Fanfics Brasil - Capítulo 44: Bom encontrar você aqui Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 44: Bom encontrar você aqui

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Na segunda-feira de manhã, em vez de estar sentada na carteira da primeira aula, que era biologia, Ale estava ao lado dos pais, nos bancos da Abadia de Rosewood, com seu teto alto e chão de mármore. Ela puxava, desconfortável, a saia Gap preta, pregueada e muito curta, que tinha encontrado no fundo do armário, e tentava sorrir. A sra. Boyer ficou na porta, usando um vestido preto de gola alta, saltos e minúsculas pérolas de água-doce. Ela caminhou até Ale e a afundou num abraço.


– Oh, Ale! – A sra. Boyer chorou.


– Eu sinto muito – Ale sussurrou de volta, com os próprios olhos lacrimejando. A sra. Boyer ainda usava o mesmo perfume Coco Chanel. Ele, instantaneamente, trouxe de volta todo tipo de lembrança: um milhão de idas e voltas ao shopping no Infiniti da sra. Boyer, entrar escondida no banheiro para roubar comprimidos de dieta TrimSpa e experimentar sua cara maquiagem La Prairie, entrar no seu enorme closet e experimentar todos os seus vestidos de festa, tamanho 36, da Dior.


Outros garotos de Rosewood pululavam à volta delas, tentando encontrar lugares nos assentos de madeira de encosto alto da igreja. Ale não sabia o que esperar da cerimônia em memória de Angelique. A abadia cheirava a incenso e madeira. Lâmpadas simples em forma de cilindros pendiam do teto; e o altar estava coberto com um bilhão de tulipas brancas. Tulipas eram as flores favoritas de Angelique, Ale se lembrou. Angel ajudava a mãe a plantar fileiras delas no jardim de sua casa todos os anos.


A mãe de Angelique finalmente recuou e secou os olhos.


– Eu quero que você se sente na frente, junto com todas as amigas de Angel. Está bem, Rebecca?


A mãe de Ale concordou com a cabeça.


– Claro. – Ale ouviu cada clique dos saltos da sra. Boyer, e o arrastar de seus próprios sapatos volumosos, enquanto elas andavam pelo corredor. De repente, ocorreu a Ale a razão pela qual ela estava ali. Angel estava morta.


Ale agarrou o braço da sra. Boyer.


– Ah, meu Deus. – Seu campo de visão estreitou-se, e ela ouviu um uaaaah em seus ouvidos, o sinal de que estava prestes a desmaiar.


A sra. Boyer a segurou.


– Está bem. Venha. Sente-se aqui.


Às tontas, Ale deslizou pelo banco.


– Ponha a cabeça entre suas pernas – ela ouviu uma voz familiar dizer.


Então, outra voz familiar bufou.


– Diga isso mais alto, assim todos os garotos vão poder ouvir.


Ale olhou para cima. Ao lado dela estavam Dulce e Anahí. Dulce usava um vestido listrado azul, púrpura e fúcsia, com decote canoa, uma jaqueta de veludo azul-marinho, e botas de caubói. Era tão Dulce, ela era do tipo que pensava que usar cores vivas em funerais celebrava a vida. Anahí, por outro lado, usava um minivestido com decote em Ve meias pretas.


– Querida, você pode chegar um pouquinho para lá?


Acima dela, viu que a sra. Boyer estava com Maite Perroni, que usava um conjunto cor de carvão e sapatilhas tipo bailarina.


– Oi, garotas – disse Maite a todas elas, naquela voz suave da qual Ale tinha sentido falta. Ela se sentou ao lado de Ale.


– Então, nós nos encontramos novamente – sorriu Dulce.


Silêncio. Ale espreitava todas elas com o canto do olho. Dulce estava remexendo em um anel de prata no polegar, Anahí fuçava dentro da bolsa e Maite estava sentada muito ereta, encarando o altar.


– Pobre Angel – murmurou Maite.


As garotas ficaram paradas e quietas por alguns minutos. Ale vasculhava seu cérebro procurando algo para dizer. Seus ouvidos estavam novamente tomados pelo uaaah.


Ela se virou para percorrer a multidão, procurando por Vanessa, e seus olhos pousaram direto em Jamie. Ele estava sentado na penúltima fileira, com o restante dos nadadores. Ale levantou a mão num pequeno aceno. Perto de tudo aquilo, o que rolara na festa parecia insignificante.


Mas em vez de acenar de volta, Jamie olhou para ela, seus lábios apertados, numa expressão de teimosia. Então, ele olhou para longe.


Tudo bem.


Ale virou-se de volta. A raiva encheu seu corpo. Acabaram de descobrir que a minha antiga melhor amiga foi assassinada, ela queria gritar. E nós estamos numa igreja, pelo amor de Deus. E a coisa toda sobre o perdão?


Então, ocorreu a ela. Ela não queria que ele a aceitasse de volta. Nem um pouco.


Dulce bateu em sua perna.


– Você ficou bem depois de sábado de manhã? Quero dizer, você ainda não sabia, certo?


– Não, era outra coisa, mas estou bem – respondeu Ale, embora não fosse verdade.


– Maite. – A cabeça de Anahí apareceu. – Eu, hum, eu vi você no shopping, um dia desses.


Maite olhou para Anahí.


– Hã?


– Você estava... Estava entrando na Kate Spade. – Anahí olhou para baixo. – Eu não sei. Eu ia dizer oi. Mas, hum, eu fico feliz que você não tenha mais que encomendar aquelas bolsas em Nova York. – Ela abaixou a cabeça e corou, como se tivesse falado muito.


Ale estava impressionada, ela não via Anahí fazer aquela expressão há anos.


Maite franziu a sobrancelha. Então, um olhar triste e meigo veio ao seu rosto. Ela engoliu em seco e olhou para baixo.


– Obrigada – murmurou. Seus ombros começaram a tremer e ela os apertou com força. Ale sentiu sua própria garganta fechando. Ela nunca havia visto Maite chorar.


Dulce colocou a mão no ombro de Maite.


– Tudo bem.


– Desculpe – Maite secou os olhos com a manga da blusa. – Eu só... – Ela olhou em volta para todas elas e, então, começou a chorar ainda mais.


Ale a abraçou. Parecia um pouco estranho, mas pela maneira como Maite apertou sua mão, Ale podia dizer que ela havia gostado.


Quando elas se sentaram de novo, Anahí tirou um pequeno cantil prateado de sua bolsa, e estendeu a Ale para passá-lo para Maite.


– Aqui – sussurrou.


Sem nem mesmo cheirá-lo ou perguntar o que era, Maite tomou um grande gole. Ela estremeceu, mas disse:


– Obrigada. – E passou o frasco de volta para Anahí, que bebeu e o estendeu a Ale. Ela tomou um gole, que queimou em seu peito, então, o passou a Dulce. Antes de beber, Dulce puxou a manga de Maite.


– Isso vai fazer você se sentir melhor também. – Dulce puxou para baixo a manga de seu vestido, revelando a alça de um sutiã branco tricotado. Ale imediatamente o reconheceu. Dulce tinha tricotado sutiãs de lã pesada para todas as garotas no sétimo ano. – Eu o usei em memória dos velhos tempos – Dulce sussurrou. – Está pinicando pra caramba.


Maite deixou escapar uma risada.


– Ah, meu Deus.


– Você é tão imbecil – acrescentou Anahí, rindo.


– Eu nunca pude usar o meu, lembra? – disse Ale. – Minha mãe achava que era sexy demais para a escola!


– Sim! – sorriu Maite. – Se você acha que coçar seus peitos o dia inteiro é sexy.


As garotas abafaram o riso. De repente, o telefone celular de Dulce zumbiu. Ela o procurou em sua bolsa e olhou a tela.


– O quê? – Dulce olhou para cima, percebendo que todas a estavam encarando.


Anahí brincou com o pingente de sua pulseira.


– Você, hum, acabou de receber uma mensagem de texto?


– Sim, e daí?


– Quem era?


– Era minha mãe – respondeu Dulce, lentamente. – Por quê?


Uma música instrumental baixa começou a cadenciar através da igreja. Atrás delas, mais jovens entravam na nave em silêncio. Maite olhou nervosamente para Ale. O coração de Ale começou a pular.


– Deixa pra lá – disse Anahí. – Estamos sendo intrometidas.


Dulce lambeu os lábios.


– Espere. Sério. Por quê?


Anahí engoliu em seco, nervosa.


– Eu... Eu só pensei que talvez coisas estranhas também estivessem acontecendo com você.


A boca de Dulce se abriu.


– Estranho não define bem o que vem acontecendo.


Ale apertou os braços em torno de si mesma.


– Espere. Vocês também? – sussurrou Maite.


Anahí concordou com um gesto de cabeça.


– Mensagens de celular?


– E-mails – acrescentou Maite.


– Sobre... Coisas do sétimo ano? – sussurrou Dulce.


– Gente, vocês estão falando sério? – guinchou Ale.


As amigas se encararam. Mas antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, o som sombrio do órgão encheu a igreja.


Ale virou-se. Um bando de pessoas estava caminhando vagarosamente pelo corredor central. Eram a mãe e o pai de Angel, seu irmão, seus avós e alguns outros, provavelmente seus parentes. Dois rapazes de cabelos vermelhos eram os últimos a vir pelo corredor. Ale os reconheceu como Sam e Russel, primos de Angel. Eles costumavam visitar a família todos os verões. Ale não os via há anos, e se perguntou se eles ainda eram ingênuos como costumavam ser.


Os membros da família deslizaram até a primeira fila e esperaram a música parar.


Enquanto Ale os observava, ela percebeu um movimento. Um dos primos espinhentos, de cabeça vermelha as estava encarando. Ale tinha quase certeza de que era aquele que se chamava Sam, ele era o mais estranho dos dois. Ele encarou as meninas e, então, vagarosamente, e de um jeito paquerador, levantou uma das sobrancelhas. Ale olhou para outro lado depressa.


Ela sentiu Anahí cutucar suas costelas.


– Isso não! – sussurrou Anahí para as garotas.


Ale olhou para ela, confusa, mas então, Anahí indicou os dois primos magrelos com os olhos.


Todas as garotas entenderam ao mesmo tempo.


– Isso não! – Ale, Maite e Dulce repetiram juntas.


Todas elas riram. Mas então Ale parou, pensando no que “isso não” significava de verdade. Ela nunca tinha pensado sobre aquilo antes, mas era um tanto cruel. Quando ela olhou ao redor, percebeu que as amigas tinham parado de rir também. Todas elas se entreolharam.


– Acho que antigamente era mais engraçado – disse Anahí, calmamente.


Ale sentou-se direito. Talvez Angel não soubesse tudo. Sim, aquele podia ser o pior dia da vida dela e estava terrivelmente devastada por Angel e completamente apavorada quanto a A mas, por um momento, ela se sentiu bem. Estar sentada ali com suas velhas amigas parecia o pequeno começo de algo.



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Autor(a): Dulce Coleções

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O órgão começou de novo com sua música sombria, e o irmão de Angel e os outros parentes saíram em fila da igreja. Maite, meio tontinha depois de uns goles de uísque, notou que suas três velhas amigas haviam se levantado dos bancos que ocupavam e deu-se conta de que deveria fazer o mesmo. Todo mundo do colégio Ros ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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