Fanfics Brasil - Capítulo 48: Tem alguma lista de adesão aos amish por aí? Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 48: Tem alguma lista de adesão aos amish por aí?

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Ale Muller parou na frente do Gray Horse Inn, um prédio de pedra caindo aos pedaços que fora um hospital durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos. O gerente atual havia transformado os andares superiores em uma pousada para forasteiros ricos e mantinha um café no salão. Ale espiou através das janelas do café e viu alguns de seus colegas de classe e suas famílias comendo pãezinhos com salmão defumado, tostex italianos e saladas Cobb. Parecia que todos estavam desfrutando de um lanchinho pós-funeral.


– Você conseguiu.


Ale se virou e viu Vanessa Morgan apoiada num vaso de terracota, cheio de peônias. Vanessa tinha ligado quando Ale estava saindo do playground de Rosewood Day, perguntando se elas poderiam se encontrar ali. Assim como Ale, Vanessa ainda estava com a roupa do funeral, uma saia plissada, curta, de veludo preto, botas pretas e um suéter sem mangas, com um delicado laço em volta do pescoço. E, assim como Ale, parecia que Vanessa tinha garimpado nas profundezas de seu guarda-roupa para encontrar algo preto que parecesse adequado para a ocasião.


Ale sorriu com tristeza. Os Morgan haviam se mudado para a antiga casa de Angel. Quando os pedreiros começaram a cavar pelo gazebo dos Boyer, que nunca fora terminado, a fim de limpar o terreno para a quadra de tênis dos Morgan, encontraram os restos mortais de Angel debaixo do concreto. Desde então, carros de imprensa, viaturas policiais e bisbilhoteiros em geral haviam cercado a propriedade sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia. A família de Vanessa tinha se refugiado na pousada até que as coisas se acalmassem.


– Oi. – Ale olhou em volta. – Seus pais estão lanchando?


Vanessa balançou seus cachos grossos.


– Eles foram para Lancaster. Para ficar perto da natureza ou alguma coisa assim. Sinceramente, acho que eles estão em choque, então, talvez a vida simples do campo faça algum bem a eles.


Ale sorriu, pensando nos pais de Vanessa tentando se integrar aos Amish na pequena comunidade a oeste de Rosewood.


– Quer ir até o meu quarto? – perguntou Vanessa, erguendo uma das sobrancelhas.


Ale puxou a saia, suas pernas eram musculosas por causa da natação e parou para pensar. Se a família de Vanessa não estava lá, elas estariam a sós. Em um quarto. Com uma cama.


Quando Ale viu Vanessa pela primeira vez, ficou enfeitiçada. Ela sempre procurara por uma amiga que pudesse substituir Angel. Angel e Vanessa eram mesmo parecidas de várias maneiras, as duas eram destemidas e divertidas, e pareciam as únicas duas pessoas no mundo que entendiam a Ale real. Elas tinham mais uma coisa em comum: Ale sentia alguma coisa diferente quando estava com elas.


– Vamos lá. – Vanessa se virou para entrar na casa. Ale, sem saber muito bem o que fazer, foi atrás dela.


Ela seguiu Vanessa pela escada em espiral que rangia, até seu quarto, com decoração inspirada no ano 1776. O lugar cheirava a lã molhada, tinha piso de pinho diagonal, uma cama queen size com dossel, coberta por uma colcha enorme e diferente, e um objeto esquisito, que parecia com um batedor de manteiga, no canto.


– Meus pais colocaram meu irmão e eu em quartos separados. – Vanessa sentou-se na cama, que rangeu.


– Que legal – comentou Ale, se empoleirando na beirada de uma cadeira bamba que, provavelmente, havia pertencido a George Washington.


– Bem, como você está? – Vanessa se inclinou na direção dela. – Deus, eu vi você no funeral. Você parecia... Devastada.


Os olhos cor de Ale se encheram de lágrimas. Ela estava devastada com a perda de Angel. Ale havia passados os últimos três anos e meio esperando que Angel aparecesse em sua varanda, saudável e brilhante como sempre. E, quando começou a receber os torpedos de A, teve certeza de que Angel estava de volta. Quem mais poderia saber? Mas agora Ale sabia que Angel tinha ido embora de verdade. Para sempre. E, além disso, alguém conhecia seu segredo mais constrangedor, que ela fora apaixonada por Angel e que sentia a mesma coisa por Vanessa. E talvez a mesma pessoa também soubesse a verdade sobre o que elas haviam feito com Megan.


Ale se sentia mal por ter se recusado a contar para suas antigas amigas o que diziam os recados de A, mas é que ela simplesmente... Não podia. Uma das mensagens continha uma antiga carta de amor que ela havia escrito para Angel. A ironia é que ela podia contar a Vanessa o que diziam as mensagens, mas tinha medo de contar a ela sobe A.


– Acho que ainda estou muito chocada – respondeu, por fim, sentindo o início de uma dor de cabeça. – Mas eu também... Estou só cansada.


Vanessa chutou as botas para longe.


– Por que você não tira uma soneca? Não será sentada nessa cadeira de tortura que você vai se sentir melhor.


Ale agarrou os braços da cadeira.


– Eu...


Vanessa deu um tapinha na cama indicando que era para Ale se sentar lá.


– Você precisa de um abraço.


Um abraço faria com que ela se sentisse melhor. Ale afastou o cabelo do rosto e se sentou na cama, perto de Vanessa. Seus corpos se fundiram. Ale podia sentir as costelas de Vanessa através do tecido da camisa dela. Ela era tão pequena que era provável que Ale conseguisse erguê-la e girá-la pelo quarto.


Elas se afastaram um pouco, ficando a alguns centímetros do rosto uma da outra. Os cílios de Vanessa eram de um preto profundo, e ela tinha pontinhos dourados em seus olhos. Devagar, Vanessa ergueu o queixo de Ale. Ela a beijou, primeiro, gentilmente. Depois, com mais intensidade.


Ale sentiu um já familiar arrepio de excitação enquanto Vanessa roçava a beirada de sua saia. De repente, ela enfiou a mão por baixo do tecido. Suas mãos estavam surpreendentemente frias.


Ale abriu os olhos e se afastou.


As cortinas de babados do quarto de Vanessa estavam abertas e Ale podia ver os Escalades, caminhonetes Mercedes e Lexus Hybrids no estacionamento. Sarah Isling e Taryn Orr, duas meninas que estavam no mesmo ano que Ale, saíram pela porta do restaurante, seguidas por seus pais. Ale se afastou.


Vanessa se sentou novamente.


– O que houve?


– O que você está fazendo? – Ale ajeitou a camisa desabotoada.


– O que você pensa que eu estou fazendo? – Vanessa sorriu.


Ale olhou para a janela de novo. Sarah e Taryn haviam ido embora.


Vanessa remexeu-se para cima e para baixo no colchão molenga.


– Você sabia que no sábado vai ter uma festa de caridade chamada Foxy?


– Sabia. – Todo o corpo de Ale tremia.


– Acho que nós devemos ir – continuou Vanessa –, parece que vai ser divertido.


Ale franziu a testa.


– Os convites custam duzentos e cinquenta dólares. E você tem que ser convidada.


– Meu irmão ganhou convites. E são suficientes para nós dois. – Vanessa se inclinou para perto de Ale. – Você pode ser minha acompanhante?


Ale saiu da cama.


– Eu... – Ela deu um passo para trás, tropeçando no tapete. Uma porção de pessoas de Rosewood Day ia à Foxy. Todos os garotos e garotas populares, todos os atletas... Todo mundo. – Preciso ir ao banheiro.


Vanessa pareceu confusa.


– Fica ali.


Ale fechou a porta empenada. Ela se sentou no vaso e encarou o desenho na parede que mostrava uma mulher Amish usando uma touca e um vestido comprido. Talvez fosse um sinal. Ale estava sempre procurando por sinais que a ajudassem a tomar decisões, em seu horóscopo, em biscoitos da sorte, em coisas aleatórias como essas. Talvez, esse desenho significasse: Seja como os Amish. Eles não levavam vidas castas? Suas vidas não eram loucamente simples? Eles não haviam queimado garotas que gostavam de outras garotas na fogueira?


E, então, o telefone dela tocou.


Ale tirou-o de seu bolso, perguntando-se se não seria sua mãe querendo saber onde ela estava. A sra. Muller não estava exatamente feliz com a amizade de Ale e Vanessa, por motivos racistas, perturbadores. Imagine se a mãe dela soubesse, então, o que elas estavam aprontando naquele momento.


O Nokia de Ale piscou: 1 nova mensagem. Ela clicou em ler.


Ale! Ainda se dedicando ao mesmo tipo de “atividade” com sua melhor amiga, pelo que posso ver. Apesar de a maioria de nós ter mudado completamente, é bom saber que você ainda é a mesma! Vai contar a todos sobre seu novo amor? Ou eu devo fazer isso? — A


– Ah, não – sussurrou Ale.


De repente, ouviu um barulho perto dela. Deu um pulo, batendo o quadril contra a pia. Era apenas alguém dando descarga no banheiro do quarto ao lado. Depois, houve alguns sussurros e risadinhas. O som parecia vir do ralo da pia.


– Ale – Vanessa chamou –, tudo bem por aí?


– Hum... Tudo – grasnou Ale. Ela se olhou no espelho. Seus olhos estavam arregalados e vazios, e seu cabelo estava desgrenhado. Quando ela finalmente saiu do banheiro, as luzes do quarto estavam apagadas e as cortinas, fechadas.


– Psssst – chamou Vanessa da cama. Ela estava deitada de lado, de forma sedutora.


Ale olhou em volta. Ela tinha certeza de que Vanessa não havia trancado a porta. Todos aqueles garotos de Rosewood estavam lanchando bem no andar de baixo...


– Eu não posso fazer isso – disse Ale.


– O quê? – Os dentes brancos ofuscantes de Vanessa brilhavam no escuro.


– Nós somos amigas. – Ale se encostou contra a parede. – Eu gosto de você.


– Eu gosto de você também. – Vanessa passou a mão em seu braço nu.


– Mas é só isso que eu quero que sejamos no momento – explicou Ale. – Amigas.


O sorriso de Vanessa desapareceu na escuridão.


– Desculpe. – Ale enfiou os sapatos de qualquer jeito, calçando o pé direito no esquerdo.


– Isso não significa que você precisa ir embora – disse Vanessa, tranquila.


Ale olhou para ela enquanto alcançava a maçaneta. Seus olhos estavam começando a se habituar à escuridão, e ela pôde ver Vanessa, que parecia desapontada, confusa e... Linda.


– Tenho que ir – murmurou Ale –, estou atrasada.


– Atrasada para quê?


Ale não respondeu. Ela se virou para a porta. Como suspeitou, Vanessa não tinha se dado ao trabalho de trancá-la.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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