Fanfics Brasil - Capítulo 42: Uma estrela caída Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 42: Uma estrela caída

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No dia seguinte, Maite ficou na janela de seu velho quarto, fumando um Marlboro, e olhando através do gramado para o velho quarto de Angelique. Ele estava escuro e vazio. Então, seus olhos se moveram para o quintal dos Boyer. As lanternas não tinham se apagado desde que eles a tinham encontrado.


A polícia havia colocado uma fita de NÃO ULTRAPASSE ao redor de toda a área de concreto do velho quintal dos fundos de Angel, mesmo depois de terem removido seu corpo da terra. Eles também haviam instalado grandes tendas em volta da área enquanto faziam aquilo, então, Maite não tinha visto nada. Não que ela quisesse. Era mais do que terrível pensar que o corpo de Angel tinha estado na porta ao lado, apodrecendo no subsolo por três anos. Maite se lembrava da construção antes de Angel desaparecer. Eles haviam cavado o buraco bem por volta da noite em que ela sumiu. Ela sabia, também, que eles o tinham preenchido depois que Angel desapareceu, mas não tinha certeza de quando. Alguém simplesmente a tinha atirado ali.


Ela amassou seu Marlboro no tijolo lateral da sua casa, e se voltou para a revista Lucky. Mal tinha trocado uma palavra com a família desde o confronto do dia anterior, e estava tentando se acalmar, lendo metodicamente, marcando tudo o que ela queria comprar com os pequenos adesivos SIM da revista. Mas, enquanto olhava para uma página de blazers de tweed, seus olhos se embaçaram.


Ela não podia nem mesmo falar com seus pais sobre aquilo. No dia anterior, depois que eles a confrontaram no café da manhã, Maite tinha perambulado do lado de fora para ver o que eram todas aquelas sirenes, ambulâncias ainda a deixavam nervosa, tanto por causa da Coisa com Megan quanto pelo desaparecimento de Angel. Enquanto ela caminhava pelo seu gramado, para a casa dos Boyer, sentiu algo e se virou. Os pais dela também haviam saído para ver o que estava acontecendo. Quando ela se virou, eles rapidamente olharam para o outro lado. A polícia disse a ela para se afastar porque aquela área estava fora dos limites. Então, Maite viu o carro do necrotério. Um dos rádios comunicadores de um dos policiais estalou, “Angelique”.


O corpo dela tornou-se muito frio. O mundo girava. Maite desabou na grama. Alguém falou com ela, mas ela não conseguiu entender o que lhe diziam.


– Você está em choque – ela finalmente ouviu. – Apenas tente se acalmar. – O campo de visão de Maite estava muito estreito. Ela não tinha certeza de quem era, apenas sabia que não era sua mãe nem seu pai. O sujeito voltou com um cobertor e lhe disse para ficar sentada por um tempo e se manter aquecida.


Quando Maite se sentiu bem o suficiente para se levantar, quem quer que a tivesse socorrido havia ido embora. Os pais dela tinham ido embora também. Eles nem mesmo haviam se incomodado em ver se ela estava bem.


Maite tinha passado o resto do sábado e a maior parte do domingo em seu quarto, apenas saindo no corredor para ir ao banheiro quando ela sabia que não havia ninguém por perto. Ela esperava que alguém subisse para dar uma olhada nela, mas quando ouviu uma pequena tentativa de batida na porta, mais cedo, naquela tarde, Maite não respondeu. Ela não sabia ao certo por quê. Ela ouviu quem quer que fosse suspirar e caminhar de volta pelo corredor.


E então, apenas meia hora antes, Maite tinha visto o Jaguar do pai sair de marcha a ré pela entrada da garagem e virar na direção da estrada principal. A mãe estava no banco do passageiro; Mila estava atrás. Ela não tinha ideia de aonde eles estavam indo.


Maite desabou na cadeira do computador e abriu o primeiro e-mail de A, aquele falando sobre invejar as coisas que ela não podia ter. Depois de lê-lo algumas vezes, ela clicou em RESPONDER. Vagarosamente, digitou, Você é a Angelique?


Ela hesitou antes de apertar ENVIAR. Será que todas aquelas luzes dos policiais a estavam deixando maluca? Garotas mortas não têm contas no Hotmail. Nem tinham nicks em programas de mensagens instantâneas. Maite tinha que aceitar o óbvio: alguém estava fingindo ser Angel. Mas quem?


Ela olhou para cima, encarando o móbile Mondrian que tinha comprado no ano passado no Museu de Arte da Filadélfia. Então, ouviu um som. Plinc. E então, mais uma vez.


Plinc.


Parecia realmente perto, de verdade. Como se fosse na janela do quarto. Maite sentou-se bem ereta quando uma pedrinha acertou a janela dela novamente. Alguém estava jogando pedras.


A?


Quando outra pedra bateu, ela foi até a janela, e ofegou. No gramado, estava William. As luzes azuis e vermelhas dos carros de polícia ficavam fazendo sombras listradas pelas faces dele. Quando ele a viu, abriu um grande sorriso. Imediatamente, ela escapuliu escada abaixo, não ligando para o quanto seu cabelo parecia horrível ou que estava usando calças de pijama Kate Spade manchadas de molho. William correu para Maite quando ela apareceu na porta. Ele lançou os braços em torno dela e beijou sua cabeça suja.


– Você não devia estar aqui – murmurou ela.


– Eu sei. – Ele deu um passo para trás. – Mas eu percebi que o carro dos seus pais tinha saído, então...


Ela passou as mãos por entre o cabelo macio dele. William parecia exausto. E se ele teve que dormir em seu pequeno Toyota na noite passada?


– Como você soube que eu estava de volta ao meu velho quarto?


Ele deu de ombros.


– Um pressentimento. Eu também pensei ter visto seu rosto na janela. Eu queria ter vindo antes, mas havia... Tudo aquilo. – Ele fez um gesto para o carro de polícia e as caminhonetes de notícias que vagavam por ali.


– Você está bem?


– Sim – respondeu Maite. Ela encostou a cabeça na boca de William e mordeu o próprio lábio machucado para evitar o choro. – Você está bem?


– Eu? Claro.


– Você tem algum lugar para morar?


– Eu posso ficar no sofá de um amigo até encontrar alguma coisa. Isso não é problema.


Se pelo menos Maite pudesse ficar no sofá de um amigo também.


Então, algo ocorreu a ela.


– Você e Mila terminaram?


William pegou o rosto dela com as duas mãos e suspirou.


– Claro – respondeu ele, baixinho. – Era meio óbvio. Com Mila não era como...


Ele não terminou a frase, mas Maite achava que sabia o que ele ia dizer. Não era como estar com você. Ela sorriu, abalada, e pousou a cabeça novamente contra o peito dele. Ela podia ouvir as batidas do coração dele.


Ela olhou para a casa dos Boyer. Alguém tinha começado a construir um santuário para Angelique na curva, cheio de fotos e velas à Virgem Maria. No meio, estava um pequeno alfabeto de ímãs que formavam o nome Angel. A própria Maite tinha colado uma foto de Angelique sorrindo numa camiseta azul Von Dutch, apertada, e novos e excelentes jeans Seven. Ela se lembrava de quando havia tirado aquela foto: elas estavam no sexto ano, e era a noite do Baile de Gala de Inverno de Rosewood. Elas cinco haviam espiado Mila quando Dylan foi buscá-la. Maite soluçou de tanto rir quando Mila, tentando fazer uma grande entrada, tropeçou na calçada diante da casa dos Perroni, a caminho da cafona limusine Hummer. Foi, talvez, sua última lembrança verdadeiramente divertida, despreocupada. A Coisa com Megan aconteceu não muito depois. Maite deu uma espiada na casa de Beau e Megan.


Ninguém estava em casa, como sempre, mas o lugar ainda a fazia estremecer.


Enquanto Maite secava seus olhos com as costas de sua mão pálida e magrinha, uma das caminhonetes de noticiário passou devagar, e um sujeito num boné vermelho dos Phillies a encarou. Ela abaixou a cabeça. Aquela não era a melhor hora para fazer a tomada de colapso da garota emocionada com a tragédia.


– É melhor você ir. – Ela fungou e se virou para William. – As coisas estão meio confusas por aqui. E eu não sei quando meus pais voltarão.


– Tudo bem. – Ele levantou a cabeça dela. – Mas nós podemos nos ver novamente?


Maite engoliu em seco e tentou sorrir. Quando o fez, William curvou-se e a beijou, passando uma mão em volta da nuca dela, e a outra em torno da parte de baixo de suas costas que, até sexta-feira, doía como o inferno.


Maite afastou-se dele.


– Eu nem mesmo tenho o seu telefone.


– Não se preocupe – sussurrou William. – Eu ligo para você.


Maite ficou do lado de fora, na beirada de seu vasto terreno por um momento, olhando William caminhar para seu carro. Quando o carro começou a se afastar, seus olhos arderam com lágrimas novamente. Se ao menos ela tivesse alguém com quem conversar, alguém que não fosse banido de sua casa. Ela deu uma olhada de volta no santuário de Angel e se perguntou como suas velhas amigas estavam lidando com aquilo.


Quando William alcançou o fim da rua dela, Maite notou os faróis de outro carro virando para dentro da via. Ela congelou. Eram seus pais? Eles tinham visto William?


Os faróis se aproximaram. De repente, Maite percebeu quem era. O céu estava de um púrpura-escuro, mas ela podia bem distinguir o cabelo comprido de Daniel Sharman.


Ela ofegou, se encolhendo atrás dos arbustos de rosas de sua mãe. Daniel vagarosamente encostou seu Mini ao lado da caixa de correio dela, abriu-a, colocou alguma coisa dentro e fechou-a com cuidado. Seu carro se afastou novamente.


Ela esperou até que ele tivesse ido embora, antes de correr até a curva e puxar com força a portinhola para abrir a caixa do correio. Daniel tinha deixado um recado para ela num pedaço de papel dobrado.


Oi, Maite. Eu não sei se você estava recebendo telefonemas. Eu sinto muito sobre Angelique, de verdade. Espero que meu cobertor a tenha ajudado ontem. — Daniel.


Maite voltou para a entrada da casa, lendo e relendo o bilhete.


Ela encarava a escrita inclinada do rapaz. Cobertor? Que cobertor?


Então, ela percebeu. Fora Daniel que a ajudara?


Ela amassou o bilhete em suas mãos e começou a soluçar novamente.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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