Fanfics Brasil - Prólogo 2: Como Tudo Realmente Começou Parte 2 Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Prólogo 2: Como Tudo Realmente Começou Parte 2

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– Acho que ela precisa de mais blush. – Maite Perroni se afastou e deu uma boa olhada em uma de suas melhores amigas, Ale Muller. – Eu ainda consigo ver as sardas.


– Tenho corretivo da Clinique. – Angelique Boyer saiu correndo para pegar sua nécessaire de maquiagem, de veludo azul.


Ale se olhou no espelho apoiado na mesinha de centro da sala de visitas da casa de Angelique. Virou o rosto para um lado, depois para o outro e fez beicinho com seus lábios cor-de-rosa.


– Minha mãe me mata se me vir com tudo isso na cara.


– Tudo bem, mas a gente mata você se tirar – advertiu Dulce María, que estava, por motivos que só ela conhecia, se exibindo pelo quarto, metida num sutiã angorá, que tricotara recentemente.


– É, Ale, você está linda – concordou Anahí Portilla. Anahí sentou de pernas cruzadas no chão, se virando para verificar se não estava pagando cofrinho em seu jeans Blue Cult, pequeno demais e de cintura baixa.


Era uma noite de sexta-feira de abril e Angel, Dulce, Ale, Maite e Anahí estavam fazendo o que sempre faziam quando dormiam umas nas casas das outras, no sexto ano: maquiando-se exageradamente, se entupindo de batata frita sabor vinagre e sal e assistindo a Cribs na MTV, na televisão de tela plana de Angel. Naquela noite, o quarto estava ainda mais bagunçado, porque as roupas de todas estavam espalhadas pelo chão, já que elas haviam decidido trocar as roupas entre si pelo resto do ano escolar.


Maite ergueu um cardigã amarelo-limão de cashmere na frente do corpo.


– Pega para você – disse Angel. – Vai ficar legal.


Anahí colocou uma calça de veludo cotelê verde-oliva de Angel em volta de seus quadris, virou-se para Angel e fez uma pose.


– O que você acha? Será que o Chace ia gostar?


Angel gemeu e bateu em Anahí com uma almofada. Desde que elas haviam ficado amigas, em setembro, tudo sobre o que Anahí conseguia falar era do quanto ela amaaaaaava Chace  Crawford, o menino da sala delas no colégio Rosewood Day, onde estudavam desde o jardim de infância. No quinto ano, Chace era apenas mais um menino baixinho e sardento, mas, durante o verão, ele crescera alguns bons centímetros e perdera sua gordura de bebê. Agora, todas as garotas queriam beijá-lo.


Era incrível quanta coisa podia mudar em um ano.


As garotas, todas, menos Angel, sabiam disso muito bem. No ano passado elas estavam apenas... Ali. Maite era a garota certinha, que se sentava nas carteiras da frente da classe e erguia a mão para responder a todas as perguntas. Dulce era a maluquinha que inventava coreografias em vez de jogar futebol como o restante da turma. Ale era a nadadora tímida e bem classificada no ranking estadual, que tinha toda uma vida escondida sob a superfície, se você conseguisse chegar a conhecê-la. E Anahí podia até ser boba e espalhafatosa, mas estudava a Vogue e a Teen Vogue e, de vez em quando, dava alguns conselhos sobre moda, vindo sabe Deus de onde, mas que ninguém mais sabia.


Havia algo de especial em cada uma delas, claro, só que elas viviam em Rosewood, Pensilvânia, um subúrbio a mais de trinta quilômetros da Filadélfia, e tudo era especial em Rosewood. O cheiro das flores era mais doce, a água tinha um gosto melhor, as casas eram maiores. As pessoas costumavam brincar dizendo que os esquilos de lá passavam a noite limpando tudo por ali e capinando os dentes-de-leão que nasciam por entre as pedras do calçamento para que Rosewood parecesse perfeita para os moradores. Num lugar onde tudo parecia tão impecável, era difícil manter-se à altura.


Mas, de alguma forma, Angel conseguia. Com seu cabelo longo, seu rosto em formato de coração e seus enormes olhos claro, ela era a garota mais linda da região. Depois que Angel as uniu e as fez ficarem amigas, algumas vezes parecia que ela as havia descoberto, as garotas tinham mesmo algo a mais em suas vidas. De repente, elas tinham passe livre para fazer todas as coisas que jamais ousaram antes. Como vestir saias curtas no banheiro das meninas de Rosewood Day depois que desciam do ônibus escolar. Ou mandar bilhetinhos com marca de batom para os meninos da sala. Ou andar pelo corredor de Rosewood Day lado a lado, intimidadoras, ignorando os perdedores.


Angel pegou um batom bem vermelho e passou em seus lábios.


– Quem sou eu?


As outras riram. Angel estava imitando Imogen Smith, uma garota da sala delas que gostava um pouco demais de seu batom Nars.


– Não, espera aí. – Maite apertou as bochechas dela e passou uma almofada para Angel.


– Legal. – Angel colocou a almofada embaixo da camiseta polo, pink, e todas riram ainda mais. Corria o boato de que Imogen tinha ido até o final com Jeffrey Klein, um menino do décimo ano, e que ela estava grávida dele.


– Vocês, garotas, são malvadas. – Ale ficou vermelha. Ela era a mais recatada do grupo, talvez por causa de sua criação super severa... Seus pais achavam que toda diversão era do mal.


– O que foi, Ale? – Angel ficou de braços dados com Ale. – Imogen está muito gorda. Ela deveria desejar estar grávida.


As garotas riram de novo, mas um pouco sem jeito. Angel tinha talento para encontrar a fraqueza de uma menina e, mesmo que ela estivesse certa sobre Imogen, as meninas de vez em quando se perguntavam se Angel não falaria mal delas quando não estivessem por perto. Às vezes, era difícil ter certeza.


Elas recomeçaram a vasculhar as roupas umas das outras. Dulce amou de paixão um vestido Fred Perry, ultra elaborado, de Maite. Ale estendeu a minissaia jeans sobre seu corpo e perguntou às outras se não era curta demais. Angel achou o jeans Joe, de Anahí, com um ar meio boca de sino demais e o tirou, mostrando seus shorts aveludados rosa claros, de menino. Quando estava passando pela janela para ir ligar o som, ela congelou.


– Ah, meu Deus! – gritou ela, correndo para trás do sofá cor de amora.


As meninas deram meia-volta. Beau Mirchoff estava na janela. Ele estava... Bem parado ali. Olhando para elas.


– Ei, ei, ei! – Dulce cobriu o peito. Ela havia tirado o vestido de Maite e estava usando apenas o sutiã tricotado. Maite, que estava vestida, correu para a janela.


– Afaste-se de nós, pervertido! – gritou ela. Beau deu um sorriso malicioso antes de se virar e sair correndo.


A maioria das pessoas mudava de calçada quando via Beau. Ele era um ano mais velho que as meninas e sempre vagava sozinho pela vizinhança, parecendo espionar a todos. Elas haviam ouvido rumores sobre ele: que fora pego beijando seu cachorro na boca; que era um nadador tão bom porque tinha guelras em vez de pulmões; que dormia em um caixão dentro de sua casa na árvore, no quintal dos fundos.


Só havia uma pessoa com quem Beau falava: sua meia-irmã, Megan, que estava no mesmo ano que elas. Megan também era uma idiota sem salvação, apesar de muito menos assustadora, ela, pelo menos, era capaz de formular frases completas. E até tinha uma certa beleza, de um jeito monótono, com seu cabelo, olhos claros, grandes e intensos, e lábios vermelhos.


– Eu sinto como se tivesse sido violada. – Dulce torceu seu corpo naturalmente magro como se ele estivesse coberto de bactérias E. coli. Ela havia acabado de aprender sobre isso nas aulas de biologia. – Como ele ousa nos assustar?


O rosto de Angel ficou vermelho de ódio.


– Temos que nos vingar.


– Como? – Anahí arregalou seus olhos claros.


Angel pensou por um minuto.


– Deveríamos fazer com que ele experimentasse um pouco de seu próprio veneno.


A coisa a fazer, ela explicou, era assustar Beau. Quando ele não estava perambulando pela vizinhança espionando as pessoas, era quase certo que estaria em sua casa na árvore. Ele passava quase o tempo todo enfiado ali, jogando Game Boy ou, quem sabe, construindo um robô gigante para atacar o Rosewood Day. Mas, como a casa da árvore ficava, é óbvio, em cima de uma árvore, e como Beau sempre recolhia a escada de corda para que ninguém pudesse segui-lo, elas não tinham como simplesmente aparecer por lá e gritar “Bu!”.


– Então precisamos de fogos de artifício. Por sorte, sabemos exatamente onde encontrar. – Angel sorriu.


Beau era obcecado por fogos de artifício; ele mantinha um monte deles escondidos no pé da árvore e vivia acendendo rojões através da claraboia de sua casinha de madeira.


– Nós entramos lá sorrateiramente, roubamos um e o acendemos na janela dele – explicou Angel.


– Tudo bem – concordou Dulce –, mas e se alguma coisa der errado?


Angel suspirou, fazendo drama.


– Ah, gente, vamos lá.


Estavam todas quietas. Então, Anahí limpou a garganta.


– Por mim parece bom.


– Tudo bem – cedeu Maite. Ale e Dulce deram de ombros, concordando.


Angel bateu palmas e indicou o sofá perto da janela.


– Eu vou fazer isso. Vocês podem assistir dali.


As meninas se arrastaram até a janela perto da sacada e assistiram a Angel dando uma corridinha pela rua. A casa de Beau era em diagonal com a dos Boyer, e construída no mesmo estilo vitoriano impressionante, mas nenhuma das duas era tão grande quanto a casa de fazenda da família de Maite, que ladeava o quintal da residência de Angel. A propriedade dos Perroni incluía seu próprio moinho, oito quartos, garagem para cinco carros, separada da casa, piscina com deque e um celeiro reformado à parte.


Angel correu para o quintal lateral dos Mirchoff e foi na direção da casa da árvore de Beau. Ela ficava parcialmente escondida por causa dos olmos e pinheiros altos, mas a rua fornecia iluminação suficiente para que elas tivessem uma vaga ideia do que estava acontecendo. Um minuto depois, elas tinham certeza de ter visto Angel segurando um rojão em formato de cone nas mãos a mais ou menos sete metros, distância suficiente para que ela tivesse uma visão clara através da janela azul tremulante da casa da árvore.


– Você acha que ela vai mesmo fazer isso? – sussurrou Ale. Um carro em alta velocidade passou pela casa de Beau, iluminando-a.


– Não. – Maite mexia, nervosa, em seus brincos de diamantes. – Ela está blefando.


Dulce colocou a ponta de sua trança negra na boca.


– Está mesmo.


– Como é que a gente vai saber se Beau está mesmo lá dentro? – perguntou Anahí.


Um silêncio angustiado se instalou. As meninas haviam participado de todas as peças que Angel pregara, mas haviam sido brincadeiras inocentes, se enfiar na banheira de hidromassagem de água salgada no spa Fermata, pingar tinta no shampoo da irmã de Maite ou mandar falsas cartas de amor do diretor Appleton para a boba da Oka Giner, que estava no mesmo ano que elas. Mas algo sobre essa brincadeira específica as deixava um pouco... Desconfortáveis.


Boom!


Ale e Dulce deram um pulo para trás. Maite e Anahí grudaram os rostos contra o vidro da janela. Ainda estava escuro do outro lado da rua. Uma luz brilhante piscou na janela da casa na árvore, mas foi só isso.


Anahí deu uma olhada.


– Talvez não tenha sido o rojão.


– E o que mais poderia ser? – perguntou Maite, sarcástica. – Um tiro?


Em seguida, os pastores-alemães dos Mirchoff começaram a latir. As garotas agarraram os braços umas das outras. A luz do pátio lateral se acendeu. Ouviram-se vozes em alto volume e o sr. Mirchoff atravessou correndo a porta que dava para o pátio. De repente, pequenas labaredas começaram a sair da janela da casa na árvore. O fogo começou a se espalhar. Parecia o filme que os pais de Ale a faziam assistir todo os anos, no Natal. E, então, ouviram-se sirenes. Dulce olhou para as outras.


– O que está acontecendo?


– Você acha que...? – sussurrou Maite.


– E se Angel... – começou Anahí.


– Meninas. – Uma voz veio de trás delas. Angel estava na entrada da grande sala. Seus braços estavam ao lado do corpo e o rosto, mais pálido do que elas jamais tinham visto.


– O que aconteceu? – perguntaram todas ao mesmo tempo.


Angel parecia preocupada.


– Não sei. Mas não foi minha culpa.


A sirene chegou mais e mais perto... Até que uma ambulância estacionava na entrada da garagem da casa dos Mirchoff. Paramédicos saltaram da ambulância e correram em direção à casa da árvore. A corda havia sido baixada.


– O que aconteceu, Angel? – Maite se virou, passando pela porta. – Você tem que nos contar o que aconteceu.


Angel a seguiu:


– Maite, não.


Anahí e Dulce olharam uma para a outra; estavam com muito medo para ir atrás. Alguém poderia vê-las.


Maite se abaixou atrás de um arbusto e olhou do outro lado da rua.


Então viu o buraco feio, recortado, na janela da casa na árvore de Beau. Ela sentiu alguém se arrastando atrás dela.


– Sou eu – informou Angel.


– O que... – começou Maite, mas, antes que pudesse terminar, um paramédico começou a descer da casa da árvore, trazia alguém nos braços. Beau estava machucado? Será que estava... Morto?


Todas as meninas, as que estavam dentro e as que estavam fora, esticaram o pescoço para ver. Seus corações começaram a bater mais rápido. Então, por um segundo, eles pararam.


Não era Beau. Era Megan.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Alguns minutos depois, Angel e Maite entraram. Angel contou a elas tudo o que acontecera com uma calma quase sinistra: o rojão havia atravessado a janela e atingido Megan. Ninguém a tinha visto acender o rojão, então elas estavam seguras, contanto que ficassem de boca fechada. Afinal de contas, o rojão era de Beau. Se a polícia fosse ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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