Fanfic: Pequenas Mentirosas - Vondy, Ponny, Levyrroni (adaptada) | Tema: Vondy, Ponny, Levyrroni
– Você tem sorte de poder ir à Foxy de graça – disse a irmã mais velha de Ale, Laura. – Você realmente deveria aproveitar.
Era sexta-feira de manhã, e Ale e Laura estavam na entrada da garagem, esperando a mãe para levá-las para o treino de natação. Ale virou-se para a irmã, passando a mão no cabelo. Como capitã, ela ganhou ingressos grátis para a Foxy, mas era esquisito ir a uma festa logo depois do enterro da Angel.
– Nem sei se eu vou. Eu nem tenho companhia. Jamie e eu não estamos mais juntos, então...
– Vá com uma amiga. – Laura passou protetor labial em sua boca naturalmente rosada. – Topher e eu adoraríamos ir, mas eu teria que gastar todo o meu salário de babá em apenas um ingresso. Então, em vez de ir ao baile, nós vamos assistir a um filme na casa dele.
Ale deu uma olhada na irmã. Laura estava no último ano e parecia com Ale. Quando Ale foi nomeada capitã, ficou preocupada que Laura ficasse com ciúme, afinal, ela era mais velha. Mas Laura pareceu muito bem com tudo aquilo. Secretamente, Ale adoraria vê-la enlouquecida por alguma coisa. Pelo menos uma vez.
– Ah! – Laura se ouriçou. – Eu vi uma foto sua muito engraçada outro dia!
O campo de visão de Ale se estreitou.
– Foto? – repetiu ela grosseiramente. Pensou na foto três por quatro que A havia anexado à mensagem da noite anterior. A tinha espalhado a foto. Estava começando.
– É. Foi tirada na reunião da Tate ontem – relembrou-a Laura. – Você parece... Eu não sei... Numa emboscada. Você estava com uma expressão engraçada no rosto.
Ale piscou. A foto que o Scott tirou... Com o Beau. Seus músculos relaxaram.
– Ah – disse ela.
– Ale?
Ale olhou para cima e sentiu sua respiração parar por um segundo. Vanessa parou a alguns centímetros dela na rua, montada na sua mountain bike azul. Seu cabelo estava preso para trás, e ela tinha dobrado as mangas da jaqueta jeans branca. Ela estava com olheiras. Era tão estranho vê-la numa hora daquelas, tão cedo.
– Ei – grasnou Ale. – E aí, tudo bem?
– Este foi o único lugar em que realmente achei que poderia encontrar você. – Vanessa apontou para a casa. – Você não fala comigo, tipo, desde segunda-feira.
Ale olhou para trás, por sobre o ombro, para Laura, que, naquele momento, estava revirando o bolso da frente de sua mochila roxa North Face. Ela pensou na mensagem de A novamente. Como A teria conseguido aquelas fotos? Será que Vanessa estava com elas... Ou seria outra pessoa?
– Desculpe – disse Ale. Ela não sabia o que fazer com as mãos, então as colocou em cima da caixa do correio, que era uma miniatura da sua casa. – Eu estava meio ocupada.
– É, parece que foi isso.
A amargura na voz da Vanessa fez os pelos da nuca de Ale se arrepiarem.
– O-O que você quer dizer com isso? – perguntou Ale.
Mas Vanessa apenas parecia impassível e triste.
– Eu... Eu quero dizer que você não me ligou de volta.
Ale puxou os cordões de seu gorro vermelho.
– Vamos até ali – murmurou ela, andando até os limites do terreno de sua casa, debaixo de um salgueiro chorão. Tudo que ela queria era apenas privacidade. Assim, Laura não escutaria, mas, infelizmente, era meio sexy ficar embaixo dos galhos escondidos da árvore. A luz era verde-clara, e a pele de Maya parecia tão... Cheia de orvalho. Ela parecia uma fada da floresta. – Na verdade, eu quero te fazer uma pergunta – sussurrou Ale, tentando bloquear todos os pensamentos sobre fadas sexy. – Sabe aquelas fotos que tiramos na máquina automática?
– Ahã. – Vanessa estava debruçada tão perto que Ale quase podia sentir as pontas do cabelo dela roçando em sua bochecha. Parecia, de repente, que tinham aparecido bilhões de receptores nervosos e todos estavam aguçados.
– Alguém as viu? – sussurrou Ale.
Vanessa demorou um minuto para responder.
– Não...
– Você tem certeza?
Vanessa ergueu a cabeça, como um passarinho, e sorriu.
– Mas eu mostro pra todo mundo, se você quiser... – Quando ela viu Ale se encolher, o jeito provocativo nos seus olhos esmoreceu. – Espere aí. É por isso que você está me evitando? Você achou que eu realmente tinha mostrado aquelas fotos por aí?
– Não sei – murmurou Ale, passando o pé por uma das raízes expostas do chorão. Seu coração batendo tão forte que ela tinha certeza de que estava quebrando algum recorde mundial.
Vanessa estendeu a mão e tocou o queixo da Ale, levantando-o para que olhasse para ela.
– Eu não faria isso. Eu queria ficar com elas para mim.
Ale puxou o queixo. Aquilo não podia acontecer bem no jardim da sua casa.
– Tem mais uma coisa que você deveria saber... Eu conheci uma pessoa.
Vanessa levantou a cabeça.
– Quem?
– O nome dele é Beau. Ele é muito legal. E... E eu acho que estou gostando dele.
Vanessa piscou, sem acreditar, como se Ale tivesse contado a ela que estava apaixonada por uma cabra.
– E acho que vou convidá-lo para a Foxy – continuou Ale.
A ideia tinha acabado de ocorrer a Ale, mas pareceu boa. Ela gostava do fato de Beay não ser perfeito e nem tentar ser. E, se ela fizesse um esforço, podia quase esquecer do fato de ele ser meio-irmão da Megan. E se levasse um garoto à Foxy, isso negaria as fotos da festa de Christopher e provaria para todo mundo que ela não era homossexual.
Não é?
Vanessa mordeu o lábio.
– Mas a Foxy não é amanhã? E se ele tiver outros planos?
Ale deu de ombros. Ela tinha certeza de que ele não teria.
– E, de qualquer forma – continuou Vanessa –, eu achei que você tivesse dito que a Foxy era muito cara.
– Eu fui, hum, nomeada capitã do time de natação. Então, posso ir de graça.
– Uau – disse Vanessa, depois de um tempo. Parecia que Ale era capaz de sentir o cheiro da decepção de Vanessa, como se fosse um feromônio. Vanessa era a pessoa que vinha tentando fazê-la largar a natação. – Bem, parabéns, eu acho.
Ale olhou para seus Vans cor de vinho.
– Obrigada – agradeceu ela, apesar de Vanessa não ter sido sincera. Sentia que Vanessa estava esperando que ela olhasse para cima e dissesse: Boba. Estou só brincando. Ale sentiu uma pontada de irritação. Por que Vanessa tinha de dificultar as coisas? Por que elas não podiam ser apenas amigas?
Vanessa fungou alto e, então, seguiu de volta ao jardim da casa, empurrando os galhos da árvore. Ale a seguiu apenas pra se dar conta de que sua mãe estava na porta da frente. O cabelo supercurto da sra. Muller estava duro e arrepiado, e ela estava com aquela cara de não mexa comigo, estou com muita pressa.
Quando ela notou a presença de Vanessa, empalideceu.
– Ale, temos que ir – grunhiu.
– Claro que temos – retrucou Ale. Não queria que a mãe tivesse visto aquilo. Ela se virou para Vanessa, que agora estava parada perto de sua bicicleta na calçada.
Vanessa a estava encarando.
– Você não pode mudar quem você é, Ale – disse Vanessa, em voz alta. – Espero que você saiba disso.
Ale sentiu a mãe e Laura olhando para ela.
– Eu não sei do que você está falando – gritou de volta, tão alto quanto.
– Ale, você vai se atrasar – avisou a sra. Muller.
Vanessa deu um olhar de despedida, depois, pedalou loucamente rua abaixo. Ale engoliu em seco. Ela tinha sentimentos ambíguos. Por um lado, estava brava com Vanessa, por tê-la confrontado, ali, no jardim de sua casa, na frente de Laura e de sua mãe. Por outro, sentia a mesma coisa de quando tinha onze anos e soltou o balão do Mickey Mouse que tinha implorado para seus pais comprarem na Disneylândia. Ela ficou olhado o balão flutuar no céu até que não estivesse mais visível. Havia pensado nisso pelo resto da viagem até que sua mãe disse: É apenas um balão, querida! E a culpa é sua, que o soltou!
Ela caminhou penosamente de volta ao Volvo e deixou Laura sentar na frente, sem brigar. Ao saírem da garagem, Ale olhou para Vanessa, que já se transformara num pontinho pequenino, lá longe, e depois respirou fundo e colocou as mãos atrás do assento da mãe.
– Sabe o que é, mãe? Vou convidar um menino para o negócio de caridade amanhã.
– Que negócio de caridade? – murmurou a sra. Muller, numa voz que dizia eu não estou satisfeita com você agora.
– A Foxy – anunciou Laura, mexendo no rádio. – O evento anual de que os jornais estão falando. É tão famosa que umas meninas fizeram até cirurgia plástica para ir.
A sra. Muller cerrou os lábios.
– Não sei ao certo se quero que você vá.
– Mas eu vou de graça. Porque eu sou a capitã.
– Você tem que deixá-la ir, mãe – suplicou Laura. – É tãããããão glamouroso.
A sra. Muller deu uma olhada para Ale pelo espelho retrovisor.
– Quem é o menino?
– Bem, o nome dele é Beau. Ele estudava na nossa escola, mas agora está na Tate – explicou Ale, deixando de fora o que Beau tinha feito nos últimos três anos e por quê. Com sorte, a mãe não guardava todos os detalhes sobre os adolescentes de Rosewood da idade dela, como algumas faziam. Laura não parecia se lembrar do nome, tampouco. Laura nunca se lembrava de escândalos, nem mesmo dos deliciosos de Hollywood.
– Ele é mesmo um doce, e também um ótimo nadador. Muito mais rápido que o Jamie.
– Aquele Jamie era legal – murmurou a sra. Muller.
Ale rangeu os dentes.
– Sim, mas o Beau é muito, muito mais legal.
Ela também queria acrescentar, Não se preocupe, ele é branco, mas não teve coragem.
Laura virou-se no assento.
– É o menino que vi na sua foto?
– Sim – respondeu Ale, baixinho.
Laura virou-se para a mãe.
– Ele é bom. Ele bateu o Topher nos duzentos livres.
A sra. Muller deu um sorrisinho para Ale.
– Você deveria estar de castigo, mas, depois de tudo que aconteceu esta semana, acho que pode ir. Mas sem cirurgia plástica.
Ale franziu o cenho. Era o tipo de coisa ridícula, muito além da conta, com o que sua mãe se preocuparia. No ano anterior, a sra. Muller tinha visto um programa de TV sobre cristais de anfetamina e como eles estavam em todos os lugares, até mesmo em escolas particulares, e baniu diversos remédios inofensivos da casas deles, como se Ale e Laura fossem abrir um minilaboratório de metanfetamina em seus quartos. Ale soltou uma meia risada.
– Não vou fazer.
Mas a sra. Muller começou a rir sozinha e olhou para Ale pelo espelho.
– Eu estou brincando. – Ela acenou com a cabeça para a imagem da Vanessa desaparecendo, já no lado oposto da rua delas, e acrescentou: – É bom ver você fazendo novos amigos.
Autor(a): Dulce Coleções
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 235
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ana_vondy03 Postado em 11/06/2022 - 09:03:10
Aí meu deeeeeeeus! Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 14/06/2022 - 17:16:51
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 12/07/2021 - 13:42:57
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 04/01/2022 - 16:45:16
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 30/06/2021 - 20:57:18
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 10/07/2021 - 22:57:31
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 03/06/2021 - 10:41:04
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 18/06/2021 - 13:11:01
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 25/05/2021 - 14:45:08
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:58:36
Continuando amore
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Dulce Coleções Postado em 25/05/2021 - 14:41:52
jnnknjbjh
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eimanuh Postado em 21/04/2021 - 19:54:16
Chegueiiiiii
Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:32:07
aeh!
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ana_vondy03 Postado em 16/04/2021 - 00:08:47
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 21/04/2021 - 21:29:21
Continuando
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ana_vondy03 Postado em 05/04/2021 - 23:47:19
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 14/04/2021 - 22:18:03
Continuando amore
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ana_vondy03 Postado em 03/04/2021 - 23:26:43
Continuaaa amoreee S2
Dulce Coleções Postado em 05/04/2021 - 23:07:32
Continuando amore