Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni

– Finlândia! Procurei você por todo lado!

Uma hora se passara e Dulce estava saindo da cabine de fotos. Christopher Uckermann parou na frente dela, nu, exceto pelas cuecas Calvin Klein, que estavam molhadas e pegajosas. Ele segurava um copo amarelo de plástico e a tira com as fotos dela. Christopher chacoalhou o cabelo, espirrando água na minissaia APC dela.

– Por que você está todo molhado? – perguntou Dulce.

– Nós estávamos jogando polo aquático.

Dulce deu uma olhada para o lago. Os meninos estavam batendo na cabeça uns dos outros com boias cor-de-rosa. À margem, garotas usando vestidos Alberta Ferrari quase idênticos estavam juntas, fofocando. Para além das cercas vivas, não muito longe dali, ela viu seu irmão, Poncho. Ele estava com uma garota pequena que vestia uma sainha e usava saltos plataforma. Christopher seguiu os olhos dela.

– É uma daquelas meninas do colégio quaker só de garotas – murmurou ele. – Elas são umas doidas.

Poncho olhou para cima e viu Dulce e Christopher juntos. Ele lançou a Dulce um aceno aprovador com a cabeça.

Christopher apontou para as fotos dela.

– Essas fotos estão incríveis.

Dulce deu uma olhada. Entediada, ela havia passado os últimos vinte minutos tirando fotos de si mesma. Na última vez, ela fizera caras sexy, provocantes.

Ai, ai. Ela viera à festa pensando que Pablo, enciumado e cheio de desejo, também viria para procurá-la. Mas, dãããã, ele era um professor e professores não frequentavam festas de alunos.

– Christopher! – James Freed chamou do outro lado do gramado. – O barril está vazio!

– Droga – Christopher xingou. Ele deu um beijo molhado no rosto de Dulce. – Essa cerveja é para você. Não vá embora.

– Hã-rã – concordou Dulce com bom humor, vendo-o afastar-se, com a cueca escorregando e deixando à mostra seu bumbum branco e bem-definido.

– Ele gosta mesmo de você, sabe.

Dulce se virou. Lá estava Oka Giner, sentada no chão, a poucos metros. O cabelo preto formava círculos em volta de seu rosto e seus enormes óculos escuros de aros dourados tinham escorregado pelo nariz. O irmão de Christopher, Aaron, estava com a cabeça em seu colo.

Oka piscou devagar.

– Christopher é incrível. Ele seria um ótimo namorado.

Aaron teve um ataque de riso.

– O que foi? – Oka se inclinou. – O que é tão engraçado?

– Ela tá doidona – disse Aaron para Dulce.

Enquanto Dulce esquadrinhava seu cérebro procurando alguma coisa para dizer, seu celular Treo tocou. Ela o alcançou em sua bolsa e olhou o número para ver quem estava chamando. Pablo. Ah meu Deus, ah meu Deus!

– Hum, alô. – Ela atendeu, falando baixinho.

– Oi. Hum... Dulce?

– Ah, oi! E aí? – ela tentou parecer a mais controlada e tranquila possível.

– Estou em casa, bebendo um uísque e pensando em você.

Dulce ficou muda, fechou os olhos e foi invadida por uma onda de felicidade.

– É mesmo?

– É. Você está naquela grande festa?

– Hã-rã.

– Está de saco cheio?

Ela riu.

– Um pouco.

– Quer vir até aqui?

– Tudo bem. – Pablo começou a ensinar como chegar lá, mas Dulce já sabia onde era. Ela havia procurado o endereço dele no MapQuest e no Google Earth, mas ela não podia contar isso a ele.

– Legal – disse ela. – Vejo você daqui a pouco.

Dulce enfiou o telefone de volta na bolsa o mais tranquilamente que pôde e depois deu um pulo, batendo as solas de borracha de suas botas uma na outra. Beleza!!!

– Ei, eu sei de onde conheço você.

Dulce olhou. O irmão de Christopher, Aaron, estava olhando para ela, enquanto Oka beijava seu pescoço.

– Você é amiga daquela garota que desapareceu, não é?

Dulce olhou para ele e tirou o cabelo dos olhos.

– Eu não sei do que você está falando – disse, e se afastou.