Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni
Enquanto ia entrando apressadamente na casa avant-garde de linhas retas de sua família, que se destacava naquela rua típica de Rosewood, cheia de casas no estilo neoclássico vitoriano, Dulce ouviu os pais falando baixinho na cozinha.
– Mas eu não entendo – dizia sua mãe, Sandra (os pais de Dulce preferiam que ela os chamasse por seus primeiros nomes). – Na semana passada você me disse que conseguiria ir ao jantar dos artistas. É importante. Acho que Jason pode comprar algumas obras que eu fiz em Reykjavík.
– Mas eu já estou atrasado na correção dos trabalhos – respondeu o pai dela, Robert. – Eu ainda não voltei ao ritmo das aulas.
Dulce suspirou.
– Como é que eles já entregaram trabalhos, se você só deu aula dois dias?
– Eu lhes dei a primeira tarefa antes de o semestre começar. – Robert pareceu distraído. – Vou compensar você, prometo. E sobre o Otto’s? Sábado à noite?
Dulce entrou pelo vestíbulo. Sua família tinha acabado de voltar de uma estadia de dois anos em Reykavík, na Islândia, onde o pai dela tirara um período sabático de seu trabalho como professor em Hollis, uma faculdade de artes liberais, em Rosewood. Tinha sido uma pausa agradável para todos eles. Dulce precisava dar um tempo após o desaparecimento de Angel; seu irmão, Poncho, precisava adquirir alguma cultura e disciplina; e Sandra e Robert, que haviam começado a passar dias sem se falar, pareciam ter se apaixonado de novo na Islândia. Mas, então, novamente no lar da família, todos eles estavam de volta aos seus hábitos disfuncionais.
Dulce foi até a cozinha. O pai havia saído e a mãe estava em pé, perto da bancada, com a cabeça apoiada nas mãos. Ela se animou quando viu Dulce.
– Como você está, gatinha? – perguntou Sandra, atenciosa, mexendo no cartão que fora dado como lembrança do serviço fúnebre de Angel.
– Estou bem – murmurou Dulce.
– Você quer falar sobre isso?
Dulce sacudiu a cabeça.
– Mais tarde, talvez.
Ela saiu apressada para a sala, sentindo-se esgotada e incapaz de se concentrar, como se tivesse bebido seis latas de Red Bull. E não era apenas por causa do funeral de Angel.
Na semana anterior, A a atormentara por causa de um de seus segredos mais sombrios: no sétimo ano, Dulce pegara o pai aos beijos com uma de suas alunas, uma garota chamada Margot. Robert pedira que Dulce não contasse nada para a mãe, e Dulce nunca havia contado, apesar da culpa que sentia por causa disso. Quando A ameaçou contar a Sandra toda a verdade, Dulce pensou que A fosse Angelique. Angel estava com Dulce no dia em que ela flagrou Robert e Margot juntos, e Dulce nunca contara isso para mais ninguém.
Naquele momento, Dulce sabia que A não podia ser Angelique, mas a ameaça de A ainda a rondava, com a promessa de arruinar a família dela. Ela sabia que devia contar a Sandra antes que A o fizesse, mas não conseguia se obrigar a fazer isso.
Dulce foi até a varanda de trás, passando a mão pelo cabelo preto. Um facho de luz esbranquiçada passou zunindo. Era seu irmão, Poncho, correndo pelo quintal com sua rede de lacrosse.
– Ei! – chamou ela, tendo uma ideia. Como Poncho não respondeu, ela foi até lá fora, no gramado, e se plantou na frente dele. – Vou dar um pulo no centro. Quer vir?
Poncho fez uma careta.
– O centro está cheio de hippies sujos. Além do mais, estou treinando.
Dulce revirou os olhos. Poncho estava tão obcecado em fazer parte da equipe de lacrosse de Rosewood Day que nem tinha se importado em tirar o terno cinza-chumbo que usara no funeral antes de começar seus exercícios. O irmão dela era a cara de Rosewood, usando o boné encardido de beisebol, viciado em PlayStation e economizando para comprar um Jeep Cherokee verde-exército assim que fizesse dezesseis anos.
– Bem, eu vou tomar um porre – informou ela a ele. – Você tem certeza de que quer treinar?
Poncho estreitou os olhos para olhar para ela, processando a informação.
– Você não está me arrastando para algum sarau de poesia sem que eu saiba?
Ela negou com a cabeça.
– Nós iremos ao mais sórdido boteco de faculdade que conseguirmos achar.
Poncho deu de ombros e largou a rede de lacrosse.
– Então vamos lá – respondeu ele.
Autor(a): Dulce Coleções
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Poncho desabou em um dos reservados do bar. – Este lugar é demais. Eles estavam em Victory Brewery, que era mesmo o bar universitário mais sórdido que encontraram. De um lado, o bar era vizinho de um estúdio que colocava piercings e do outro, de uma loja chamada Hippie Gypsy, que vendia “sementes hidropônicas”, estranho, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 235
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ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10
Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36
Continuando amore
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Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52
jnnknjbjh
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eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16
Chegueiiiiii
Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07
aeh!
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ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21
Continuando
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ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32
Continuando amore