Fanfics Brasil - Capítulo 50: A verdade está no vinho... Ou, no caso de Dulce, na cerveja Parte 2 Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada)

Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni


Capítulo: Capítulo 50: A verdade está no vinho... Ou, no caso de Dulce, na cerveja Parte 2

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Poncho desabou em um dos reservados do bar.


– Este lugar é demais.


Eles estavam em Victory Brewery, que era mesmo o bar universitário mais sórdido que encontraram. De um lado, o bar era vizinho de um estúdio que colocava piercings e do outro, de uma loja chamada Hippie Gypsy, que vendia “sementes hidropônicas”, estranho, muito estranho. Havia uma mancha de vômito na calçada em frente ao bar, e um segurança que devia pesar uns cento e cinquenta quilos, meio cego, tinha sinalizado para eles entrarem direto. Estava muito envolvido na leitura de uma revista Dubs para reparar neles.


Lá dentro, o bar era escuro e imundo, com uma mesa de pingue-pongue em péssimo estado nos fundos. Esse lugar era bem parecido com o Snooker’s, outro bar encardido, frequentado por universitários de Hollis, mas Dulce havia jurado que nunca mais colocaria os pés lá. Ela havia conhecido um cara sexy chamado Pablo no Snooker’s, duas semanas antes, mas aí ele acabou se revelando não ser bem um menino, e sim um professor de inglês, o professor de inglês dela. A enviou mensagens perturbadoras para Dulce sobre Pablo e, quando Pablo, acidentalmente, viu o que A havia escrito, presumiu que Dulce estivesse contando para toda a escola sobre eles. E assim acabou o romance de faculdade de Dulce.


Uma garçonete de peitos enormes e usando tranças como as de Heidi, uma personagem de livros infantis, se aproximou da mesa deles e olhou para Poncho cheia de suspeita.


– Você tem vinte e um anos?


– Ah, tenho. – Poncho cruzou as mãos sobre a mesa. – Na verdade, eu tenho vinte e cinco anos.


– Nós vamos querer uma jarra de Amstel – interrompeu Dulce, chutando Poncho por debaixo da mesa.


– E – acrescentou Poncho – eu quero uma dose de Jaeger.


Heidi Peitões parecia desconfortável, mas voltou com a jarra e a dose de licor. Poncho bebeu o Jaeger num único gole e fez uma careta horrorizada, de garotinha. Ele bateu o copo com força na mesa de madeira e olhou para Dulce.


– Acho que descobri por que você ficou tão maluca. – Poncho tinha dito, na semana passada, que achava que Dulce estava agindo de forma ainda mais maluquinha que o usual e jurara descobrir o porquê disso.


– Estou morrendo de curiosidade – disse Dulce, seca.


Poncho uniu os dedos como se desenhasse uma torre, uma atitude professoral que o pai deles sempre assumia.


– Acho que você está dançando em segredo na Turbulence. – Dulce deu uma risada tão forte que a cerveja saiu pelo seu nariz. Turbulence era uma boate de striptease duas cidades adiante, perto de um aeroporto com uma só pista.


– Dois caras disseram ter visto uma garota por lá que era igualzinha a você – continuou Poncho. – Você não precisa esconder isso de mim. Eu sou legal.


Dulce deu um puxão discreto em seu sutiã de angorá. Ela havia feito um para ela mesma, e também para Angel e para suas velhas amigas no sexto ano, e havia usado o seu no memorial de Angel, como um tributo. Infelizmente, no sexto ano, Dulce usava um número menor, e agora o tecido a apertava e dava uma coceira dos infernos.


– Você quer dizer que não acha que eu estou agindo de forma estranha porque: a) nós estamos de volta a Rosewood e eu odeio isso aqui; e b) minha antiga melhor amiga está morta?


Poncho deu de ombros.


– Eu acho que você não gostava de verdade daquela garota.


Dulce se virou. Tinha havido momentos nos quais ela realmente não gostava de Angel, isso era verdade. Em especial, quando Angel não a levava a sério, ou quando ela a infernizava, querendo saber detalhes sobre Robert e Margot.


– Isso não é verdade – mentiu.


Poncho colocou mais cerveja em seu copo.


– Não é muito estranho que ela estivesse, sei lá, jogada num buraco? E, tipo, coberta de concreto?


Dulce estremeceu e fechou os olhos. Seu irmão não tinha tato algum.


– E aí, você acha que alguém a matou? – perguntou Poncho.


Dulce deu de ombros. Essa era a pergunta que a assombrava, uma pergunta que ninguém mais havia feito. No memorial de Angel, ninguém teve peito de dizer que ela havia sido assassinada, só que ela havia sido encontrada. Porém o que mais poderia ter acontecido, além de assassinato? Num minuto, Angel estava na festinha delas. No instante seguinte, tinha desaparecido. Três anos depois, o corpo aparece em um buraco no quintal da casa dela.


Dulce se perguntou se A e o assassino de Angel tinham alguma ligação, e se essa questão envolvia, de alguma forma, A Coisa com Megan. Quando o acidente de Megan aconteceu, Dulce pensou ter visto alguém além de Angel ao pé da casa na árvore de Beau. Mais tarde, naquela noite, aquela visão manteve Dulce acordada e ela decidiu que deveria perguntar a Angel sobre aquilo. Ela vira Angel e Maite cochichando atrás da porta fechada do banheiro, mas, quando Dulce pedira para entrar, Angel disse a ela para voltar a dormir. E, pela manhã, Beau confessou tudo.


– Eu aposto que o assassino é, tipo, alguém que vai sair do nada – disse Poncho. – Como... Alguém que você jamais adivinharia, nem em um milhão de anos. – Os olhos dele brilharam. – Que tal a sra. Craycroft?


A sra. Craycroft era a vizinha idosa deles, à direita. Uma vez, ela guardou cinco mil dólares em moedas dentro de jarras de Poland Spring e tentou trocá-las por dinheiro na Coinstar mais próxima. O canal de TV local fez uma matéria com ela e tudo.


– Ah, tá, você resolveu o caso – disse Dulce, inexpressivamente.


– Bem, alguém como ela. – Poncho bateu com os nós de seus dedos na mesa. – Agora que eu sei o que está acontecendo com você, posso voltar minha atenção a Angel B.


– Mande bala. – Se a polícia não tinha habilidade suficiente para encontrar Angel em seu próprio quintal, Poncho podia muito bem tentar dar uma ajudazinha para eles.


– Bem, acho que precisamos jogar um pouco de cerveja-pong – sugeriu Poncho, e, antes que Dulce pudesse responder, ele já havia reunido algumas bolas de pingue-pongue e um copo com capacidade de 500 ml. – Esse é o jogo preferido de Christopher Uckermann.


Dulce sorriu de forma maliciosa. Christopher Uckermann era um dos meninos mais ricos da escola e o mais perfeito exemplo de garoto de Rosewood, o que, em suma, fazia dele um ídolo para Poncho. E, ironia das ironias, parecia ter uma queda por Dulce, que ela estava tentando ao máximo desencorajar.


– Deseje-me boa sorte. – Poncho segurou a bola de pingue-pongue em posição de saque. Ele errou o copo e a bola rolou da mesa para o chão.


– Primeira bola fora – cantarolou Dulce, com voz monótona, e o irmão envolveu seu copo de cerveja com as mãos e derramou todo o conteúdo garganta abaixo.


Poncho tentou, pela segunda vez, jogar a bola de pingue-pongue no copo de Dulce, mas errou de novo.


– Você é péssimo! – provocou Dulce, a cerveja começando a fazer com que ela se sentisse meio tontinha.


– Como se você fosse melhor – retrucou Poncho.


– Quer apostar?


Poncho bufou.


– Se você não conseguir, tem que me colocar para dentro da Turbulence. Eu e Christopher. Mas não enquanto você estiver trabalhando – acrescentou ele, depressa.


– Se você não conseguir, vai ter que ser meu escravo por uma semana. E durante a escola também.


– Fechado – concordou Poncho. – Você não vai mesmo conseguir, então não importa.


Ela empurrou o copo para o lado da mesa em que Poncho estava e mirou. A bola fez uma curva desviando-se de uma das muitas irregularidades da mesa e aterrissou direitinho dentro do copo de vidro, sem sequer encostar nas laterais.


– Ahá! – gritou Dulce. – Você já era!


Poncho estava aturdido.


– Foi só uma jogada de sorte.


– Não importa! – Dulce riu, se divertindo. – Assim sendo... Será que eu deveria fazer você rastejar de quatro atrás de mim pela escola? Ou vestir o faldur da mamãe? – Ela deu uma risadinha. O faldur de Sandra era um chapéu pontudo, tradicional da Islândia, que fazia quem o usasse parecer um elfo maluco.


– Dane-se. – Poncho tirou a bola de pingue-pongue do copo. Ela escorregou da mão dele e saiu quicando para longe.


– Eu pego – ofereceu-se Dulce, sentindo-se agradavelmente bêbada. A bola tinha rolado até a frente do balcão e Dulce inclinou-se até o chão para pegá-la. Um casal passou por ela e se espremeu em assentos difíceis de serem espionados, num canto escondido e discreto. Dulce notou que a mulher tinha cabelos loiros e compridos e uma teia de aranha tatuada no pulso.


Aquela tatuagem lhe era familiar. Muito familiar. E, quando ela sussurrou alguma coisa para o cara com quem estava, ele começou a tossir feito um louco. Dulce endireitou o corpo.


Era o pai dela. Com Margot.


Ela correu ao encontro do irmão.


– Temos que ir.


Mike virou os olhos.


– Mas eu acabei de pedir uma segunda dose de Jaeger.


– Deixe para lá. – Dulce pegou o casaco. – Vamos embora. Agora.


Ela jogou quarenta dólares em cima da mesa e puxou Poncho pelo braço até ele ficar em pé. Ele cambaleava um pouco, mas ela conseguiu empurrá-lo na direção da porta.


Infelizmente, Robert escolheu exatamente aquele momento para dar umas de suas risadas inconfundíveis, que Dulce sempre disse que parecia o som de uma baleia morrendo. Poncho ficou imóvel, também reconhecendo a risada. O rosto do pai deles estava de perfil e ele estava tocando a mão de Margot do outro lado da mesa.


Dulce viu que Poncho reconheceu o pai. Ele juntou as sobrancelhas.


– Espera aí – guinchou ele, olhando confuso para Dulce.


Ela queria que seu rosto aparentasse despreocupação, mas, em vez disso, sentiu os cantos de sua boca desabarem. Sabia que estava fazendo a mesma cara que Sandra fazia quando tentava proteger Dulce ou Poncho das coisas que poderiam feri-los.


Poncho estreitou os olhos para encará-la e, depois, olhou de volta para o pai e Margot. Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, depois a fechou e deu um passo na direção deles. Dulce o alcançou para detê-lo, não queria que isso acontecesse justo naquele momento. Ela não queria que isso acontecesse nunca. Depois, Poncho endureceu o queixo, deu as costas para o pai e arrancou para fora do Victory, esbarrando na garçonete que os atendera no caminho.


Dulce saiu logo atrás dele. Parada na vaga junto ao meio-fio, ela cerrou os olhos por causa da claridade da tarde, olhando de um lado para o outro procurando por Poncho. Mas o irmão havia ido embora.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Maite acordou no chão de seu banheiro, sem a menor noção de como fora parar lá. O relógio à prova d’água marcava 18:45 e, pela janela, o sol do final de tarde projetava longas sombras no jardim deles. Ainda era segunda-feira, o dia do funeral de Angel. Ela devia ter caído no sono... E andado enquanto dormia. Ela c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10

    Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36

      Continuando amore

  • Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52

    jnnknjbjh

  • eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16

    Chegueiiiiii

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07

      aeh!

  • ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03

      Continuando amore

  • ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43

    Continuaaa amoreee S2

    • Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32

      Continuando amore


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