só em sua cabeça, não tinha certeza.


Eu deveria ir em frente, pensou Maite. Eu deveria beijá-lo. Ele pressionou as mãos com mais firmeza nas costas dela, as unhas entrando um pouco na carne. O peito dela subia e descia descompassado.


O telefone tocou no corredor.


– William, querido? – a mãe de Maite chamou lá de baixo. – Você está aí em cima? Mila quer falar com você no telefone.


Ele deu um pulo para trás. Com um sobressalto, Maite prendeu a toalha mais firmemente em torno de si. Depressa, ele limpou o gelol da mão em outra toalha. Maite estava tão em pânico que nem conseguiu dizer a ele para não fazer isso.


– Hum... – murmurou ele.


Ela desviou o olhar.


– Você deveria ir...


– É.


Ele abriu a porta.


– Espero que melhore.


– Ah, sim, obrigada – ela murmurou de volta, fechando a porta atrás de si. Depois, se arrastou até a pia e olhou para seu reflexo no espelho.


Alguma coisa se moveu na imagem e, por um segundo, ela achou que havia alguém no boxe. Mas fora apenas a cortina agitada por uma brisa que vinha da janela aberta. Maite virou de novo para a pia.


Eles haviam sujado a bancada de gelol. Estava branca e grudenta, parecia coberta de glacê. Com a ponta do dedo, ela escreveu o nome dele com a pomada. Depois, desenhou um coração em volta.


Maite pensou em deixar aquilo ali. Mas depois ouviu William andando pelo corredor e dizendo:


– Oi, meu amor, estou com saudades.


Franzindo o cenho, ela apagou aquilo com a palma da mão.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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